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Curso: Direito Disciplina: Processo Civil IV Professor (a): Frederico Domingos Altreider Iablonowsky Aluno (a): __________________________________________________________ Data: 05/ 06 /2018 Período: 8º SEMANA DE AULA 1 1a Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? Questão nº 2. (XVI Exame de Ordem Unificado – FGV) Daniel possui uma pequena mercearia e costuma aceitar cheques de seus clientes, como forma de pagamento. Ocorre que, no último mês, três dos cheques apresentados no prazo foram devolvidos por insuficiência de fundos. Daniel não obteve êxito na cobrança amigável, não lhe restando, portanto, outra alternativa senão recorrer ao Poder Judiciário. Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. a) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o devedor, ainda que fundadas em títulos diferentes e diversa a forma do processo, desde que o juízo seja competente para todas. b) É vedado ao juiz examinar de ofício os requisitos que autorizam a cumulação de execuções. c) Daniel pode cumular várias execuções, fundadas em títulos diferentes, ainda que diversos os devedores, desde que para todas elas seja competente o juízo e idêntica a forma do processo. d) Daniel pode cumular várias execuções, sendo o mesmo devedor, ainda que fundadas em títulos diversos, de que seja competente o juízo e haja identidade na forma do processo. SEMANA DE AULA 2 1a Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito. Questão nº 2. Considerando o CPC, e, principalmente, as normas que tutelam a legitimidade passiva em execução, indique a alternativa incorreta, ou seja, de quem não pode figurar como executado. a) o devedor, reconhecido como tal no título executivo; b) o responsável tributário, assim definido em lei; c) o fiador do débito constante em título extrajudicial; d) o Ministério Público, nos casos previstos em lei. SEMANA DE AULA 3 1a Questão: Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleiteando o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má- fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação? b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação? Questão nº 2. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla título executivo extrajudicial: a) o crédito de auxiliar de justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão judicial; b) a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor; c) a nota promissória; d) o crédito decorrente de foro ou laudêmio. SEMANA DE AULA 4 1a Questão: Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial? Questão nº 2. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença: a) incompetência relativa; b) impossibilidade jurídica do pedido; c) ilegitimidade da parte; d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções. SEMANA DE AULA 5 1a Questão: Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando-a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 2a Questão: Os embargos do devedor serão oferecidos no prazo: a) de 10 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; b) de 10 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; c) de 15 dias, contados da efetivação da penhora, depósito ou caução; d) de 15 dias, contados da juntada aos autos do mandado de citação; e) em dobro do previsto em lei, quando forem vários os executados e tiverem procuradores diferentes nos autos. SEMANA DE AULA 6 1a Questão: Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do CPC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga- se: como deve decidir o magistrado? 2a Questão. A respeito dos bens impenhoráveis, marque a alternativa incorreta: a) o seguro de vida; b) os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas; c) os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, inclusive os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida; d) os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado,salvo se de elevado valor. SEMANA DE AULA 7 1a Questão: Após a vigência do CPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas, objetivando o recebimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação, o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de um ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo prescricional da obrigação, os executados peticionam ao juízo requerendo o desarquivamento do processo e a pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis de constrição judicial. Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema? 2a Questão. A respeito das hipóteses de suspensão da execução, marque a alternativa incorreta: a) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à execução; b) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o exequente renunciar ao crédito; c) ocorrerá a suspensão se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens penhoráveis; d) a execução é suspensa no todo ou em parte, quando o executado não possuir bens penhoráveis. SEMANA DE AULA 8 1a Questão: Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o CPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema astreintes. Em determinada norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo? 2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas: a) Impugnação; b) Embargos à execução; c) Exceção; d) Contestação. SEMANA DE AULA 9 1a Questão. Maurício promove execução por título extrajudicial em face da Fazenda Pública, para cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto entre o art. 815 e art. 821 do CPC. Esta, ao ser citada, aduz em sua defesa que há error in procedendo, eis que tem a prerrogativa de ser executada por modelo próprio estatuído no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão? 2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que represente o mecanismo de resposta que deve ser empregado pelo executado para apresentação das suas teses defensivas: a) Impugnação; b) Embargos à execução; c) Exceção; d) Contestação. SEMANA DE AULA 10 1a Questão: Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do CPC. Este pleito deve ser deferido? 2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla matéria passível de ser alegada em sede de impugnação ao cumprimento de sentença pela Fazenda Pública: a) incompetência relativa; b) impossibilidade jurídica do pedido; c) ilegitimidade da parte; d) excesso de execução ou cumulação indevida de execuções. SEMANA DE AULA 11 1a Questão: O CPC prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer? 2a Questão. Considerando o CPC, indique a alternativa que não contempla meio executivo, de coerção ou de sub- rogação, para forçar o devedor a adimplir obrigação de pagar alimentos: a) prisão civil; b) protesto do título judicial; c) desconto em folha de pagamento; d) mandado de imissão. SEMANA DE AULA 12 1a Questão: Determinada entidade de classe impetrou mandado de segurança coletivo em defesa de interesses de seus membros, o qual foi denegado pelo órgão competente, havendo tal decisão transitado em julgado. É cabível a posterior propositura de ação, pelo procedimento comum, individualmente, por qualquer dos membros da entidade, para pedir o reconhecimento do direito que alega e compreendido no pedido formulado no anterior mandado segurança coletivo? 2ª Questão. Quanto aos processos coletivos, assinale a alternativa correta: a) a arguição incidental de constitucionalidade só pode ser admitida com fundamento do pedido, nunca como objeto da ação principal; b) no mandado de segurança coletivo, a improcedência do pedido por falta de provas faz coisa julgada em relação aos interesses individuais dos substituídos; c) a ação popular, cuja legitimidade é atribuída aos cidadãos, só pode ser ajuizada em caso de atos ilegais e lesivos ao patrimônio público; d) os direitos individuais homogêneos são considerados como direitos difusos SEMANA DE AULA 13 1a Questão: Associação de Consumidores do Estado do Paraná ingressou com uma ação coletiva em face do Hipermercado Novo Horizonte, na Comarca do referido estado, visando obter tutela específica no sentido de determinar a abstenção do mercado de comercializar leite da marca Vacaboa, fora do prazo de validade e com alto índice de formol, cumulado com pleito indenizatório por danos morais e materiais decorrentes para os consumidores que adquiriram o referido produto. O juiz deferiu tutela específica, nos termos do art.84§3º do Código de Defesado Consumidor, para determinar a abstenção do réu em comercializar o produto e condenou o réu a indenizar os consumidores prejudicados pelos danos materiais e imateriais sofridos, cujo quantum será apurado em sede de liquidação de sentença. Diante do caso discuta as seguintes indagações: a) Considerando que o Hipermercado possui diversas filiais em todo Brasil, os consumidores do Estado do Rio de Janeiro e Minas Gerais poderão promover a liquidação da referida sentença genérica? Qual modalidade de liquidação de sentença poderá ser utilizada neste caso? Qual o juízo competente para promoção da execução do julgado para os consumidores de Minas Gerais e do Rio de Janeiro? 