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Projeto de Layout
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Ms. Luciana Borin de Oliveira 
Revisão Textual:
Profa. Esp. Kelciane da Rocha Campos
Sistematização de projetos
• Sistematização de Projetos
• Método Sistemático de Planejamento de Layout – SLP
 · O objetivo desta unidade é levantar as variáveis que participam da 
sistematização dos projetos, levando em consideração:
O que mudar?
Por que mudar?
Quem deve mudar?
Quem deve opinar?
Quanto vai custar?
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Caro(a) aluno(a),
Leia atentamente o conteúdo desta unidade, que lhe possibilitará conhecer 
as variáveis que participam da Sistematização dos Projetos.
Você também encontrará nesta unidade uma atividade composta por 
questões de múltipla escolha, relacionadas com o conteúdo estudado. Além 
disso, terá a oportunidade de trocar conhecimentos e debater questões no 
Fórum de discussão.
É extremamente importante que você consulte os materiais complementares, 
pois são ricos em informações, possibilitando-lhe o aprofundamento de seus 
estudos sobre este assunto.
ORIENTAÇÕES
Sistematização de projetos
UNIDADE Sistematização de projetos
Contextualização
Caro(a) aluno(a),
Para iniciar esta unidade, convido você a refletir acerca do tema Trabalho.
Veja o filme Tempos modernos, de Charles Chaplin (Título do filme: Tempos 
modernos (Modern Times, EUA, 1936). Direção: Charles Chaplin. Elenco: Charles 
Chaplin, Paulette Goddard. 87 min, preto e branco, Continental).
Ele mostra a vida de um funcionário da linha de produção de uma grande 
indústria, apresenta um pouco do pensamento da sociedade da época (anos 30), a 
força de trabalho, o direito dos trabalhadores e os problemas relacionados a esses 
temas com muita inteligência e ironia.
Caro(a) aluno(a),
Para iniciar esta unidade, convido você a refletir acerca do tema Trabalho.
Veja o filme Tempos modernos, de Charles Chaplin (Título do filme: Tempos modernos 
(Modern Times, EUA, 1936). Direção: Charles Chaplin. Elenco: Charles Chaplin, Paulette 
Goddard. 87 min, preto e branco, Continental).
Ele mostra a vida de um funcionário da linha de produção de uma grande indústria, 
apresenta um pouco do pensamento da sociedade da época (anos 30), a força de 
trabalho, o direito dos trabalhadores e os problemas relacionados a esses temas com 
muita inteligência e ironia.
Quantas vezes fazemos as coisas de forma mecânica, sem analisar o que realmente fazemos?
Seria muito interessante que você começasse a analisar os processos em que você está 
inserido para produzir melhorias!
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Quantas vezes fazemos as coisas de forma mecânica, sem analisar o que 
realmente fazemos?
Seria muito interessante que você começasse a analisar os processos em que 
você está inserido para produzir melhorias!
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Sistematização de Projetos
No artigo Layout de empresas e seus benefícios, os autores Giovani Fernandes, 
Rafael Strapazzon e Adriele de Pra Carvalho explicam que:
“O layout de uma indústria é o corpo estrutural da sua produção, logo 
tal é de suma importância e se planejado mal poderá prejudicar o bom 
andamento da produção devido a empecilhos como maquinário fora 
de lugar ou distante, perda de tempo em localização e deslocamento 
de peças de estoque e produto final, extravio de peças no decorrer do 
processo, dentre outros que levam a organização a não ter eficiência, 
diminuindo as possibilidades de gerar mais lucros. Frente a isso é que 
se deu este estudo de caso, que visou demonstrar pequenas alterações 
no layout estudado e ampliou as possibilidades de utilização dos espaços 
da indústria implementando uma sequência lógica de produção, a qual 
elimina os grandes tempos de localização e deslocamento de peças, 
possibilitando um maior controle sobre o andamento da produção além 
de poder obter mais eficiência por parte dos colaboradores. Tendo em 
vista que a indústria em questão no estudo não produzia em série, mas sim 
produtos 100% diferentes um do outro de acordo com a especificação 
do cliente, as mudanças foram satisfatórias e que mudanças como estas 
podem ser utilizadas em vários segmentos industriais de produtos não 
seriados desde que sejam utilizados bons estudos sobre o produto, 
produção, tempos, métodos e layout.” 
