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001. Termo Ciências Políticas

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CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 1 
 
Prof. Sérgio Tibiriçá Amaral 
Tel: (18) 3901-4000 – 9797-2641 
E-mail: sergio@unitoledo.br 
 
04/01/2013 
ESTADO 
Palavra pluriunívoca (vários significados)  Sociedade Política e Jurídica 
 Nicolau Maquiavel  primeira pessoa a utilizar a palavra Estado – Direito Romano 
Regeu por 12 Séculos (Ásia, Europa, África e Oriente). 
(Livro: O Príncipe) 
 Anteriormente tínhamos  Reino, Ducado, Condado, Polís, Principado, 
República, etc. 
 Maquiavel  Todos os Estados que existem são República ou 
Monarquia. 
 O Direito Romano tinha 3 prerrogativas: 
1) Status Libertatis  Cidadão Romano nascia livre; 
2) Status Civitatis (Cidadania)  Imposição Jurídica ao Cidadão Romano. Direito do 
Cidadão procurar um tribunal e ser julgado pelo Ius Civilis (organizado e 
estruturado) diferente do Ius Gentius (tinha a ver com sorte, votação). Além 
disso o cidadão romano tinha o direito de votar, participar do banhos e ir ao 
coliseu. 
3) Status Familiae (Direito de Herança)  O cidadão romano quando morria tinha o 
direito de transmitir seus bens para os filhos, geralmente o mais velho. Pater 
Familia, tinha direito de vida ou morte sobre a mulher. Afectio Maritalis 
Elementos Constitutivos (Elementos necessários para a existência do Estado) 
1) Território: Base geográfica, espaço aéreo, plataforma continental, embaixadas, 
navios e aviões de guerra. 
2) Povo: A população são dados do IBGE, o povo tem um vínculo jurídico e político 
com o Estado, tem a nacionalidade do Estado. 
3) Poder Soberano: Se manifesta através da Constituição (República Federativa, 
formada por união indissolúvel, a maior idade será aos 18 anos, a câmera terá 
180 deputados, etc) 
 
Estado diferencia-se de Nação  No Brasil há cerca de 200 tribos indígenas, portanto 200 
nações indígenas Nações que não são Estados. Mas que tem linguagens, origens, costumes, 
tradições diferentes. 
 Dentro do Estado da Espanha  Temos as nações: Catalão, Basco e Galego. 
 Canadá  Temos a nação de Quebec. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 2 
 
 Suíça  Possui 4 línguas oficiais: Alemão, Frances, Italiano e Romani, formando 
quatro nações distintas. 
 Índia  12 idiomas e mais de 200 dialetos. 
 Nação parte de um Conceito Sociológico (ligadas a idioma, costumes, tradição, 
religião, etc) e não um conceito Jurídico / Político como o caso de Estado. 
 O Estado define a nacionalidade e a jurisdição. 
 
07/02/2013 
 Indicação de Filmes: 
o Robin Hood 
o Sangue e Honra 
 1215 Inglaterra  João Sem Terra 
 
 Pesquisar sobre a Carta Magna 
o É um documento de 1215 que limitou o poder dos monarcas da Inglaterra, 
especialmente o do Rei João, que o assinou, impedindo assim o exercício 
do poder absoluto. Resultou de desentendimentos entre João, o Papa e os 
barões ingleses acerca das prerrogativas do soberano. Segundo os termos 
da Magna Carta, João deveria renunciar a certos direitos e respeitar 
determinados procedimentos legais, bem como reconhecer que a vontade 
do rei estaria sujeita à lei. Considera-se a Magna Carta o primeiro capítulo 
de um longo processo histórico que levaria ao surgimento do 
constitucionalismo. 
Povo (Nacionalidade) Diferencia-se de População (IBGE) 
 População engloba estrangeiros e apátridas (heimatolos) 
Território  Delimitado (Base Geográgica) 
 Jurisdição e Competência 
 Nacionalidade 
Mar Territorial  12 milhas náuticas (Expansível + 12 e dependendo da Lei ainda + 12 
milhas); 
 Plataforma Continental; 
Espaço Aéreo (12 milhas) 
 Navios e Aviões Mercantis no espaço aéreo internacional, respondem os 
passageiros e tripulação segunda as leis pais da bandeira do avião; 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 3 
 
 Navios e Aviões Mercantis em territórios de outros países, respondem os 
passageiros e tripulação segundo as leis do país onde o avião estiver; 
 Navios e Aviões de Guerra no espaço aéreo internacional e/ou em território 
estrangeiro, respondem segundo as leis do país da bandeira do avião. 
Ficção Jurídica  Territórios das Embaixadas 
Poder (Soberano – Jean Bodin  Externo / Interno  Organizar a Constituição 
Momentos Históricos: 
 1824 (Independência do Brasil); 
 1891 (Formação da República); 
 1934 (Movimento Constitucionalista de 1932); 
 1937 (Golpe Getúlio); 
 1946 (Redemocratização); 
 1967 (Golpe Militar); 
o 1969 (Emenda Radical) 
 1988 (Atual) 
 
Hierarquia Normativa – Hans Kelsen 
 
 Constituição Federal (1988); 
 Leis Federais (Art 59); 
 Constituição Estadual; 
 Leis Estaduais; 
 Lei Orgânica do Município; 
 Leis Municipais. 
 As leis são inválidas ou consideradas inconstitucionais, quando fora dessa 
pirâmide. 
 
14/02/2013 
Teorias que Justificam o Nascimento do Estado e Formação do Governo. 
 Não são estanques (isoladas)  Cada uma delas tem um argumento principal (Sec. XV 
ao XVIII) 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 4 
 
 Teorias Absolutistas (Defendem um poder sem limites) x Teorias 
Contratualistas 
TEORIAS ABSOLUTISTAS 
1) Teoria de Origem Familiar 
Podemos ter o nascimento de um Estado por uma família Patriarcal ou Matriarcal 
– Robert Filmer (XVII)  Para justificar um Rei Absoluto, utilizava um fundamento 
da bíblia dos patriarcas, pois segundo ele, Deus sempre escolheu um Patriarca 
(Abraão, Isaac, Jacó, Israel, Moisés, etc). Tem como base no direito divino, com 
base na bíblia  Se não tiver uma força armada pra dar sustentação não 
funcionaria. 
Essa teoria se contradiz com o Primeiro Tratado do Governo Civil (Locke). 
Hordas Raras – Teoria Matriarcal – A Mãe criada entre os bárbaros, teriam filhos 
com vários homens, e não saberiam quem são os pais, portanto essa sociedade se 
baseava nessa mãe  Força de Sangue  Nação que virava um Estado! 
 
2) Teoria Teocrática 
Nos dias atuais temos teocracias. De origem Islâmicas, por exemplo, o Irã, quem 
manda lá são os Aiatolás, que são os representantes do pensamento do Alcorão. 
As Leis dos Aiatolás são as Sharias de cunho religioso. Muitas delas contrárias a 
democracia, por exemplo, o homem possui poder de vida e morte sobre a mulher; 
a ablação (corte o clitóris feminino, para que a mesma não sinta mais prazer); 
homossexualismo é punido com a morte, não há liberdade religiosa. 
Teo (Deus) Krato (Governo) 
Na idade média  Deus escolhe seu ungido  Rei (David)  Base do poder e as 
leis vem do próprio Deus. 
Teoria Teocrática, de Origem Familiar e a de Thomas Hobbes são de origem bíblica 
e absolutista. 
3) Teoria Thomas Hobbes – O Leviatã 
Escreve sobre um contrato que da poderes absolutos ao Rei. (Contratualismo  
Absolutismo) 
Hobbes fala sobre o peixe bíblico do livro de Jô, o Leviatã é um monstro dos mares, 
que impõem suas regras dentro do mar. Esse peixe seria o Estado. 
O Homem da idade média precisava de algo para que eles obedecessem  para 
que reconhecem alguém como Rei. 
Para Hobbes o estado de natureza do homem é ruim (“O Homem é o lobo do 
Homem”), e com isso propõe um contrato, e as pessoas para se verem livres 
daquele estado de insegurança, onde prevalecia a lei do mais forte, aceitam 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 5 
 
renuncia todos os direitos e entregam ao Rei (absoluto), e se tornam súditos, 
vivendo sobre o dito do Rei. 
O Rei Absoluto  só presta conta para Deus e mais ninguém. 
 
4) Teoria J. Bossue T  Um dos principais teóricos do Absolutismo – Capet 
Ancien Regime  Velho Regime de Absolutismo Monarca  Ele construiu uma 
teoria cujabase é a Bíblia, mas como doutor em teologia, ele escreve um 8. 
Sacramento, que é a Coroação. Então quando o papa ou arcebispo recebe a coroa 
é como se o próprio Deus estive coroando-o. O Rei, portanto, faz prevalecer o 
Direito Divino.  França: 95% Povo; 2,5% Nobres; 2,5% Clérigos. Exército dando 
respaldo ao poder absolutista. 
Coreia do Norte  Hoje ainda é uma ditadura bastante semelhante a esse 
absolutismo com Direito Divino. 
 
TEORIAS CONTRATUALISTAS. 
5) Teoria “O Contrato Social”  Jean Jacques Rousseau 
Era um tipo de constituição  as pessoas componentes do Estado celebravam um 
pacto. 
Premissas  
Afirmava que o Estado de Natureza do Homem era Bom  Ser Humano. 
Abre mão de sua liberdade natural (liberdade da natureza) e recebe em troca a 
liberdade civil (participação na sociedade). 
O Homem não entregava ao Estado apenas 3 coisas: Vida, Liberdade e 
Propriedade. 
O contrato tem como fundamento principal a Vontade Geral. 
Na impossibilidade de se resolver os problemas a sociedade estatal se reúne 
para resolve-lo e todos que participam dessa sociedade, que estabelecem esse 
contrato, tem direito de opinar na resolução do mesmo. 
 