2ª Questão: A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro ingressou com uma ação coletiva em face do Estado do Rio de Janeiro pleiteando o pagamento imediato dos pensionistas do estado que tiveram seus pagamentos suspensos indevidamente pelo governo. Nesta hipótese, o mérito da respectiva ação coletiva trata de: a) direitos difusos, por se tratar de direitos transindividuais e ligados à um número indeterminado de pessoas; b) direitos coletivos, transindividuais e determinado pelo grupo ou classe de pessoas; c) direitos individuais homogêneos, estando os pensionistas cujo os fatos possuem a mesma origem comum; d) direitos individuais que, em nenhuma hipótese, admite a defesa através da referida ação coletiva. SEMANA DE AULA 14 1a Questão: O Juizado Especial Cível decidiu ação, recorrendo o vencido, tendo a turma Recursal própria mantido a sentença, que rejeitou arguição de incompetência absoluta daquele Órgão Julgador, em razão do valor em discussão superior ao atribuído, legalmente, à competência dos Juizados Especiais. Contra essa decisão da Turma impetrou o interessado Mandado de Segurança, perante o Tribunal de Justiça, repisando a alegação de incompetência absoluta, vindo o órgão da Justiça comum a denegar a ordem, afirmando a incompetência do Tribunal de Justiça para rever decisões prolatadas por Juizados Especiais e respectivas Turmas Recursais. Pergunta-se: 1) Qual o recurso cabível contra a decisão do Tribunal de Justiça? 2) O que deve decidir o órgão competente para apreciar esse recurso? Justificar as respostas. 2ª Questão. Assinale a alternativa correta quanto aos embargos de declaração, interpostos para impugnar sentença proferida por magistrado lotado em juizado especial, após a vigência da Lei nº 13.105/15. a) estes embargos possuem efeito suspensivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado; b) estes embargos possuem efeito interruptivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado; c) os embargos de declaração são incabíveis em sede de juizados especiais; d) os embargos de declaração deverão ser apreciados pelo mesmo magistrado prolator da decisão embargada, em obediência ao princípio da identidade física do juiz; e) os embargos de declaração poderão ser empregados para a correção de erro material e nova valoração sobre as provas produzidas. SEMANA DE AULA 15 1a Questão: Consumidor promove demanda em face da EBCT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) e da empresa Rodsoft Informática, perante um Juizado Especial Federal. Argumenta, em sua petição inicial, que comprou um determinado produto no site da segunda, para que o mesmo fosse entregue pela primeira em seu endereço residencial, o que não ocorreu em razão de extravio. Também aduz que não foi ressarcido, o que justificaria a instauração do presente processo em face de ambas, objetivando o recebimento de danos materiais e morais. Ocorre que a empresa Rodsoft já encerrou suas atividades, embora tenha ficado evidente nos autos que a mesma vinha sendo utilizada por seus sócios para a prática de diversos ilícitos civis. Diante desta situação, o autor pleiteia que, no Juizado Especial Federal, seja autorizada a desconsideração da personalidade jurídica. Ocorre que este requerimento foi indeferido pelo magistrado, ao argumento de que o CPC trata deste incidente como uma modalidade de intervenção de terceiros (art. 132 e art. 137), o que é vedado no sistema dos Juizados Especiais (art. 10, Lei nº 9.099/95). Esta decisão foi objeto de posterior mandado de segurança impetrado perante a Turma Recursal Federal, com o intuito de reformá-la. Indaga-se: os magistrados lotados no órgão revisor, analisando as normas constantes no CPC, deverão conceder ou negar a segurança? Por quais fundamentos? 2ª Questão. Assinale a alternativa correta quanto aos embargos de declaração, interpostos por determinado Município, para impugnar sentença proferida por magistrado lotado em juizado especial fazendário estadual. a) estes embargos possuem efeito suspensivo quanto ao prazo para a interposição de ulterior recurso inominado; b) estes embargos deverão ser interpostos no prazo de dez dias, em razão de a Fazenda Pública ter a prerrogativa de praticar atos com o prazo em dobro (art. 183, CPC); c) os embargos de declaração são incabíveis em sede de juizados especiais fazendários estaduais, por ausência de previsão legal; d) os embargos de declaração deverão ser apreciados pelo mesmo magistrado prolator da decisão embargada, em obediência ao princípio da