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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. 1º BLOCO ......................................................................................................................................................................................2 I. Erro Sobre Elemento do Tipo .............................................................................................................................................2 2º BLOCO ......................................................................................................................................................................................4 I. Erro do Tipo .......................................................................................................................................................................4 3º BLOCO ......................................................................................................................................................................................6 I. Coação Irresistível e Obediência Hierárquica .....................................................................................................................6 4º BLOCO ......................................................................................................................................................................................8 I. Exclusão da Ilicitude ..........................................................................................................................................................8 5º BLOCO .................................................................................................................................................................................... 10 I. Legítima Defesa ............................................................................................................................................................... 10 Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. ERRO SOBRE ELEMENTO DO TIPO Art.20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Elementares: É a descrição típica do crime. Geralmente o próprio caput. Quando se extrai a elementar o crime não existe. Exemplo: Art. 155 - Subtrair coisa alheia móvel: Caso o indivíduo subtraia coisa própria por engano não haverá o crime, pouco importando sua intenção. Assim, se o agente subtrai sua própria bicicleta por “engano”, pensando que está a subtrair bicicleta de seu vizinho não comete crime algum. Não há como punir uma pessoa que subtrai suas próprias coisas. Circunstâncias: São dados assessórios do crime, que suprimidos não afetam na punição do agente. Só servem para aumentar ou diminuir a pena. Exemplo: Ladrão que furta bem de pequeno valor pensando ser de grande valor. Responderá pelo furto simples sem redução de pena do privilégio. ERRO ESSENCIAL Incide sobre situação de tal importância para o tipo que se o erro não existisse o agente não teria cometido o crime, ou pelo menos, não naquelas circunstâncias. Erro escusável (Desculpa): É aquele que não podia ter sido evitado, nem mesmo com o emprego de uma diligência mediana. Exemplo: • Agente furta caneta pensando que é própria; • Sujeito que mantém conjunção carnal com menor de 13 anos que aparenta ter 20 anos. • Bêbado que sai de uma festa e liga carro alheio com sua chave, sendo o carro de mesma cor e modelo que o seu. Erro inescusável (Não Desculpa): É aquele que poderia ser evitado pela prudência normal do homem médio. Exclui o dolo, mas permite a modalidade culposa se prevista em lei. Quando não prevista a modalidade culposa, não ocorre o crime. Exemplo: • Um caçador confunde vulto em uma moita e atira, vindo a causar a morte de um lavrador. Nessa situação, caso o fato pudesse ser previsível, deverá o caçador responder por homicídio culposo. ERRO SOBRE A PESSOA § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. É o erro na representação do agente, que olha um desconhecido e o confunde com a pessoa que quer atingir. O erro é tão irrelevante que o legislador determinou que o autor fosse punido pelo crime que efetivamente cometeu contra o terceiro inocente (vítima efetiva) como se tivesse atingido a pretendida (vítima virtual). Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Exemplo: Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. EXERCÍCIOS 1. Considere a seguinte situação hipotética. Josué, pessoa rústica, foi preso em flagrante delito por ter em sua residência, em depósito, cinco quilos de cocaína acondicionados em sacos plásticos de 1kg. Josué recebeu a substância entorpecente de um primo, que lhe pediu para guardá-la provisoriamente em sua residência, afirmando tratar-se de farinha de trigo. Nessa situação, em face do erro de tipo, Josué não praticou o crime de tráfico ilícito de entorpecente. 