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CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 1 Prof. Sérgio Tibiriçá Amaral Tel: (18) 3901-4000 – 9797-2641 E-mail: sergio@unitoledo.br 04/01/2013 ESTADO Palavra pluriunívoca (vários significados) Sociedade Política e Jurídica Nicolau Maquiavel primeira pessoa a utilizar a palavra Estado – Direito Romano Regeu por 12 Séculos (Ásia, Europa, África e Oriente). (Livro: O Príncipe) Anteriormente tínhamos Reino, Ducado, Condado, Polís, Principado, República, etc. Maquiavel Todos os Estados que existem são República ou Monarquia. O Direito Romano tinha 3 prerrogativas: 1) Status Libertatis Cidadão Romano nascia livre; 2) Status Civitatis (Cidadania) Imposição Jurídica ao Cidadão Romano. Direito do Cidadão procurar um tribunal e ser julgado pelo Ius Civilis (organizado e estruturado) diferente do Ius Gentius (tinha a ver com sorte, votação). Além disso o cidadão romano tinha o direito de votar, participar do banhos e ir ao coliseu. 3) Status Familiae (Direito de Herança) O cidadão romano quando morria tinha o direito de transmitir seus bens para os filhos, geralmente o mais velho. Pater Familia, tinha direito de vida ou morte sobre a mulher. Afectio Maritalis Elementos Constitutivos (Elementos necessários para a existência do Estado) 1) Território: Base geográfica, espaço aéreo, plataforma continental, embaixadas, navios e aviões de guerra. 2) Povo: A população são dados do IBGE, o povo tem um vínculo jurídico e político com o Estado, tem a nacionalidade do Estado. 3) Poder Soberano: Se manifesta através da Constituição (República Federativa, formada por união indissolúvel, a maior idade será aos 18 anos, a câmera terá 180 deputados, etc) Estado diferencia-se de Nação No Brasil há cerca de 200 tribos indígenas, portanto 200 nações indígenas Nações que não são Estados. Mas que tem linguagens, origens, costumes, tradições diferentes. Dentro do Estado da Espanha Temos as nações: Catalão, Basco e Galego. Canadá Temos a nação de Quebec. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 2 Suíça Possui 4 línguas oficiais: Alemão, Frances, Italiano e Romani, formando quatro nações distintas. Índia 12 idiomas e mais de 200 dialetos. Nação parte de um Conceito Sociológico (ligadas a idioma, costumes, tradição, religião, etc) e não um conceito Jurídico / Político como o caso de Estado. O Estado define a nacionalidade e a jurisdição. 07/02/2013 Indicação de Filmes: o Robin Hood o Sangue e Honra 1215 Inglaterra João Sem Terra Pesquisar sobre a Carta Magna o É um documento de 1215 que limitou o poder dos monarcas da Inglaterra, especialmente o do Rei João, que o assinou, impedindo assim o exercício do poder absoluto. Resultou de desentendimentos entre João, o Papa e os barões ingleses acerca das prerrogativas do soberano. Segundo os termos da Magna Carta, João deveria renunciar a certos direitos e respeitar determinados procedimentos legais, bem como reconhecer que a vontade do rei estaria sujeita à lei. Considera-se a Magna Carta o primeiro capítulo de um longo processo histórico que levaria ao surgimento do constitucionalismo. Povo (Nacionalidade) Diferencia-se de População (IBGE) População engloba estrangeiros e apátridas (heimatolos) Território Delimitado (Base Geográgica) Jurisdição e Competência Nacionalidade Mar Territorial 12 milhas náuticas (Expansível + 12 e dependendo da Lei ainda + 12 milhas); Plataforma Continental; Espaço Aéreo (12 milhas) Navios e Aviões Mercantis no espaço aéreo internacional, respondem os passageiros e tripulação segunda as leis pais da bandeira do avião; CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 3 Navios e Aviões Mercantis em territórios de outros países, respondem os passageiros e tripulação segundo as leis do país onde o avião estiver; Navios e Aviões de Guerra no espaço aéreo internacional e/ou em território estrangeiro, respondem segundo as leis do país da bandeira do avião. Ficção Jurídica Territórios das Embaixadas Poder (Soberano – Jean Bodin Externo / Interno Organizar a Constituição Momentos Históricos: 1824 (Independência do Brasil); 1891 (Formação da República); 1934 (Movimento Constitucionalista de 1932); 1937 (Golpe Getúlio); 1946 (Redemocratização); 1967 (Golpe Militar); o 1969 (Emenda Radical) 1988 (Atual) Hierarquia Normativa – Hans Kelsen Constituição Federal (1988); Leis Federais (Art 59); Constituição Estadual; Leis Estaduais; Lei Orgânica do Município; Leis Municipais. As leis são inválidas ou consideradas inconstitucionais, quando fora dessa pirâmide. 14/02/2013 Teorias que Justificam o Nascimento do Estado e Formação do Governo. Não são estanques (isoladas) Cada uma delas tem um argumento principal (Sec. XV ao XVIII) CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 4 Teorias Absolutistas (Defendem um poder sem limites) x Teorias Contratualistas TEORIAS ABSOLUTISTAS 1) Teoria de Origem Familiar Podemos ter o nascimento de um Estado por uma família Patriarcal ou Matriarcal – Robert Filmer (XVII) Para justificar um Rei Absoluto, utilizava um fundamento da bíblia dos patriarcas, pois segundo ele, Deus sempre escolheu um Patriarca (Abraão, Isaac, Jacó, Israel, Moisés, etc). Tem como base no direito divino, com base na bíblia Se não tiver uma força armada pra dar sustentação não funcionaria. Essa teoria se contradiz com o Primeiro Tratado do Governo Civil (Locke). Hordas Raras – Teoria Matriarcal – A Mãe criada entre os bárbaros, teriam filhos com vários homens, e não saberiam quem são os pais, portanto essa sociedade se baseava nessa mãe Força de Sangue Nação que virava um Estado! 2) Teoria Teocrática Nos dias atuais temos teocracias. De origem Islâmicas, por exemplo, o Irã, quem manda lá são os Aiatolás, que são os representantes do pensamento do Alcorão. As Leis dos Aiatolás são as Sharias de cunho religioso. Muitas delas contrárias a democracia, por exemplo, o homem possui poder de vida e morte sobre a mulher; a ablação (corte o clitóris feminino, para que a mesma não sinta mais prazer); homossexualismo é punido com a morte, não há liberdade religiosa. Teo (Deus) Krato (Governo) Na idade média Deus escolhe seu ungido Rei (David) Base do poder e as leis vem do próprio Deus. Teoria Teocrática, de Origem Familiar e a de Thomas Hobbes são de origem bíblica e absolutista. 3) Teoria Thomas Hobbes – O Leviatã Escreve sobre um contrato que da poderes absolutos ao Rei. (Contratualismo Absolutismo) Hobbes fala sobre o peixe bíblico do livro de Jô, o Leviatã é um monstro dos mares, que impõem suas regras dentro do mar. Esse peixe seria o Estado. O Homem da idade média precisava de algo para que eles obedecessem para que reconhecem alguém como Rei. Para Hobbes o estado de natureza do homem é ruim (“O Homem é o lobo do Homem”), e com isso propõe um contrato, e as pessoas para se verem livres daquele estado de insegurança, onde prevalecia a lei do mais forte, aceitam CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 5 renuncia todos os direitos e entregam ao Rei (absoluto), e se tornam súditos, vivendo sobre o dito do Rei. O Rei Absoluto só presta conta para Deus e mais ninguém. 4) Teoria J. Bossue T Um dos principais teóricos do Absolutismo – Capet Ancien Regime Velho Regime de Absolutismo Monarca Ele construiu uma teoria cujabase é a Bíblia, mas como doutor em teologia, ele escreve um 8. Sacramento, que é a Coroação. Então quando o papa ou arcebispo recebe a coroa é como se o próprio Deus estive coroando-o. O Rei, portanto, faz prevalecer o Direito Divino. França: 95% Povo; 2,5% Nobres; 2,5% Clérigos. Exército dando respaldo ao poder absolutista. Coreia do Norte Hoje ainda é uma ditadura bastante semelhante a esse absolutismo com Direito Divino. TEORIAS CONTRATUALISTAS. 5) Teoria “O Contrato Social” Jean Jacques Rousseau Era um tipo de constituição as pessoas componentes do Estado celebravam um pacto. Premissas Afirmava que o Estado de Natureza do Homem era Bom Ser Humano. Abre mão de sua liberdade natural (liberdade da natureza) e recebe em troca a liberdade civil (participação na sociedade). O Homem não entregava ao Estado apenas 3 coisas: Vida, Liberdade e Propriedade. O contrato tem como fundamento principal a Vontade Geral. Na impossibilidade de se resolver os problemas a sociedade estatal se reúne para resolve-lo e todos que participam dessa sociedade, que estabelecem esse contrato, tem direito de opinar na resolução do mesmo. Rousseau e Locke são importantes, pois eles fundamentam o Constitucionalismo. 