identidade física do juiz; e) estes embargos deverão ser interpostos no prazo de cinco dias, pois não há prerrogativa de prazo em dobro para a Fazenda Pública no sistema dos juizados especiais. SEMANA DE AULA 16 1º Questão - Max ingressou com uma ação indenizatória em face do Banco X visando obter reparação pelos danos decorrentes de negativação indevida de seu nome. O feito tramitou perante o juízo cível da Comarca de Duque de Caxias e após a instrução o réu foi condenado a pagar a quantia de R$150.000,00. Transitada em julgado a decisão, o exequente promove a execução do julgado, devidamente atualizado, cujo valor perfaz a quantia de 195.000,00. O devedor discorda do valor exequendo e pretende se defender alegando excesso de execução. Diante do caso Indaga-se: a) Qual meio de defesa deverá ser utilizado pelo devedor e em que prazo? Justifique. b) A defesa apresentada pelo devedor acarretará a suspensão da execução do julgado? Justifique c) Caso a alegação do devedor seja acolhida qual o recurso cabível para impugnar a respectiva decisão e em qual prazo? Justifique. 2ª Questão - Maria Carolina ajuizou ação em face do cirurgião plástico, José Mathias, em razão dos danos estéticos e morais decorrentes do insucesso de cirurgia de redução de mama. O juiz condenou o réu ao pagamento do valor de R$30.000,00 a título de danos morais e estéticos. No decorrer do cumprimento de sentença a exequente identifica outros danos vasculares, decorrentes da cirurgia, que não haviam sido diagnosticados à época do julgamento. Neste caso: a) Maria deverá ajuizar nova ação considerando a existência de coisa julgada material. b) Deverá Maria promover a liquidação por arbitramento considerando a necessidade de conhecimento técnico para fixação da indenização referente aos danos mencionados. c) Deverá Maria propor a competente ação rescisória para incluir na sentença os pedidos referentes à indenização pelos danos vasculares causados pela imperícia do cirurgião. d) Maria deverá promover a liquidação pelo procedimento comum, tendo em vista que se trata de hipótese de fato novo não apurado por ocasião do julgamento da ação ajuizada.GABARITO SEMANA DE AULA 1 Questão Discursiva 1) Resposta positiva se impõe. Segundo a doutrina: Este princípio pode ser empregado nas mais variadas situações. Em uma hipótese concreta, se o magistrado vislumbrar que o executado possui vários bens suficientes para o pagamento de uma dívida, não poderia permitir que a penhora recaísse sobre o bem de maior valor, já que eventual arrematação na segunda hasta pública pode trazer prejuízos ao devedor, em razão da possibilidade de o lanço ser inferior ao valor da avaliação, muito embora não possa ser vil. Da mesma forma, o juiz pode determinar o usufruto de bem móvel ou imóvel, quando reputar que esta medida é menos gravosa ao executado e, ao mesmo tempo, mais eficiente para o recebimento do crédito. O que se deve ressalvar, porém, é que não se trata de um princípio com contornos absolutos, até porque sendo o processo essencialmente dialético, há necessidade de se outorgar as mesmas garantias a ambas as partes indistintamente, sob risco de vulnerar o princípio da isonomia (art. 5o, caput, CRFB-88). Assim, se é correto afirmar a existência de um princípio que garante que a execução se desenvolva de forma menos gravosa ao executado, também é certo assegurar ao exequente algum princípio equivalente ou ao menos uma compensação. Por estes motivos, vem ganhando força a ideia de que este princípio traz junto a si, subjacente, outro destinado à parte adversa no processo, chamado de princípio do interesse do credor, aplicável em alguns momentos processuais. (HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso Completo de Processo Civil - Com Notas Explicativas à Lei nº 13.105/15 NOVO CPC. 2ª Ed. Niterói: Impetus, 2015, p. 556). Acrescenta-se, ainda, que no caso concreto o próprio devedor deu cumprimento ao disposto no art. 805, parágrafo único do NCPC (Lei nº 13.105/15), ao indicar de que forma a execução poderia ser realizada de maneira menos gravosa. Portanto, o seu pleito deve realmente ser deferido. Questão objetiva 2) Gabarito: C - Justificativa: O art. 780 do CPC estabelece, como regra, a possibilidade de cumulação de execução, em homenagem ao princípio da economia processual, desde que o exequente cumpra os requisitos dispostos no referido dispositivo legal. SEMANA DE AULA 2 Questão discursiva 1) Em linhas gerais, na fraude à execução o seu termo inicial é a partir do início da execução. Haverá