(FERNANDES, Giovani; STRAPAZZON, Rafael; CARVALHO, Adriele de Pra. Layout de empresas e seus benefícios. 
Disponível em: http://goo.gl/qDf3v7. Acesso em: 08 out. 2015.)
Ao se pensar em mudanças de layout, temos as perguntas que devem ser 
respondidas:
O que mudar?
Por que mudar?
Quem deve mudar?
Quem deve opinar?
Quanto vai custar?
A síntese de um bom layout deve ser sua efetividade, quando o colaborador 
encontra segurança e satisfação no desempenho de suas atividades em um ambiente 
de trabalho adequado, com minimização de riscos e melhoria de aparência, boa 
utilização do espaço, fluidez da produção e facilidade de supervisão.
7
UNIDADE Sistematização de projetos
Layout de trabalho: saiba por que ele influencia nos 
resultados
“Confira fotos do ambiente de trabalho do Google, a melhor empresa para trabalhar 
no mundo.” É possível ver um layout de trabalho completamente diferente da 
estrutura tradicional de organização. Você já deve ter se deparado com uma 
mensagem como essa na internet, compartilhada por algum amigo.
O que chama a atenção nas imagens são as mesas de sinuca, videogames e 
até pianos, que misturam-se a um cenário de paredes coloridas, sofás e redes 
espalhadas pelas salas. Esse ambiente diferenciado faz do Google a empresa 
modelo neste aspecto, um “sonho de consumo” para qualquer trabalhador.
Mas será que o layout de trabalho faz a diferença? Até que ponto? Em artigo 
intitulado A idealização do ambiente de trabalho do Google, publicado na revista 
Animus, da Universidade Federal de Santa Maria, as autoras Tânia Oliveira Pereira e 
Maria Aparecida Ferrari, da Universidade de São Paulo, ouviram cinco trabalhadores 
da empresa na capital paulista, para tentar responder essas perguntas.
No artigo, os funcionários ouvidos relataram suas experiências no ambiente 
de trabalho com o layout diferenciado. Segundo eles, não há perda de tempo 
excessiva, ao mesmo tempo que não há cobrança quanto a isso. A questão central é 
produtividade, o que significa que os funcionários podem usar a estrutura o quanto 
desejarem, desde que cumpram com os resultados almejados.
Ou seja: a resposta para a pergunta é sim. E isso influencia em vários aspectos 
importantes para o colaborador da empresa.
Fonte: DESTINONEGÓCIO. Layout de trabalho: saiba por que ele influencia nos resultados. Acesso em: 08 out. 2015
Leia o artigo na íntegra através do seguinte link:
http://goo.gl/Q85UoGEx
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Estudos indicam que ao aumentar a satisfação e moral da equipe de trabalho, 
a empresa ganha em produção e redução de perdas. Há ainda outros pontos 
positivos a destacar, como redução de tempo de processo, melhoria de mão de 
obras e serviços, uso adequado de espaços e equipamentos.
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Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images
Em um ambiente de trabalho organizado, funcionários ficam mais motivados. 
Uma boa formatação de layout atende a princípios gerais de trabalho:
• Disposição de máquinas e equipamentos;
• Possibilidade de mudanças, flexibilidade de espaços;
• Pouca movimentação de material;
• Fluidez de processo;
• Respeito aos espaços de cada componente do processo;
• Conforto na condução das atividades.
Vemos, dessa forma, que um projeto de layout deve ser adequado a todos 
os participantes do processo produtivo, desde o colaborador que manipula uma 
empilhadeira até o gerente da área de pagamentos.
