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ARQUITETURA 1 Prof. Ivam Salomão Liboni ARQUITETURA 2 Prof. Ivam Salomão Liboni Capítulo IV REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISOS E PAREDES Execução de Revestimentos Cerâmicos para Pisos e Paredes 1. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA Projeto Arquitetônico; Projetos de revestimentos cerâmicos; Especificações do fabricante da cerâmica Especificações do fabricante de argamassa colante; Especificações do fabricante do rejunte; NR 18 – “Condições e meio ambiente do trabalho na industria da construção”; 3 2. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 4 Desempenadeira de aço ou PVC com lado dentado de 6 x 6 mm, apropriada para azulejos; Desempenadeira de aço ou PVC com lado dentado de 8 x 8 mm, apropriada para pisos; Azulejos e pisos cerâmicos; Argamassa colantes; Rodo sem cabo; Broxa; Escova de paiaçaba; Argamassa industrializada para rejunte; Água; Lápis de carpinteiro; Mangueira de nível alemão ou nível a laser; Sisal; Caixa plástica para mistura da argamassa industrializada para rejunte; Balde plástico; Régua de alumínio com nível de bolha acoplado; Esquadro de alumínio de 60 x 80 x 100 cm; Vassoura; Pano seco; Régua de alumínio de 1” x 2” com 2 mm de comprimento; Martelo de borracha; 2. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 5 Linha de náilon; Colher de 9”; Prumo de face; Serra elétrica manual com disco de corte adiamantado; Trena metálica; Riscador com vídea e furadeira com serra copo; Nível de bolha; Espátula; Pregos 15 x 15; Detergente líquido neutro; Metro articulado; EPI´s: capacete, óculos de segurança, luvas e botas de borracha Torquês; 3. MÉTODO EXECUTIVO 6 3.1 – Condições para início do serviço Os emboços e contrapisos a serem revestidos devem estar concluídos há pelo menos 14 dias, apresentando textura áspera obtida com sarrafeamento e leve desempeno com madeira na fase de sua execução; Os contramarcos devem estar chumbados, enquanto os batentes, se não estiverem chumbados, devem estar ao menos com suas referencias definidas; As instalações hidráulicas e elétricas devem estar concluídas e testadas. 7 3.1 – Condições para início do serviço • A cerâmica deve ser conferida em termos de calibre das peças, tonalidade e quantidade, garantindo-se que seja suficiente para executar o serviço, considerando um percentual adicional para eventuais quebras, arremates ou reparos futuros. • Este percentual deve ser estabelecido caso a caso em função do tipo de cerâmica, tamanho e uso dos ambientes. • A impermeabilização de pisos deve estar executada e testada. Os ralos devem estar protegidos para evitar eventuais entupimentos. 8 3.2 – Execução de piso Cerâmico Verificar a igualdade do nível do contrapiso em todo o perímetro da área a ser revestida, definindo, assim, o nível do piso acabado. Deixar a marcação dos níveis junto às paredes. 9 3.2 – Execução de piso Cerâmico Preparar a superfície removendo a poeira, partículas soltas, graxas e outros resíduos com o auxilio de lixas, escovas e vassouras. Se necessário, lavar com água ou soluções desengordurautes à base de soda cáustica e água sanitária, aguardando a completa secagem do contrapiso para continuar o assentamento. 10 3.2 – Execução de piso Cerâmico Verificar o esquadro e as dimensões do ambiente para definição da espessura das juntas, considerando o mínimo possível de recortes. Eventuais irregularidades que não possam ser absorvidas pelas juntas devem ser corrigidas. 