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06/11/2014 1 Parasitologia Básica em Enfermagem Ascaridíase Ascaris lumbricoides Parasitologia Básica em Enfermagem 06/11/2014 2 • A ascaridíase é uma parasitose causada por nematóides que parasitam o intestino grosso, provocando lesões traumáticas e espoliativas ao hospedeiro. • Sinonímia: Ascaríase, ascaridose, ascaridiose. • Agente etiológico: - Filo: Aschelminthes - Classe: Nematoda - Família: Ascarididae - Gênero: Ascaris - Espécie: A. lumbricoides ASCARIDÍASE É o parasitismo desenvolvido no homem pelo Ascaris lumbricoides. Nome popular Lombrigas ou bichas. Prevalência A mais cosmopolita e a mais frequente das helmintíases. O Ascaris lumbricoides é encontrado em quase todos os países do mundo e ocorre com frequência variada em virtude das condições climáticas, ambientais e, principalmente do grau de desenvolvimento da população. 06/11/2014 3 • Ascaris lumbricoides Parasito do homem • Ascaris suum Parasito comum em suínos e pode acometer os humanos também • Toxocara canis Parasito comum de cães e que pode causar em humanos a síndrome denominada de larva migrans visceral. Ascaris lumbricoides • Simetria bilateral • Tubo digestivo completo • Macho em geral menor que a fêmea • Sem sistema circulatório ou vascular 06/11/2014 4 Morfologia Vermes Adultos • Longos, robustos, cilíndricos com extremidades afiladas • Cutícula lisa, brilhante e com finas estriações anulares • Boca – extremidade anterior • Reto – extremidade posterior • Machos adultos – 20 a 30 cm (extremidade posterior/caudal curvada) • Fêmeas adultas – 30 a 40 cm Formas Evolutivas • Ovo: cor castanha, oval e membrana externa mamilonada (fértil, larvados e infértil). Ovos larvados Ovos inférteis Ovos férteis 06/11/2014 5 Formas Evolutivas • Vermes adultos: cor leitosa, boca com 3 fortes lábios (1 dorsal e 2 látero-ventrais), macho com extremidade posterior encurvada e fêmea com extremidade retilínea. −90% localizam-se ao longo das alças jejunais e o restante no íleo -> Pequeno número de parasitos −Em infestações intensas tomam todo o intestino delgado −Movem-se contra a corrente peristáltica migrações −Alimentam-se de materiais semidigeridos da luz intestinal Habitat 06/11/2014 6 Ciclo Biológico Adulto ovo larva rabditóide (L1) L2 L3 mucosa do IG veias mesentéricas fígado veia cava inferior coração pulmão (L4) alvéolo (L5) traquéia faringe estômago ID adulto 06/11/2014 7 Patogenia • Depende do grau de parasitose • Leve: 3 a 4 vermes – em geral não apresenta manifestações clínicas • Média: 30 a 40 vermes • Maciça: 100 ou mais vermes – são comuns lesões hepáticas e pulmonares Sinais mais comuns: Febre, tosse, manifestações alérgicas, bronquite, catarro sanguinolento, subnutrição 06/11/2014 8 PATOGENIA LARVAS Lesões hepáticas e pulmonares (infecções maciças) Hepáticas Focos hemorrágicos e de necrose fibrosados Pulmonares Edemaciação dos alvéolos, com infiltrado eosinofílicos, febre, bronquite, pneumonia, tosse. Expoliadora Consomem grande quantidade de vitaminas (A e C), proteínas, lipídeos, carboidratos Desnutrição e depalperamento físico e mental. Tóxica Antígenos parasitários X Anticorpos do hospedeiro (Edema, urticária, etc.) Mecânica Irritação da parede intestinal ou enovelamento de casais ou grupos de parasitos. Ação ectópica Vermes migratórios (áscaris errático) podem, espontaneamente ou após medicação, atingir locais indevidos, tais como o canal colédoco, causando obstrução do mesmo ou eliminação do verme pela boca. VERMES ADULTOS Ações: 06/11/2014 9 PATOGENIA 06/11/2014 10 06/11/2014 11 QUADRO CLÍNICO • Fase invasiva = as lesões dependem do número de larvas, do tecido em que se encontrem e da resposta do hospedeiro. • Síndrome de Loeffler = ciclo pulmonar = febre, tosse, alta eosinofilia e quadro radiológico com manchas isoladas ou confluentes