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CASOS 1 16 PROCESSO CIVIL IV

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Curso: Direito Disciplina: Processo Civil IV 
Professor (a): Frederico Domingos Altreider Iablonowsky 
Aluno (a): __________________________________________________________ 
Data: 05/ 06 /2018 
Período: 8º 
 
 
 
SEMANA DE AULA 1 
 
1a Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença 
envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja 
penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 
1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma 
dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, 
por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que 
possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 
(trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do 
débito, requerendo a substituição do bem penhorado em 
atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. 
Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? 
 
Questão nº 2. (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV) 
Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar 
cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre 
que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo 
foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não 
obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, 
portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder 
Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, 
ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do 
processo, desde que o juízo seja competente para todas. 
b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que 
autorizam a cumulação de execuções. 
c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos 
diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para 
todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do 
processo. 
d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo 
devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja 
competente o juízo e haja identidade na forma do processo. 
 
SEMANA DE AULA 2 
 
1a Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da 
sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis 
por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a 
totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, 
com sentença transitada em julgado, o autor pretende 
receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 
100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado 
acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude 
contra credores, e, num segundo momento, indique os 
caminhos processuais adequados para que o exequente, na 
prática, possa receber seu crédito. 
 
Questão nº 2. Considerando o CPC, e, principalmente, as 
normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, 
indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode 
figurar como executado. 
a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; 
b) o responsável tributário, assim definido em lei; 
c) o fiador do débito constante em título extrajudicial; 
d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei. 
 
SEMANA DE AULA 3 
 
1a Questão: Adalberto ajuizou uma ação em face da 
Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro 
de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial 
que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a 
indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-
fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 
anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz 
julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a 
pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em 
fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: 
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais 
adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença 
em fase de liquidação? 
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor 
apurado na liquidação? 
 
Questão nº 2. Considerando o CPC, indique a alternativa 
que não contempla título executivo extrajudicial: 
a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, 
emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão 
judicial; 
b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo 
devedor; 
c) a nota promissória; 
d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio. 
 
SEMANA DE AULA 4 
 
1a Questão: Juca Cipó ingressa em juízo com ação de 
cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo 
correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido 
autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu 
ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado 
por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança 
do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual 
alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, 
então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria 
o recurso cabível contra esta decisão judicial? 
 
Questão nº 2. Considerando o CPC, indique a alternativa 
que não contempla matéria passível de ser alegada em sede 
de impugnação ao cumprimento de sentença: 
a) incompetência relativa; 
b) impossibilidade jurídica do pedido; 
c) ilegitimidade da parte; 
d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções. 
 
SEMANA DE AULA 5 
 
1a Questão: Repelidos Embargos de Devedor com 
fundamento em sua intempestividade, apresenta o 
Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de 
Não Executividade (também conhecida como Exceção de 
Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve 
tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido 
ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, 
teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
 
2a Questão: Os embargos do devedor serão oferecidos no 
prazo: 
a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de 
citação; 
b) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou 
caução; 
c) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou 
caução; 
d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de 
citação; 
e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os 
executados e tiverem procuradores diferentes nos autos. 
 
SEMANA DE AULA 6 
 
1a Questão: Determinado credor instaurou processo de 
execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em 
face de um incapaz, que se encontra regularmente 
representado nos autos. A penhora recaiu sobre um 
determinado bem e não foram oferecidos embargos à 
execução. Como o exequente não manifestou interesse na 
adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por 
alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem 
constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da 
avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. 
Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando 
o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que 
o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, 
ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do 
CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-
se: como deve decidir o magistrado? 
 
2a Questão. A respeito dos bens impenhoráveis, marque a 
alternativa incorreta: 
a) o seguro de vida; 
b) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se 
essas forem penhoradas; 
c) os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que 
guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado 
valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns 
correspondentes a um médio padrão de vida; 
d) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do 
executado,salvo se de elevado valor. 
 
SEMANA DE AULA 7 
 
1a Questão: Após a vigência do CPC, Rodolfo promove 
execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o 
recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi 
realizada regularmente e não foram localizados bens 
passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado 
suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este 
período e, também tendo sido ultrapassado o prazo 
prescricional da obrigação, os executados peticionam ao 
juízo requerendo o desarquivamento do processo e a 
pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente 
intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao 
argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine 
die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens 
passíveis de constrição judicial. Como deverá se posicionar 
o magistrado quanto ao tema? 
 
2a Questão. A respeito das hipóteses de suspensão da 
execução, marque a alternativa incorreta: 
a) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando 
recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução; 
b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o 
exequente renunciar ao crédito; 
c) ocorrerá a suspensão se a alienação dos bens penhorados 
não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 
(quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros 
bens penhoráveis; 
d) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o 
executado não possuir bens penhoráveis. 
 