Rousseau e Locke são importantes, pois eles fundamentam o Constitucionalismo. 
 
6) Teoria de J Locke  2. Tratado do Governo Civil  Aborda liberalismo 
constitucional. 
Locke é o pai do Empirismo (Na filosofia, Empirismo é um movimento que acredita 
nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, discordando, 
portanto, da noção de ideias inatas) 
 
18/02/2013 
Prof. Glauco Roberto Marques Moreira 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 6 
 
 Origem do Estado E Teorias Justificadoras do Poder 
 Teorias racionalistas: 
o Jusnaturalismo e o Direito Natural: É a teoria que diz, que existe um direito 
natural, com sistema de normas de condutas intersubjetivas (entre 
pessoas), diverso do sistema constituído pelas normas fixadas pelo Estado 
(direito positivo). 
 Antecede o direito escrito, o direito, portanto, advém da própria 
natureza do homem  direitos individuais (direito a vida, 
propriedade, etc), 
 Ele se contrapõem ao positivismo jurídico, embora não negue a 
necessidade de normal sociais. 
 Absolutismo: 
o Originou-se a partir do poder divino  O Escolhido, só prestava contas a 
Deus. 
TEORIAS CONTRATUALISTAS 
O que defendiam os Contratualistas? Diziam eles que o Estado (sociedade teve origem 
entre os homens, em que estes cedem parte de seus direitos individuais em prol de 
um todo (interesse coletivo). A finalidade principal desse acordo é o bem comum, o 
bem coletivo  a busca pela satisfação dos interesses gerais da sociedade. 
Estudo das Primitivas Comunidades: O Estado de Natureza  Não existia um Estado 
organizado. Hoje a sociedade se constitui de forma organizada e com poder de mando. 
Colaboração da Reforma Religiosa  a igreja se contrapôs contra o próprio estado, 
para que houvesse algum tipo de limitação. 
 Rebelião Racionalista: Martin Lutero, em 1517 iniciou uma grande reforma 
religiosa, que resultou na revisão da Bíblia Sagrada e também na divisão 
entre protestantes e católicos. Porque a Igreja Católica estava intimamente 
ligada ao Reinado, aceitando todas as atitudes do Rei. A reforma religiosa 
busca então no direito natural a proteção de suas ideias. O Direito Divino é 
substituído pelo Direito Humano. 
 Colaboradores do Contratualismo: 
o Kant  o homem, agindo através da razão cede seus direitos em 
um contrato social; 
o Montesquieu  iluminista que colaborou alguns séculos adiante. 
TEORICOS DO CONTRATUALISMO 
THOMAS HOBBES (1588) – Filósofo Inglês 
Absolutismo Racional  Busca uma razão para a aceitação do absolutismo 
(diferentemente do absolutismo divino). 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 7 
 
Para Hobbes no estado de natureza, o homem é inimigo feroz dos demais membros da 
sociedade. O homem atacaria o próximo para sua própria defesa (estado de natureza). 
“O Homem é o Lobo do Próprio Homem”. É necessário que haja alguém dominando o 
homem, para que o homem não seja feroz. 
Estado de guerra mútua (no estado de natureza) – todos contra todos. 
Em síntese segundo Hobbes, não há harmonia social, se não houver um poder 
dominando o homem. 
Ideias Principais de Hobbes: Para evitar o caos, todos os indivíduos teriam cedido os 
seus direitos a um homem ou assembleia de homens, que assume o lugar da 
sociedade, com o dever de conter a guerra de todos contra todos. 
O Leviatã (1961)  (Livro de Jó 41:25)  Monstro Bíblico  Devorava a população 
Ribeirinha  Onipotência (O Próprio Estado) 
JOHN LOCKE (1932) 
O Homem no estado de natureza: Para John Locke o homem no estado de natureza, é 
temeroso, enfraquecido, sem condições de agredir e/ou atacar o próximo. 
Estado de Pré Liberdade – Pré Sociedade  ainda não é possível se falar em uma 
sociedade como hoje, neste estágio. Para o filósofo o homem se protege e se defende 
para garantir os seus direitos indivíduas, seus direitos naturais, fazendo isso através da 
sociedade. O mecanismo é a sociedade. 
Pai do Liberalismo e do Empirismo  Liberalismo tem o sentido de busca de bases que 
vão permitir ao ser humano desfrutar de condições para gozar seus direitos. O 
Liberalismo só existe onde existe opressão (absolutismo). 
Ideias principais de Locke: O Contrato Social é um pacto de consentimento geral, 
unanime, em que todos concordam com a ideia de formar uma sociedade para 
preservar os seus direitos. 
Se todos abrem mão de controlar o seu direito pessoal, em um consentimento natural 
e unanime, naturalmente essa nova sociedade tem que buscar o direito coletivo, o 
bem comum. 
Obra: “Ensaio sobre o governo civil” (1690) 
 Direito legítimo e sempre um direito legal? A palavra legitimidade esta 
relacionada com consentimento. Ou seja, um direito legítimo, é um direito que 
coletividade aceita. A palavra legal é aquilo que vem de uma lei. Podemos, portanto, 
ter uma lei que não é legítima, por não ser aceita pela coletividade. 
A Legitimidade do poder está no consentimento de todos os homens. Para Locke o 
Estado é legítimo, por ter aceitação social. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 8 
 
Direito de Insurreição: Se o poder não é legítimo, os membros da sociedade tem o 
direito de mudar o governo, caso ele se desvie da finalidade principal que é o bem 
comum. Isso leva a Revolução. 
As ideias de Locke, repercutem então na Revolução Gloriosa (Inglesa) – 1688  Foi a 
primeira revolução das três que influenciaram o constitucionalismo no mundo. Não foi 
uma revolução sangrenta. O rei teve que ceder direitos pois caso contrario ele não 
receberia os impostos, que dava força para o mesmo guerrilhar. 
Declaração dos Direitos – Bill Of Rights (1689) 
JEAN JACQUES ROUSSEAU (1712) 
Foi o principal teórico do contratualismo. 
Principal Obra: O Contrato Social  Para Rousseau, o Estado é fruto da convenção 
entre os homens. Resulta da vontade geral dos indivíduos na sua maioria. A nação é 
superior ao rei. Não existe o direito divino, mas o direito legal. A vontade geral é 
ilimitada, ilimitável e absoluta. 
Direito de Revolução  se a vontade geral não é atendida. 
Desencadeou a Revolução francesa (1789)  Foi uma revolução sangrenta, pois não 
foi possível um pacto, como da forma que foi na Inglaterra. 
 
21/02/2013 
 Locke  escreveu o 2º Tratado do Governo Civil, sua maior obra. (Ele escreveu 
também o 1º Tratado rebate a teoria patriarcal do Filmer). 
 Nesse segundo trabalho ele diz que o poder vem do consentimento do povo, e se elas 
não estiverem contentes,ele dá o direito de revolução. 
 James Stuart (Jaime II)  Condena o Locke, achando que ele queria derruba-lo, que 
foge para Holanda pra não ser preso. E ai ele lidera a Revolução Gloriosa que acaba por 
derrubar o Rei Jaime II. 
 Assume o trono da Inglaterra o Guilherme de Orange (4 na linhagem da Holanda), que 
era casado com a Mary, antiga esposa do Jaime II, mas para ele assumir o poder o obrigam a 
assinar o “Bill Of Rights”  Carta de Direitos  Quase uma constituição  Deixando o 
Absolutismo. 
 Montesquieu, pensou em outra forma de limitação de poder. Ao invés do Rei absoluto, 
ele pensou em 3 reizinhos  os 3 poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), ocupados por 
pessoas diferentes. 
(Art 2º da CF)  “Poderes” estaria aplicado de forma errado nesse artigo, seriam 
na verdade funções do Estado. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 9 
 
Os Cartórios exercem a função que chamamos de certificante  precisamos entender 
que existem 3 funções constitucionais, mas que existem outras que não estão presentes na 
constituição. O ministério público, com o Tribunal de Contas, a Imprensa, são outros exemplos 
de funções do Estado, que exercem uma função fiscalizadora. 
Função de Polícia, Chefe de Estado (Rei ou Presidente – cuida das relações 
internacionais) e Chefe de Governo (1º Ministro – cuida das relações internas)  Separando 
as funções, mais limites teremos, mais gente controlando o Estado teremos. 
 
ANTECEDENTES DA CONSTITUIÇÃO 
Norberto Bobbio  designava esse período como a “A Era dos Deveres”  no livro A 
Era do Direitos. 
Rebek  chama essa fase como Liberdades dos Antigos. 
 Gregos 
 Leis Topoi e Nomoi. As Nomoi eram leis feitas na eklésia (igreja – 
assembleia) - leis que regiam o dia a dia na sociedade grega. Já as Topoi, 
não podiam ser alteradas – normas de funcionamento da cidade (Art. 
60º da CF § 4º). 
 Os Gregos foram os primeiros a falar em Direito Natural  Direito 
Inerente que existe antes (Titulo II da CF). 
o Sófacles escreveu uma peça chamada Antígona (tragédia grega)  
Onde Creonte para assumir o trono de Tebas, mata o irmão e com 
isso inicia uma guerra civil  Dois de seus sobrinhos morrem, 
sendo que um lutou ao lado do tio e o outro contra. Depois da 
morte de ambos o Rei, determina através de um edito real que o 
sobrinho traidor teria como pena ficar sem sepultura. A irmã deles, 
Polinice, vai contra essa decisão dizendo que há direitos inerentes 
do Ser Humano, que o Estado não pode Legislar contra esses 
direitos. 
 