2. A finalidade precípua do erro de tipo essencial é a de afastar o dolo da conduta do agente. GABARITO 1 - CORRETO 2 - CORRETO Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. ERRO DO TIPO Erro sobre elementos do tipo: Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Descriminantes putativas: §1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. Erro determinado por terceiro: §2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. Erro sobre a pessoa: §3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime. DESCRIMINANTES PUTATIVAS As descriminantes putativas ocorrem nas hipóteses, em que o agente acredita estar amparado por uma causa legal de exclusão da antijuridicidade (descriminante) que não existe (putativa). Sendo assim, ele acredita estar amparado pelo estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal ou exercício regular de direito. Porém, não há tais situações no caso concreto. Note, ainda, que o erro recai sobre uma situação fática, que faz o agente acreditar que está amparado pelas descriminantes. Dessa forma, o erro é provocado por uma falsa percepção da realidade. Nos casos de erro de tipo estudados (descriminantes putativas), a lei penal exclui o dolo, mas permite a punição a título de culpa. Imagine que você tenha prendido um perigoso bandido e ele o ameaçou de morte. Após dias você o encontra na rua e ele leva a mão a cintura dando a crer que sacaria uma arma. Você pensando estar amparado por uma excludente de ilicitude faz disparo para conter injusta agressão que não existia de fato, pois o perigoso bandido, agora redimido, estava apenas tirando um “santinho” para mostrar sua conversão ao catolicismo, ou seja, você “pensou” erroneamente que estava amparado quando na verdade não estava, aqui usaremos a regra do erro do tipo. O dolo estará sempre excluído, mas se for percebido que o agente podia evitar o erro, será responsabilizado por culpa. É a chamada culpa imprópria, em que o agente age com dolo, mas responde a título de culpa ERRO SOBRE A ILICITUDE DO FATO (ERRO DE PROIBIÇÃO) Erro Sobre a Ilicitude do Fato: Art. 21 - O desconhecimento da lei e inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminui-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. DESCONHECIMENTO DA LEI O artigo 21 dispõe em sua primeira parte: “O desconhecimento da lei é inescusável”, ou seja, ninguém pode alegar que não conhece a lei somente para se eximir da responsabilidade. A lei faz referência apenas ao “desconhecimento da lei” e não sobre a errada compreensão da lei, como no art. 16. A ignorância é o completo desconhecimento a respeito da realidade. O erro é o falso conhecimento ou total desconhecimento do ordenamento jurídico, ou seja, da lei penal! O erro de proibição pode ser escusável (desculpável) ou inescusável (indesculpável), os efeitos são diferentes, ou seja, o erro do tipo escusável isenta o agente de pena e o erro inescusável diminui a pena, veja esquema abaixo: Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Em resumo: O erro aqui previsto não repousa sobre os elementos do tipo penal, presentes na situação concreta, e tampouco há equívoco sobre alguma descriminante. O que se verifica é uma situação de fato na qual não é possível perceber o caráter ilícito da conduta, se tal percepção é inevitável, o autor ficará isento de pena, pois, pelas circunstâncias, ele acreditará que está agindo licitamente. Se ela for evitável, contudo, haverá apenas uma diminuição da pena, de 1/6 a 1/3, a critério do Juiz. O que a doutrina menciona é que, aqui, fica ausente a culpabilidade do autor, ou ela será reduzida. EXERCÍCIOS 1. O erro de proibição exclui a ilicitude da conduta. 2. Marilda, ao deixar o trabalho sob uma forte chuva, apoderou-se de um guarda-chuva alheio supondo ser próprio, visto que ele guardava todas as características e semelhanças com o objeto de sua propriedade. O legitimo proprietário do objeto, dias após, a surpreendeu na posse do bem e acusou-a de furto. Nessa situação, a conduta de Marilda é atípica diante da ocorrência de erro de tipo, excluindo-se o dolo e o fato típico. 1 - ERRADO 2 - CORRETO Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. COAÇÃO IRRESISTÍVEL E OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem. Para que se possa considerar alguém culpado do cometimento de uma infração penal é necessário que esta tenha sido praticada em condições e circunstâncias normais, pois do contrário não será possível exigir do sujeito conduta diversa da que, efetivamente acabou praticando. COAÇÃO IRRESISTÍVEL É o emprego de força física ou de grave ameaça para que alguém faça ou deixe de fazer alguma coisa. Coação Física (vis absoluta) o sujeito não comete crime. Coação Moral (vis relativa) o sujeito comete crime, mas ocorre isenção de pena. Exemplos: • “A” imobiliza “B”, após, coloca uma arma em sua mão e força-o a apertar o gatilho. O disparo acerta “C” que morre. Nessa situação, devido à coação FÍSICA irresistível, “B” NÃO comete crime. “A” responderá por