Ao se optar por desenvolver um bom projeto de layout, é necessário trabalhar 
com variáveis que são importantes nessa equação:
• Levantamento e planejamento de necessidades de todasas áreas;
• Implantação e observação das mudanças sugeridas;
• Controle de resultados.
9
UNIDADE Sistematização de projetos
Cabe ressaltar que o processo de observação, implantação, controles e 
adequação do layout passa por um processo de PDCA, famosa ferramenta de 
controle de qualidade.
Figura 2
A necessidade de organização do layout pode ser proveniente de várias 
demandas, tais como:
• Demora excessiva da produção;
• Acúmulo excessivo de materias e produtos;
• Fluxo descontínuo e confuso de trabalho;
• Alto índice de acidentes;
• Implantação de uma nova unidade fabril ou linha de produção.
Sabe-se que cores, ruídos e iluminação são armas poderosas na organização 
dos processos. Sabe-se através de estudos de marketing que as cores têm grande 
influência sobre a percepção humana, e a iluminação e ruídos devem seguir normas 
para segurança do trabalho, para evitar danos aos processos e aos colaboradores.
A norma NBR7195 – CORES PARA SEGURANÇA traz as indicações de 
cores para segurança, fixando as cores que devem ser usadas para prevenção de 
acidentes, empregadas para identificar e advertir contra riscos.
10
11
Tabela 1
Cores de Sinalização
NBR 7195 de 31.07.1995
Cor Local de Aplicação
Equipamentos de proteção e combate à incêndios
Usada em partes móveis e perigosas de máquinas e equipamentos
Usada para identificar avisos de advertências
Localização de caixas de primeiros-socorros e EPI’s
Determinar o uso de EPI’s
Marcar os locais onde foi enterrado esse material ou armazenado radioativo
Faixa para demarcar passagem de pedestres
Indicar coletores de resíduos exceto os provenientes da saúde
A norma NBR10151 – Acústica – Avaliação do ruído em áreas habitadas, 
visando o conforto da comunidade – Procedimento fixa as condições exigíveis 
para avaliação da aceitabilidade do ruído em comunidades, independentemente 
da existência de reclamações. Essa norma especifica um método para a medição 
de ruído, a aplicação de correções nos níveis medidos se o ruído apresentar 
características especiais e uma comparação dos níveis corrigidos com um critério 
que leva em conta vários fatores.
Já a Norma NBR10152 – Níveis de Ruído para Conforto Acústico fixa os 
níveis de ruído compatíveis com o conforto acústico em ambientes diversos.
A norma NBR5413 – Iluminância de Interiores estabelece os valores de 
iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, 
onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras.
Figura 3
11
UNIDADE Sistematização de projetos
A decisão sobre o arranjo físico a ser utilizado deve passar pela análise da relação 
volume X variedade.
Ter uma relação definida entre a variação de variedades e volumes em 
comparação aos diferentes arranjos físicos auxilia a escolha do arranjo mais 
assertivo no momento da implantação.
Figura 4
Fonte: SLACK, Nigel et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2002
De acordo com a figura acima, vemos que não existe um padrão fixo a ser 
seguido, temos áreas comuns onde a aplicação do layout dependerá de outras 
informações, não apenas de volume e variedades.
A seleção sobre o melhor tipo de arranjo físico estará baseada também na 
interpretação das vantagens e desvantagens de cada tipo de arranjo aplicadas ao 
processo em que se deseja trabalhar.
Outro fator importante no estudo dos arranjos físicos é o cálculo dos custos 
envolvidos; deve-se avaliar os custos de implantação do arranjo escolhido e custos 
da execução dessa modalidade.
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Fugura 5
Fonte: SLACK, Nigel et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2002
Os custos fixos serão aqueles envolvidos na implantação do tipo de arranjo 
escolhido, como edificações e equipamentos. Encontramos o menor custo fixo no 
arranjo posicional, e o maior custo no arranjo por produto.