 Romanos 
 No Direito Romano eles reconheciam algumas normas do Direito Público 
que eram normas de caráter superior, chamadas Topos. Nessa época, os 
romanos já reconheciam que hierarquicamente algumas normas eram 
superiores a outras. Essas normas eram normas Estruturais do Estado, 
primeiro do Império e depois da República. Normas essas que nem mesmo 
o imperador poderia altera-las. 
 A Republica Romana tinha uma norma que dizia que os Cônsules (poder 
executivo), tinham o poder de veto um sobre o outro. Todas as decisões 
que eles tomassem deviam ser concordantes, pois um tinha o poder de 
veto sobre o outro. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 10 
 
 Quando Cesar deu o golpe e alterou uma Topos, tirando a outra cadeira 
que poderia veta-lo, a coisa foi tão seria que ele foi esfaqueado. 
 
25/02/2013 
 ANTECEDENDES DA CONTITUIÇÃO 
 Gregos  2 Antecedentes  Peça Antígona e Topoi e Nomoi; 
 Romanos  Normas Topos 
 Para os Romanos a Ditatura tinha a ver com 2 artigos de nossa Constituição  
Art 136º (Estado de Defesa  catástrofes de grandes proporções => tsunamis / gripe 
aviária) e Art 137º (Estado de Sítio  guerra). No governo Romano havia 2 cônsules (poder 
executivo – determinado por uma Topo) e eles tinham o poder de veto um sobre o outro e 
tinham que ter ainda a aprovação do senado. Quando acontecia uma guerra civil, saia do 
poder os cônsules e o senado e nomeavam um ditador. A ditadura para os Romanos é como 
nosso estado de sítio e defesa  Essa era uma norma Topo que não podia ser mudado devido 
ser uma norma de organização do Estado. 
 Código de Manú (Índia) e Código de Hamurabi (Babilônia)  A importância é que 
eram documentos escritos. Os mais antigos documentos escritos que se tem 
notícia. O Código de Hamurabi trouxe também a ideia de proporcionalidade. 
 Europa  Forais, Cartas de Franquia e Pactos de Vassalagem  São documentos 
muito importantes. Mas existem outros como os Covenants  que são 
documentos religiosos; além das Leis Fundamentais do Reino (França). 
o Todos esses documentos são outorgas (concessões)  só que quem 
outorga ou concede pode tirar  Era dos Deveres (Norberto Bobbio)  A 
outorga ou concessão, quem concede poderia tomar de volta.  Nesse 
momento estamos em uma Europa Feudal, que esta crescendo uma classe 
chamada Burguesia que estão contradizendo os Nobres. 
 Forais  “Direitos” -> são outorgas entre os Vassalos e o Senhor 
Feudal 
 Os Vassalos tinham que prestar homenagem aos Senhores 
Feudais; o Sr Feudal em contra partida dava defesa ao seu 
Vassalos, defendendo-o de bandidos e ataques de outros 
feudos (Defensium) 
o Hoje  Respeito aos símbolos nacionais 
(antecedente nas homenagens) 
o Hoje  O Estado é obrigado a dar defesa 
 O Vassalo era obrigado a prestar auxilio ao Sr. Feudal 
(Auxílium), em troca ele recebia a proteção (auxilio 
médico, remédio, se houvesse uma peste o Sr. Feudal 
tomava as medidas profiláticas, etc)  Protecisium 
o Hoje  O Estado é obrigado a dar Proteção 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 11 
 
 O Sr. Feudal exigia que os seus servos o aconselhassem 
(Concilium) em contra partida o Sr. Feudal oferecia vários 
benefícios como festas, etc. (Beneficium) 
o Hoje  O Estado é obrigado a dar bolsa família, 
etc  benefícios. 
 Os Vassalos eram obrigados a prestar serviço militar para 
proteção do feudo, por outro lado eles tinham garantia 
financeira (warrant)  o Sr. feudal era o avalista dos 
Vassalos. 
o Hoje  Ainda há a obrigatoriedade do Serviço 
Militar. 
 Pactos de Vassalagem  São outorgas individuais  São 
benefícios para cooptar pessoas  ou seja, pegavam alguém que 
tinha um talento especial e dava alguns direitos para ele se tornar 
um Vassalo, ou seja, ficar a disposição do Sr. Feudal. 
 Cartas de Franquia  tem a ver com as relações de trabalho  
fabriquetas (produção)  ou seja são outorgas relacionadas com 
a produção  ex. alguém produz algo em algum lugar e há o 
interesse de traze-lo para a região então oferecia-se benefícios 
para que isso ocorresse (vantagens financeiras e/ou pessoais)  
mas se vc fabrica espadas, vc só fabricará para os aliados e não 
para os inimigos. 
 Covenants  “Alianças”  Pactos que garantiam a Liberdade 
Religiosa. 
 Magna Carta (1215)  Primeiro documento que busca estabelecer limites ao 
poder real (Rei João Sem Terra foi obrigado pelos Barões a assinar o documento) 
 esse documento britânico trouxe alguns elementos essenciais da nossa 
constituição  Vários Reis da Inglaterra também assinaram, o Henrique III (filho 
do João sem Terra) assinou a carta 7 vezes . Eduardo I (Neto do João sem Terra) 
assinou 3 vezes. O Eduardo III (Filho do Eduardo I) assinou 14 vezes. Durante mais 
de 200 anos, todos os Reis da Inglaterra foram obrigados a assinar. Só a partir da 
Dinastia Tudor no século XV que a Magna Carta perde um pouco de força. 
o O Rei João Sem Terra, foi um péssimo Rei, toda vez que precisava de 
dinheiro, criava um imposto para pegar dinheiro dos Barões. 
o Legados da Magna Carta 
 Tribunal doJúri  Art. 5º XXXVIII  é reconhecida a 
instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, 
assegurados: a) plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a 
soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos 
crimes dolosos contra a vida  Os Barões queriam escapar do 
absolutismo do monarca, então eles queriam ser julgado pelos 
iguais, direito presente na Magna Carta. Povo pelo povo, barões 
pelos barões, clérigos pelos clérigos. (O Júri é anterior a Magna 
Carta) 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 12 
 
 Devido Processo Legal  Art. 5º LIV  Ninguém será privado 
da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal  Se 
alguém fosse preso, tinha que haver um motivo, e tinha o direito 
de ser julgado, acabando com as prisões arbitrárias. 
 Domicílio Inviolável  Art. 5º XI  A casa é asilo inviolável do 
indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial  O 
rei não tinha autorização para violar a casa de ninguém. 
 Anteriorioridade Tributaria  Art. 150º, III b  Art. 150º 
Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é 
vedado á União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja 
sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou  Isso porque o 
João Sem Terra, toda vez que gastava um pouco mais, criava um 
novo imposto de pagamento imediato e o contribuinte não tinha 
como pagar, era confiscado seus bens. 
 Habeas Corpus  Art. 5º LXVIII  conceder-se-á habeas 
corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
ilegalidade ou abuso de poder. Os barões conseguiram que toda a 
vez que o Rei prendia alguém irregularmente, eles entravam com 
habeas corpus (que significa mostre a pessoa). 
 Juiz Natural  Art. 5º XXXVII  Não haverá juízo ou tribunal 
de exceção  Os Barões queriam se ver livres das indicações do 
rei. 
 
28/02/2013 
OUTROS “BILLS” DA INGLATERRA 
Petition of Rigths  Petição de direito de 1628  Assinada pelo Rei Carlos I (Stuart) 
Os Barões (Parlamento) e os Burgueses  obrigam o Rei a assinar visando estabelecer limites 
ao poder real. 
 Limites Tributários: O Rei é obrigado a levar ao parlamento a criação e aumentos 
de impostos. Eles começam a entender que se controlarem a grana do Rei, eles 
controlam o próprio Rei. 
 Devido Processo Legal: O Rei passa a ser obrigado a respeita-lo, e fica proibido de 
prender alguém sem culpa. Hoje temos no nosso código penal algumas previsões 
de prisão sem culpa, como a prisão temporária. 
1679  Nabeal Corpus Act  Ato de Habeas Corpus  Charles James Stuart (irmão 
do Rei Carlos I), foi obrigado a assinar esse tratado  Regulamentação do Habeas Corpus  
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 13 
 