SEMANA DE AULA 8 
 
1a Questão: Em determinado processo, o magistrado fixou 
astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir 
obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo 
estabelecido. Levando em consideração que o valor 
acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 
(Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no 
processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a 
parte ré peticiona requerendo a redução do valor 
retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, 
sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil 
Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos 
para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu 
gabinete, que o CPC fornece um tratamento inconclusivo 
quanto ao tema astreintes. Em determinada norma, por 
exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo 
excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas 
vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento 
jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o 
tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a 
revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. 
Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser 
reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, 
não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de 
incidência única, em valor mais substancial, para que a 
mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo? 
 
2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que 
represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado 
pelo executado para apresentação das suas teses defensivas: 
a) Impugnação; 
b) Embargos à execução; 
c) Exceção; 
d) Contestação. 
 
SEMANA DE AULA 9 
 
1a Questão. Maurício promove execução por título 
extrajudicial em face da Fazenda Pública, para 
cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto 
entre o art. 815 e art. 821 do CPC. Esta, ao ser citada, aduz 
em sua defesa que há error in procedendo, eis que tem a 
prerrogativa de ser executada por modelo próprio estatuído 
no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão? 
 
2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que 
represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado 
pelo executado para apresentação das suas teses defensivas: 
a) Impugnação; 
b) Embargos à execução; 
c) Exceção; 
d) Contestação. 
 
SEMANA DE AULA 10 
 
1a Questão: Geisa, servidora pública estadual, promove 
demanda em face da Fazenda Pública que se encontra 
vinculada, pleiteando o pagamento de determinada 
importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente 
descontada em sua remuneração. A demanda se processa 
regularmente, tendo sido proferida sentença favorável 
condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, 
diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação 
sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente 
peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 
10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do CPC. Este pleito 
deve ser deferido? 
 
2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que 
não contempla matéria passível de ser alegada em sede de 
impugnação ao cumprimento de sentença pela Fazenda 
Pública: 
a) incompetência relativa; 
b) impossibilidade jurídica do pedido; 
c) ilegitimidade da parte; 
d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções. 
 
SEMANA DE AULA 11 
 
1a Questão: O CPC prevê que, na execução por título 
extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o 
empregador do executado para que o mesmo efetue o 
desconto em folha de pagamento, o que coincide com o 
modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que 
o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime 
de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de 
alimentos já possui tipo penal específico para esta situação 
(art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo 
sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas 
outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer? 
 
2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que 
não contempla meio executivo, de coerção ou de sub-
rogação, para forçar o devedor a adimplir obrigação de 
pagar alimentos: 
a) prisão civil; 
b) protesto do título judicial; 
c) desconto em folha de pagamento; 
d) mandado de imissão. 
 
SEMANA DE AULA 12 
 
1a Questão: Determinada entidade de classe impetrou 
mandado de segurança coletivo em defesa de interesses de 
seus membros, o qual foi denegado pelo órgão competente, 
havendo tal decisão transitado em julgado. É cabível a 
posterior propositura de ação, pelo procedimento comum, 
individualmente, por qualquer dos membros da entidade, 
para pedir o reconhecimento do direito que alega e 
compreendido no pedido formulado no anterior mandado 
segurança coletivo? 
 
2ª Questão. Quanto aos processos coletivos, assinale a 
alternativa correta: 
a) a arguição incidental de constitucionalidade só pode ser 
admitida com fundamento do pedido, nunca como objeto da 
ação principal; 
b) no mandado de segurança coletivo, a improcedência do 
pedido por falta de provas faz coisa julgada em relação aos 
interesses individuais dos substituídos; 
c) a ação popular, cuja legitimidade é atribuída aos cidadãos, 
só pode ser ajuizada em caso de atos ilegais e lesivos ao 
patrimônio público; 
d) os direitos individuais homogêneos são considerados como 
direitos difusos 
 
 
 
SEMANA DE AULA 13 
 
1a Questão: Associação de Consumidores do Estado do 
Paraná ingressou com uma ação coletiva em face do 
Hipermercado Novo Horizonte, na Comarca do referido 
estado, visando obter tutela específica no sentido de 
determinar a abstenção do mercado de comercializar leite 
da marca Vacaboa, fora do prazo de validade e com alto 
índice de formol, cumulado com pleito indenizatório por 
danos morais e materiais decorrentes para os consumidores 
que adquiriram o referido produto. O juiz deferiu tutela 
específica, nos termos do art.84§3º do Código de Defesado 
Consumidor, para determinar a abstenção do réu em 
comercializar o produto e condenou o réu a indenizar os 
consumidores prejudicados pelos danos materiais e 
imateriais sofridos, cujo quantum será apurado em sede de 
liquidação de sentença. Diante do caso discuta as seguintes 
indagações: 
a) Considerando que o Hipermercado possui diversas filiais 
em todo Brasil, os consumidores do Estado do Rio de Janeiro 
e Minas Gerais poderão promover a liquidação da referida 
sentença genérica? Qual modalidade de liquidação de 
sentença poderá ser utilizada neste caso? Qual o juízo 
competente para promoção da execução do julgado para os 
consumidores de Minas Gerais e do Rio de Janeiro? 
 