11 3.2 – Execução de piso Cerâmico 12 Verificar também se foram deixados os rebaixos previstos no projeto em relação a outros pisos, além dos caimentos para ralos ou caneletas, nunca inferiores a 0,5%. Nível de bolha Régua Ralo Contra-piso 3.2 – Execução de piso Cerâmico Juntas entre peças - A largura mínima das juntas deve seguir a orientação dos fabricantes, considerando as variações de calibre das peças. Inexistindo tal orientação, é possível utilizar as seguintes medidas: Área dos componentes até 400 cm2: junta de piso interno com 2 mm; de 400 cm2 a 600 cm2: junta de piso interno com 3 mm; de 600 cm2 a 900 cm2: junta de piso interno com 5 mm; Área dos componentes acima de 900 cm²: junta de piso interno com 6 mm. 13 3.2 – Execução de piso Cerâmico Juntas de expansão ou nivelamento - As juntas de expansão ou movimentação devem alcançar a superfície do contrapiso, sendo preenchidas com material elástico. Seu uso é necessário nos seguintes casos: No encontro com outros tipos de pisos; No encontro com pilares ou saliências; Em lajes de grandes dimensões e sujeitas à flexão (regiões de momento máximo); Em ambientes com área superior a 32 m2 ou sempre que a maior dimensão do ambiente for superior 8 m. Nesse caso, as juntas devem ter de 8 mm a 12 mm de espessura. 14 3.2 – Execução de piso Cerâmico • As juntas estruturais do concreto devem ser mantidas no piso cerâmico e preenchidas com mastique elástico. • Após a verificação do esquadro do ambiente e um estudo sobre o melhor aproveitamento das peças, esticar uma linha de náilon nos dois sentidos do ambiente, demarcando a primeira fiada a ser assentada. 15 3.2 – Execução de piso Cerâmico • Este estudo pode ser auxiliado pela distribuição da cerâmica sobre o piso e deve considerar as juntas entre peças e os arremates, que devem ser previstos em locais pouco visíveis, como no box do chuveiro, atrás do bidê, do vaso sanitário ou da porta de entrada do ambiente. • As linhas de náilon servirão de referência para as demais fiadas que devem ser assentadas em perfeito alinhamento e esquadro em relação às duas primeiras fiadas. 16 3.2 – Execução de piso Cerâmico • Em ambientes grandes, é possível esticar tantas linhas quantas forem necessárias para garantia do alinhamento e esquadro do revestimento. • Preparar a argamassa colante em um caixote plástico limpo, obedecendo às orientações do fabricante contidas na embalagem do produto. 17 • A quantidade a ser preparada deve ser suficiente para um período de trabalho de duas ou três horas, em função da produtividade do assentador, sendo recomendável que se misture sempre um número inteiro de sacos. • Deixar a argamassa descansar por cerca de 15 minutos e misturar novamente para iniciar o assentamento. 18 3.2 – Execução de piso Cerâmico Durante a execução do revestimento, não se adiciona água à argamassa já preparada. 19 Aplicar a argamassa comprimindo-a contra o substrato com o lado liso de uma desempenadeira de aço ou PVC, passando cm seguida o lado dentado, formando cordões. 3.2 – Execução de piso Cerâmico 3.2 – Execução de piso Cerâmico 20 Assentar as peças sobre a argamassa recém-aplicada atentando para o espaçamento entre as peças, o nivelamento e o alinhamento do piso. As peças devem ser assentadas antes que se inicie a formação de uma película esbranquiçada sobre os cordões, indicando o fim do tempo de abertura da argamassa, que é o momento a partir do qual a aderência fica prejudicada. 3.2 – Execução de piso Cerâmico 21 O controle desse tempo pode ser realizado pressionando-se os cordões com os dedos: se a argamassa não se mostrar pegajosae não sujar a ponta dos dedos, é sinal que o tempo de abertura já se esgotou. 3.2 – Execução de piso Cerâmico 22 Nesse caso, a argamassa deve ser removida para que uma nova camada seja aplicada. A fixação das peças podem ser realizados por meio de pequenas batidas com um martelo de borracha, ou com o cabo de madeira de um martelo comum, ou com uma colher de pedreiro. 