Não podia tendo saído o habeas corpus haver outra prisão contra a pessoa imediatamente a 
sua soltura. Então esse tratado trazia a responsabilidade do Juiz e do Rei, pois o Juiz tinha que 
determinar a soltura do detentor do habeas corpus imediatamente, esteja esse onde estiver. 
1689  Bill of Rights  John Locke  Revolução Gloriosa  Bill of Rights era 
praticamente uma constituição. 
 A Revolução Gloriosa afasta o Jaime Stuart e assume William and Mary (ela Stuart 
e ele de Orange). Só que para o William assumir ele teria que assinar uma carta de 
Direitos  Bill of Rights 
o Barões ganham direitos; 
o Parlamento ganha força; 
o Todos os homens livres da Inglaterra ganham os direitos antes descritos na 
Magna Carta. 
 Pq o Bill of Rights ainda não é considerado uma constituição?  Pq o Rei ainda 
manda um pouco mais que o Parlamento. 
ATO DE TOLERÂNCIA – 1701  Seatlement  Além da liberdade religiosa para toda a 
população, trouxe a liberdade de expressão para os parlamentares (possibilitando críticas ao 
rei), e todos os homens livres da Inglaterra. Traz também garantias aos Juízes, para poderem 
julgar sem influencia, mas traz punição aos juízes que julgam mal. 
Covenants (pactos)  Começam na Inglaterra, mas são transportados para as 14 
colônias (incluindo na época o Canadá) as outras 13 colônias é que formaram os Estados 
Unidos  Trouxeram maior liberdade religiosa. 
 O mais importante Covenant foi escrito dentro de um navio, e o documento é 
conhecido como Mayflower Compact (1620)  começaram então a elencar 
algumas coisas importantes para que eles se governassem no novo lugar que 
estavam indo colonizar como: garantir a todos a liberdade religiosa, o direito a 
educação, garantir o direito de andar armado (proteção contra bicho, índio, 
estrangeiro inimigo), direito de decidir as coisas em assembleias (destino da 
civilização)  Esse modo de pensar, vai impregnando a cultura e depois de algum 
tempo eles pensam em fazer uma constituição e se separar da Inglaterra. 
Contratos de Colonização  13 Colônias (EUA)  Todos eram Estados independentes 
 Cada Estado tinha suas regras  A Pensilvânia foi dado para William Penn  Só que a 
Pensilvânia era muito longe, e para que as pessoas fossem morar lá, William oferecia 
propriedade (20 acres), isentava de impostos, dava liberdade de religião, direito a educação, 
que nada mais são que os Contratos de Colonização. 
 Esses direitos na Europa não existiam, principalmente o que tangia o direito de 
propriedade. 
 O mesmo ocorreu nas West Virginia e uma parte da Filadélfia. 
1639  Ordens Fundamentais de Connecticut  na fundação do território eles 
escrevem o documento de organização do Estado. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 14 
 
 Como funcionar o Governador a Casa dos Representantes  Estrutura a colônia. 
 Essas normas estabelecer leis, para a convivência social. 
 Claro que as ordens por serem feitas por um pastor, estavam impregnadas de 
questões religiosas. 
A 1º Constituição será a dos EUA  Carta do Bom Povo Da Virginia  Teve duração 
de apenas 1 mês e pouco.  Ela veio com a Revolução Americana. 
As 13 colônias, cansadas com os desmandos de Londres, se revoltam e fazem uma 
revolução. 
A Constituição Estadual da Virginia foi substituída pela Constituição dos EUA, e é o 
primeiro documento constitucional da humanidade e tem validade até os dias atuais. 
 As 13 colônias, mandam os seus representantes para o Congresso na Filadélfia, para 
fazerem a constituição. 
 Como fazer os controles e/ou limitações do Poder? 
o A ideia de Montesquieu de fazer a tripartição dos poderes 
 Executivo  Reizinho eleito de 4 em 4 anos  Presidente 
 Legislativo  Devido ao tamanho das Colônias, começaram as 
discussões porque os grandes queriam mais representantes que os 
pequenos  Ai decidiram fazer Bicameral, ao passo que a Câmera 
teria um numero de representantes conforme a população da 
colônia, teria também o senado, com o mesmo numero de 
representantes para cada estado, e todas as leis deveriam passar 
por ambas as casas. 
 Judiciário  Constituição da Corte  E cada Estado teria a sua 
justiça. A ideia era que a federação só pegasse os casos em que os 
Estados não tivessem capacidade de resolver. 
o Esqueceram do Bill Of Rights (Carta de direitos) que estava impregnado na 
ideologia dos sujeitos  Convocação do 2. Congresso Continental, e 
estabelecem as emendas com o “Bill of rigths” 
Com a constituição temos 2 tipos controle do poder, um interno que é a separação dos 
poderes. Os americanos chamam essa forma de Freios e Contra Pesos (Checks and balances) 
 um poder vigia o outro. O controle externose dá pelo cidadão que tem o direito de recorrer 
a suprema corte cobrando que fosse respeitado os seus direitos constitucionais  Função de 
Guarda da Constituição. 
 
04/03/2013 
 Carta do Bom da Virgínia 
 Constituição dos EUA 
o Revolução  Declaração de Independência (Devido aos tributos que 
deviam a colônia, a falta de liberdade)  Revolução segundo John Locke 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 15 
 
 Tripartição dos poderes (Sistema Checks and Balances)  
Montesquieu 
 Fizeram então um contato social (Rosseau)  entregaram 
as liberdades e receberam em troca os benefícios; 
o Bill of Rights (controle externo – ninguém pode 
mexer)  Emendas  A base foi os covenants, 
magna carta, contrato de colonização  Criaram 
um documento Topoi. 
O constitucionalismo nasce dessa forma nos EUA. 
Ao mesmo tempo a França passava por um período muito tumultuado  Leis 
Fundamentais do Reino (não estavam a disposição do Rei) 
 Somente os Estados Gerais poderiam alterá-las 
o Formado pelo Povo (90% da população), os Clérigos (5%) e os Nobres (5%) 
 Os nobres através de um exército dominavam os demais 
o Os Estados Gerais tinham que ter representantes do povo, do clérigo e da 
nobreza de todas as cidades francesas. 
o Mas o rei era malandro, e dava mais poder aos nobres colocando mais 
representantes destes, na convocação para os Estados Gerais. 
o Em Paris  Na convocação para os Estados Gerais  um Clérigo 
revolucionário, sabendo da tripartição de Montesquieu e do contrato 
social de Rosseau falam do 3. Estado  Que é na verdade a força 
produtiva do país! 
 Revolução pra quebrar o “Ancien Regime” (Antigo Regime)  Daí 
se inicia a Revolução Francesa (Locke) 
 Luis XVI é morto, Maria Antonieta é Guilhotinada e é feita 
a: 
o DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E 
CIDADÃO. (2º Constituição do mundo)  
Promove a organização do Estado na tripartição, 
faz uma declaração de direitos, cria-se a 
assembleia, etc. 
 
Daí para frente, todos os países da Europa e do mundo, se colocam a fazer suas 
constituições, sendo sempre um documento escrito, governo com tripartição, com declaração 
de direitos. 
Modelo Liberal Clássica  Sendo um Documento Escrito / com Separação de Poderes 
(controle interno) / e Declaração de direitos (controle externo). 
 - 1ª Geração (Dimensão) – Direitos Negativos – Liberdades 
 As cartas de direitos de todas as constituições neste momento, se preocupam com a grande 
interferência do Estado. Buscam liberdades frente ao Estado, como a liberdade religiosas, de 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 16 
 
expressão, de locomoção, etc.  As pessoas estão nesse momento só preocupados com os 
direitos negativos (não intervencionistas) 
 Esse primeiro modelo de constituição fracassa, pois há um enfrentamento de duas 
classes  Burguesia x Proletariado (recebe este nome devido o seu único bem ser 
a prole)  REVOLUÇÃO INDUSTRIAL  Vapor – Eletricidade 
o Onde há fracos e fortes a liberdade escraviza. 
o Os Burgueses definiam as regras de trabalho (12hs por dia), levar a família 
pra trabalhar junto, péssimas condições de trabalho. 
o Como a constituição na época é liberal, as regras de trabalho dependiam 
da vontade dos cidadãos  a situação se tornou pior que a escravatura. 
 nas relações privadas o Estado não intervinha. 
 Saúde  Hospital (Santa Casa); 
 Mortos  Igreja; 
 Velhos  Asilo ligado a igreja; 
 Relações de Trabalho  Contrato entre os cidadãos. 
o Então essa constituição Limitava o Poder do Estado, no entanto não 
limitou o poder econômico, e acabou por favorecer a Burguesia. 
 Burguesia explorando o proletariado. 
 Reações  Socialismo / Comunismo (Marx + Engels (1917 – 
Rússia) 
 2ª Geração (Dimensão)  Estado Social  Bem Estar 
- 2ª Dimensão de Direitos (Igualdade) 
 Acontece com a Lei Fundamental de Weimar (1919) e com a Constituição Mexicana 
(1917)  Carta de Direito  Traz as liberdades e juntamente a elas são acrescentados os 
direitos de igualdade  O Estado é Chamado a Intervir (estabelecer limites as relações 
privadas) 
 Relações de Trabalho  Tuteladas pelo Estado 
o Jornada de trabalho de 8hs; 
o Salário mínimo; 
o Condições de trabalho; 
o Licenças saúde, etc. 
 E o Estado é obrigado a conferir se estes direitos estão sendo 
cumpridos. 
 O Estado passa a ser obrigado a cuidar de aspectos da Saúde, Educação, 
Transporte, Moradia, cuidar dos Idosos, etc. 
E com isso o constitucionalismo ganha uma nova força. Nossa constituição a partir do 
seu art. 6º enumera os direitos sociais. 
Esse 2º Modelo constitucional começa no México 
Brasil só tem uma constituição dessa em 1934 com Getúlio Vargas. 
- 3ª Dimensão de Direitos (Solidariedade) 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 17 
 
Acontece após a 2º Guerra Mundial, devido o aparecimento de violações graves como 
experiências com seres humanos, eliminação de Judeus – genocídio, bombardeio da população 
civil, enfim, toda sorte de violações aos direitos humanos  o que nem a primeira dimensão 
(liberdade) e nem a segunda dimensão (igualdade) das constituições abordavam estes 
aspectos. 
 Carta ONU (1945)  Declaração Universal dos Direito do Homem (1948)  
Tratado Internacional 
o Tratado assinado pelos Estados preocupados com o Gênero Humano, pois 
até então suas constituições estavam preocupados apenas com os 
membros de seus próprios Estados. 
 Todo homem nasce livre; 
 Ninguém será submetido a tratamento cruel e/ou degradante; 
o O Tratado Internacional passa a valer dentro dos seus ordenamentos 
jurídicos. (CF 88 Art. 5ª LXXVIII § 2ª – Os direitos e garantias 
expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e 
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a 
República Federativa do Brasil seja parte). 
- 4ª Dimensão  Liberdade, Democracia e Informação 
- 5ª Dimensão  Água Potável. 
 