Os custos variáveis são aqueles que envolvem o desenrolar do processo, tais 
como a mão de obra, água, energia, matéria-prima, enfim, os itens envolvidos 
no processo produtivo da empresa. Em linhas gerais, quanto maior o volume 
produzido, maior o custo variável. Dessa forma, um arranjo posicional tem custo 
maior que um arranjo por produto.
Um planejamento de arranjo físico passa por fases que devem ser bem trabalhadas 
e acompanhadas para um bom resultado final.
A PRIMEIRA fase está intimamente ligada ao local. Este pode ser um novo 
local, como uma nova planta de processo, um novo local dentro da empresa 
para uma nova linha de produção, ou um local para depósito de um novo 
material de processo.
13
UNIDADE Sistematização de projetos
Figura 6
Fonte: iStock/Getty Images
Numa SEGUNDA fase, iniciamos o processo de estabelecer e listar quais serão 
as inter-relações que esse novo arranjo terá com os arranjos e processos existentes.
Figura 7
Fonte: iStock/Getty Images
A TERCEIRA fase pode ser chamada de fase do detalhamento, em que são 
esmiuçadas informações de processos, máquinas, equipamentos, pessoal e 
materiais. É o momento de estabelecer as características únicas de cada área e 
responsabilidades.
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UNIDADE Sistematização de projetos
A QUARTA fase ou fase final é o momento de mãos à obra!
Figura 8
Fonte: iStock/Getty Images
É importante ressaltar que em todas as fases temos momentos das análises em 
que aparecem questões que são muito particulares de cada processo, empresa e 
produto que não podem deixar de ser considerados. Podemos listar:
• Movimentações inesperadas de grandes volumes de produção que aparecem 
em épocas determinadas;
• Movimentação de pessoal e dificuldade de contratações que causam baixas na 
produção;
• Adição ou supressão de turnos de trabalho;
• Novas regulamentações de mercado, governo ou fiscalizações que demendam 
novas instalações, etc.
Sãoquestões que podem aparecer, devem ser listadas nas considerações, e sua 
resolução se dará com o discernimento e a experiência da equipe de trabalho e 
planejamento.
16
17
Método Sistemático de Planejamento de 
Layout – SLP
O método SLP, Systematic Planning Layout (Sistemática de Planejamento de 
Layout), foi desenhado por Muther. Foi a proposta de um método sistemático de 
análise e projeto de layout funcional que se tornou bastante popular.
No prefácio de seu livro, Planejamento do layout: sistema SLP, Muther escreveu:
“O arranjo de áreas de trabalho nasceu de trabalhos produtivos. Com o 
desenvolvimento do sistema produtivo, maior atenção passou a ser dada à utilização 
do espaço. Devemos uma série de desenvolvimentos no planejamento de arranjos 
físicos a engenheiros químicos e de mineração alemães, a enlatadores de carne 
em Chicago, a produtores de vagões canadenses, a produtores de automóveis de 
Detroit e a construtores de navios britânicos. Os arquitetos industriais aprenderam 
a relacionar suas estruturas às necessidades funcionais, adaptando-as ao espaço 
necessário dentro delas. E engenheiros industriais, como Taylor, Gilbreth, Barnes, 
Maynard e Mogensen, nos trouxeram uma série de conceitos de eficiência e 
técnicas de visualização de processos que puderam ser utilizados como base para 
a elaboração do leiaute industrial. Porém, os especialistas em leiaute, mesmo 
conhecedores das reduções de custo resultantes de um planejamento cuidadoso, 
não desenvolveram um procedimento geral para tratamento do problema. Em 
muitos projetos sentíamos falta de um modelo a seguir. Como todos os analistas, 
vimo-nos muitas vezes lutando com a massa de dados, tentando resolver o 
problema de ter em mãos uma quantidade tão grande de fatores, considerações, 
elementos e objetivos relacionados a certo projeto, que frequentemente nos 
sentíamos confusos. A partir daí empenhamo-nos em desenvolver um método 
geral de procedimentos. Desejávamos encontrar uma abordagem lógica, técnicas 
aprofundadas de análise, uma linguagem e lista de convenções simplificada, e um 
modelo de procedimento linear e fácil de ser seguido - um modelo que integrasse 
as muitas técnicas existentes e em uso, porém isoladas.”