6) Teoria de J Locke 2. Tratado do Governo Civil Aborda liberalismo constitucional. Locke é o pai do Empirismo (Na filosofia, Empirismo é um movimento que acredita nas experiências como únicas (ou principais) formadoras das ideias, discordando, portanto, da noção de ideias inatas) 18/02/2013 Prof. Glauco Roberto Marques Moreira CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 6 Origem do Estado E Teorias Justificadoras do Poder Teorias racionalistas: o Jusnaturalismo e o Direito Natural: É a teoria que diz, que existe um direito natural, com sistema de normas de condutas intersubjetivas (entre pessoas), diverso do sistema constituído pelas normas fixadas pelo Estado (direito positivo). Antecede o direito escrito, o direito, portanto, advém da própria natureza do homem direitos individuais (direito a vida, propriedade, etc), Ele se contrapõem ao positivismo jurídico, embora não negue a necessidade de normal sociais. Absolutismo: o Originou-se a partir do poder divino O Escolhido, só prestava contas a Deus. TEORIAS CONTRATUALISTAS O que defendiam os Contratualistas? Diziam eles que o Estado (sociedade teve origem entre os homens, em que estes cedem parte de seus direitos individuais em prol de um todo (interesse coletivo). A finalidade principal desse acordo é o bem comum, o bem coletivo a busca pela satisfação dos interesses gerais da sociedade. Estudo das Primitivas Comunidades: O Estado de Natureza Não existia um Estado organizado. Hoje a sociedade se constitui de forma organizada e com poder de mando. Colaboração da Reforma Religiosa a igreja se contrapôs contra o próprio estado, para que houvesse algum tipo de limitação. Rebelião Racionalista: Martin Lutero, em 1517 iniciou uma grande reforma religiosa, que resultou na revisão da Bíblia Sagrada e também na divisão entre protestantes e católicos. Porque a Igreja Católica estava intimamente ligada ao Reinado, aceitando todas as atitudes do Rei. A reforma religiosa busca então no direito natural a proteção de suas ideias. O Direito Divino é substituído pelo Direito Humano. Colaboradores do Contratualismo: o Kant o homem, agindo através da razão cede seus direitos em um contrato social; o Montesquieu iluminista que colaborou alguns séculos adiante. TEORICOS DO CONTRATUALISMO THOMAS HOBBES (1588) – Filósofo Inglês Absolutismo Racional Busca uma razão para a aceitação do absolutismo (diferentemente do absolutismo divino). CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 7 Para Hobbes no estado de natureza, o homem é inimigo feroz dos demais membros da sociedade. O homem atacaria o próximo para sua própria defesa (estado de natureza). “O Homem é o Lobo do Próprio Homem”. É necessário que haja alguém dominando o homem, para que o homem não seja feroz. Estado de guerra mútua (no estado de natureza) – todos contra todos. Em síntese segundo Hobbes, não há harmonia social, se não houver um poder dominando o homem. Ideias Principais de Hobbes: Para evitar o caos, todos os indivíduos teriam cedido os seus direitos a um homem ou assembleia de homens, que assume o lugar da sociedade, com o dever de conter a guerra de todos contra todos. O Leviatã (1961) (Livro de Jó 41:25) Monstro Bíblico Devorava a população Ribeirinha Onipotência (O Próprio Estado) JOHN LOCKE (1932) O Homem no estado de natureza: Para John Locke o homem no estado de natureza, é temeroso, enfraquecido, sem condições de agredir e/ou atacar o próximo. Estado de Pré Liberdade – Pré Sociedade ainda não é possível se falar em uma sociedade como hoje, neste estágio. Para o filósofo o homem se protege e se defende para garantir os seus direitos indivíduas, seus direitos naturais, fazendo isso através da sociedade. O mecanismo é a sociedade. Pai do Liberalismo e do Empirismo Liberalismo tem o sentido de busca de bases que vão permitir ao ser humano desfrutar de condições para gozar seus direitos. O Liberalismo só existe onde existe opressão (absolutismo). Ideias principais de Locke: O Contrato Social é um pacto de consentimento geral, unanime, em que todos concordam com a ideia de formar uma sociedade para preservar os seus direitos. Se todos abrem mão de controlar o seu direito pessoal, em um consentimento natural e unanime, naturalmente essa nova sociedade tem que buscar o direito coletivo, o bem comum. Obra: “Ensaio sobre o governo civil” (1690) Direito legítimo e sempre um direito legal? A palavra legitimidade esta relacionada com consentimento. Ou seja, um direito legítimo, é um direito que coletividade aceita. A palavra legal é aquilo que vem de uma lei. Podemos, portanto, ter uma lei que não é legítima, por não ser aceita pela coletividade. A Legitimidade do poder está no consentimento de todos os homens. Para Locke o Estado é legítimo, por ter aceitação social. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 8 Direito de Insurreição: Se o poder não é legítimo, os membros da sociedade tem o direito de mudar o governo, caso ele se desvie da finalidade principal que é o bem comum. Isso leva a Revolução. As ideias de Locke, repercutem então na Revolução Gloriosa (Inglesa) – 1688 Foi a primeira revolução das três que influenciaram o constitucionalismo no mundo. Não foi uma revolução sangrenta. O rei teve que ceder direitos pois caso contrario ele não receberia os impostos, que dava força para o mesmo guerrilhar. Declaração dos Direitos – Bill Of Rights (1689) JEAN JACQUES ROUSSEAU (1712) Foi o principal teórico do contratualismo. Principal Obra: O Contrato Social Para Rousseau, o Estado é fruto da convenção entre os homens. Resulta da vontade geral dos indivíduos na sua maioria. A nação é superior ao rei. Não existe o direito divino, mas o direito legal. A vontade geral é ilimitada, ilimitável e absoluta. Direito de Revolução se a vontade geral não é atendida. Desencadeou a Revolução francesa (1789) Foi uma revolução sangrenta, pois não foi possível um pacto, como da forma que foi na Inglaterra. 21/02/2013 Locke escreveu o 2º Tratado do Governo Civil, sua maior obra. (Ele escreveu também o 1º Tratado rebate a teoria patriarcal do Filmer). Nesse segundo trabalho ele diz que o poder vem do consentimento do povo, e se elas não estiverem contentes,ele dá o direito de revolução. James Stuart (Jaime II) Condena o Locke, achando que ele queria derruba-lo, que foge para Holanda pra não ser preso. E ai ele lidera a Revolução Gloriosa que acaba por derrubar o Rei Jaime II. Assume o trono da Inglaterra o Guilherme de Orange (4 na linhagem da Holanda), que era casado com a Mary, antiga esposa do Jaime II, mas para ele assumir o poder o obrigam a assinar o “Bill Of Rights” Carta de Direitos Quase uma constituição Deixando o Absolutismo. Montesquieu, pensou em outra forma de limitação de poder. Ao invés do Rei absoluto, ele pensou em 3 reizinhos os 3 poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), ocupados por pessoas diferentes. (Art 2º da CF) “Poderes” estaria aplicado de forma errado nesse artigo, seriam na verdade funções do Estado. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 9 Os Cartórios exercem a função que chamamos de certificante precisamos entender que existem 3 funções constitucionais, mas que existem outras que não estão presentes na constituição. O ministério público, com o Tribunal de Contas, a Imprensa, são outros exemplos de funções do Estado, que exercem uma função fiscalizadora. Função de Polícia, Chefe de Estado (Rei ou Presidente – cuida das relações internacionais) e Chefe de Governo (1º Ministro – cuida das relações internas) Separando as funções, mais limites teremos, mais gente controlando o Estado teremos. ANTECEDENTES DA CONSTITUIÇÃO Norberto Bobbio designava esse período como a “A Era dos Deveres” no livro A Era do Direitos. Rebek chama essa fase como Liberdades dos Antigos. Gregos Leis Topoi e Nomoi. As Nomoi eram leis feitas na eklésia (igreja – assembleia) - leis que regiam o dia a dia na sociedade grega. Já as Topoi, não podiam ser alteradas – normas de funcionamento da cidade (Art. 60º da CF § 4º). Os Gregos foram os primeiros a falar em Direito Natural Direito Inerente que existe antes (Titulo II da CF). o Sófacles escreveu uma peça chamada Antígona (tragédia grega) Onde Creonte para assumir o trono de Tebas, mata o irmão e com isso inicia uma guerra civil Dois de seus sobrinhos morrem, sendo que um lutou ao lado do tio e o outro contra. Depois da morte de ambos o Rei, determina através de um edito real que o sobrinho traidor teria como pena ficar sem sepultura. A irmã deles, Polinice, vai contra essa decisão dizendo que há direitos inerentes do Ser Humano, que o Estado não pode Legislar contra esses direitos. Romanos No Direito Romano eles reconheciam algumas normas do Direito Público que eram normas de caráter superior, chamadas Topos. Nessa época, os romanos já reconheciam que hierarquicamente algumas normas eram superiores a outras. Essas normas eram normas Estruturais do Estado, primeiro do Império e depois da República. Normas essas que nem mesmo o imperador poderia altera-las. A Republica Romana tinha uma norma que dizia que os Cônsules (poder executivo), tinham o poder de veto um sobre o outro. Todas as decisões que eles tomassem deviam ser concordantes, pois um tinha o poder de veto sobre o outro. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 10 Quando Cesar deu o golpe e alterou uma Topos, tirando a outra cadeira que poderia veta-lo, a coisa foi tão seria que ele foi esfaqueado. 25/02/2013 ANTECEDENDES DA CONTITUIÇÃO Gregos 2 Antecedentes Peça Antígona e Topoi e Nomoi; Romanos Normas Topos Para os Romanos a Ditatura tinha a ver com 2 artigos de nossa Constituição Art 136º (Estado de Defesa catástrofes de grandes proporções => tsunamis / gripe aviária) e Art 137º (Estado de Sítio guerra). No governo Romano havia 2 cônsules (poder executivo – determinado por uma Topo) e eles tinham o poder de veto um sobre o outro e tinham que ter ainda a aprovação do senado. Quando acontecia uma guerra civil, saia do poder os cônsules e o senado e nomeavam um ditador. A ditadura para os Romanos é como nosso estado de sítio e defesa Essa era uma norma Topo que não podia ser mudado devido ser uma norma de organização do Estado. Código de Manú (Índia) e Código de Hamurabi (Babilônia) A importância é que eram documentos escritos. Os mais antigos documentos escritos que se tem notícia. O Código de Hamurabi trouxe também a ideia de proporcionalidade. Europa Forais, Cartas de Franquia e Pactos de Vassalagem São documentos muito importantes. Mas existem outros como os Covenants que são documentos religiosos; além das Leis Fundamentais do Reino (França). o Todos esses documentos são outorgas (concessões) só que quem outorga ou concede pode tirar Era dos Deveres (Norberto Bobbio) A outorga ou concessão, quem concede poderia tomar de volta. Nesse momento estamos em uma Europa Feudal, que esta crescendo uma classe chamada Burguesia que estão contradizendo os Nobres. Forais “Direitos” -> são outorgas entre os Vassalos e o Senhor Feudal Os Vassalos tinham que prestar homenagem aos Senhores Feudais; o Sr Feudal em contra partida dava defesa ao seu Vassalos, defendendo-o de bandidos e ataques de outros feudos (Defensium) o Hoje Respeito aos símbolos nacionais (antecedente nas homenagens) o Hoje O Estado é obrigado a dar defesa O Vassalo era obrigado a prestar auxilio ao Sr. Feudal (Auxílium), em troca ele recebia a proteção (auxilio médico, remédio, se houvesse uma peste o Sr. Feudal tomava as medidas profiláticas, etc) Protecisium o Hoje O Estado é obrigado a dar Proteção CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 11 O Sr. Feudal exigia que os seus servos o aconselhassem (Concilium) em contra partida o Sr. Feudal oferecia vários benefícios como festas, etc. (Beneficium) o Hoje O Estado é obrigado a dar bolsa família, etc benefícios. Os Vassalos eram obrigados a prestar serviço militar para proteção do feudo, por outro lado eles tinham garantia financeira (warrant) o Sr. feudal era o avalista dos Vassalos. o Hoje Ainda há a obrigatoriedade do Serviço Militar. Pactos de Vassalagem São outorgas individuais São benefícios para cooptar pessoas ou seja, pegavam alguém que tinha um talento especial e dava alguns direitos para ele se tornar um Vassalo, ou seja, ficar a disposição do Sr. Feudal. Cartas de Franquia tem a ver com as relações de trabalho fabriquetas (produção) ou seja são outorgas relacionadas com a produção ex. alguém produz algo em algum lugar e há o interesse de traze-lo para a região então oferecia-se benefícios para que isso ocorresse (vantagens financeiras e/ou pessoais) mas se vc fabrica espadas, vc só fabricará para os aliados e não para os inimigos. Covenants “Alianças” Pactos que garantiam a Liberdade Religiosa. Magna Carta (1215) Primeiro documento que busca estabelecer limites ao poder real (Rei João Sem Terra foi obrigado pelos Barões a assinar o documento) esse documento britânico trouxe alguns elementos essenciais da nossa constituição Vários Reis da Inglaterra também assinaram, o Henrique III (filho do João sem Terra) assinou a carta 7 vezes . Eduardo I (Neto do João sem Terra) assinou 3 vezes. O Eduardo III (Filho do Eduardo I) assinou 14 vezes. Durante mais de 200 anos, todos os Reis da Inglaterra foram obrigados a assinar. Só a partir da Dinastia Tudor no século XV que a Magna Carta perde um pouco de força. o O Rei João Sem Terra, foi um péssimo Rei, toda vez que precisava de dinheiro, criava um imposto para pegar dinheiro dos Barões. o Legados da Magna Carta Tribunal doJúri Art. 5º XXXVIII é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida Os Barões queriam escapar do absolutismo do monarca, então eles queriam ser julgado pelos iguais, direito presente na Magna Carta. Povo pelo povo, barões pelos barões, clérigos pelos clérigos. (O Júri é anterior a Magna Carta) CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 12 Devido Processo Legal Art. 5º LIV Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal Se alguém fosse preso, tinha que haver um motivo, e tinha o direito de ser julgado, acabando com as prisões arbitrárias. Domicílio Inviolável Art. 5º XI A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial O rei não tinha autorização para violar a casa de ninguém. Anteriorioridade Tributaria Art. 150º, III b Art. 150º Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado á União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou Isso porque o João Sem Terra, toda vez que gastava um pouco mais, criava um novo imposto de pagamento imediato e o contribuinte não tinha como pagar, era confiscado seus bens. Habeas Corpus Art. 5º LXVIII conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. Os barões conseguiram que toda a vez que o Rei prendia alguém irregularmente, eles entravam com habeas corpus (que significa mostre a pessoa). Juiz Natural Art. 5º XXXVII Não haverá juízo ou tribunal de exceção Os Barões queriam se ver livres das indicações do rei. 28/02/2013 OUTROS “BILLS” DA INGLATERRA Petition of Rigths Petição de direito de 1628 Assinada pelo Rei Carlos I (Stuart) Os Barões (Parlamento) e os Burgueses obrigam o Rei a assinar visando estabelecer limites ao poder real. Limites Tributários: O Rei é obrigado a levar ao parlamento a criação e aumentos de impostos. Eles começam a entender que se controlarem a grana do Rei, eles controlam o próprio Rei. Devido Processo Legal: O Rei passa a ser obrigado a respeita-lo, e fica proibido de prender alguém sem culpa. Hoje temos no nosso código penal algumas previsões de prisão sem culpa, como a prisão temporária. 1679 Nabeal Corpus Act Ato de Habeas Corpus Charles James Stuart (irmão do Rei Carlos I), foi obrigado a assinar esse tratado Regulamentação do Habeas Corpus CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 13 Não podia tendo saído o habeas corpus haver outra prisão contra a pessoa imediatamente a sua soltura. Então esse tratado trazia a responsabilidade do Juiz e do Rei, pois o Juiz tinha que determinar a soltura do detentor do habeas corpus imediatamente, esteja esse onde estiver. 1689 Bill of Rights John Locke Revolução Gloriosa Bill of Rights era praticamente uma constituição. A Revolução Gloriosa afasta o Jaime Stuart e assume William and Mary (ela Stuart e ele de Orange). Só que para o William assumir ele teria que assinar uma carta de Direitos Bill of Rights o Barões ganham direitos; o Parlamento ganha força; o Todos os homens livres da Inglaterra ganham os direitos antes descritos na Magna Carta. Pq o Bill of Rights ainda não é considerado uma constituição? Pq o Rei ainda manda um pouco mais que o Parlamento. ATO DE TOLERÂNCIA – 1701 Seatlement Além da liberdade religiosa para toda a população, trouxe a liberdade de expressão para os parlamentares (possibilitando críticas ao rei), e todos os homens livres da Inglaterra. Traz também garantias aos Juízes, para poderem julgar sem influencia, mas traz punição aos juízes que julgam mal. Covenants (pactos) Começam na Inglaterra, mas são transportados para as 14 colônias (incluindo na época o Canadá) as outras 13 colônias é que formaram os Estados Unidos Trouxeram maior liberdade religiosa. O mais importante Covenant foi escrito dentro de um navio, e o documento é conhecido como Mayflower Compact (1620) começaram então a elencar algumas coisas importantes para que eles se governassem no novo lugar que estavam indo colonizar como: garantir a todos a liberdade religiosa, o direito a educação, garantir o direito de andar armado (proteção contra bicho, índio, estrangeiro inimigo), direito de decidir as coisas em assembleias (destino da civilização) Esse modo de pensar, vai impregnando a cultura e depois de algum tempo eles pensam em fazer uma constituição e se separar da Inglaterra. Contratos de Colonização 13 Colônias (EUA) Todos eram Estados independentes Cada Estado tinha suas regras A Pensilvânia foi dado para William Penn Só que a Pensilvânia era muito longe, e para que as pessoas fossem morar lá, William oferecia propriedade (20 acres), isentava de impostos, dava liberdade de religião, direito a educação, que nada mais são que os Contratos de Colonização. Esses direitos na Europa não existiam, principalmente o que tangia o direito de propriedade. O mesmo ocorreu nas West Virginia e uma parte da Filadélfia. 