necessidade de se demonstrar o estágio de insolvência e está fraude pode ser reconhecida nos próprios autos da execução. Modernamente, também vem sendo exigida a análise do elemento subjetivo, que é a má-fé, entre o executado e o terceiro comprador, nos termos do Verbete nº 375 da Súmula do STJ. Já a fraude a credores, por sua vez, pode ocorrer do momento seguinte ao que a dívida foi contraída, havendo a necessidade de se demonstrar os requisitos objetivo (insolvência) e subjetivo (conluio entre vendedor e comprador do bem), além de se promover um processo de conhecimento em rito comum chamado de ação pauliana. Questão objetiva 2) Gabarito: D - Justificativa: O art. 779 do CPC, enumera os legitimados passivos para a execução, nele não tendo sido prevista a legitimidade do Ministério Público que, a rigor, apenas pode promover execução em nome da Instituição, nos termos do art. 778, par. 1º, inciso I. SEMANA DE AULA 3 Questão discursiva 1) a) No caso concreto, a modalidade de liquidação mais adequada é por arbitramento, considerando a necessidade de conhecimento técnico, cálculo atuarial, para apuração do valor do prêmio, nos termos do art. 509, I, do CPC. No entanto, existem hipóteses em que não há necessidade de liquidação, como os casos de simples cálculos aritméticos. b) Caso haja discordância em relação ao valor a parte deverá interpor agravo de instrumento nos termos do art. 1.015, §único, do CPC. O docente poderá introduzir, como sugestão, uma discussão sobre a natureza jurídica da liquidação, que não foi superada mesmo após o CPC/2015, apontando a corrente que defende que a liquidação é uma fase e a corrente de que defende que a liquidação é um processo autônomo. Questão objetiva 2) Gabarito: A - O art. 515, inciso V, CPC, passou a contemplar esta alternativa como título executivo judicial, ao contrário da norma anterior (art. 586, CPC-73), que o reputava como título extrajudicial. O rol dos títulos extrajudiciais se encontra no art. 784 do CPC. SEMANA DE AULA 4 Questão discursiva 1) Neste caso, o acolhimento da tese defensiva não irá gerar o fim do processo, mas sim a reabertura da etapa de conhecimento, estando prejudicados todos os atos processuais que foram praticados anteriormente antes da citação oportuna do demandado. Assim, trata-se de decisão interlocutória, passível de ser impugnada por recurso de agravo, na modalidade por instrumento (art. 1.015, parágrafo único, CPC). Questão objetiva 2) Gabarito: B - O art. 525, parágrafo único, CPC, contempla as matérias que podem ser apresentadas em sede de impugnação ao cumprimento de sentença, não prevendo a possibilidade de se alegar a impossibilidade jurídica do pedido. Esta impossibilidade jurídica do pedido, por sinal, deixa de ser considerada como uma das condições da ação, eis que o CPC apenas prevê a legitimidade e o interesse de agir (v.g. art. 17 e art. 485, VI). SEMANA DE AULA 5 Questão discursiva 1) Segundo a doutrina: A exceção de pré-executividade, embora não tenha previsão clara no CPC, é um mecanismo de defesa aceito pela jurisprudência e doutrina há muito tempo, que possibilita ao executado apresentar, por meio de uma mera petição, qualquer matéria que o magistrado possa pronunciar de ofício. Alguns pontos devem ser abordados sobre esta peça processual. O primeiro deles se refere ao nome empregado, que não observa a boa técnica processual. É que a palavra “exceção” tem, no direito processual civil, diversas acepções, sendo que uma delas é justamente a que a coloca como antônimo de objeção. De acordo com esta acepção, as objeções seriam as matérias que o magistrado pode pronunciar de ofício enquanto as exceções são aquelas que demandam alegação da parte interessada para o seu reconhecimento. Da mesma forma, como esta peça somente é apresentada após o início da execução, parece ser mais adequado usar o termo não executividade em vez de pré-executividade, pois o intento do interessado é, justamente, impedir o prosseguimento do processo. Em consequência, a expressão objeção de não executividade seria a mais adequada para nominar esta peça, muito embora a expressão exceção de pré--executividade já esteja perfeitamente disseminada e assimilada dentro da prática forense. (...) Da mesma forma, as regras de suspensão de processo também são excepcionais e, por esta razão, devem ser interpretadas restritivamente. Não faz sentido, realmente, que o magistrado determine o recolhimento de um mandado de penhora apenas por esta peça se encontrar pendente de apreciação. (HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso Completo de Processo Civil - Com Notas Explicativas à Lei nº 13.105/15 NOVO CPC. 2ª Ed. Niterói: Impetus, 2015, pp. 611-613). Questão objetiva 2) Gabarito: D - O art. 915, CPC, estabelece prazo de quinze dias para o oferecimento dos embargos, também dispondo que o termo inicial será a partir da juntada do mandado cumprido. SEMANA DE AULA 6 Questão discursiva 1) Trata-se de arrematação realmente inválida, pois não foi atingido o preço mínimo na hipótese em que incapaz é sujeito passivo da execução. O tema é reguladopelo art. 896 do CPC, que também estabelece as providências que devem ser observadas na sequência. Questão objetiva 2) Gabarito: C - O art. 833, CPC, enumera as hipóteses de impenhorabilidade dos bens. A afirmativa incorreta está em desacordo com o inciso II do mesmo dispositivo. SEMANA DE AULA 7 Questão discursiva 1) O CPC admite expressamente a possibilidade da suspensão do processo pela ausência de bens penhoráveis (art. 921, inciso III), também disciplinando que esta suspensão durará um ano para que o credor localize bens do devedor (parágrafos 1º e 2º). Igualmente, também estabelece que, findo este prazo, iniciará o transcurso da prescrição intercorrente (parágrafo 4º). Assim, tendo sido ultrapassado o prazo prescricional, poderá o magistrado extinguir a execução pelo fundamento indicado (art. 924, inciso V). Questão objetiva 2) Gabarito: B - O art. 921, CPC, enumera as hipóteses de suspensão do cumprimento de sentença ou da execução. A afirmativa incorreta, em realidade, retrata caso de extinção da execução, nos termos do art. 924, inciso IV. SEMANA DE AULA 8 Questão discursiva 1) O tema é bem polêmico. Segundo a doutrina: O tema não é pacífico. De um lado, há quem defenda que o valor poderá ser reduzido, mas a eficácia desta decisão será ex nunc, pois o valor acumulado já integra o patrimônio do credor da prestação. Por outro lado, há quem entenda que esta decisão tem caráter retroativo, pois o magistrado percebeu que este mecanismo executivo estava sendo ineficiente para atingir os seus fins, tendo sido completamente desvirtuado e transformado em fonte de enriquecimento indevido. Logo, o juiz faria a retroatividade até o momento processual em que percebeu este desvio. É o entendimento que costuma ser adotado na prática, muito embora seja muito simples resolver esta questão mediante adoção de outro procedimento pelo juiz. É que esta problemática reside na circunstância de que os valores das astreintes vão se acumulando em razão da imposição ter sido diária ou semanal, por exemplo. Mas, para se evitar este problema gerado pelo acúmulo dos valores, bastaria que o juiz fixasse astreintes de incidência única. Em outras palavras, o demandado deveria cumprir a obrigação em, por exemplo, quinze dias, sob pena de sofrer astreintes única de trinta mil reais. Com o descumprimento, os autos iriam conclusos ao magistrado que poderia mudar o meio executivo ou insistir no mesmo, mas agora estabelecendo um valor ainda maior. (HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso Completo de Processo Civil - Com Notas Explicativas à Lei nº 13.105/15 NOVO CPC. 2ª Ed. Niterói: Impetus, 2015, p. 682). Questão objetiva 2) Gabarito: A - O art. 536, parágrafo quarto, CPC (Lei nº 13.105/15), contempla que a defesa deverá ser apresentada por impugnação. As demais alternativas estão erradas. Os embargos são apresentados para a execução por título extrajudicial, o que não é o caso. A exceção deixa de existir com o advento do CPC, devendo o tema incompetência relativa ser alegado em preliminar de contestação e o de impedimento ou suspeição por meio de petição específica com esta finalidade. Por fim, a contestação persiste, mas é própria para ser usada na fase de conhecimento e não na etapa de cumprimento de sentença. SEMANA DE AULA 9 Questão discursiva 1) Assiste razão a Maurício. O procedimento previsto no art. 910 do CPC refere-se apenas para obrigações de pagar, eis que a Fazenda Pública possui bens impenhoráveis e deve realizar o cumprimento por uma sistemática própria (precatório ou RPV requisição de pequeno valor). Para obrigação de fazer, não fazer ou mesmo para entrega de coisa a Fazenda Pública deverá ser executada nos mesmos moldes das regras estatuídas para a execução entre particulares. Questão objetiva 2) Gabarito: B - O art. 914, CPC, contempla que a defesa deverá ser apresentada por embargos. As demais alternativas estão erradas. A impugnação é para o cumprimento de sentença, o que não é o caso. A exceção