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➢ Hipersensibilidade tipo III é também conhecida como hipersensibilidade imune complexa. Reações por complexos antígenos-anticorpos ● A reação pode ser geral (ex. doença do soro) ou envolve órgãos individuais ○ Incluindo pele (ex. lúpus eritematoso sistêmico, reação de Arthus), rins (ex. nefrite do lúpus), pulmões (ex. aspergilose), vasos sanguíneos (ex. poliarterite), juntas (ex. artrite reumatóide) ou outros órgãos. Esta reação pode ser o mecanismo patogênico de doenças causadas por muitos microrganismos. ● A reação deve levar 3 - 10 horas após exposição ao antígeno ● É mediada por complexos imunes solúveis. ● São na maioria de classe IgG, embora IgM possa estar também envolvida. ● O antígeno pode ser exógeno (bacteriano crônico, viral ou infecções parasitárias), ou endógeno (autoimunidade não órgão-específica: ex. lúpus eritematoso sistêmico, LES). ● O antígeno é solúvel e não ligado ao órgão envolvido. ● Componentes primários são complexos imunes solúveis e complementos (C3a, 4a e 5a). ● O dano é causado por plaquetas e neutrófilos. ○ A lesão contém primariamente neutrófilos e depósitos de complexos imunes e complemento. Macrófagos infiltrantes em estágios avançados podem estar envolvidos no processo de recuperação. IgG: É a imunoglobulina mais abundante no sangue e nos espaços extravasculares. ● É o anticorpo mais importante da resposta imune secundária. Possui alta afinidade para ligação antígeno-específico. ● Seus mecanismos efetores são a aglutinação; opsonização (revestimento da superfície do antígeno permitindo o seu reconhecimento e fagocitose pelas células do sistema imune); ativação da via clássica do sistema do complemento; neutralização de toxinas; citotoxicidade dependente de anticorpos mediada por células (para lise da célula antigênica). ● Fazem opsonização; ● Fixam o complemento; IgM: É a principal imunoglobulina da resposta primária aos antígenos, sendo a primeira classe a elevar-se na fase aguda dos processos imunológicos. ● Pode ser expressa na membrana dos linfócitos B durante o desenvolvimento deste, apresentando-se na forma monomérica e funcionando como receptor. ● Sua forma secretada é produzida antes da maturação dos linfócitos B e por isso tem baixa afinidade com os antígenos. ● O mecanismo efetor da IgM é o desencadeamento do sistema complemento. ● Neutralizam toxinas ● Fixam o complemento ● Receptor de antígenos na superfície dos Linfócitos B ● Marcador de fase aguda de doenças infecciosas Os anticorpos se ligam a estrutura dos antígenos e recrutam proteínas do complemento (C3a, C4a, C5a, por exemplo) formando o imunocomplexo, onde desencadeará uma cascata de reações no local, induzindo a inflamação. Os complexos antígenos-anticorpos dependem da afinidade e da avidez para serem formados. A afinidade é a força de atração que o anticorpo tem ao determinado antígeno. A avidez é uma medida da força total de ligação de um antígeno contendo muitos determinantes antigênicos e anticorpos multivalentes. 1- Formação do complexo antígeno-anticorpo O complexo se forma na circulação quando os antígenos ligam-se aos anticorpos. O acúmulo acontece quando sua produção aumenta significativamente e rapidamente, e o sistema reticuloendotelial não consegue eliminar todos na mesma proporção e velocidade. 2- Depósito nos tecidos Algumas variáveis influenciam onde os complexos irão se depositar. Grandes complexos são mais fáceis de serem eliminados do que os médios e pequenos. Quanto maior a afinidade da ligação mais chances de eles se depositarem no tecido. Os principais locais para a deposição dos complexos são rins, articulações e capilares sanguíneos. Ao depositar-se sobre os tecidos causam a ativação de granulócitos (contém histamina) e macrófagos. 3- Inflamação O sistema complemento (C3, C5) é ativado, liberando mediadores químicos (histamina, opsonina) que aumentam a permeabilidade vascular e atraem neutrófilos e monócitos. Essas células ativadas tentam fagocitar os imunocomplexos (IgGs e antígenos), liberando substância pró-inflamatórias, enzimas lisossomais, etc. Esta ativação causa dano tecidular caracterizado pela presença de um infiltrado linfocitário. ● Complexos antígeno-anticorpo podem ativar a maturação de células dendríticas e promover o desenvolvimento de células T citotóxicas e células de memória contra antígenos tumorais. Além de atuar como opsoninas (atraindo fagócitos para digerir o antígeno), podem ativar C1q desencadeando a via clássica do sistema complemento. Teste de aglutinação: Quando um antígeno é particulado, a reação de um anticorpo com o antígeno pode ser detectada pela aglutinação (agrupamento) do antígeno. O termo geral aglutinina é usado para descrever anticorpos que aglutinam antígenos particulados. Quando o antígeno é um eritrócito é usado o termo hemaglutinação. Todos os anticorpos podem teoricamente aglutinar antígenos particulados mas IgM, devido à sua elevada valència, é particularmente uma boa aglutinina e se pode às vezes inferir que um anticorpo deve ser da classe IgM se for um bom anticorpo aglutinador. Teste de Coombs direto: Este teste é empregado na pesquisa de anticorpos (gama globulinas) já fixados às hemácias. O teste de Coombs direto é usado no diagnóstico de doenças auto-imunes e doença hemolítica do recém nascido. Ele detecta anticorpos ligados à superfície das hemácias Teste de Coombs indireto: Um soro que contenha anticorpos incompletos é incubado com hemácias que contenham o antígeno correspondente. As hemácias assim bloqueadas (sensibilizadas) serão reveladas pelo soro de Coombs (soro antiglobulina humana). Pesquisa-se a presença de anticorpos incompletos ou imunes presentes no soro.
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