07/03/2013 
 CONSTITUIÇÃO 
 Geração desde os Gregos até as várias dimensões da Constituição. 
o As constituições vão sendo mudadas  direito a água, a internet, a 
bioética, tudo isso vai se desenvolvendo e mudando. 
CONTEÚDO DAS CONSTITUIÇÕES 
 Materialmente Constitucionais 
o Direitos e Garantias Individuais; 
o Organização do Estado 
 Separação dos Poderes 
 Titulares do Poder – No caso do Brasil é o Povo 
 Forma de exercício – Voto 
 Sistema e Forma de Governo – Federação, República, 
Presidencialismo, Legislativo Bicameral 
 
 Formalmente Constitucionais (estão dispostos na constituição, mas não é matéria 
constitucional) 
o Ex. Art. 206º VIII => piso salarial profissional nacional para os 
profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 18 
 
o Ex. Art. 208º § 3º => Compete ao Poder Público recensear os 
educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar junto aos 
pais ou responsáveis, pela frequência à escola. 
o Ex. Art. 231º => São reconhecidos os índios sua organização social, 
costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as 
terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarca-las, 
proteger e fazer respeitar todos os seus bens. 
 Ou seja, não são matérias que deveriam estar na constituição. Pois 
a constituição é feita para as regras maiores, o restante, tem que 
ser disciplinado pelas normas infraconstitucionais. 
 Por isso nossa constituição é chamada de “Total”, por abarcar 
inclusive assuntos que não são de ordem constitucional. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 
 Segundo a Forma 
o Escrita É um texto único, elaborado por um órgão constituinte. 
o Costumeira  Chamada também de não escrita (no entanto parte do 
documento dela é escrita)  Temos na doutrina apenas 3 exemplos: A 
Constituição da Inglaterra (Magna Carta e “Bill of Rigths” são válidos) mas 
há vários outros princípios constitucionais que não são escritos. Outro 
exemplo é a Nova Zelândia que possui os seus índios Maori, os dispositivos 
atinentes a estes povos que repousam na tradição e costumes, os 
neozelandeses respeitam como se fosse a constituição deles, que é escrita. 
O Estado de Israel também tem uma constituição escrita, mas tem vários 
questões de origem bíblica, com força de constituição para o povo. Ex. 
durante um feriado religioso, Israel sofreu uma invasão e sofreu sem lutar 
até o termino do feriado, e só então partiu pra luta e defender seu 
território, simplesmente por um respeito religioso (costumeiro), mesmo 
sendo a defesa de território matéria constitucional. 
 
 Segundo o Modo de Elaboração 
o Dogmática  reflete a vontade de uma maioria  Ex. nossa constituição 
de 88, não veio sendo escrita ao longo da história, então em um 
determinado momento uma maioria que queria democratizar o Brasil, 
parou e elaborou a constituição. 
o Histórica  construída ao longo dos anos  a costumeira. 
 
 Segundo a Origem do Poder 
o Promulgada – Democrática – Votada  
 1891  Primeira constituição da República; 
 1934 
 1946 
o Outorgada – Imposta  São exemplos de Constituições Outorgadas: 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 19 
 
 A primeira constituição do Brasil (CI – Constituição Imperial – 
1824), foi imposta pelo D. Pedro I, cuja a constituição dava pra ele 
plenos poderes, pois ele tinha o poder moderador sobre todos os 
assuntos que surgissem. 
 1937 Constituição Polaca, encomendada pelo ditador Getúlio 
Vargas, fez cópia da Carta Del Lavoro, e parte da constituição 
polonesa (nazista) e da Itália fascista de Mussolini. 
 Em 1967 e 1969, houve a constituição Militar, imposta pelos 
mesmo. 
 
 Estabilidade ou Mutabilidade 
o A constituição necessita de atualização (pois o mundo muda, a sociedade 
muda) 
o Quanto a estabilidade temos 3 tipos de Constituição: 
 Flexível  A mudança dela segue os mesmos preceitos de uma 
mudança em uma Lei Ordinária, ou seja, fácil de ser mudada. Ex. 
Lei fundamental de Weimar  distorcida posteriormente por 
Hitler. 
 Hoje não temos mais constituições flexíveis no mundo. 
 Rígida – Solene e Difícil  Apresenta um processo mais solene 
dificultoso em relação a Lei ordinária, para sua mudança. 
 PLO  Projeto de Lei Ordinária (art. 61º  propositura 
ou iniciativa qualquer membro ou Comissão da Câmara 
dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso 
Nacional, ao Presidente da República ao Supremo Tribunal 
Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da 
República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos 
nesta constituição). 
 PEC  Projeto de Emenda a Constituição (art. 60º  A 
constituição poderá ser emendada mediante proposta: I 
de um terço, no mínimo , dos membros da Câmara dos 
Deputados ou do Senado Federal; II – do presidente da 
República; III – de mais da metade das Assembleias 
Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, 
cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. 
o Só pela propositura já vemos que a emenda é 
muito mais difícil de ser iniciada. 
 PLO  Votações (art. 65º) – Duas votações de maioria 
simples, sendo uma em cada casa. Quando o projeto de 
Lei for do Senado, começa nesta casa e revisa na Câmara, 
quando iniciado na Câmera é revisado pelo Senado. 
 PEC  (art. 60º § 2º) – A proposta será discutida e 
votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 20 
 
turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 
três quintos dos votos dos respectivos membros. 
o Novamente em quantidade de votações e na 
quantidade de votos necessária para aprovação 
temos uma rigidez na PEC em relação a PLO. 
 Maioria Absoluta  a partir do primeiro 
numero inteiro da metade do número 
total de deputados ou senadores. 
 Maioria Relativa  a partir do primeiro 
número inteiro da metade do número dos 
presentes em cada uma das casas. 
o Nossa constituição é uma das mais rígidas do 
mundo. 
 Constituição Semi Rígida  Só tem um exemplo no 
mundo, que é a de 1824, Constituição do Império, que 
apresenta 2 processos de mudança: 
o O que era materialmente constitucional era rígido; 
o O que era formalmente constitucional era flexível. 
A nossa constituição além de ser rígida, ainda traz dispositivos chamados de cláusulas 
pétreas, ou seja, pedaços que nem podem ser discutidos. Art. 60º § 4º Não será objeto de 
deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma federativa de Estado; II – o 
voto direto, secreto, universal e periódico; III – a separação dos Poderes; IV – os direitos e 
garantias individuais. 
 
11/03/2013 
 PODER CONSTITUINTE 
 Pode ser dividido em 3 tipos de poder: 
 Poder Constituinte Originário 
o Ele elabora a constituição. É o poder que o Estado tem de elaborar sua 
constituição. É o poder soberano, o Estado vai se organizar. 
 Poder Constituinte Derivado 
o Ele altera a constituição, atualizando-a. 
 Poder Constituinte Decorrente ou Derivado Decorrente 
o É o poder que o Estado membro tem de elaborar sua constituição 
estadual. 
Partindo do Poder Constituinte Originário, veremos a seguir algumas características: 
Poder de Fato  esta ligado a uma revolução Ex. CF 1824 (1º Constituição do Brasil) - 
Brasil se desvincula de Portugal; a 1º CR (Constituição da República) teve a ruptura com a 
passagem da monarquia para a República; a CF de 1934 teve a revolução 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 21 
 
constitucionalista de 32 (São Paulo exigiu de Getúlio uma constituição); CF de 1937 – 
Estado novo de Getúlio, onde ele se torna ditador, de 1946 é uma constituição onde o 
Brasil volta a ser Democrático; a de 1967 e 1969 temos as Ditaduras Militares, e por 
fim a de 1988 volta com o Brasil Democrático. As constituições de 1824, 1937, 1967 e 
1969 foram outorgadas as demais foram promulgadas. 
 Poder Inicial (iniciabilidadade)  Através dele se 
inicia uma nova estrutura, da início a um novo tipo de 
Estado, revoga a constituição anterior. 
o Normas Infra Constitucionais  se forem 
compatíveis com a nova constituição são 
mantidas, as que não forem são revogadas. 
 Poder Autônomo  somente o exercente é que pode 
definir a estrutura. Não há vinculo com nada, não há 
nenhum dispositivo legal que disponha como deve 
ser feita a constituição. 
 Poder Incondicionado  não existe nenhum assunto 
proibido. No entanto o Brasil faz parte do pacto de 
São José que se compromete a não retroceder, 
quanto aos direitos e garantias individuais, portanto 
ele não poderia por exemplo liberar a pena de morte. 
No entanto se ele bater o pé e disser eu quero, não 
há nenhuma regra que o impeça, não existe nenhum 
assunto que seja proibido. 
 Poder Ilimitado  não presta conta a ordem jurídica 
anterior, não há assunto que ele não possa legislar. 
Titularidade do Poder Constituinte: Preambulo da CF  Nós, representantes do 
povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para institui um Estado 
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de 
uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,fundada na harmonia social e 
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacifica das controvérsias, 
promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do 
Brasil. 
 A Titularidade do Poder constituinte, portanto, esta 
descrita no próprio preambulo da CF, e nada mais é que o 
próprio povo, só que quem vai exercer o poder será uma 
assembleia nacional constituinte, que se fazem os 
representantes do povo. 
Fenômenos de Natureza Constitucional 
 O Brasil adota a teoria da Recepção, mas temos também a 
Repristinação e a Desconstitucionalização. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 22 
 