nos campos pulmonares. • Normalmente, esses sintomas desaparecem em poucos dias sem deixar traços. • Em crianças pequenas e em pessoas hipersensíveis, a gravidade pode ser alta. 06/11/2014 12 QUADRO CLÍNICO • Podem permanecer nos intestinos sem molestar o paciente, sendo descobertos, ocasionalmente, quando um deles for expulso com as fezes. • Manifestações mais frequentes são: – desconforto abdominal, dor epigástrica, cólicas intermitentes e mádigestão; – Náuseas, anorexia e emagrecimento. – Irritabilidade, sono intranqüilo, ranger de dentes à noite e coceira no nariz. – Quadros alérgicos, como urticária, edemas e crises de asma. • Em populações de baixa renda e crianças desnutridas, os parasitos agravam o mau estado nutricional. • Complicações: • Estado grave ou fatal - se um único helminto entrar no apêndice, nas vias biliares ou pancreáticas, em um brônquio. • Mais comum, em crianças: obstrução intestinal por um bolo de áscaris - quadro de abdome agudo. 06/11/2014 13 Transmissão • Ingestão de água ou alimentos contaminados (Contaminação do depósito subungueal é relevante em crianças) • Ovos com grande capacidade de adesão • Alimentos deveriam ser lavados com ovicidas (tiabendazol) • Transmissão por insetos, principalmente moscas e baratas • Cosmopolita (encontrado em países de clima tropical e semi-tropical) Fatores que interferem na prevalência do Ascaris lumbricoides: Baixo nível socioeconômico; Precárias condições de saneamento básico; Má educação sanitária; Grande produção de ovos pela fêmea do parasito (200.000 ovos por dia durante 1 ano) EPIDEMIOLOGIA 06/11/2014 14 Contaminação fecal do solo ou piso das habitações, por falta de instalações sanitárias; Disseminação de ovos através de poeira, chuvas, insetos; Viabilidade dos ovos no solo durante meses ou anos, quando em condições favoráveis de temperatura e umidade; Resistência dos ovos aos desinfetantes usuais devido à sua membrana lipóidica interna. Atinge cerca de 70% das crianças na faixa de 1 a 10 anos (Neves, 2005). EPIDEMIOLOGIA 06/11/2014 15 DIAGNÓSTICO • EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES Diagnóstico 06/11/2014 16 Diagnóstico TRATAMENTO A – Albendazol – ovocida, larvicida e vermicida B – Levamisol é um anti- helmíntico de largo espectro, do grupo do mebendazol. C – Mebendazol - Praticamente sem efeitos colaterais, mas contra-indicado em epilépticos. D – Nitazoxanida - Annita Tratamento da obstrução intestinal Piperazina Óleo mineral Anti-espasmódico Hidratação 06/11/2014 17 Melhoria das condições de saneamento básico: • Construção de fossas sépticas; • Educação sanitária; • Lavar as mãos antes de tocar os alimentos; • Tratamento em massa da população; • Proteção dos alimentos contra insetos. PROFILAXIA MEDIDAS PREVENTIVAS06/11/2014 18 Enterobius vermiculares • Ovos - São mais achatados de um lado e contêm uma larva L2 já formada por ocasião da postura. – Só se tornam infectantes após contato com o O2 no períneo ou no meio ambiente. • Modo de transmissão: fecal-oral – Auto-infecção – Hetero-infecção – Retro-infecção • Período de incubação: 2-6 semanas 06/11/2014 19 Enterobius vermiculares • Pode cursar assintomática NÃO HÁ CICLO PULMONAR!!! 06/11/2014 20 Melhor método diagnóstico: Busca de ovos (ou vermes) no períneo, de manhã antes do banho = pela técnica da fita adesiva. Exame de fezes: só revela 5-10% dos casos Tratamento e medidas de controle são os mesmos da ascaridiase 06/11/2014 21 Trichiurus trichiura • Ciclo de vida semelhante, sem passagem pulmonar Formas Evolutivas Vermes Adultos 06/11/2014 22 Formas Evolutivas Ovos Vermes adultos de Trichuris trichiura na mucosa intestinal de paciente infectado 06/11/2014 23 • Diagnóstico: Exame parasitológico de fezes • Tratamento: O mesmo • Medidas de controle: as mesmas
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