2ª Questão: A Defensoria Pública do Estado do Rio de 
Janeiro ingressou com uma ação coletiva em face do Estado 
do Rio de Janeiro pleiteando o pagamento imediato dos 
pensionistas do estado que tiveram seus pagamentos 
suspensos indevidamente pelo governo. Nesta hipótese, o 
mérito da respectiva ação coletiva trata de: 
a) direitos difusos, por se tratar de direitos transindividuais e 
ligados à um número indeterminado de pessoas; 
b) direitos coletivos, transindividuais e determinado pelo grupo 
ou classe de pessoas; 
c) direitos individuais homogêneos, estando os pensionistas cujo 
os fatos possuem a mesma origem comum; 
d) direitos individuais que, em nenhuma hipótese, admite a 
defesa através da referida ação coletiva. 
 
SEMANA DE AULA 14 
 
1a Questão: O Juizado Especial Cível decidiu ação, 
recorrendo o vencido, tendo a turma Recursal própria 
mantido a sentença, que rejeitou arguição de incompetência 
absoluta daquele Órgão Julgador, em razão do valor em 
discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência 
dos Juizados Especiais. Contra essa decisão da Turma 
impetrou o interessado Mandado de Segurança, perante o 
Tribunal de Justiça, repisando a alegação de incompetência 
absoluta, vindo o órgão da Justiça comum a denegar a 
ordem, afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça 
para rever decisões prolatadas por Juizados Especiais e 
respectivas Turmas Recursais. Pergunta-se: 1) Qual o 
recurso cabível contra a decisão do Tribunal de Justiça? 2) 
O que deve decidir o órgão competente para apreciar esse 
recurso? Justificar as respostas. 
 
2ª Questão. Assinale a alternativa correta quanto aos 
embargos de declaração, interpostos para impugnar 
sentença proferida por magistrado lotado em juizado 
especial, após a vigência da Lei nº 13.105/15. 
 a) estes embargos possuem efeito suspensivo quanto ao prazo 
para a interposição de ulterior recurso inominado; 
 b) estes embargos possuem efeito interruptivo quanto ao prazo 
para a interposição de ulterior recurso inominado; 
c) os embargos de declaração são incabíveis em sede de juizados 
especiais; 
d) os embargos de declaração deverão ser apreciados pelo 
mesmo magistrado prolator da decisão embargada, em 
obediência ao princípio da identidade física do juiz; 
 e) os embargos de declaração poderão ser empregados para a 
correção de erro material e nova valoração sobre as provas 
produzidas. 
 
SEMANA DE AULA 15 
 
1a Questão: Consumidor promove demanda em face da 
EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e da 
empresa Rodsoft Informática, perante um Juizado Especial 
Federal. Argumenta, em sua petição inicial, que comprou 
um determinado produto no site da segunda, para que o 
mesmo fosse entregue pela primeira em seu endereço 
residencial, o que não ocorreu em razão de extravio. 
Também aduz que não foi ressarcido, o que justificaria a 
instauração do presente processo em face de ambas, 
objetivando o recebimento de danos materiais e morais. 
Ocorre que a empresa Rodsoft já encerrou suas atividades, 
embora tenha ficado evidente nos autos que a mesma vinha 
sendo utilizada por seus sócios para a prática de diversos 
ilícitos civis. Diante desta situação, o autor pleiteia que, no 
Juizado Especial Federal, seja autorizada a desconsideração 
da personalidade jurídica. Ocorre que este requerimento foi 
indeferido pelo magistrado, ao argumento de que o CPC 
trata deste incidente como uma modalidade de intervenção 
de terceiros (art. 132 e art. 137), o que é vedado no sistema 
dos Juizados Especiais (art. 10, Lei nº 9.099/95). Esta decisão 
foi objeto de posterior mandado de segurança impetrado 
perante a Turma Recursal Federal, com o intuito de 
reformá-la. Indaga-se: os magistrados lotados no órgão 
revisor, analisando as normas constantes no CPC, deverão 
conceder ou negar a segurança? Por quais fundamentos? 
 
2ª Questão. Assinale a alternativa correta quanto aos 
embargos de declaração, interpostos por determinado 
Município, para impugnar sentença proferida por 
magistrado lotado em juizado especial fazendário estadual. 
 a) estes embargos possuem efeito suspensivo quanto ao prazo 
para a interposição de ulterior recurso inominado; 
 b) estes embargos deverão ser interpostos no prazo de dez dias, 
em razão de a Fazenda Pública ter a prerrogativa de praticar atos 
com o prazo em dobro (art. 183, CPC); 
 c) os embargos de declaração são incabíveis em sede de 
juizados especiais fazendários estaduais, por ausência de 
previsão legal; 
 d) os embargos de declaração deverão ser apreciados pelo 
mesmo magistrado prolator da decisão embargada, em 
obediência ao princípio da identidade física do juiz; 
 e) estes embargos deverão ser interpostos no prazo de cinco 
dias, pois não há prerrogativa de prazo em dobro para a Fazenda 
Pública no sistema dos juizados especiais. 
 