deixa de existir com o advento do CPC, devendo o tema incompetência relativa ser alegado em preliminar de contestação e o de impedimento ou suspeição por meio de petição específica com esta finalidade. Por fim, a contestação persiste, mas é própria para ser usada na fase de conhecimento e não na etapa de cumprimento de sentença. SEMANA DE AULA 10 Questão discursiva 1) Resposta negativa se impõe. A sistemática para que as obrigações de pagar sejam liquidadas pela Fazenda Pública é naturalmente mais morosa do que aquelas devidas por particulares, uma vez que os bens públicos são impenhoráveis. Por este motivo, o pagamento deve ser realizado apenas por precatório ou por RPV (requisição de pequeno valor), dependendo dos valores envolvidos. Por este motivo, ainda que a Fazenda Pública queira liquidar a obrigação, ela está impedida por ter que obrigatoriamente observar este procedimento. Por este motivo, aliás, é que o CPC expressamente proibiu a aplicação desta multa de 10% nos casos em que a Fazenda Pública estiver sendo executada (art. 534, par. 2º). Questão objetiva 2) Gabarito: D - O art. 535, CPC, contempla as matérias que podem ser apresentadas em sede de impugnação ao cumprimento de sentença pela Fazenda Pública, não prevendo a possibilidade de se alegar a impossibilidade jurídica do pedido. Esta impossibilidade jurídica do pedido, por sinal, deixa de ser considerada como uma das condições da ação, eis que o CPC apenas prevê a legitimidade e o interesse de agir? (v.g. art. 17 e art. 485, VI). SEMANA DE AULA 11 Questão discursiva 1) Segundo a doutrina: Havendo descumprimento desta determinação judicial, o CPC inova ao prever que esta circunstância caracterizará crime de desobediência praticado por aquele que deveria realizar o desconto e não o fez. Contudo, já existe figura penal delituosa prevista na lei de alimentos, com tipo penal primário e secundário muito mais específico (art. 22, parágrafo único, da Lei no 5.478/68). Assim, nesta situação e atendendo as peculiaridades que norteiam o direito penal, deverá continuar sendo aplicável o disposto na lei específica, posto que a descrição do crime de desobediência é extremamente genérica. (HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Novo Código de Processo Civil Comparado e Anotado. 1ª Ed. Niterói: Impetus, 2015, p. 659). Questão objetiva 2) Gabarito: D - O mandado de reintegração não guarda qualquer relação com a obrigação de pagar alimentos, ao contrário de todas as demais que podem ser adotadas para forçar o adimplemento forçado de obrigações desta natureza. SEMANA DE AULA 12 Questão discursiva 1) O processo coletivo foi criado como instrumento para racionalizar a atividade jurisdicional, de modo a evitar a pulverização de demandas individuais quando, em um único processo, já seria possível resolver aquela lesão que tem alcance social. No entanto, a promoção de um processo coletivo não prejudica aqueles particulares que optaram pelo ajuizamento de demandas individuais. Desta maneira, qualquer que seja o resultado do processo coletivo, pela procedência ou improcedência, em regra a coisa julgada somente irá se formar no plano coletivo, apenas impedindo novos processos coletivos repetindo a mesma ação, com exceção, é claro, quando a improcedência for por falta de provas (art. 16, Lei nº 7.347/85). Portanto, como a indagação não é sobre a exceção indicada, a resposta deve ser positiva, autorizando que a demanda individual possa ser intentada pelo interessado.Questão objetiva 2) Gabarito: letra A. - Mas, alerta-se que a jurisprudência não é inteiramente pacífica, por vezes negando que em processo coletivo ocorra a instauração de um controle difuso de constitucionalidade em primeira instância, como se observa em: STJ. Embargos de declaração no RESP no 1.331.675/DF. Rel. Min. Mauro Campbell Marques. DJ 22/08/2013. SEMANA DE AULA 13 Questão discursiva 1) a) Considerando a dimensão da tutela coletiva, os consumidores do Rio de Janeiro e de Minas Gerais poderão promover a liquidação e execução da sentença em seus respectivos estados, em conformidade com os arts. 98 e 101, I, do CDC. b) A liquidação no processo coletivo será definida de acordo com a necessidade do caso concreto. Poderá ser por arbitramento ou pelo procedimento comum (art. 509), observando a natureza do dano e as especificidades do caso concreto. c) A competência para execução da tutela coletiva é concorrente, pode ser no juízo sentenciante (Paraná) ou no juízo da liquidação, que em regra é o domicilio do devedor (art. 98 do