3.2 – Execução de piso Cerâmico - Não e necessário molhar o substrato para aplicar a argamassa colante. - O umedecimento só é recomendado no caso de revestimentos executados sob sol intenso ou sujeitos a muito vento e baixa umidade relativa do ar. - As peças cerâmicas também não devem ser molhadas ou mesmo umedecidas para aplicação com argamassa colante, a menos que haja uma recomendação do fabricante nesse sentido. 23 3.2 – Execução de piso Cerâmico 24 O posicionamento também pode ser garantido com o uso de espaçadores plásticos. 3.3 – Execução de Revestimentos com AZULEJOS Verificar o prumo, o esquadro e a planicidade das paredes, corrigindo qualquer irregularidade encontrada; 25 3.3 – Execução de Revestimentos com AZULEJOS Averiguar a igualdade do nível do contrapiso em todo o perímetro do cômodo, definindo o nível do piso acabado; Preparar a superfície removendo a poeira, partículas soltas, graxas e outros resíduos com o auxilio de lixas, escovas e vassouras. Se necessário, lavar com água ou soluções desengordurantes à base de soda cáustica e água sanitária, aguardando a completa secagem do emboço para continuar o assentamento. 26 3.3 – Execução de Revestimentos com Azulejos Para o posicionamento da fiada mestra, partir do nível do piso ou do teto, conforme paginação de projeto; 27 É indicado pela prática usual que se comece o assentamento da segunda fiada, a fim de deixar a primeira para arremates de caimento do piso, evitando- se a presença de peças cortadas em formato triangular ou de trapézios achatados; 3.3 – Execução de Revestimentos com Azulejos Definida a primeira fiada, deve-se assentar os azulejos seguindo inicialmente para a parte superior da parede, executando-se a parte inferior somente após o termino da área acima da fiada mestra. 28 3.3 – Execução de Revestimentos com Azulejos A partir do nível de referência (piso ou teto), marcar a posição da fiada mestra num dos extremos da parede com o auxilio de uma trena metálica ou um metro articulado, considerando o tamanho das peças e a espessura correta das juntas, seguindo as mesmas orientações apresentadas para os pisos internos. Transferir o nível marcado para o outro extremo da parede, utilizando uma mangueira de nível, um nível alemão ou a laser. 29 3.3 – Execução de Revestimentos com Azulejos Esticar uma linha de náilon entre os pontos marcados, definindo assim a posição exata da primeira fiada. Iniciar o assentamento das peças cerâmicas seguindo os mesmos procedimentos e cuidados observados com relação aos pisos cerâmicos, utilizando, neste caso, uma desempenadeira dentada de aço ou PVC com dentes de 6 mm. Nos cantos entre as paredes, posicionar uma cantoneira metálica para evitar a quebra ou o lascamento dos azulejos. 30 3.3 – Execução de Revestimentos com Azulejos 31 No encontro entre pisos e paredes, o revestimento de piso deve ficar embutido junto à parede a fim de garantir sua perfeita ancoragem. Os azulejos devem ser assentados com uma folga de 5 mm em relação aos pisos, de modo a evitar o remonte das peças sobre os pisos. 3.3 – Execução de Revestimentos com Azulejos Juntas de expansão ou movimentação: As juntas de expansão ou movimentação devem alcançar a superfície do emboço, sendo preenchidas com material elástico. Seu uso é necessário nos seguintes casos: no encontro com outros tipos de revestimento; no encontro com pilares ou saliências; em paredes com área superior a 32 m2 ou com a maior dimensão superior a 8 m. nesse caso, as juntas devem ter pelo menos 8 mm de espessura. 32 3.3 – Execução de Revestimentos com Azulejos Após um período mínimo de 48 horas do assentamento, iniciar o rejuntamento das peças, procedendo de maneira idêntica à definida para os pisos. Para a limpeza final do revestimento, lavar com água e detergente líquido neutro. 33 F i m 34
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