 
SEMANA DE AULA 16 
 
1º Questão - Max ingressou com uma ação indenizatória em 
face do Banco X visando obter reparação pelos danos 
decorrentes de negativação indevida de seu nome. O feito 
tramitou perante o juízo cível da Comarca de Duque de 
Caxias e após a instrução o réu foi condenado a pagar a 
quantia de R$150.000,00. Transitada em julgado a decisão, 
o exequente promove a execução do julgado, devidamente 
atualizado, cujo valor perfaz a quantia de 195.000,00. O 
devedor discorda do valor exequendo e pretende se defender 
alegando excesso de execução. Diante do caso Indaga-se: 
a) Qual meio de defesa deverá ser utilizado pelo devedor e 
em que prazo? Justifique. 
b) A defesa apresentada pelo devedor acarretará a 
suspensão da execução do julgado? Justifique 
c) Caso a alegação do devedor seja acolhida qual o recurso 
cabível para impugnar a respectiva decisão e em qual prazo? 
Justifique. 
 
2ª Questão - Maria Carolina ajuizou ação em face do 
cirurgião plástico, José Mathias, em razão dos danos 
estéticos e morais decorrentes do insucesso de cirurgia de 
redução de mama. O juiz condenou o réu ao pagamento do 
valor de R$30.000,00 a título de danos morais e estéticos. No 
decorrer do cumprimento de sentença a exequente identifica 
outros danos vasculares, decorrentes da cirurgia, que não 
haviam sido diagnosticados à época do julgamento. Neste 
caso: 
a) Maria deverá ajuizar nova ação considerando a existência de 
coisa julgada material. 
b) Deverá Maria promover a liquidação por arbitramento 
considerando a necessidade de conhecimento técnico para 
fixação da indenização referente aos danos mencionados. 
c) Deverá Maria propor a competente ação rescisória para incluir 
na sentença os pedidos referentes à indenização pelos danos 
vasculares causados pela imperícia do cirurgião. 
d) Maria deverá promover a liquidação pelo procedimento 
comum, tendo em vista que se trata de hipótese de fato novo não 
apurado por ocasião do julgamento da ação ajuizada.GABARITO 
 
SEMANA DE AULA 1 
Questão Discursiva 
1) Resposta positiva se impõe. Segundo a doutrina: Este 
princípio pode ser empregado nas mais variadas situações. Em 
uma hipótese concreta, se o magistrado vislumbrar que o 
executado possui vários bens suficientes para o pagamento de 
uma dívida, não poderia permitir que a penhora recaísse sobre o 
bem de maior valor, já que eventual arrematação na segunda 
hasta pública pode trazer prejuízos ao devedor, em razão da 
possibilidade de o lanço ser inferior ao valor da avaliação, muito 
embora não possa ser vil. Da mesma forma, o juiz pode 
determinar o usufruto de bem móvel ou imóvel, quando reputar 
que esta medida é menos gravosa ao executado e, ao mesmo 
tempo, mais eficiente para o recebimento do crédito. O que se 
deve ressalvar, porém, é que não se trata de um princípio com 
contornos absolutos, até porque sendo o processo 
essencialmente dialético, há necessidade de se outorgar as 
mesmas garantias a ambas as partes indistintamente, sob risco 
de vulnerar o princípio da isonomia (art. 5o, caput, CRFB-88). 
Assim, se é correto afirmar a existência de um princípio que 
garante que a execução se desenvolva de forma menos gravosa 
ao executado, também é certo assegurar ao exequente algum 
princípio equivalente ou ao menos uma compensação. Por estes 
motivos, vem ganhando força a ideia de que este princípio traz 
junto a si, subjacente, outro destinado à parte adversa no 
processo, chamado de princípio do interesse do credor, aplicável 
em alguns momentos processuais. (HARTMANN, Rodolfo 
Kronemberg. Curso Completo de Processo Civil - Com Notas 
Explicativas à Lei nº 13.105/15 NOVO CPC. 2ª Ed. Niterói: 
Impetus, 2015, p. 556). Acrescenta-se, ainda, que no caso 
concreto o próprio devedor deu cumprimento ao disposto no art. 
805, parágrafo único do NCPC (Lei nº 13.105/15), ao indicar de 
que forma a execução poderia ser realizada de maneira menos 
gravosa. Portanto, o seu pleito deve realmente ser deferido. 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: C - Justificativa: O art. 780 do CPC estabelece, 
como regra, a possibilidade de cumulação de execução, em 
homenagem ao princípio da economia processual, desde que o 
exequente cumpra os requisitos dispostos no referido dispositivo 
legal. 
 