1639 Ordens Fundamentais de Connecticut na fundação do território eles escrevem o documento de organização do Estado. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 14 Como funcionar o Governador a Casa dos Representantes Estrutura a colônia. Essas normas estabelecer leis, para a convivência social. Claro que as ordens por serem feitas por um pastor, estavam impregnadas de questões religiosas. A 1º Constituição será a dos EUA Carta do Bom Povo Da Virginia Teve duração de apenas 1 mês e pouco. Ela veio com a Revolução Americana. As 13 colônias, cansadas com os desmandos de Londres, se revoltam e fazem uma revolução. A Constituição Estadual da Virginia foi substituída pela Constituição dos EUA, e é o primeiro documento constitucional da humanidade e tem validade até os dias atuais. As 13 colônias, mandam os seus representantes para o Congresso na Filadélfia, para fazerem a constituição. Como fazer os controles e/ou limitações do Poder? o A ideia de Montesquieu de fazer a tripartição dos poderes Executivo Reizinho eleito de 4 em 4 anos Presidente Legislativo Devido ao tamanho das Colônias, começaram as discussões porque os grandes queriam mais representantes que os pequenos Ai decidiram fazer Bicameral, ao passo que a Câmera teria um numero de representantes conforme a população da colônia, teria também o senado, com o mesmo numero de representantes para cada estado, e todas as leis deveriam passar por ambas as casas. Judiciário Constituição da Corte E cada Estado teria a sua justiça. A ideia era que a federação só pegasse os casos em que os Estados não tivessem capacidade de resolver. o Esqueceram do Bill Of Rights (Carta de direitos) que estava impregnado na ideologia dos sujeitos Convocação do 2. Congresso Continental, e estabelecem as emendas com o “Bill of rigths” Com a constituição temos 2 tipos controle do poder, um interno que é a separação dos poderes. Os americanos chamam essa forma de Freios e Contra Pesos (Checks and balances) um poder vigia o outro. O controle externose dá pelo cidadão que tem o direito de recorrer a suprema corte cobrando que fosse respeitado os seus direitos constitucionais Função de Guarda da Constituição. 04/03/2013 Carta do Bom da Virgínia Constituição dos EUA o Revolução Declaração de Independência (Devido aos tributos que deviam a colônia, a falta de liberdade) Revolução segundo John Locke CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 15 Tripartição dos poderes (Sistema Checks and Balances) Montesquieu Fizeram então um contato social (Rosseau) entregaram as liberdades e receberam em troca os benefícios; o Bill of Rights (controle externo – ninguém pode mexer) Emendas A base foi os covenants, magna carta, contrato de colonização Criaram um documento Topoi. O constitucionalismo nasce dessa forma nos EUA. Ao mesmo tempo a França passava por um período muito tumultuado Leis Fundamentais do Reino (não estavam a disposição do Rei) Somente os Estados Gerais poderiam alterá-las o Formado pelo Povo (90% da população), os Clérigos (5%) e os Nobres (5%) Os nobres através de um exército dominavam os demais o Os Estados Gerais tinham que ter representantes do povo, do clérigo e da nobreza de todas as cidades francesas. o Mas o rei era malandro, e dava mais poder aos nobres colocando mais representantes destes, na convocação para os Estados Gerais. o Em Paris Na convocação para os Estados Gerais um Clérigo revolucionário, sabendo da tripartição de Montesquieu e do contrato social de Rosseau falam do 3. Estado Que é na verdade a força produtiva do país! Revolução pra quebrar o “Ancien Regime” (Antigo Regime) Daí se inicia a Revolução Francesa (Locke) Luis XVI é morto, Maria Antonieta é Guilhotinada e é feita a: o DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E CIDADÃO. (2º Constituição do mundo) Promove a organização do Estado na tripartição, faz uma declaração de direitos, cria-se a assembleia, etc. Daí para frente, todos os países da Europa e do mundo, se colocam a fazer suas constituições, sendo sempre um documento escrito, governo com tripartição, com declaração de direitos. Modelo Liberal Clássica Sendo um Documento Escrito / com Separação de Poderes (controle interno) / e Declaração de direitos (controle externo). - 1ª Geração (Dimensão) – Direitos Negativos – Liberdades As cartas de direitos de todas as constituições neste momento, se preocupam com a grande interferência do Estado. Buscam liberdades frente ao Estado, como a liberdade religiosas, de CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 16 expressão, de locomoção, etc. As pessoas estão nesse momento só preocupados com os direitos negativos (não intervencionistas) Esse primeiro modelo de constituição fracassa, pois há um enfrentamento de duas classes Burguesia x Proletariado (recebe este nome devido o seu único bem ser a prole) REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Vapor – Eletricidade o Onde há fracos e fortes a liberdade escraviza. o Os Burgueses definiam as regras de trabalho (12hs por dia), levar a família pra trabalhar junto, péssimas condições de trabalho. o Como a constituição na época é liberal, as regras de trabalho dependiam da vontade dos cidadãos a situação se tornou pior que a escravatura. nas relações privadas o Estado não intervinha. Saúde Hospital (Santa Casa); Mortos Igreja; Velhos Asilo ligado a igreja; Relações de Trabalho Contrato entre os cidadãos. o Então essa constituição Limitava o Poder do Estado, no entanto não limitou o poder econômico, e acabou por favorecer a Burguesia. Burguesia explorando o proletariado. Reações Socialismo / Comunismo (Marx + Engels (1917 – Rússia) 2ª Geração (Dimensão) Estado Social Bem Estar - 2ª Dimensão de Direitos (Igualdade) Acontece com a Lei Fundamental de Weimar (1919) e com a Constituição Mexicana (1917) Carta de Direito Traz as liberdades e juntamente a elas são acrescentados os direitos de igualdade O Estado é Chamado a Intervir (estabelecer limites as relações privadas) Relações de Trabalho Tuteladas pelo Estado o Jornada de trabalho de 8hs; o Salário mínimo; o Condições de trabalho; o Licenças saúde, etc. E o Estado é obrigado a conferir se estes direitos estão sendo cumpridos. O Estado passa a ser obrigado a cuidar de aspectos da Saúde, Educação, Transporte, Moradia, cuidar dos Idosos, etc. E com isso o constitucionalismo ganha uma nova força. Nossa constituição a partir do seu art. 6º enumera os direitos sociais. Esse 2º Modelo constitucional começa no México Brasil só tem uma constituição dessa em 1934 com Getúlio Vargas. - 3ª Dimensão de Direitos (Solidariedade) CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 17 Acontece após a 2º Guerra Mundial, devido o aparecimento de violações graves como experiências com seres humanos, eliminação de Judeus – genocídio, bombardeio da população civil, enfim, toda sorte de violações aos direitos humanos o que nem a primeira dimensão (liberdade) e nem a segunda dimensão (igualdade) das constituições abordavam estes aspectos. Carta ONU (1945) Declaração Universal dos Direito do Homem (1948) Tratado Internacional o Tratado assinado pelos Estados preocupados com o Gênero Humano, pois até então suas constituições estavam preocupados apenas com os membros de seus próprios Estados. Todo homem nasce livre; Ninguém será submetido a tratamento cruel e/ou degradante; o O Tratado Internacional passa a valer dentro dos seus ordenamentos jurídicos. (CF 88 Art. 5ª LXXVIII § 2ª – Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte). - 4ª Dimensão Liberdade, Democracia e Informação - 5ª Dimensão Água Potável. 