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Ética e Moral 2809

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Ética e Moral
Moral são as leis, os contratos e nós fazemos socialmente para que seja possível uma convivência organizada, porque nós temos um princípio de condicionamento, o princípio do prazer, e o nosso prazer pode fazer mal ao outro e vice-versa, então, como que podemos alguns contratos, algumas leis que possibilitem uma organização? Então nós temos a moral, só que a moral pela moral pode se engessar, porque nós somos seres, e essa visão de homem é importantíssima porque ela fundamenta a visão de homem do nosso código de ética, nós somos seres que constroem histórias no convívio que temos com o outro, nós somos sócio históricos e nós nos transformamos nessa história que construímos, se nós construímos e transformamos a nossa história, os acordos e os contratos também devem estar sujeitos a modificações. Por que hoje de uma certa forma olhando para essa visão, os acordos são mais facilmente negociáveis? 
Na nossa convivência a gente vai tendo uma série de mortes, essas mortes vão acontecendo, isso vai dizendo que os acordos precisam ser refeitos, quem vai promover esse diálogo? A ética. Então Ética e Moral são irmãs, elas dialogam, interroga os acordos, leis, contratos, porque sendo seres históricos e sociais nós mudamos e por mudarmos essas leis também tem que mudar. Isto aqui, esse diálogo vai dizer o quanto a ética e a moral se dá no prático da nossa vida, é vivendo a vida para a ética interrogar a moral, e é isso, é nessa relação em que temos a reflexão. O que refletimos sobre o que fazemos, é nesse campo prático que nós devemos fazer nossas reflexões, pense, reflita sobre as suas ações na prática, isso é a ética. Então uma ética engessada no cumprimento apenas de acordo, leis e contratos não é uma ética, é uma moral, rígida. Então: ética e moral dialogam através do ato da reflexão.
Nós temos algo importantíssimo: responsabilidade, refletir sobre o que eu faço e quais são as implicações a partir do acordo que tenho comigo mesmo é algo que a sociedade hoje banaliza, e vamos fazendo ações sem nos importar, jogando a responsabilidade para qualquer outro que não seja eu, quando as coisas estão indo em direção em que eu sou beneficiado, tudo bem, quando não, alguém que não eu tem que se responsabilizar. Saímos culpabilizando, responsabilizando, julgando o outro, sem olhar a implicação. Vasquez, "Não basta julgar determinado ato, determinada ação segundo uma norma, ou uma regra, mas, também é preciso examinar as condições concretas nas quais esse ato, essa ação se realiza, afim de determinar se existe a possibilidade de opção e de decisão necessária para que a gente encontre uma responsabilidade moral." O que quer dizer? Que muitas vezes nós vemos um ato ou uma ação, e já saímos julgando sem saber as condições que haviam para que esse ato se realizasse, a pessoa tinha uma opção outra para não agir assim? Na grande maioria das vezes as pessoas julgam a ação do outro sem conhecer o contexto onde essa ação se deu, a ação desse que julga é moralista, pode ser preconceituosa, discriminatória. Precisa-se ver na responsabilidade moral se existe ou não possibilidade de você atribuir uma responsabilidade á pessoa (exemplo do metrô). 
O que é importante que fique como essa noção: para que falemos de responsabilidade moral num ato, há de se verificar as condições e se naquelas condições, naquele contexto havia ou não possibilidades, opções de que essa ação pudesse ter sido outra, aí você vai poder falar em responsabilidade moral ou não.
A partir de que visão de homem, na contemporaneidade, a psicologia busca ter as suas ações na sociedade a partir do nosso código de ética (27 de agosto, 2005 CRP, CFP), o homem que constrói a sua história, a modifica e é modificado por ela, o homem não isolado em si mas o homem nas relações, a ação do psicólogo ao fazer a leitura das reflexões do que fazemos, como fazemos, como interagimos com o outro, e o outro quem é? O diferente, e como é que nós lidamos com o diferente? Lidar com a igualdade não é tão difícil, difícil é lidar com esse outro, que não tem a mesma história, que pode não seguir os mesmos modelos de relações, pode-se lidar promovendo ações no sentido como a discriminação, exclusão, preconceito, segregação, ou promover ações no sentido do que sustenta nosso código de ética, a ética aristotélica, onde a relação com o outro promova o menor dano, no sentido do bem. E o que fazemos com o nosso código? Ele vai dizer sobre os princípios fundamentais, o que são as nossas relações, e elas são privativas nossas, mais nenhum outro profissional faz essas ações, onde valorizamos nossa profissão, que ações podemos fazer ou não, aplicar testes e se responsabilizar pela emissão de documentos das ações da psicologia é privativo. O código diz claramente que é ação do psicólogo e o que não é, no plano da lei e do cumprimento? Não, no plano de uma reflexão, temos um contrato com a sociedade de ética, naquilo que fazemos dentro de quais condições e opções de ação, que a minha ação enquanto psicólogo promova o menor dano. Que dialoguemos e possamos refletir sobre o que fazemos.

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