SEMANA DE AULA 2 
Questão discursiva 
1) Em linhas gerais, na fraude à execução o seu termo inicial é a 
partir do início da execução. Haverá necessidade de se 
demonstrar o estágio de insolvência e está fraude pode ser 
reconhecida nos próprios autos da execução. Modernamente, 
também vem sendo exigida a análise do elemento subjetivo, que 
é a má-fé, entre o executado e o terceiro comprador, nos termos 
do Verbete nº 375 da Súmula do STJ. Já a fraude a credores, por 
sua vez, pode ocorrer do momento seguinte ao que a dívida foi 
contraída, havendo a necessidade de se demonstrar os requisitos 
objetivo (insolvência) e subjetivo (conluio entre vendedor e 
comprador do bem), além de se promover um processo de 
conhecimento em rito comum chamado de ação pauliana. 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: D - Justificativa: O art. 779 do CPC, enumera os 
legitimados passivos para a execução, nele não tendo sido 
prevista a legitimidade do Ministério Público que, a rigor, 
apenas pode promover execução em nome da Instituição, nos 
termos do art. 778, par. 1º, inciso I. 
 
SEMANA DE AULA 3 
Questão discursiva 
1) a) No caso concreto, a modalidade de liquidação mais 
adequada é por arbitramento, considerando a necessidade de 
conhecimento técnico, cálculo atuarial, para apuração do valor 
do prêmio, nos termos do art. 509, I, do CPC. No entanto, 
existem hipóteses em que não há necessidade de liquidação, 
como os casos de simples cálculos aritméticos. 
b) Caso haja discordância em relação ao valor a parte deverá 
interpor agravo de instrumento nos termos do art. 1.015, §único, 
do CPC. O docente poderá introduzir, como sugestão, uma 
discussão sobre a natureza jurídica da liquidação, que não foi 
superada mesmo após o CPC/2015, apontando a corrente que 
defende que a liquidação é uma fase e a corrente de que defende 
que a liquidação é um processo autônomo. 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: A - O art. 515, inciso V, CPC, passou a contemplar 
esta alternativa como título executivo judicial, ao contrário da 
norma anterior (art. 586, CPC-73), que o reputava como título 
extrajudicial. O rol dos títulos extrajudiciais se encontra no art. 
784 do CPC. 
 
SEMANA DE AULA 4 
Questão discursiva 
1) Neste caso, o acolhimento da tese defensiva não irá gerar o 
fim do processo, mas sim a reabertura da etapa de conhecimento, 
estando prejudicados todos os atos processuais que foram 
praticados anteriormente antes da citação oportuna do 
demandado. Assim, trata-se de decisão interlocutória, passível 
de ser impugnada por recurso de agravo, na modalidade por 
instrumento (art. 1.015, parágrafo único, CPC). 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: B - O art. 525, parágrafo único, CPC, contempla as 
matérias que podem ser apresentadas em sede de impugnação ao 
cumprimento de sentença, não prevendo a possibilidade de se 
alegar a impossibilidade jurídica do pedido. Esta 
impossibilidade jurídica do pedido, por sinal, deixa de ser 
considerada como uma das condições da ação, eis que o CPC 
apenas prevê a legitimidade e o interesse de agir (v.g. art. 17 e 
art. 485, VI). 
 
SEMANA DE AULA 5 
Questão discursiva 
1) Segundo a doutrina: A exceção de pré-executividade, embora 
não tenha previsão clara no CPC, é um mecanismo de defesa 
aceito pela jurisprudência e doutrina há muito tempo, que 
possibilita ao executado apresentar, por meio de uma mera 
petição, qualquer matéria que o magistrado possa pronunciar de 
ofício. Alguns pontos devem ser abordados sobre esta peça 
processual. O primeiro deles se refere ao nome empregado, que 
não observa a boa técnica processual. É que a palavra “exceção” 
tem, no direito processual civil, diversas acepções, sendo que 
uma delas é justamente a que a coloca como antônimo de 
objeção. De acordo com esta acepção, as objeções seriam as 
matérias que o magistrado pode pronunciar de ofício enquanto 
as exceções são aquelas que demandam alegação da parte 
interessada para o seu reconhecimento. Da mesma forma, como 
esta peça somente é apresentada após o início da execução, 
parece ser mais adequado usar o termo não executividade em vez 
de pré-executividade, pois o intento do interessado é, 
justamente, impedir o prosseguimento do processo. Em 
consequência, a expressão objeção de não executividade seria a 
mais adequada para nominar esta peça, muito embora a 
expressão exceção de pré--executividade já esteja perfeitamente 
disseminada e assimilada dentro da prática forense. (...) Da 
mesma forma, as regras de suspensão de processo também são 
excepcionais e, por esta razão, devem ser interpretadas 
restritivamente. Não faz sentido, realmente, que o magistrado 
determine o recolhimento de um mandado de penhora apenas 
por esta peça se encontrar pendente de apreciação. 
(HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso Completo de 
Processo Civil - Com Notas Explicativas à Lei nº 13.105/15 
NOVO CPC. 2ª Ed. Niterói: Impetus, 2015, pp. 611-613). 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: D - O art. 915, CPC, estabelece prazo de quinze dias 
para o oferecimento dos embargos, também dispondo que o 
termo inicial será a partir da juntada do mandado cumprido. 
 