CDC). Questão objetiva 2) Gabarito: letra B. - O art. 81, §único, II, do CDC, conceitua como direito coletivo os interesses indivisíveis, ligados a um grupo ou classe determinável. No caso, trata-se de pensionistas do Estado do Rio de Janeiro, portanto, um grupo facilmente identificável. No entanto, importante se faz registrar que essa classificação nem sempre é simples, dependendo da pretensão deduzida para se identificar a natureza do direito pleiteado na tutela coletiva. SEMANA DE AULA 14 Questão discursiva 1) Em relação ao primeiro questionamento, a resposta deve ser pelo uso do recurso ordinário. Quanto à segunda dúvida, o STJ vem admitindo, em caráter excepcional, que o Tribunal de Justiça exerça o controle sobre a competência dos processos que observam a Lei no 9.099/95, caso venha a ser impetrado mandado de segurança perante a Corte inferior. É o que constou, pelo menos, no seguinte julgado: Não se admite, consoante remansosa jurisprudência do STJ, o controle, pela justiça comum, sobre o mérito das decisões proferidas pelos Juizados Especiais. Exceção é feita apenas em relação ao controle de constitucionalidade dessas decisões, passível de ser promovido mediante a interposição de recurso extraordinário. A autonomia dos Juizados Especiais, todavia, não pode prevalecer para a decisão acerca de sua própria competência para conhecer das causas que lhe são submetidas. É necessário estabelecer um mecanismo de controle da competência dos Juizados, sob pena de lhes conferir um poder desproporcional: o de decidir, em caráter definitivo, inclusive as causas para as quais são absolutamente incompetentes, nos termos da lei civil. Não está previsto, de maneira expressa, na Lei no 9.099/95, um mecanismo de controle da competência das decisões proferidas pelos Juizados Especiais. É, portanto, necessário estabelecer esse mecanismo por construção jurisprudencial. Embora haja outras formas de promover referido controle, a forma mais adequada é a do mandado de segurança, por dois motivos: em primeiro lugar, porque haveria dificuldade de utilização, em alguns casos, da Reclamação ou da Querela Nullitatis; em segundo lugar, porque o mandado de segurança tem historicamente sido utilizado nas hipóteses em que não existe, no ordenamento jurídico, outra forma de reparar lesão ou prevenir ameaça de lesão a direito. O entendimento de que é cabível a impetração de mandado de segurança nas hipóteses de controle sobre a competência dos Juizados Especiais não altera o entendimento anterior deste Tribunal, que veda a utilização do writ para o controle do mérito das decisões desses Juizados. Recurso conhecido e provido. (STJ. RESP no 17.524/BA. Rel.a Min.a Nancy Andrighi. DJ 02/08/2006). Questão objetiva 2) Gabarito: letra B - O CPC/2015, em suas disposições finais, mais precisamente no art. 1.065, altera o disposto no art. 50 da Lei nº 9.099/95, que passa a prever que os embargos de declaração terão efeito interruptivo. SEMANA DE AULA 15 Questão discursiva 1) Em relação ao primeiro questionamento, a Turma Recursal Federal deverá conceder a segurança, uma vez que, embora realmente o NCPC (Lei nº 13.105/15) considere a desconsideração da personalidade jurídica como uma nova hipótese de intervenção de terceiros, ainda assim esta mesma legislação permite que esta modalidade possa ser admitida no sistema dos Juizados, conforme norma autorizadora prevista no art. 1.062. Questão objetiva 2) Gabarito: letra E - Há norma expressa (art. 7º, Lei nº 12.153/09), prevendo que nos Juizados Especiais Fazendários Estaduais não haverá prazo em dobro em nenhuma hipótese. SEMANA DE AULA 16 Questão discursiva 1) a) Max deverá apresentar impugnação no prazo de 15 dias cuja contagem se iniciará após o esgotamento do prazo para o efetivo pagamento, conforme dispõe o art. 525. b) A apresentação da impugnação não acarreta, em regra, a suspensão da execução (art. 525, §6º do CPC). No entanto, admite-se o efeito suspensivo nas hipóteses em que haja fundamento relevante para tanto e o executado efetue alguma garantia. c) O recurso cabível depende do conteúdo alegado na impugnação (art. 525, §1º). Caso seja acolhida a alegação de excesso de execução, esta não será extinta sendo cabível o recurso de agravo de instrumento (art. 1.015, § único). Mas se o devedor alegar inexigibilidade do título e for acolhida pelo juiz a execução será extinta cabendo, portanto, recurso de apelação. Questão objetiva 2) Letra D - Conforme dispõe o art. 509, II, do CPC.
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