07/03/2013 CONSTITUIÇÃO Geração desde os Gregos até as várias dimensões da Constituição. o As constituições vão sendo mudadas direito a água, a internet, a bioética, tudo isso vai se desenvolvendo e mudando. CONTEÚDO DAS CONSTITUIÇÕES Materialmente Constitucionais o Direitos e Garantias Individuais; o Organização do Estado Separação dos Poderes Titulares do Poder – No caso do Brasil é o Povo Forma de exercício – Voto Sistema e Forma de Governo – Federação, República, Presidencialismo, Legislativo Bicameral Formalmente Constitucionais (estão dispostos na constituição, mas não é matéria constitucional) o Ex. Art. 206º VIII => piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 18 o Ex. Art. 208º § 3º => Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola. o Ex. Art. 231º => São reconhecidos os índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarca-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Ou seja, não são matérias que deveriam estar na constituição. Pois a constituição é feita para as regras maiores, o restante, tem que ser disciplinado pelas normas infraconstitucionais. Por isso nossa constituição é chamada de “Total”, por abarcar inclusive assuntos que não são de ordem constitucional. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES Segundo a Forma o Escrita É um texto único, elaborado por um órgão constituinte. o Costumeira Chamada também de não escrita (no entanto parte do documento dela é escrita) Temos na doutrina apenas 3 exemplos: A Constituição da Inglaterra (Magna Carta e “Bill of Rigths” são válidos) mas há vários outros princípios constitucionais que não são escritos. Outro exemplo é a Nova Zelândia que possui os seus índios Maori, os dispositivos atinentes a estes povos que repousam na tradição e costumes, os neozelandeses respeitam como se fosse a constituição deles, que é escrita. O Estado de Israel também tem uma constituição escrita, mas tem vários questões de origem bíblica, com força de constituição para o povo. Ex. durante um feriado religioso, Israel sofreu uma invasão e sofreu sem lutar até o termino do feriado, e só então partiu pra luta e defender seu território, simplesmente por um respeito religioso (costumeiro), mesmo sendo a defesa de território matéria constitucional. Segundo o Modo de Elaboração o Dogmática reflete a vontade de uma maioria Ex. nossa constituição de 88, não veio sendo escrita ao longo da história, então em um determinado momento uma maioria que queria democratizar o Brasil, parou e elaborou a constituição. o Histórica construída ao longo dos anos a costumeira. Segundo a Origem do Poder o Promulgada – Democrática – Votada 1891 Primeira constituição da República; 1934 1946 o Outorgada – Imposta São exemplos de Constituições Outorgadas: CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 19 A primeira constituição do Brasil (CI – Constituição Imperial – 1824), foi imposta pelo D. Pedro I, cuja a constituição dava pra ele plenos poderes, pois ele tinha o poder moderador sobre todos os assuntos que surgissem. 1937 Constituição Polaca, encomendada pelo ditador Getúlio Vargas, fez cópia da Carta Del Lavoro, e parte da constituição polonesa (nazista) e da Itália fascista de Mussolini. Em 1967 e 1969, houve a constituição Militar, imposta pelos mesmo. Estabilidade ou Mutabilidade o A constituição necessita de atualização (pois o mundo muda, a sociedade muda) o Quanto a estabilidade temos 3 tipos de Constituição: Flexível A mudança dela segue os mesmos preceitos de uma mudança em uma Lei Ordinária, ou seja, fácil de ser mudada. Ex. Lei fundamental de Weimar distorcida posteriormente por Hitler. Hoje não temos mais constituições flexíveis no mundo. Rígida – Solene e Difícil Apresenta um processo mais solene dificultoso em relação a Lei ordinária, para sua mudança. PLO Projeto de Lei Ordinária (art. 61º propositura ou iniciativa qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta constituição). PEC Projeto de Emenda a Constituição (art. 60º A constituição poderá ser emendada mediante proposta: I de um terço, no mínimo , dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II – do presidente da República; III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas pela maioria relativa de seus membros. o Só pela propositura já vemos que a emenda é muito mais difícil de ser iniciada. PLO Votações (art. 65º) – Duas votações de maioria simples, sendo uma em cada casa. Quando o projeto de Lei for do Senado, começa nesta casa e revisa na Câmara, quando iniciado na Câmera é revisado pelo Senado. PEC (art. 60º § 2º) – A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 20 turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. o Novamente em quantidade de votações e na quantidade de votos necessária para aprovação temos uma rigidez na PEC em relação a PLO. Maioria Absoluta a partir do primeiro numero inteiro da metade do número total de deputados ou senadores. Maioria Relativa a partir do primeiro número inteiro da metade do número dos presentes em cada uma das casas. o Nossa constituição é uma das mais rígidas do mundo. Constituição Semi Rígida Só tem um exemplo no mundo, que é a de 1824, Constituição do Império, que apresenta 2 processos de mudança: o O que era materialmente constitucional era rígido; o O que era formalmente constitucional era flexível. A nossa constituição além de ser rígida, ainda traz dispositivos chamados de cláusulas pétreas, ou seja, pedaços que nem podem ser discutidos. Art. 60º § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma federativa de Estado; II – o voto direto, secreto, universal e periódico; III – a separação dos Poderes; IV – os direitos e garantias individuais. 11/03/2013 PODER CONSTITUINTE Pode ser dividido em 3 tipos de poder: Poder Constituinte Originário o Ele elabora a constituição. É o poder que o Estado tem de elaborar sua constituição. É o poder soberano, o Estado vai se organizar. Poder Constituinte Derivado o Ele altera a constituição, atualizando-a. Poder Constituinte Decorrente ou Derivado Decorrente o É o poder que o Estado membro tem de elaborar sua constituição estadual. Partindo do Poder Constituinte Originário, veremos a seguir algumas características: Poder de Fato esta ligado a uma revolução Ex. CF 1824 (1º Constituição do Brasil) - Brasil se desvincula de Portugal; a 1º CR (Constituição da República) teve a ruptura com a passagem da monarquia para a República; a CF de 1934 teve a revolução CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 21 constitucionalista de 32 (São Paulo exigiu de Getúlio uma constituição); CF de 1937 – Estado novo de Getúlio, onde ele se torna ditador, de 1946 é uma constituição onde o Brasil volta a ser Democrático; a de 1967 e 1969 temos as Ditaduras Militares, e por fim a de 1988 volta com o Brasil Democrático. As constituições de 1824, 1937, 1967 e 1969 foram outorgadas as demais foram promulgadas. Poder Inicial (iniciabilidadade) Através dele se inicia uma nova estrutura, da início a um novo tipo de Estado, revoga a constituição anterior. o Normas Infra Constitucionais se forem compatíveis com a nova constituição são mantidas, as que não forem são revogadas. Poder Autônomo somente o exercente é que pode definir a estrutura. Não há vinculo com nada, não há nenhum dispositivo legal que disponha como deve ser feita a constituição. Poder Incondicionado não existe nenhum assunto proibido. No entanto o Brasil faz parte do pacto de São José que se compromete a não retroceder, quanto aos direitos e garantias individuais, portanto ele não poderia por exemplo liberar a pena de morte. No entanto se ele bater o pé e disser eu quero, não há nenhuma regra que o impeça, não existe nenhum assunto que seja proibido. Poder Ilimitado não presta conta a ordem jurídica anterior, não há assunto que ele não possa legislar. Titularidade do Poder Constituinte: Preambulo da CF Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para institui um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos,fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacifica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil. A Titularidade do Poder constituinte, portanto, esta descrita no próprio preambulo da CF, e nada mais é que o próprio povo, só que quem vai exercer o poder será uma assembleia nacional constituinte, que se fazem os representantes do povo. Fenômenos de Natureza Constitucional O Brasil adota a teoria da Recepção, mas temos também a Repristinação e a Desconstitucionalização. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 22 o A Recepção é um ato ou fenômeno de natureza constitucional, pela qual a constituição mantém ou não as normas infraconstitucionais. As compatíveis são recebidas; As incompatíveis são revogadas. o O Brasil só adota a teoria da Recepção, os dois outros não ocorre no país. o A Repristinação, significa tornar o velho novo. Onde há o fenômeno da repristinação temos uma Lei A, que é revogada posteriormente pela Lei B, que depois é revogada pela Lei C. Se houvesse repristinação essa Lei ressurgiria após a Lei B, ser revogada. Isso no nossa legislação não é permitida porque isso traria uma insegurança jurídica. Países como França / Suécia utilizam a repristinação. O art. 62º CF com as MP, pode ter fenômenos repristinatórios, quando a MP suspende uma lei provisoriamente, mas a Lei não é revogada e sim suspensa temporariamente. o A Desconstitucionalização ocorre em países como a França, a constituição velha perde a Gala de norma constitucional e vira uma matéria infraconstitucional, ao invés de ser revogada então ela passa a integrar o ordenamento ordinário. O Poder Constituinte Derivado No Brasil o poder derivado altera (atualiza) a CF de 88. PEC Projeto de emendas constitucionais ou simplesmente emenda. Características: o Poder Limitado: pelo poder originário, que definiu os limites, limitações essas de várias ordens: Limitações Formais Objetivas: Estão relacionadas com os próprios dispositivos da constituição, os regimentos. Ex. Coro de instalação em prática é o devido processo legislativo, por exemplo como exige-se 3/5 de aprovação dos parlamentares em cada casa, portanto dos 513 deputados precisamos de pelo menos 304 votos, portanto se não tiver no mínimo uns 350, pois nem todos votam a CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 23 favor, o projeto de emenda nem pode ser colocado em votação, pois se ele não for aprovado, só poderá voltar na próxima assembleia legislativa. Limitações Formais Subjetivas: Quem pode propor? É subjetivo porque pode ou não ser apresentado. Art. 60 CF I II III Limitações materiais explícitas: Cláusulas Pétreas Art. 60º CF § 4º - não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I – a forma federativa de Estado; II – o voto direto, secreto, universal e periódico; III – a separação dos Poderes; IV – os direitos e garantias individuais. Não pode-se discutir a abolição, ou seja a retirada de algum desses direitos, portanto é um núcleo não modificável pra subtrair, mas se quisermos adicionar algo é possível. o Condicionalidade: Processo Legislativo (art. 60º CF) precisa ser obedecido: Iniciativa: Incisos I, II e III. 1/3 da Câmara ou do Senado, Presidente ou de ½ das Assembleias Legislativas. Votação: em 2 turnos em cada casa, com 3/5 dos respectivos membros (§ 2º) § 5º estabelece, que emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Ou seja, só no ano posterior que ela poderá voltar. Se as condições não forem seguidas há uma inconstitucionalidade e a emenda não valerá. 14/03/2013 CLAUSULAS PÉTREAS Art. 60 CF § 4º I - Federação Quem entra não pode sair, nenhum Estado pode deixar o pacto federativo. Não há separação dos Estados. Art 1º CF CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 24 II – Voto Direto, Secreto, Universal e Periódico Votamos diretamente na pessoa que queremos como representante; Secreto significa que nem o Estado pode saber em quem votamos; Universal significa alcançar o maior numero possível, analfabetos, pessoas deficientes, presos, etc. Periódico, de 4 a 8 anos pode-se mexer na periodicidade. Art. 14º CF III – Separação dos Poderes Sistema de freios e contra pesos, controle interno do Estado. Art. 2º CF IV – Os Direitos e Garantias Individuais Os direitos são declaratórios (os direitos são declarados) e as garantias são assecuratórios (remédio constitucional). Ex. Temos a liberdade de locomoção, e quando nos prendem sem direito, temos o habeas corpus pra assegurar esse direito. Pra cada um dos direitos escritos na constituição, vamos ter um instrumento jurídico, ou seja, um remédio que assegura o direito. Outras garantias: Habeas data, mandado de segurança, etc. Art. 5º CF o que for direito e garantia individual é cláusula pétrea, o que não for é um direito importante mas não esta alcançado pelo art. 60º CF Temos no entanto no art. 5º § 2º descreve que os direitos e garantias expressos nesta constituição não excluem outros decorrente do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. Ou seja podemos ter direitos e garantias individuais, espalhadas pelo texto constitucional, alocadas em outros artigos, portanto cláusulas pétreas também. E temos também cláusulas pétreas que veem dos tratados internacionais. art. 5º § 3º Os tratados sobre os direitos humanos, devem ser votados em ambas casas legislativas, obtendo 3/5 de aceitação das casas, terão efeito de emenda constitucional. Ex. Convenção da pessoa com deficiência. Clausulas Pétreas Explicitas por estar explicitado na constituição: não será objeto de deliberação [...] Limitações Implícitas: o Tecnicamente não esta explicito que podemos tirar o Art. 60 CF § 4º, mas fica implícito que não pode, pois se o processo legislativo tirasse este parágrafo em uma emenda, na próxima poderia ser mexido e abolido qualquer das cláusulas pétreas que por ele era regulada. o A República também implicitamente é cláusula pétrea: de 1891 a 1969 a República era uma cláusula pétrea, a CF de 1988 nos Ato das Disposições Constitucionais Transitória, no art. 2º marcou um plebiscito para que o povo votasse, entre república ou monarquia constitucional, e o sistema de governo parlamentarismo ou presidencialismo. Voltando portanto a ser uma cláusula pétrea implícita. O Sistema de Governo não é uma cláusula pétrea, porque já tivemos este sistema de governo na época do Tancredo Neves. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 25 18/03/2013 PODER DERIVADO Altera a Constituição Através das PEC (Projetos de Emendas Constitucionais) Limitações: Art. 60º § 4º (Cláusulas Pétreas) Momentos: o Intervenção Federal Art. 34. CF A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: I – manter a integridade nacional; II – repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra; III – pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; IV – garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação; V – reorganizar as finanças da unidade da Federação que: [...]; VI – prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial; VII – assegurar a observânciados seguintes princípios constitucionais: [...] o Estado de Defesa (Art. 136. CF); o Estado de Sítio (Art. 137. CF) O presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos de: [...] Temporais: o Art. 3. ADCT A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral. Unicameral 513 Deputados + 81 Senadores PODER DECORRENTE Poder que o Estado Membro possui para elaborar sua Constituição Estadual. Os municípios possuem Lei Orgânica, e não possuem poder decorrente. salvo o DF que tem por ser uma cidade “atípica”. Características: Limitado CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 26 Condicionado Autônomo Art. 11. (ADCT) Cada assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta. Art. 18. CF Prevê a Autonomia da União, dos Estados, Distrito Federal e Municípios. Art. 25. CF Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. Art. 28. CF A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quarto) anos, [...]. LEI ORGÂNICA DOS MUNICÍPIOS Art. 11. § único (ADCT) Promulgada a Constituição do Estado, caberá à Câmara Municipal, no prazo de seis meses, votar a Lei Orgânica respectiva, em dois turnos de discussão e votação, respeitado o disposto na Constituição Federal e na Constituição Estadual. Art. 29 CF O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: [...] OS TRES TIPOS DE PODER SEGUNDO MAX WEBBER Teoria da dominação O que leva as pessoas a obedecer à lei? o Três tipos de poder: Tradicional: É baseada na crença cotidiana, na santidade das tradições vigentes e na legitimidade daqueles que, em virtude dessas tradições, representam a autoridade. Ex. China – Japão, tem regime Patriarcal, baseado nos Costumes Sagrados das tradições. Carismático Baseado em um Líder, demagogo, que cativa o povo com seu discurso Ex. Júlio César – Che Guevara – Chavez – Lula – Mao – Vargas – Hitler – Peron. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 27 Poder Racional Legal: É o poder na qual se obedece à ordem impessoal, fundada no estatuto e na regulamentação da autoridade. É exercida pelas autoridades investidas pela lei (dominação legal), havendo coincidência, apenas neste caso, entre legitimidade e legalidade. Cria a noção de competência. A obediência presta-se às regras, e reconhece-se competente para designar a quem e em que extensão se há de obedecer. Quem obedece, faz um cálculo racional e utilitário e vê vantagem em cumprir. Legítimo Eleito para o mandato; Legal Obedecendo à legislação vigente. 