SEMANA DE AULA 6 
Questão discursiva 
1) Trata-se de arrematação realmente inválida, pois não foi 
atingido o preço mínimo na hipótese em que incapaz é sujeito 
passivo da execução. O tema é reguladopelo art. 896 do CPC, 
que também estabelece as providências que devem ser 
observadas na sequência. 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: C - O art. 833, CPC, enumera as hipóteses de 
impenhorabilidade dos bens. A afirmativa incorreta está em 
desacordo com o inciso II do mesmo dispositivo. 
 
SEMANA DE AULA 7 
Questão discursiva 
1) O CPC admite expressamente a possibilidade da suspensão 
do processo pela ausência de bens penhoráveis (art. 921, inciso 
III), também disciplinando que esta suspensão durará um ano 
para que o credor localize bens do devedor (parágrafos 1º e 2º). 
Igualmente, também estabelece que, findo este prazo, iniciará o 
transcurso da prescrição intercorrente (parágrafo 4º). Assim, 
tendo sido ultrapassado o prazo prescricional, poderá o 
magistrado extinguir a execução pelo fundamento indicado (art. 
924, inciso V). 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: B - O art. 921, CPC, enumera as hipóteses de 
suspensão do cumprimento de sentença ou da execução. A 
afirmativa incorreta, em realidade, retrata caso de extinção da 
execução, nos termos do art. 924, inciso IV. 
 
SEMANA DE AULA 8 
Questão discursiva 
1) O tema é bem polêmico. Segundo a doutrina: O tema não é 
pacífico. De um lado, há quem defenda que o valor poderá ser 
reduzido, mas a eficácia desta decisão será ex nunc, pois o valor 
acumulado já integra o patrimônio do credor da prestação. Por 
outro lado, há quem entenda que esta decisão tem caráter 
retroativo, pois o magistrado percebeu que este mecanismo 
executivo estava sendo ineficiente para atingir os seus fins, 
tendo sido completamente desvirtuado e transformado em fonte 
de enriquecimento indevido. Logo, o juiz faria a retroatividade 
até o momento processual em que percebeu este desvio. É o 
entendimento que costuma ser adotado na prática, muito embora 
seja muito simples resolver esta questão mediante adoção de 
outro procedimento pelo juiz. É que esta problemática reside na 
circunstância de que os valores das astreintes vão se acumulando 
em razão da imposição ter sido diária ou semanal, por exemplo. 
Mas, para se evitar este problema gerado pelo acúmulo dos 
valores, bastaria que o juiz fixasse astreintes de incidência única. 
Em outras palavras, o demandado deveria cumprir a obrigação 
em, por exemplo, quinze dias, sob pena de sofrer astreintes única 
de trinta mil reais. Com o descumprimento, os autos iriam 
conclusos ao magistrado que poderia mudar o meio executivo ou 
insistir no mesmo, mas agora estabelecendo um valor ainda 
maior. (HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso Completo 
de Processo Civil - Com Notas Explicativas à Lei nº 13.105/15 
NOVO CPC. 2ª Ed. Niterói: Impetus, 2015, p. 682). 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: A - O art. 536, parágrafo quarto, CPC (Lei nº 
13.105/15), contempla que a defesa deverá ser apresentada por 
impugnação. As demais alternativas estão erradas. Os embargos 
são apresentados para a execução por título extrajudicial, o que 
não é o caso. A exceção deixa de existir com o advento do CPC, 
devendo o tema incompetência relativa ser alegado em 
preliminar de contestação e o de impedimento ou suspeição por 
meio de petição específica com esta finalidade. Por fim, a 
contestação persiste, mas é própria para ser usada na fase de 
conhecimento e não na etapa de cumprimento de sentença. 
 
SEMANA DE AULA 9 
Questão discursiva 
1) Assiste razão a Maurício. O procedimento previsto no art. 910 
do CPC refere-se apenas para obrigações de pagar, eis que a 
Fazenda Pública possui bens impenhoráveis e deve realizar o 
cumprimento por uma sistemática própria (precatório ou RPV 
requisição de pequeno valor). Para obrigação de fazer, não fazer 
ou mesmo para entrega de coisa a Fazenda Pública deverá ser 
executada nos mesmos moldes das regras estatuídas para a 
execução entre particulares. 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: B - O art. 914, CPC, contempla que a defesa deverá 
ser apresentada por embargos. As demais alternativas estão 
erradas. A impugnação é para o cumprimento de sentença, o que 
não é o caso. A exceção deixa de existir com o advento do CPC, 
devendo o tema incompetência relativa ser alegado em 
preliminar de contestação e o de impedimento ou suspeição por 
meio de petição específica com esta finalidade. Por fim, a 
contestação persiste, mas é própria para ser usada na fase de 
conhecimento e não na etapa de cumprimento de sentença. 
 