(MUTHER, Richard. Planejamento do layout: sistema SLP. São Paulo: Edgard Blücher, 1978.)
O Sistema SLP é uma ferramenta utilizada para o desenvolvimento, 
sistematização e planejamento de arranjos físicos visando alcançar a máxima 
eficiência do processo produtivo.
A base desse sistema consiste na priorização do fluxo do material entre as diversas 
áreas da empresa, minimizando a distância que esse material deverá percorrer, 
avaliando todas as áreas e setores envolvidos nesse processo.
As áreas de suporte são descritas no Diagrama de Inter-relaçoes de Atividades, 
sendo este considerado de muita importância para o entendimento do caminho dos 
materiais de produção.
17
UNIDADE Sistematização de projetos
A necessidade de espaço deve ser balanceada e harmonizada com a 
disponibilidade de espaço.
Fazendo a ligação das relações e espaços, chegamos à sistematização de relações 
e espaços.
Nesse momento devem ser consideradas condições de mudanças, como 
estocagem, terreno, posição, pessoal, construção, serviços auxiliares, suprimentos 
e procedimentos.
Não podemos nos esquecer das limitações como segurança, energia e água 
disponíveis.
A análise de todo esse processo chega ao resultado do arranjo físico selecionado.
Tabela 3 – Passos de planejamento por SLP
Passos Possíveis ferramentas
1. Análise dos fluxos de produtos ou recursos Diagrama de fluxo ou diagrama “De – Para”.
2. Identificação e Inclusão de fatores qualitativos Diagrama de relacionamento de atividades
3. Avaliação dos dados e arranjo de áreas de trabalho Diagrama de arranjo de atividades
4. Determinação de arranjo dos espaços Diagrama de relações de espaço
5. Ajuste do arranjo no espaço disponível Planta do local e modelo (Templates)
Fonte: CORRÊA e CORRÊA (2004).
Sistema de Procedimentos SLP
Dados de Entrada: P, Q, R, S, T e atividades
1. Fluxo de
materiais
2. Inter-relações
de atividades
4. Espaço
necessária
5. Espaço
disponível
7. Considerações
de mudanças
8. Limitações
práticas
3. Diagrama de
inter-relações
Planos
Avaliação Plano �nal
6. Diagrama de
inter-relações
de espaços
Figura 9
Fonte: SENAI – SP
18
19
A aplicação do método SLP está muito voltada para a elaboração do layout 
do ambiente industrial e produtivo, em que o fluxo de produção é o principal 
indicador da configuração do arranjo; não há nenhum impedimento da utilização 
desse método SLP para o arranjo físico das áreas administrativas, para as áreas 
de escritório.
Importante!
Segundo especialistas:
O SLP auxilia o projetista a entender o que fazer ao longo do projeto de melhoria do 
layout, proporcionando economia de tempo e esforço. O SLP segue alguns passos, 
conforme observado na tabela acima. O SLP inicia com a verificação dos dados de entrada 
(produto, quantidades, rotas, tempos, atividades de suporte e atividades principais). 
A seguir, todos os fluxos de materiais são reunidos e representados numa carta “de-
para” a fim de diferenciar a intensidade de fluxo entre diferentes departamentos. Ao 
verificar as atividades relacionadas, dados qualitativos que justificam a proximidade 
devem ser verificados. O diagrama de relacionamentos posiciona os departamentos 
espacialmente. Os departamentos que têm a maior interação devem ser aproximados e 
vice-versa. Os próximos passos verificam a necessidade de espaço e o espaço disponível, 
determinando a quantidade de espaço a ser alocado para cada departamento. O 
diagrama de relacionamento de espaço adiciona as informações a respeito do tamanho 
dos departamentos no diagrama de relacionamentos. Restrições e limitações adicionais 
devem ser consideradas antes de gerar o layout em blocos. Ao final, devem ser geradas 
alternativas para serem avaliadas e uma delas poderá ser implantada.