o A Recepção é um ato ou fenômeno de natureza 
constitucional, pela qual a constituição mantém ou 
não as normas infraconstitucionais. 
 As compatíveis são recebidas; 
 As incompatíveis são revogadas. 
o O Brasil só adota a teoria da Recepção, os dois 
outros não ocorre no país. 
o A Repristinação, significa tornar o velho novo. 
Onde há o fenômeno da repristinação temos uma 
Lei A, que é revogada posteriormente pela Lei B, 
que depois é revogada pela Lei C. Se houvesse 
repristinação essa Lei ressurgiria após a Lei B, ser 
revogada. Isso no nossa legislação não é permitida 
porque isso traria uma insegurança jurídica. Países 
como França / Suécia utilizam a repristinação. 
 O art. 62º CF com as MP, pode ter 
fenômenos repristinatórios, quando a MP 
suspende uma lei provisoriamente, mas a 
Lei não é revogada e sim suspensa 
temporariamente. 
o A Desconstitucionalização ocorre em países como 
a França, a constituição velha perde a Gala de 
norma constitucional e vira uma matéria 
infraconstitucional, ao invés de ser revogada então 
ela passa a integrar o ordenamento ordinário. 
 
O Poder Constituinte Derivado  No Brasil o poder derivado altera (atualiza) a CF de 
88. 
 PEC  Projeto de emendas constitucionais ou simplesmente emenda. 
 Características: 
o Poder Limitado: pelo poder originário, que definiu 
os limites, limitações essas de várias ordens: 
 Limitações Formais Objetivas: Estão 
relacionadas com os próprios dispositivos 
da constituição, os regimentos. Ex. Coro 
de instalação  em prática é o devido 
processo legislativo, por exemplo como 
exige-se 3/5 de aprovação dos 
parlamentares em cada casa, portanto dos 
513 deputados precisamos de pelo menos 
304 votos, portanto se não tiver no 
mínimo uns 350, pois nem todos votam a 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 23 
 
favor, o projeto de emenda nem pode ser 
colocado em votação, pois se ele não for 
aprovado, só poderá voltar na próxima 
assembleia legislativa. 
 Limitações Formais Subjetivas: Quem pode 
propor? É subjetivo porque pode ou não 
ser apresentado. Art. 60 CF I II III 
 Limitações materiais explícitas: Cláusulas 
Pétreas  Art. 60º CF § 4º - não será 
objeto de deliberação a proposta de 
emenda tendente a abolir: I – a forma 
federativa de Estado; II – o voto direto, 
secreto, universal e periódico; III – a 
separação dos Poderes; IV – os direitos e 
garantias individuais.  Não pode-se 
discutir a abolição, ou seja a retirada de 
algum desses direitos, portanto é um 
núcleo não modificável pra subtrair, mas 
se quisermos adicionar algo é possível. 
o Condicionalidade: Processo Legislativo (art. 60º 
CF) precisa ser obedecido: 
 Iniciativa: Incisos I, II e III. 1/3 da Câmara 
ou do Senado, Presidente ou de ½ das 
Assembleias Legislativas. 
 Votação: em 2 turnos em cada casa, com 
3/5 dos respectivos membros (§ 2º) 
 § 5º estabelece, que emenda rejeitada ou 
havida por prejudicada não pode ser 
objeto de nova proposta na mesma sessão 
legislativa. Ou seja, só no ano posterior 
que ela poderá voltar. 
 Se as condições não forem 
seguidas há uma 
inconstitucionalidade e a emenda 
não valerá. 
 
14/03/2013 
 CLAUSULAS PÉTREAS 
 Art. 60 CF § 4º 
I - Federação  Quem entra não pode sair, nenhum Estado pode deixar o pacto 
federativo. Não há separação dos Estados. Art 1º CF 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 24 
 
 II – Voto Direto, Secreto, Universal e Periódico  Votamos diretamente na pessoa 
que queremos como representante; Secreto significa que nem o Estado pode saber em quem 
votamos; Universal significa alcançar o maior numero possível, analfabetos, pessoas 
deficientes, presos, etc. Periódico, de 4 a 8 anos pode-se mexer na periodicidade. Art. 14º 
CF 
 III – Separação dos Poderes  Sistema de freios e contra pesos, controle interno do 
Estado. Art. 2º CF 
 IV – Os Direitos e Garantias Individuais  Os direitos são declaratórios (os direitos são 
declarados) e as garantias são assecuratórios (remédio constitucional). Ex. Temos a liberdade 
de locomoção, e quando nos prendem sem direito, temos o habeas corpus pra assegurar esse 
direito. Pra cada um dos direitos escritos na constituição, vamos ter um instrumento jurídico, 
ou seja, um remédio que assegura o direito. Outras garantias: Habeas data, mandado de 
segurança, etc. Art. 5º CF  o que for direito e garantia individual é cláusula pétrea, o que 
não for é um direito importante mas não esta alcançado pelo art. 60º CF 
 Temos no entanto no art. 5º § 2º descreve que os direitos e garantias 
expressos nesta constituição não excluem outros decorrente do regime e dos princípios por ela 
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
Ou seja podemos ter direitos e garantias individuais, espalhadas pelo texto constitucional, 
alocadas em outros artigos, portanto cláusulas pétreas também. E temos também cláusulas 
pétreas que veem dos tratados internacionais. 
 art. 5º § 3º Os tratados sobre os direitos humanos, devem ser votados em 
ambas casas legislativas, obtendo 3/5 de aceitação das casas, terão efeito de emenda 
constitucional. Ex. Convenção da pessoa com deficiência. 
 Clausulas Pétreas Explicitas  por estar explicitado na constituição: não será 
objeto de deliberação [...] 
 Limitações Implícitas: 
o Tecnicamente não esta explicito que podemos tirar o Art. 60 CF § 4º, 
mas fica implícito que não pode, pois se o processo legislativo tirasse este 
parágrafo em uma emenda, na próxima poderia ser mexido e abolido 
qualquer das cláusulas pétreas que por ele era regulada. 
o A República também implicitamente é cláusula pétrea: de 1891 a 1969 a 
República era uma cláusula pétrea, a CF de 1988 nos Ato das 
Disposições Constitucionais Transitória, no art. 2º marcou um 
plebiscito para que o povo votasse, entre república ou monarquia 
constitucional, e o sistema de governo parlamentarismo ou 
presidencialismo. Voltando portanto a ser uma cláusula pétrea implícita. 
 O Sistema de Governo não é uma cláusula pétrea, porque já 
tivemos este sistema de governo na época do Tancredo Neves. 
 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 25 
 
18/03/2013 
PODER DERIVADO  Altera a Constituição Através das PEC (Projetos de 
Emendas Constitucionais) 
Limitações: 
 Art. 60º § 4º (Cláusulas Pétreas) 
 
 Momentos: 
 
o Intervenção Federal Art. 34. CF  A União não intervirá nos 
Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I – manter a 
integridade nacional; II – repelir invasão estrangeira ou de uma 
unidade da Federação em outra; III – pôr termo a grave 
comprometimento da ordem pública; IV – garantir o livre exercício 
de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V – 
reorganizar as finanças da unidade da Federação que: [...]; VI – 
prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII – 
assegurar a observânciados seguintes princípios constitucionais: [...] 
o Estado de Defesa (Art. 136. CF); 
o Estado de Sítio (Art. 137. CF)  O presidente da República pode, 
ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, 
solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado 
de sítio nos casos de: [...] 
 
 Temporais: 
o Art. 3. ADCT  A revisão constitucional será realizada após cinco 
anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da 
maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão 
unicameral. 
 Unicameral  513 Deputados + 81 Senadores 
 
PODER DECORRENTE  Poder que o Estado Membro possui para elaborar sua 
Constituição Estadual. 
 Os municípios possuem Lei Orgânica, e não possuem 
poder decorrente.  salvo o DF que tem por ser uma 
cidade “atípica”. 
 Características: 
 Limitado 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 26 
 
 Condicionado 
 Autônomo 
Art. 11. (ADCT)  Cada assembleia Legislativa, com poderes constituintes, 
elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da 
Constituição Federal, obedecidos os princípios desta. 
Art. 18. CF  Prevê a Autonomia da União, dos Estados, Distrito Federal e 
Municípios. 
Art. 25. CF  Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis 
que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
Art. 28. CF  A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para 
mandato de 4 (quarto) anos, [...]. 
 
LEI ORGÂNICA DOS MUNICÍPIOS 
 Art. 11. § único (ADCT)  Promulgada a Constituição do Estado, caberá à 
Câmara Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois 
turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na 
Constituição Estadual. 
 Art. 29 CF  O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, 
com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da 
Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta 
Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: [...] 
 
 OS TRES TIPOS DE PODER SEGUNDO MAX WEBBER 
 Teoria da dominação  O que leva as pessoas a obedecer à lei? 
o Três tipos de poder: 
 Tradicional: É baseada na crença cotidiana, na santidade das 
tradições vigentes e na legitimidade daqueles que, em virtude 
dessas tradições, representam a autoridade.  Ex. China – 
Japão, tem regime Patriarcal, baseado nos Costumes 
Sagrados das tradições. 
 Carismático  Baseado em um Líder, demagogo, que cativa 
o povo com seu discurso  Ex. Júlio César – Che Guevara – 
Chavez – Lula – Mao – Vargas – Hitler – Peron. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 27 
 
 Poder Racional Legal: É o poder na qual se obedece à ordem 
impessoal, fundada no estatuto e na regulamentação da 
autoridade. É exercida pelas autoridades investidas pela lei 
(dominação legal), havendo coincidência, apenas neste caso, entre 
legitimidade e legalidade. Cria a noção de competência. A 
obediência presta-se às regras, e reconhece-se competente para 
designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Quem 
obedece, faz um cálculo racional e utilitário e vê vantagem em 
cumprir. 
 