SEMANA DE AULA 10 
Questão discursiva 
1) Resposta negativa se impõe. A sistemática para que as 
obrigações de pagar sejam liquidadas pela Fazenda Pública é 
naturalmente mais morosa do que aquelas devidas por 
particulares, uma vez que os bens públicos são impenhoráveis. 
Por este motivo, o pagamento deve ser realizado apenas por 
precatório ou por RPV (requisição de pequeno valor), 
dependendo dos valores envolvidos. Por este motivo, ainda que 
a Fazenda Pública queira liquidar a obrigação, ela está impedida 
por ter que obrigatoriamente observar este procedimento. Por 
este motivo, aliás, é que o CPC expressamente proibiu a 
aplicação desta multa de 10% nos casos em que a Fazenda 
Pública estiver sendo executada (art. 534, par. 2º). 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: D - O art. 535, CPC, contempla as matérias que 
podem ser apresentadas em sede de impugnação ao 
cumprimento de sentença pela Fazenda Pública, não prevendo a 
possibilidade de se alegar a impossibilidade jurídica do pedido. 
Esta impossibilidade jurídica do pedido, por sinal, deixa de ser 
considerada como uma das condições da ação, eis que o CPC 
apenas prevê a legitimidade e o interesse de agir? (v.g. art. 17 e 
art. 485, VI). 
 
SEMANA DE AULA 11 
Questão discursiva 
1) Segundo a doutrina: Havendo descumprimento desta 
determinação judicial, o CPC inova ao prever que esta 
circunstância caracterizará crime de desobediência praticado por 
aquele que deveria realizar o desconto e não o fez. Contudo, já 
existe figura penal delituosa prevista na lei de alimentos, com 
tipo penal primário e secundário muito mais específico (art. 22, 
parágrafo único, da Lei no 5.478/68). Assim, nesta situação e 
atendendo as peculiaridades que norteiam o direito penal, deverá 
continuar sendo aplicável o disposto na lei específica, posto que 
a descrição do crime de desobediência é extremamente genérica. 
(HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Novo Código de 
Processo Civil Comparado e Anotado. 1ª Ed. Niterói: Impetus, 
2015, p. 659). 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: D - O mandado de reintegração não guarda qualquer 
relação com a obrigação de pagar alimentos, ao contrário de 
todas as demais que podem ser adotadas para forçar o 
adimplemento forçado de obrigações desta natureza. 
 
SEMANA DE AULA 12 
Questão discursiva 
1) O processo coletivo foi criado como instrumento para 
racionalizar a atividade jurisdicional, de modo a evitar a 
pulverização de demandas individuais quando, em um único 
processo, já seria possível resolver aquela lesão que tem alcance 
social. No entanto, a promoção de um processo coletivo não 
prejudica aqueles particulares que optaram pelo ajuizamento de 
demandas individuais. Desta maneira, qualquer que seja o 
resultado do processo coletivo, pela procedência ou 
improcedência, em regra a coisa julgada somente irá se formar 
no plano coletivo, apenas impedindo novos processos coletivos 
repetindo a mesma ação, com exceção, é claro, quando a 
improcedência for por falta de provas (art. 16, Lei nº 7.347/85). 
Portanto, como a indagação não é sobre a exceção indicada, a 
resposta deve ser positiva, autorizando que a demanda 
individual possa ser intentada pelo interessado.Questão objetiva 
2) Gabarito: letra A. - Mas, alerta-se que a jurisprudência não é 
inteiramente pacífica, por vezes negando que em processo 
coletivo ocorra a instauração de um controle difuso de 
constitucionalidade em primeira instância, como se observa em: 
STJ. Embargos de declaração no RESP no 1.331.675/DF. Rel. 
Min. Mauro Campbell Marques. DJ 22/08/2013. 
 
SEMANA DE AULA 13 
Questão discursiva 
1) a) Considerando a dimensão da tutela coletiva, os 
consumidores do Rio de Janeiro e de Minas Gerais poderão 
promover a liquidação e execução da sentença em seus 
respectivos estados, em conformidade com os arts. 98 e 101, I, 
do CDC. b) A liquidação no processo coletivo será definida de 
acordo com a necessidade do caso concreto. Poderá ser por 
arbitramento ou pelo procedimento comum (art. 509), 
observando a natureza do dano e as especificidades do caso 
concreto. c) A competência para execução da tutela coletiva é 
concorrente, pode ser no juízo sentenciante (Paraná) ou no juízo 
da liquidação, que em regra é o domicilio do devedor (art. 98 do 
CDC). 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: letra B. - O art. 81, §único, II, do CDC, conceitua 
como direito coletivo os interesses indivisíveis, ligados a um 
grupo ou classe determinável. No caso, trata-se de pensionistas 
do Estado do Rio de Janeiro, portanto, um grupo facilmente 
identificável. No entanto, importante se faz registrar que essa 
classificação nem sempre é simples, dependendo da pretensão 
deduzida para se identificar a natureza do direito pleiteado na 
tutela coletiva. 
 