Você Sabia?
(NEUMANN, Carla Simone Ruppenthal; MILANI, Juliano. Proposição de melhoria do layout utilizando SLP simplificado. 
XXIX Encontro Nacional de Engenharia de Produção. Salvador, BA, Brasil, 06 a 09 de outubro de 2009. 
Disponível em: http://goo.gl/6Nb3C3. Acesso em: 08 out. 2015.)
Autores citam que o sistema SLP pode ser auxiliado por computadores, pois a 
complexidade do processo leva ao desenvolvimento de numerosos procedimentos 
heurísticos com a finalidade de auxiliar no processo do projeto. Procedimentos 
heurísticos usam o que tem sido chamado “atalhos no processo racional” e “regras 
de bom senso” na busca de soluções equilibradas. Eles não alcançam o sucesso 
“ótimo”, mas aproximam o resultado dessa meta.
Essa ferramenta, de grande valia nos processos de sistematização dos arranjos 
físicos, é a simulação computacional. A simulação pode trabalhar com os dados 
imputados ao sistema, construindo o processo peça por peça, equipamento 
por equipamento, processo por processo. O modelo resultante desse processo 
é apresentado e os cálculos de produção são simulados. O processo pode ser 
apresentado em planilhas e desenhos em 2D ou 3D, dando a ideia muito real do 
resultado do projeto.
19
UNIDADE Sistematização de projetos
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Para complementar os conhecimentos adquiridos e enriquecer sua compreensão 
sobre o assunto tratado nesta unidade, consulte os livros a seguir, disponíveis na 
Minha Biblioteca:
 Livros
Sistemas integrados de manufatura para gerentes, engenheiros e designers
ROMEIRO FILHO, Eduardo. São Paulo: Atlas, 2014.
Desenho arquitetônico: um compêndio visual de tipos e métodos
YEE, Rendow. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
Estratégia logística em empresas brasileiras: um enfoque em produtosacabados
WANKE, Peter F. São Paulo: Atlas, 2010.
Bom estudo!
20
21
Referências
CORRÊA, H; CORRÊA, Carlos. Administração de produção e operações: 
manufatura e serviços - uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2004.
CORRÊA, H. L.; CORRÊA, GIANESI, I. G. N.; CAON, M. Planejamento, 
programação e controle da produção: MRP II / ERP - conceitos, uso e 
implantação. São Paulo: Atlas, 2001.
DAVIS, M. et al. Administração da produção para a vantagem competitiva. 
Porto Alegre: Bookman, 2006.
DAVIS, M. et al. Fundamentos da administração da produção. Porto Alegre: 
Bookman, 2001.
GAITHER, N; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. São 
Paulo: Pioneira, 2001.
MARTINS; P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. São Paulo: 
Saraiva, 2005.
MOREIRA, Daniel A. Administração da produção e operações. São Paulo: 
Cengage Learning, 2008.
PAIVA, E. L.; CARVALHO JÚNIOR, J. M de; FENSTERSEIFER, J. E. Estratégia 
de produção e de operações: conceitos, melhores práticas, visão de futuro. Porto 
Alegre: Bookman, 2002.
RITZMAN, L; KRAJEWSKI, L. J. Administração da produção e operações. São 
Paulo: Prentice Hall, 2004.
RUSSOMANO, Victor H. Planejamento e controle da produção. São Paulo: 
Pioneira, 1995.
SLACK, Nigel et al. Administração da produção. São Paulo: Atlas, 2002.
TUBINO, D. F. Planejamento e controle da produção. São Paulo: Atlas, 2007.
VOLLMANN, Thomas E. et al. Sistemas de planejamento e controle da 
produção para o gerenciamento da cadeia de suprimentos. Porto Alegre: 
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