 Legítimo  Eleito para o mandato; 
 Legal  Obedecendo à legislação vigente. 
 
01/04/2013 
 ESTADO  Até agora estudamos o 1. Elemento do Estado que é o PODER. 
Agora passaremos a Estudar o 2º Elemento do Estado: 
O POVO 
 É a razão de ser do Estado. Mas quem é o povo? No Brasil o povo são as pessoas que 
detém um vínculo jurídico e político chamado Nacionalidade, elencados nos seguintes 
dispositivos: Art. 12 CF que traz os Brasileiros Natos e Lei 6815/80 Estatuto do 
Estrangeiro e Art. 12. II CF, que traz os naturalizados. 
 Temos no Brasil a População, ao contrário do povo, é um dado do IBGE, sendo assim 
um número. O povo não, pois estes tem um vínculo jurídico / político, a população é formada 
pelo conceito eminentemente aritmético, demográfico. Na contagem da população, incluem-
se os estrangeiros, apátridas e português equiparado. Para a pessoa aqui permanecer é 
necessário um visto válido, inclusive pra desempenhar uma atividade. Se a pessoa é casada 
com brasileiro, se ela trabalha aqui, se ela joga futebol ou basquete, se ela estuda, etc., o 
estrangeiro tem um visto de permanência no Brasil. Além dos estrangeiros e incluem a 
população, temos os apátridas também chamados heimathlos, e para estes existe um 
documento das nações unidas (ONU), e o Brasil os abriga como refugiados. Estes não são 
brasileiros, não fazem parte do Povo Brasileiro, no entanto, fazem parte da população. No 
Brasil ainda existe o Português equiparado, é um fenômeno, pois ele continua sendo 
Português, mas ele pode votar no Brasil e até ser eleito prefeito, deputado, sofrendo apenas 
algumas limitações que estão na própria constituição, estes também não fazem parte do povo. 
 Nacionalidade  Vínculo jurídico e político que um indivíduo tem com determinado 
Estado. Este vínculo lhe da à condição de Nacional. O Direito Internacional Público (DIP), traz 
três princípios que regem a nacionalidade (Os 196 países da ONU respeitam esses princípios): 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 28 
 
1) Princípio da Concessão Estatal da Nacionalidade  Cada país define suas 
regras para definir a nacionalidade. O Brasil utilizou a constituição e o 
estatuto do estrangeiro, mas cada país utiliza seus próprios meios. Nos 
EUA, por exemplo, existe uma loteria do Green Card, onde por um sorteio, 
há a possibilidade de se ganhar a nacionalidade. No México, Canadá, 
Rússia e EUA se você investir uma grande quantia (aproximadamente 5 
milhões de dólares), a pessoa também ganha a nacionalidade do país em 
que esta investindo. No Japão se você for atleta, existe um incentivo e 
pode-se até angariar a nacionalidade japonesa. A Alemanha tem turcos, 
que estão a mais de 60 anos residindo no país, e ela não da a 
Nacionalidade. 
a. Estes são exemplos de como cada país decide do jeito que dará a 
nacionalidade. 
2) Princípio da Optabilidade: Parte do principio que a pessoa pode mudar de 
nacionalidade, quantas vezes queira. É um direito individual ter outra 
nacionalidade, o estado não pode impedir que o indivíduo adquira 
nacionalidade diversa, claro que o Estado a qual se deseja a nacionalidade 
tem que aceitar o indivíduo como um nacional. 
3) Princípio da Inconstrangibilidade: Ninguém pode ser obrigado a aceitar 
uma naturalização. Nem mesmo um apátrida. Existem casos no Supremo, 
onde o indivíduo relata que foi obrigado a receber a naturalização 
americana, para prestar o serviço militar lá, e chegando aqui novamente, o 
Supremo devolveu a nacionalidade brasileira. 
 Princípio: É um vetor, valor, axioma, que serve para interpretação. Então os princípios 
conduzem as regras, as interpretam. 
 No tocante a nacionalidade estes princípios é que permeiam todos os países. 
 Um indivíduo pode ter dupla cidadania e até tripla cidadania. 
 TEORIAS PARA JUSTIFICAR A NACIONALIDADE 
 Critério: Jus Sanguinis  Parental ou Familiar  É adotado pelos países da Europa.  
Nesse critério se dá pelo vínculo sanguíneo. 
 Critério: Jus Soli  Territorial  É adotado pelos países das Américas  Nesse 
critério leva-se em consideração que se nascer aqui é brasileiro. Claro que as Américas tinham 
que adotar isso, pois se não só iriam ser brasileiros os descendentes de índios. 
 Critério: Misto  O Brasil utiliza a teoria territorial mitigado, ou seja, é brasileiro quem 
nasce aqui, mas são brasileiros também os filhos de brasileiros que nascem no exterior,defendido no art. 12 I a, b, c CF. 
 TIPOLOGIA DA NACIONALIDADE 
 Temos 2 tipos de nacionalidade: 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 29 
 
1) Originária, Primária ou Por Nascimento – É o caso dos Natos. Ela 
independe da vontade da pessoa. Pouco importa a vontade da pessoa, se 
ela nasceu aqui ela é Brasileira. 
2) Secundária, Derivada ou Por Opção – É o caso dos Naturalizados. Aqui 
depende de duas vontades, do indivíduo e do Estado. Então é dependente 
do indivíduo querer e o Estado aceitar, ou o Estado querer e o indivíduo 
aceitar. Nesta nacionalidade secundária, o indivíduo abre mão da 
nacionalidade originária por outra. 
ANALISE DO TEXTO DA LEI. 
Art. 12 I CF 
São brasileiros: I Natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, 
desde que estes não estejam a serviço de seu país. (TEORIA TERRITORIAL) 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. (TEORIA PARENTAL)  Ex. 
as tropas do exercito brasileiro que estão em missão de paz no Haiti. Funcionários 
dos consulados, embaixadas e dos organismos internacionais (ONU, TPI – tribunal 
penal internacional, OEA). O consulado é um tipo de cartório no exterior, serviços 
notariais servem para fazer registros, etc. As embaixadas exercem o papel político 
de representação, e às vezes faz o serviço notarial (como os consulados 
desempenham). Isso geralmente ocorre com países que querem economizar e 
possuir apenas embaixadas e não consulados. Em todas estas entidades existem 
representantes a serviço de seus respectivos países. 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a 
maioridade, pela nacionalidade brasileira; (TEORIA PARENTAL)  Nacionalidade 
Potestativa, pois o estado não pode se recusar a aceitar. O Itamaraty estava 
cansado de fazer registro no exterior, e por isso alterou a constituição, só que 
criou um problema, gerando para o Brasil mais de 400 mil apátridas, ai em 97 
houve uma emenda que voltou ao texto original da alínea c, descrita acima, e 
assim sendo a criança que nasce no exterior, voltou a ter que ser registrada no 
Consulado ou Embaixada do Brasil no País onde nasceu, e no registro deve constar: 
Brasileiro Nato Pendente de Opção. 
Se o indivíduo nascer dentro de Embaixadas Brasileiras, ou navios e aviões estatais, o 
indivíduo deve ser alcançado pela nacionalidade brasileira da alínea “a”, pois estes são 
territórios fictícios brasileiros no exterior. 
 
04/04/2013 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 30 
 
 Brasileiros Natos  Art. 12. I CF  Brasil fez a opção por cuidar da nacionalidade 
apenas na constituição. Na alinha c, temos a nacionalidade postestativa  Emendas de 
Revisão (5 anos após a publicação da Constituição)  1993 e 1994 em Sessão unicameral, com 
votação por maioria absoluta  durante as revisão acabaram com o registro e isso criou uns 
400 mil apátridas. A emenda 54 de 2007 retornou o texto original, colocando de volta o 
registro e residência. Mas houve um lapso temporal entre 1994 e 2007, neste período tivemos 
cerca de 200 apátridas. Para solucionar o problema criaram o Art. 95 do ADCT que diz: Os 
nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda 
Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição 
diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na 
República Federativa do Brasil  Efeito Repristinatório, pois apesar de ter um nome diferente 
em forma de uma nova lei, houve a volta da lei que dizia pra registrar as crianças no exterior. 
 Naturalizado – Derivada – Secundária ou Por Opção. O Brasil tratou do assunto em dois 
dispositivos Art. 12 II – CF 88 e na Lei 6815/80 (Estatuto do Estrangeiro)  que foi 
recepcionado pela nova constituição. 
 Art. 12. São Brasileiros: II Naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a 
nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas 
residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. 
 Países com língua portuguesa: Portugal, Angola, Moçambique, Timor, Guiné 
Bissau, São Tome / Príncipe. 
 Ininterrupto significa ter domicílio (com animo definitivo) brasileiro. Pagar 
impostos, ter residência fixa  se tiver de férias, ou ser uma pessoa que viaja não é levado em 
conta. 
 Porque estas pessoas bastam um ano: Eles entendem o idioma, se comunicam, 
tem os mesmos antepassados, tendo uma mais fácil adaptação. 
 Tem que ser requerido, por causa da inconstrangibilidade, então o indivíduo 
tem que requerer ao Estado e demonstrar sua vontade de se tornar Brasileiro. 
 Art. 12. II b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República 
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que 
requeiram a nacionalidade brasileira. 
 Essa nacionalidade é chamada de extraordinária, porque ela necessita 
somente de 2 requisitos que são 3. Precisa estar no Brasil a 15 anos sem condenação penal, 
aqui e no país de origem. Ela tem acento constitucional, presentes estes dois requisitos o Brasil 
não pode negar. 
 Lei 6815/80 Art 112  95% das naturalizações acontecem por aqui, ou seja, 
pelo Estatuto do Estrangeiro  Nos casos de: Casamento, Curso Superior, Radicação Precoce 
(menor de 5 anos), Tempo de 2 a 4 anos. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 31 
 