01/04/2013 ESTADO Até agora estudamos o 1. Elemento do Estado que é o PODER. Agora passaremos a Estudar o 2º Elemento do Estado: O POVO É a razão de ser do Estado. Mas quem é o povo? No Brasil o povo são as pessoas que detém um vínculo jurídico e político chamado Nacionalidade, elencados nos seguintes dispositivos: Art. 12 CF que traz os Brasileiros Natos e Lei 6815/80 Estatuto do Estrangeiro e Art. 12. II CF, que traz os naturalizados. Temos no Brasil a População, ao contrário do povo, é um dado do IBGE, sendo assim um número. O povo não, pois estes tem um vínculo jurídico / político, a população é formada pelo conceito eminentemente aritmético, demográfico. Na contagem da população, incluem- se os estrangeiros, apátridas e português equiparado. Para a pessoa aqui permanecer é necessário um visto válido, inclusive pra desempenhar uma atividade. Se a pessoa é casada com brasileiro, se ela trabalha aqui, se ela joga futebol ou basquete, se ela estuda, etc., o estrangeiro tem um visto de permanência no Brasil. Além dos estrangeiros e incluem a população, temos os apátridas também chamados heimathlos, e para estes existe um documento das nações unidas (ONU), e o Brasil os abriga como refugiados. Estes não são brasileiros, não fazem parte do Povo Brasileiro, no entanto, fazem parte da população. No Brasil ainda existe o Português equiparado, é um fenômeno, pois ele continua sendo Português, mas ele pode votar no Brasil e até ser eleito prefeito, deputado, sofrendo apenas algumas limitações que estão na própria constituição, estes também não fazem parte do povo. Nacionalidade Vínculo jurídico e político que um indivíduo tem com determinado Estado. Este vínculo lhe da à condição de Nacional. O Direito Internacional Público (DIP), traz três princípios que regem a nacionalidade (Os 196 países da ONU respeitam esses princípios): CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 28 1) Princípio da Concessão Estatal da Nacionalidade Cada país define suas regras para definir a nacionalidade. O Brasil utilizou a constituição e o estatuto do estrangeiro, mas cada país utiliza seus próprios meios. Nos EUA, por exemplo, existe uma loteria do Green Card, onde por um sorteio, há a possibilidade de se ganhar a nacionalidade. No México, Canadá, Rússia e EUA se você investir uma grande quantia (aproximadamente 5 milhões de dólares), a pessoa também ganha a nacionalidade do país em que esta investindo. No Japão se você for atleta, existe um incentivo e pode-se até angariar a nacionalidade japonesa. A Alemanha tem turcos, que estão a mais de 60 anos residindo no país, e ela não da a Nacionalidade. a. Estes são exemplos de como cada país decide do jeito que dará a nacionalidade. 2) Princípio da Optabilidade: Parte do principio que a pessoa pode mudar de nacionalidade, quantas vezes queira. É um direito individual ter outra nacionalidade, o estado não pode impedir que o indivíduo adquira nacionalidade diversa, claro que o Estado a qual se deseja a nacionalidade tem que aceitar o indivíduo como um nacional. 3) Princípio da Inconstrangibilidade: Ninguém pode ser obrigado a aceitar uma naturalização. Nem mesmo um apátrida. Existem casos no Supremo, onde o indivíduo relata que foi obrigado a receber a naturalização americana, para prestar o serviço militar lá, e chegando aqui novamente, o Supremo devolveu a nacionalidade brasileira. Princípio: É um vetor, valor, axioma, que serve para interpretação. Então os princípios conduzem as regras, as interpretam. No tocante a nacionalidade estes princípios é que permeiam todos os países. Um indivíduo pode ter dupla cidadania e até tripla cidadania. TEORIAS PARA JUSTIFICAR A NACIONALIDADE Critério: Jus Sanguinis Parental ou Familiar É adotado pelos países da Europa. Nesse critério se dá pelo vínculo sanguíneo. Critério: Jus Soli Territorial É adotado pelos países das Américas Nesse critério leva-se em consideração que se nascer aqui é brasileiro. Claro que as Américas tinham que adotar isso, pois se não só iriam ser brasileiros os descendentes de índios. Critério: Misto O Brasil utiliza a teoria territorial mitigado, ou seja, é brasileiro quem nasce aqui, mas são brasileiros também os filhos de brasileiros que nascem no exterior,defendido no art. 12 I a, b, c CF. TIPOLOGIA DA NACIONALIDADE Temos 2 tipos de nacionalidade: CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 29 1) Originária, Primária ou Por Nascimento – É o caso dos Natos. Ela independe da vontade da pessoa. Pouco importa a vontade da pessoa, se ela nasceu aqui ela é Brasileira. 2) Secundária, Derivada ou Por Opção – É o caso dos Naturalizados. Aqui depende de duas vontades, do indivíduo e do Estado. Então é dependente do indivíduo querer e o Estado aceitar, ou o Estado querer e o indivíduo aceitar. Nesta nacionalidade secundária, o indivíduo abre mão da nacionalidade originária por outra. ANALISE DO TEXTO DA LEI. Art. 12 I CF São brasileiros: I Natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país. (TEORIA TERRITORIAL) b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. (TEORIA PARENTAL) Ex. as tropas do exercito brasileiro que estão em missão de paz no Haiti. Funcionários dos consulados, embaixadas e dos organismos internacionais (ONU, TPI – tribunal penal internacional, OEA). O consulado é um tipo de cartório no exterior, serviços notariais servem para fazer registros, etc. As embaixadas exercem o papel político de representação, e às vezes faz o serviço notarial (como os consulados desempenham). Isso geralmente ocorre com países que querem economizar e possuir apenas embaixadas e não consulados. Em todas estas entidades existem representantes a serviço de seus respectivos países. c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (TEORIA PARENTAL) Nacionalidade Potestativa, pois o estado não pode se recusar a aceitar. O Itamaraty estava cansado de fazer registro no exterior, e por isso alterou a constituição, só que criou um problema, gerando para o Brasil mais de 400 mil apátridas, ai em 97 houve uma emenda que voltou ao texto original da alínea c, descrita acima, e assim sendo a criança que nasce no exterior, voltou a ter que ser registrada no Consulado ou Embaixada do Brasil no País onde nasceu, e no registro deve constar: Brasileiro Nato Pendente de Opção. Se o indivíduo nascer dentro de Embaixadas Brasileiras, ou navios e aviões estatais, o indivíduo deve ser alcançado pela nacionalidade brasileira da alínea “a”, pois estes são territórios fictícios brasileiros no exterior. 04/04/2013 CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 30 Brasileiros Natos Art. 12. I CF Brasil fez a opção por cuidar da nacionalidade apenas na constituição. Na alinha c, temos a nacionalidade postestativa Emendas de Revisão (5 anos após a publicação da Constituição) 1993 e 1994 em Sessão unicameral, com votação por maioria absoluta durante as revisão acabaram com o registro e isso criou uns 400 mil apátridas. A emenda 54 de 2007 retornou o texto original, colocando de volta o registro e residência. Mas houve um lapso temporal entre 1994 e 2007, neste período tivemos cerca de 200 apátridas. Para solucionar o problema criaram o Art. 95 do ADCT que diz: Os nascidos no estrangeiro entre 7 de junho de 1994 e a data da promulgação desta Emenda Constitucional, filhos de pai brasileiro ou mãe brasileira, poderão ser registrados em repartição diplomática ou consular brasileira competente ou em ofício de registro, se vierem a residir na República Federativa do Brasil Efeito Repristinatório, pois apesar de ter um nome diferente em forma de uma nova lei, houve a volta da lei que dizia pra registrar as crianças no exterior. Naturalizado – Derivada – Secundária ou Por Opção. O Brasil tratou do assunto em dois dispositivos Art. 12 II – CF 88 e na Lei 6815/80 (Estatuto do Estrangeiro) que foi recepcionado pela nova constituição. Art. 12. São Brasileiros: II Naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral. Países com língua portuguesa: Portugal, Angola, Moçambique, Timor, Guiné Bissau, São Tome / Príncipe. Ininterrupto significa ter domicílio (com animo definitivo) brasileiro. Pagar impostos, ter residência fixa se tiver de férias, ou ser uma pessoa que viaja não é levado em conta. Porque estas pessoas bastam um ano: Eles entendem o idioma, se comunicam, tem os mesmos antepassados, tendo uma mais fácil adaptação. Tem que ser requerido, por causa da inconstrangibilidade, então o indivíduo tem que requerer ao Estado e demonstrar sua vontade de se tornar Brasileiro. Art. 12. II b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. Essa nacionalidade é chamada de extraordinária, porque ela necessita somente de 2 requisitos que são 3. Precisa estar no Brasil a 15 anos sem condenação penal, aqui e no país de origem. Ela tem acento constitucional, presentes estes dois requisitos o Brasil não pode negar. Lei 6815/80 Art 112 95% das naturalizações acontecem por aqui, ou seja, pelo Estatuto do Estrangeiro Nos casos de: Casamento, Curso Superior, Radicação Precoce (menor de 5 anos), Tempo de 2 a 4 anos. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 31 Só que neste caso há um processo administrativo, no âmbito do Ministério da Justiça, onde serão checados os requisitos, tipo: saúde, emprego, domínio da língua, e neste caso a nacionalidade pode ser negada, pois aqui existe o poder discricionário do Estado (O Estado brasileiro checa). No ano passado o Brasil negou para um Libanês, muito provavelmente por indícios de participação com o Hezbollah, e se ele causar problemas aqui, o Brasil pode expulsa-lo, no entanto se ele for naturalizado não tem como. Português Equiparado – Art. 12 § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. O Português chega ao Brasil e fixa residência com animo definitivo. Então para estes que tem o objetivo de morar no país, serão atribuídos com os mesmos direitos aos brasileiros naturalizados, pois além dele não ser nascido aqui ele é estrangeiro. DIREITOS INERENTES DE BRASILEIROS Ativos votar, e participar de plebiscitos ou referendos; Passivo Ser votado e ocupar cargos. Art. 12 § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I – de Presidente e Vice-Presidente da República; II – de Presidente da Câmara dos Deputados; III – de Presidente do Senado Federal [...] Quando o Português pede a equiparação, ele só não vai poder ser Presidente da República e alguns outros cargos descritos no Art. 12 § 3º, e ele continua sendo português. Pode participar de todas as eleições, vai poder ser eleito. Tudo que um naturalizado pode fazer ou ser o Português Equiparado pode fazer ou ser. Não é possível exercer os direitos políticos em ambos os lugares, quando ele pede aqui, o Brasil avisa a Portugal e os direitos dele lá ficam suspensos. Se ele voltar pra lá, ele requer os direitos políticos lá novamente, e o governo de lá comunica aqui, que suspende os aqui. Ele tem os mesmos direitos, mas não tem os mesmos deveres. Porexemplo, o alistamento militar o Português não precisa se sujeitar. O Português equiparado pode, por exemplo, ser Policial Militar, mas ele nunca será convocado para o exercito, pois isso é prerrogativa de brasileiro, e ele é estrangeiro. E vantagem ser Português Equiparado? O Português que vem ao Brasil possui um visto, que pode ser de trabalho, e aqui pode ele permanecer com visto pelo resto da vida. No entanto ele tem a opção de pedir a equiparação (e participar da escolha política aqui) ou ainda a naturalização. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 32 A diferença entre o equiparado e o naturalizado, é que o primeiro só pode o Português, e o naturalizado pode ser qualquer nacionalidade, mas no tocante aos direitos eles são os mesmos. 08/04/2013 DIFERENÇAS ENTRE BRASILEIROS NATOS E NATURALIZADOS Art. 12. § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição. Os Portugueses serão considerados Brasileiros Naturalizados, ao passo que o Português Equiparado continua sendo Português (estrangeiro). Art. 12. § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. Ou seja, ninguém pode fazer diferença entre um brasileiro nato ou naturalizado, exceto o previsto na constituição, que são 5 diferenças apenas. Uma pessoa pode ter apenas uma naturalização, se quiser trocar ela abandona uma e troca por outra, agora cidadania ela poderá ter até 3. Art. 12. § 3º (primeira diferença - cargos) São privativos de brasileiro nato os cargos: I – de Presidente e Vice-Presidente da República; II – de Presidente da Câmara dos Deputados; III – de Presidente do Senado Federal; IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V – da carreira diplomática; VI – de oficial das Forças Armadas; VII – de Ministro de Estado de Defesa. Se repararmos, os cargos mais importantes da República são privativos de brasileiros natos. Apesar de não estar escrito, é privativo a presidência do Congresso Nacional, ao passo que esta é exercida pelo presidente do Senado. Os membros do Itamaraty assinam tratados internacionais, que é uma competência do Presidente. O Presidente da república por não conseguir comparecer e assinar todos os tratados que o Brasil assume, delega aos diplomáticos. O Brasil assina em média 2 tratados internacionais por dia. Oficiais das forças armadas, no caso de guerra, serão os responsáveis pelas estratégias do Brasil, por isso é necessário que seja um Brasileiro Nato. Ministro do Estado da Defesa: novamente ligado a uma possível condição de guerra, é necessário um brasileiro nato, militar, para assegurar a defesa do país. Art. 12. § 4º (segunda diferença – perda da naturalização) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I – tiver cancelada sua naturalização por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II – adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; b) de CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 33 imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em Estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis. O naturalizado pode perder sua naturalização, nos casos previstos na constituição. O brasileiro nato, só vai perder a nacionalidade, se ele abrir mão e trocar por outra. O brasileiro naturalizado não pode ser expulso do Brasil, salvo no caso de perda da naturalização. o Existe um caso de um italiano, cujo sobrenome era Buceta, alegando ser vexatório no Brasil o sobrenome ele pediu a mudança e conseguiu para Busqueta. Depois de algum tempo descobriu-se que ele era responsável por uma série de crimes na Itália, e o Brasil preparou a documentação para cancelar a naturalização. No entanto a Itália pediu a extradição e o Brasil simplesmente o extraditou. Ver Art. 5. LI CF. Art. 89. CF (terceira diferença – conselho do presidente) O conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: I – o Vice – Presidente da República; II – o Presidente da Câmara dos Deputados; III – o Presidente do Senado Federal; IV – os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados; V – os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal; VI – o Ministro da Justiça; VII – Seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução. Art. 222. CF (quarta diferença - propriedade) A propriedade de empresa jornalística e de radiofusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de 10 (dez) anos, ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País. Temos que levar em consideração o prazo mínimo para pedir a naturalização, que no caso de origem de países de língua portuguesas é no mínimo 1 ano residindo no país, portanto, leva no mínimo 11 anos para ter esse direito. Com base na opinião pública elegemos os poderes, e os meios de comunicação em massa tem forte influencia sobre a opinião pública. Por isso o cuidado com a manipulação da opinião pública. Talvez hoje precisasse atualizar, e incluir a internet também. Outra função importante dos veículos de comunicação é o de fiscalização, por exemplo, foi à matéria da folha de São Paulo que derrubou o Collor. Os meios de comunicação em massa, portanto possuem um papel vital na democracia. Art. 5. LI (quinta diferença - extradição) nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião. CIÊNCIAS POLÍTICAS Kleber Luciano Ancioto Página 34 A condição de ser antes da naturalização, significa que quando ele cometeu o crime ele não tinha a nacionalidade brasileira, tendo, portanto o mesmo tratamento de um estrangeiro que comete crime e vem para o Brasil. Na hipótese de tráfico considera-se o internacional, pois se ele traficar simplesmente no Brasil ele será julgado segundo nossa legislação. Agora se ele manda drogas para outro país e é descoberto o esquema, e tal país solicita a extradição, ai sim o indivíduo é extraditado. MEDIDAS COMPULSÓRIAS EXTRADIÇÃO o Definição: É a medida compulsória pela qual um Estado envia um indivíduo para outro Estado, para cumprir pena, ou para ser julgado. O Brasil extraditou vários criminosos de guerra nazista que aqui estavam. o Art. 5. LI (nenhum brasileiro será extraditado) O princípio presente é o da não extradição. O Brasil sempre que pode não extradita a pessoa. Salvo as exceções. o Existem 2 tipos de Extradição: Ativa: O Brasil pede; Passiva: O Brasil concede. o Condições: O Crime deve ser cometido fora do território brasileiro; 2 Casos que servem para formar a Jurisprudência: o Ronald Biggs Britânico que assaltou o trem que ia da Escócia para Londres, e estava no Rio de Janeiro, gastando o dinheiro que ele tinha roubado. O primeiro pedido foi formulado pelo Reino Unido, e não havia na época o tratado de reciprocidade
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