SEMANA DE AULA 14 
Questão discursiva 
1) Em relação ao primeiro questionamento, a resposta deve ser 
pelo uso do recurso ordinário. Quanto à segunda dúvida, o STJ 
vem admitindo, em caráter excepcional, que o Tribunal de 
Justiça exerça o controle sobre a competência dos processos que 
observam a Lei no 9.099/95, caso venha a ser impetrado 
mandado de segurança perante a Corte inferior. É o que constou, 
pelo menos, no seguinte julgado: Não se admite, consoante 
remansosa jurisprudência do STJ, o controle, pela justiça 
comum, sobre o mérito das decisões proferidas pelos Juizados 
Especiais. Exceção é feita apenas em relação ao controle de 
constitucionalidade dessas decisões, passível de ser promovido 
mediante a interposição de recurso extraordinário. A autonomia 
dos Juizados Especiais, todavia, não pode prevalecer para a 
decisão acerca de sua própria competência para conhecer das 
causas que lhe são submetidas. É necessário estabelecer um 
mecanismo de controle da competência dos Juizados, sob pena 
de lhes conferir um poder desproporcional: o de decidir, em 
caráter definitivo, inclusive as causas para as quais são 
absolutamente incompetentes, nos termos da lei civil. Não está 
previsto, de maneira expressa, na Lei no 9.099/95, um 
mecanismo de controle da competência das decisões proferidas 
pelos Juizados Especiais. É, portanto, necessário estabelecer 
esse mecanismo por construção jurisprudencial. Embora haja 
outras formas de promover referido controle, a forma mais 
adequada é a do mandado de segurança, por dois motivos: em 
primeiro lugar, porque haveria dificuldade de utilização, em 
alguns casos, da Reclamação ou da Querela Nullitatis; em 
segundo lugar, porque o mandado de segurança tem 
historicamente sido utilizado nas hipóteses em que não existe, 
no ordenamento jurídico, outra forma de reparar lesão ou 
prevenir ameaça de lesão a direito. O entendimento de que é 
cabível a impetração de mandado de segurança nas hipóteses de 
controle sobre a competência dos Juizados Especiais não altera 
o entendimento anterior deste Tribunal, que veda a utilização do 
writ para o controle do mérito das decisões desses Juizados. 
Recurso conhecido e provido. (STJ. RESP no 17.524/BA. Rel.a 
Min.a Nancy Andrighi. DJ 02/08/2006). 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: letra B - O CPC/2015, em suas disposições finais, 
mais precisamente no art. 1.065, altera o disposto no art. 50 da 
Lei nº 9.099/95, que passa a prever que os embargos de 
declaração terão efeito interruptivo. 
 
SEMANA DE AULA 15 
Questão discursiva 
1) Em relação ao primeiro questionamento, a Turma Recursal 
Federal deverá conceder a segurança, uma vez que, embora 
realmente o NCPC (Lei nº 13.105/15) considere a 
desconsideração da personalidade jurídica como uma nova 
hipótese de intervenção de terceiros, ainda assim esta mesma 
legislação permite que esta modalidade possa ser admitida no 
sistema dos Juizados, conforme norma autorizadora prevista no 
art. 1.062. 
 
Questão objetiva 
2) Gabarito: letra E - Há norma expressa (art. 7º, Lei nº 
12.153/09), prevendo que nos Juizados Especiais Fazendários 
Estaduais não haverá prazo em dobro em nenhuma hipótese. 
 
SEMANA DE AULA 16 
Questão discursiva 
1) a) Max deverá apresentar impugnação no prazo de 15 dias 
cuja contagem se iniciará após o esgotamento do prazo para o 
efetivo pagamento, conforme dispõe o art. 525. 
b) A apresentação da impugnação não acarreta, em regra, a 
suspensão da execução (art. 525, §6º do CPC). No entanto, 
admite-se o efeito suspensivo nas hipóteses em que haja 
fundamento relevante para tanto e o executado efetue alguma 
garantia. 
c) O recurso cabível depende do conteúdo alegado na 
impugnação (art. 525, §1º). Caso seja acolhida a alegação de 
excesso de execução, esta não será extinta sendo cabível o 
recurso de agravo de instrumento (art. 1.015, § único). Mas se o 
devedor alegar inexigibilidade do título e for acolhida pelo juiz 
a execução será extinta cabendo, portanto, recurso de apelação. 
 
Questão objetiva 
2) Letra D - Conforme dispõe o art. 509, II, do CPC.

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