 Só que neste caso há um processo administrativo, no âmbito do Ministério da Justiça, 
onde serão checados os requisitos, tipo: saúde, emprego, domínio da língua, e neste caso a 
nacionalidade pode ser negada, pois aqui existe o poder discricionário do Estado (O Estado 
brasileiro checa). 
No ano passado o Brasil negou para um Libanês, muito provavelmente por indícios de 
participação com o Hezbollah, e se ele causar problemas aqui, o Brasil pode expulsa-lo, no 
entanto se ele for naturalizado não tem como. 
Português Equiparado – Art. 12 § 1º Aos portugueses com residência permanente 
no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes 
ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. 
 O Português chega ao Brasil e fixa residência com animo definitivo. Então para 
estes que tem o objetivo de morar no país, serão atribuídos com os mesmos direitos aos 
brasileiros naturalizados, pois além dele não ser nascido aqui ele é estrangeiro. 
 DIREITOS INERENTES DE BRASILEIROS 
Ativos  votar, e participar de plebiscitos ou referendos; 
Passivo  Ser votado e ocupar cargos. 
 Art. 12 § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I – de Presidente e 
Vice-Presidente da República; II – de Presidente da Câmara dos Deputados; III – de Presidente 
do Senado Federal [...] 
 Quando o Português pede a equiparação, ele só não vai poder ser Presidente da 
República e alguns outros cargos descritos no Art. 12 § 3º, e ele continua sendo português. 
Pode participar de todas as eleições, vai poder ser eleito. Tudo que um naturalizado pode fazer 
ou ser o Português Equiparado pode fazer ou ser. 
 Não é possível exercer os direitos políticos em ambos os lugares, quando ele pede 
aqui, o Brasil avisa a Portugal e os direitos dele lá ficam suspensos. Se ele voltar pra lá, ele 
requer os direitos políticos lá novamente, e o governo de lá comunica aqui, que suspende os 
aqui. 
 Ele tem os mesmos direitos, mas não tem os mesmos deveres. Porexemplo, o 
alistamento militar o Português não precisa se sujeitar. O Português equiparado pode, por 
exemplo, ser Policial Militar, mas ele nunca será convocado para o exercito, pois isso é 
prerrogativa de brasileiro, e ele é estrangeiro. 
 E vantagem ser Português Equiparado? O Português que vem ao Brasil possui um visto, 
que pode ser de trabalho, e aqui pode ele permanecer com visto pelo resto da vida. No 
entanto ele tem a opção de pedir a equiparação (e participar da escolha política aqui) ou ainda 
a naturalização. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 32 
 
 A diferença entre o equiparado e o naturalizado, é que o primeiro só pode o 
Português, e o naturalizado pode ser qualquer nacionalidade, mas no tocante aos direitos eles 
são os mesmos. 
 
 08/04/2013 
 
 DIFERENÇAS ENTRE BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS 
 Art. 12. § 1º  Aos portugueses com residência permanente no País, se houver 
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo 
os casos previstos nesta Constituição. 
 Os Portugueses serão considerados Brasileiros Naturalizados, ao passo que o 
Português Equiparado continua sendo Português (estrangeiro). 
Art. 12. § 2º  A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e 
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. 
 Ou seja, ninguém pode fazer diferença entre um brasileiro nato ou naturalizado, 
exceto o previsto na constituição, que são 5 diferenças apenas. 
 Uma pessoa pode ter apenas uma naturalização, se quiser trocar ela abandona 
uma e troca por outra, agora cidadania ela poderá ter até 3. 
Art. 12. § 3º (primeira diferença - cargos)  São privativos de brasileiro nato os 
cargos: I – de Presidente e Vice-Presidente da República; II – de Presidente da Câmara dos 
Deputados; III – de Presidente do Senado Federal; IV – de Ministro do Supremo Tribunal 
Federal; V – da carreira diplomática; VI – de oficial das Forças Armadas; VII – de Ministro de 
Estado de Defesa. 
 Se repararmos, os cargos mais importantes da República são privativos de 
brasileiros natos. Apesar de não estar escrito, é privativo a presidência do 
Congresso Nacional, ao passo que esta é exercida pelo presidente do Senado. 
 Os membros do Itamaraty assinam tratados internacionais, que é uma 
competência do Presidente. O Presidente da república por não conseguir 
comparecer e assinar todos os tratados que o Brasil assume, delega aos 
diplomáticos. O Brasil assina em média 2 tratados internacionais por dia. 
 Oficiais das forças armadas, no caso de guerra, serão os responsáveis pelas 
estratégias do Brasil, por isso é necessário que seja um Brasileiro Nato. 
 Ministro do Estado da Defesa: novamente ligado a uma possível condição de 
guerra, é necessário um brasileiro nato, militar, para assegurar a defesa do país. 
 Art. 12. § 4º (segunda diferença – perda da naturalização)  Será declarada a perda 
da nacionalidade do brasileiro que: I – tiver cancelada sua naturalização por sentença judicial, 
em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II – adquirir outra nacionalidade, salvo 
nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
Kleber Luciano Ancioto Página 33 
 
imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado 
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos 
civis. 
 O naturalizado pode perder sua naturalização, nos casos previstos na constituição. 
O brasileiro nato, só vai perder a nacionalidade, se ele abrir mão e trocar por 
outra. 
 O brasileiro naturalizado não pode ser expulso do Brasil, salvo no caso de perda da 
naturalização. 
o Existe um caso de um italiano, cujo sobrenome era Buceta, alegando ser 
vexatório no Brasil o sobrenome ele pediu a mudança e conseguiu para 
Busqueta. Depois de algum tempo descobriu-se que ele era responsável 
por uma série de crimes na Itália, e o Brasil preparou a documentação para 
cancelar a naturalização. No entanto a Itália pediu a extradição e o Brasil 
simplesmente o extraditou. Ver Art. 5. LI CF. 
Art. 89. CF (terceira diferença – conselho do presidente)  O conselho da República é 
órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: I – o Vice – 
Presidente da República; II – o Presidente da Câmara dos Deputados; III – o Presidente do 
Senado Federal; IV – os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V – os 
líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI – o Ministro da Justiça; VII – Seis 
cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados 
pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos 
Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. 
Art. 222. CF (quarta diferença - propriedade)  A propriedade de empresa 
jornalística e de radiofusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou 
naturalizados há mais de 10 (dez) anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis 
brasileiras e que tenham sede no País. 
 Temos que levar em consideração o prazo mínimo para pedir a naturalização, que 
no caso de origem de países de língua portuguesas é no mínimo 1 ano residindo no 
país, portanto, leva no mínimo 11 anos para ter esse direito. 
 Com base na opinião pública elegemos os poderes, e os meios de comunicação em 
massa tem forte influencia sobre a opinião pública. Por isso o cuidado com a 
manipulação da opinião pública. Talvez hoje precisasse atualizar, e incluir a 
internet também. 
 Outra função importante dos veículos de comunicação é o de fiscalização, por 
exemplo, foi à matéria da folha de São Paulo que derrubou o Collor. Os meios de 
comunicação em massa, portanto possuem um papel vital na democracia. 
Art. 5. LI (quinta diferença - extradição)  nenhum brasileiro será extraditado, salvo 
o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII  não 
será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. 
CIÊNCIAS POLÍTICAS 
 
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 A condição de ser antes da naturalização, significa que quando ele cometeu o 
crime ele não tinha a nacionalidade brasileira, tendo, portanto o mesmo 
tratamento de um estrangeiro que comete crime e vem para o Brasil. 
 Na hipótese de tráfico considera-se o internacional, pois se ele traficar 
simplesmente no Brasil ele será julgado segundo nossa legislação. Agora se ele 
manda drogas para outro país e é descoberto o esquema, e tal país solicita a 
extradição, ai sim o indivíduo é extraditado. 
MEDIDAS COMPULSÓRIAS 
 EXTRADIÇÃO 
o Definição: É a medida compulsória pela qual um Estado envia um indivíduo 
para outro Estado, para cumprir pena, ou para ser julgado. O Brasil 
extraditou vários criminosos de guerra nazista que aqui estavam. 
o Art. 5. LI (nenhum brasileiro será extraditado)  O princípio presente é o 
da não extradição. O Brasil sempre que pode não extradita a pessoa. Salvo 
as exceções. 
o Existem 2 tipos de Extradição: 
 Ativa: O Brasil pede; 
 Passiva: O Brasil concede. 
o Condições: 
 O Crime deve ser cometido fora do território brasileiro; 
 2 Casos que servem para formar a Jurisprudência: 
o Ronald Biggs  Britânico que assaltou o trem que 
ia da Escócia para Londres, e estava no Rio de 
Janeiro, gastando o dinheiro que ele tinha 
roubado. O primeiro pedido foi formulado pelo 
Reino Unido, e não havia na época o tratado de 
reciprocidade

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