homicídio. • “A” encosta uma arma carregada na cabeça de “B” filho de “C” que é gerente de banco, e ordena que ele abra o cofre do banco e subtraia o dinheiro, caso contrário irá matar “B”. Nessa situação, ambos cometem crime (“A” e “C”). Contudo, somente “A” terá PENA. “C” estará isento de pena devido à coação MORAL irresistível. OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA É a obediência a ordem não manifestamente ilegal de superior hierárquico, tornando viciada a vontade do subordinado e afastando a exigência de conduta diversa. Também exclui a culpabilidade. Ordem de superior hierárquico: É a manifestação de vontade do titular de uma função pública a um funcionário que lhe é subordinado. Ordem manifestamente não ilegal: A ordem deve ser aparentemente legal. Se é manifestamente ilegal, deve o subordinado responder pelo crime. Exemplos: Delegado de polícia determina que agente prenda Antônio, indiciado por crime de latrocínio e alega que Antônio tem contra si um mandado de prisão expedido pela autoridade judiciária. O agente então prende Antônio e o conduz até a delegacia. Acontece que não existia mandado algum contra Antônio. Nessa situação, tanto o delegado quanto o agente cometeram crime de abuso de autoridade. Contudo, somente o delegado terá PENA, o agente ficará isento devido a “aparência” de ordem manifestamente NÃO ilegal. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. EXERCÍCIOS 1. A coação moral irresistível e a obediência hierárquica não excluem a culpabilidade. 2. Caio praticou crime de homicídio em estrita obediência a ordem manifestamente ilegal de seu superior hierárquico Roberto. Nessa situação, somente Roberto é punível. 3. Consoante entendimento do STF, a excludente da coação moral irresistível pressupõe sempre três pessoas: o agente, a vítima e o coator. 4. Três pessoas foram envolvidas em um crime: o coator, o coagido e a vítima. Nessa situação, existem as pessoas necessárias para caracterizar a coação irresistível. 5. A coação física e a coação moral irresistíveis afastam a própria ação, não respondendo o agente pelo crime. Em tais casos, responderá pelo crime o coator. 6. A obrigação hierárquica é causa de justificação que exclui a ilicitude da conduta de agente público. 7. São elementos da culpabilidade para a concepção finalista a imputabilidade, a potencial consciência sobre a ilicitude do fato e a exigibilidade de conduta diversa. GABARITO 1 - ERRADO 2 - ERRADO 3 - CORRETO 4 - CORRETO 5 - ERRADO 6 - ERRADO 7- CORRETO Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. EXCLUSÃO DA ILICITUDE A ILICITUDE Conceito: É a contradição que se dá entre a conduta humana e o ordenamento jurídico. Dessa forma, qualquer ação ou omissão que esta prevista em lei como crime (conduto típica) torna-se ilícita, ou seja, ilegal. Contudo, temos que nos atentar que todo fato ilícito a princípio é típico, contudo nem todo fato típico é ilícito, pois poderá ocorrer as excludentes de ilicitude previstas no artigo 23 que passaremos a analisar: EXCLUSÃO DA ILICITUDE Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: I. Em estado de necessidade; II. Em legítima defesa; III. Em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. EXCESSO PUNÍVEL Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo. A as causas de exclusão da ilicitude incidira na falta de condição para a ação penal, pois, o fato deve ser narrado com todas as circunstâncias (CPP, art. 41). Do contrário, o Ministério Público esta autorizado a pedir o arquivamento ou o juiz a rejeitar a denúncia ou queixa (CPP, art. 43, I). Em segundo plano somente ocorrerá a exclusão de ilicitude se as causas justificadoras forem inquestionáveis, ou seja, se estiver cabalmente demostradas. Na fase do oferecimento da denúncia vigora o princípio do in dubio pro societate. ESTADO DE NECESSIDADE Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. Ocorre quando um bem é lesado para se salvar outro bem em perigo de ser igualmente ofendido. REQUISITOS PARA CONFIGURAÇÃO DO ESTADO DE NECESSIDADE Perigo atual. Direito próprio ou alheio. Perigo não causado voluntariamente pelo agente. Inevitabilidade de comportamento. Razoabilidade do sacrifício. Requisito subjetivo. O PERIGO ATUAL Aqui o perigo deve ser atual e não iminente, ou seja, efetivamente a “coisa” deve estar acontecendo. O “estar para acontecer” efetivamente não vale para se alegar o estado de necessidade. Em suma, atual é a ameaça que esta se verificando no exato momento em que o agente sacrifica o bem jurídico. Por exemplo: Perigo atual é quando o navio esta afundando e não quando esta preste a bater em um alguma coisa e na “iminência” de afundar. Dessa forma, fica fácil visualizarmos a questão em si. Para provas objetivas temos que nos atentar que para a situação de legítima defesa a agressão injusta pode ser atual e iminente! O DIREITO PRÓPRIO OU ALHEIO Pode-se alegar estado de necessidade próprio ou para terceiros, ou seja, quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, pode alegar isso tanto para si próprio quanto para um direito pertencente a outra pessoa. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Por exemplo: Se um cão bravio não atiçado por alguém ataca, o individuo ao se defender e atingir o animal age em estado de necessidade próprio. Contudo, se o animal ataca terceira pessoa e é alvejado por outra essa outra pessoa pode alegar estado de necessidade de terceiro. O Perigo não causado voluntariamente pelo agente: Aqui, o agente não pode ter dado causa ao evento. Assim, não pode alegar estado de necessidade o próprio causador do perigo atual. Inevitabilidade de comportamento O agente não pode ter outro meio de evitar o resultado que não o utilizado no caso concreto. Assim, caso um individuo mate outro, para salvar de perigo atual, será banalizado se realmente ele não teria uma forma menos danosa para o bem jurídico tutelado. Razoabilidade do sacrifício: A lei em momento algum falou em bem maior ou menos ou igual, mas somente em razoabilidade do sacrifício. Assim, não há como medirmos a não ser no caso concreto usando o bom sensu. Nas questões de concurso costuma-se cobrar somente a objetividade da expressão, ou seja o sacrifício tem que ser o correto, o bom sensu. Requisito subjetivo: O agente na pratica tem que ter conhecimento da situação justificante. Pouco ou nada vale Alegar a existência dos requisitos se ele já tinha em mente cometer o crime: Por exemplo: Imagine que individuo esta em um barco com a intenção de matar outro, que ao se aproximar para desfechar o golpe de morte o barco em que eles estão começa a afundar e o individuo lembra que não sabe nadar e que somente existe um salva vidas, pois bem, a principio todos os elementos para caracterização do estado de necessidade estão presentes, mas de nada servirão, pois o individuo já tinha em mente cometer o crime. EXEMPLOS DE ESTADO DE NECESSIDADE! Em um cruzeiro marítimo, 10 passageiros estão a bordo de um navio. No entanto, só existem 9 salva-vidas e o navio esta afundando em alto-mar. O único que ficou sem o apetrecho não sabe nadar e para salvar sua vida do perigo atual desfere facadas em outro passageiro a fim de conseguir se salvar. Trabalhador desempregado e vendo os é passarem fome, entra em supermercado e furta dois pacotes de arroz e um pedaço de carne seca. (furto famélico) Cidadão não tem carteira de motorista e observa motorista em avançado estado de infarto, nessa situação, toma a direção de veículo automotor e dirige perigosamente até o hospital, gerando perigo de dano. §1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o deve legal de enfrentar o perigo. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo, por exemplo, o bombeiro. Poderá, no entanto, recusar-se a uma situação perigosa quando impossível o salvamento ou o risco for inútil. EXERCÍCIOS 1. Conforme está expresso em nosso código penal, para ser caracterizada a figura do estado de necessidade torna- se necessário, que o perigo a qual está submetido o agente seja: a) Iminente e não atual. b) Atual e não eminente. c) Atual ou eminente. d) Idêntico, em termos, de atual ou eminente. e) Ao da legítima defesa. 1. Júlio, por estar fugindo de assaltantes que o perseguiam, dirigia seu carro em velocidade superior à permitida e atropelou um pedestre. Nessa situação, por ter agido em legítima defesa, Júlio não responderá pelo resultado provocado, qual seja, lesão corporal. 2. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar-se de perigo atual ou iminente que não provocou por sua vontade ou era escusável. GABARITO 1 - B 2 - ERRADO 3 - ERRADO Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. I. LEGÍTIMA DEFESA Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Conceito: É causa de excludente de ilicitude que se completa ao se repelir injusta agressão, atual ou iminente a direito próprio ou alheio, usando dos meios necessários (leiam-se disponíveis). Aqui o que importa para o agente é que cesse a agressão injusta. Observação: Ocorre um efetivo ataque ilícito contra o agente ou terceiro, legitimando a repulsa. REQUISITOS PARA QUE SUBSISTA A LEGÍTIMA DEFESA Agressão humana; Agressão injusta; Agressão atual ou iminente; Agressão a direito próprio ou de terceiro; Meios necessários; Requisito subjetivo; Agressão humana. Somente tem a capacidade de “agressão” o ser humano. Animais não agridem, somente atacam. Dessa forma, para alegar legítima defesa o individuo tem que repelir a agressão injusta de um “ser humano”. OBS: Caso um animal esteja sendo “atiçado” a agressão passa ser humana, pois o animal esta sendo usado como uma arma! Agressão injusta: Agressão injusta significa agressão ilícita, ou seja, contra o ordenamento jurídico, em regra a pessoa a qual o elemento esta fazendo cessar a agressão esta contra ele cometendo um ilícito, não precisa ser necessariamente um crime, já que é permitido a legitima defesa para a proteção da posse CC artigo 1.210 § 1º. Agressão atual ou iminente: Diferentemente do que ocorre no estado de necessidade, aqui vale a situação de perigo (agressão) atual ou iminente, ou seja, que esta prestes a acontecer. Agressão a direito próprio ou de terceiro: Vale aqui a mesma explicação que foi dada no estado de necessidade, mas adequando-se que a “agressão” tem que partir de um ser humano, em caso de ataque de animal sem a presença de uma pessoa o caso passa a ser de estado de necessidade. Meios necessários: Aqui se lê “meios disponíveis”. O agente deve repelir a injusta agressão sempre com os meios que estiver a sua disposição no momento da agressão. Por exemplo: imagina que você é um policial e acaba de apreender uma bazuca e que a bazuca esta em suas mãos, nesse instante aparece um elemento querendo tirar sua vida com um revolver calibre .38. O que fazer: Pede para o elemento esperar que você vai jogar a bazuca ao chão e “pegar” o meio necessário que é a arma da sua cintura para ser mais “razoável” Solta tudo e sai correndo para Levando-se em conta o bem jurídico em jogo (vida), vire a bazuca para o agressor e como é o único jeito de cessar a agressão, dê uma bazucada no agressor! Resposta: Nesse caso, a brincadeira é muito válida, pois é aqui que tiramos do concursando a ideia que os meios necessários devem ser “equivalentes” ao do agressor. O que conta são os meios disponíveis. Assim, ficamos com o número 03, ou seja, explodimos o agressor com a finalidade de que cesse sua agressão! Requisito subjetivo: Aqui vale também a explicação do estado de necessidade, pois o agente não pode estar com a ideia anterior de cometer crime e se utilizar do caso posterior concreto para alegar legítima defesa. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. Exemplos de legítima defesa: • “A” desafeto de “B” arma-se com um machado e prestes a desferir um golpe é surpreendido pela reação de “B”, que saca um revólver e efetua um disparo. • “A” munido de um cão, atiça o animal na direção de “B” que para repelir a injusta agressão atira no enfurecido animal. • “A” menor de idade, saca um fuzil e prestes a atirar em “B” é surpreendido por esse que saca uma bazuca, único meio disponível no momento, vindo a “explodir” “A”. Diferença Entre Estado de Necessidade e Legítima Defesa: Estrito Cumprimento do Dever Legal. Em síntese é a ação praticada por um dever imposto por lei. É necessário que o cumprimento seja nos exatos ditames da lei. Do contrário, o agente incorrerá em excesso. Exemplos: • Policial que prende foragido da justiça vindo a causar-lhe lesões devido sua resistência; • Soldado que em tempos de guerra executa inimigo; • A execução efetuada pelo carrasco, quando o ordenamento jurídico admite; Exercício Regular de Direito: É o desempenho de uma atividade ou a prática de uma conduta autorizada em lei. Exemplos: • Tratamento médico ou intervenção cirúrgica. • Ofendículos (exercício regular do direito de defesa da propriedade). Detalhes: • É possível legitima defesa de provocações através de injúrias verbais, segundo a sua intensidade e conforme as circunstâncias, pode ou não ser agressão. • Agressão de inimputável constitui legitima defesa • Agressão decorrente de desafio, duelo, convite para briga NÃO constitui legitima defesa. • Agressão passada constitui vingança e não legítima defesa • Agressão futura não autoriza legitima defesa ( mal futuro ) • Não existe legitima defesa da honra • O agente tem que saber que esta na legitima defesa • Legitima defesa e porte ilegal de arma de fogo. Se portava anteriormente, responde pelo crime do art. 14 ou 16, caput do estatuto do desarmamento. Se é contemporâneo não responde pelo crime dos arts. mencionados. Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo Excesso - O agente que extrapolar os limites das excludentes deve responder pelo resultado produzido de forma dolosa ou culposa. Exemplo: João saca sua arma para matar Manoel, esse prevendo o ocorrido vale-se de sua arma e atira primeiro, ferindo João. Mesmo após a cessação da agressão por parte de João, Manoel efetua mais dois disparos de “confere”. Nessa situação, Manoel excedeu-se e deverá responder por homicídio na modalidade dolosa. Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos. NÃO CONFIGURA LEGÍTIMA DEFESA • “A” marido traído chega em casa e surpreende “C” sua esposa em conjunção carnal com “B”. Enfurecido pega sua arma e dispara contra a esposa traidora. • “A” surpreendido por cão feroz, dispara para que não seja atacado. • “A” desafeto de “B” vai a sua procura e efetua disparo. Mais tarde provou-se que “B” também estava armado e queria igualmente executar “A”. EXERCÍCIOS 1. Pedro sofreu investida de José, que pretendia matá-lo. Pedro reagiu e matou José. Nessa situação, Pedro somente deverá ter reconhecida em seu favor a legítima defesa de direito próprio se houver matado José com intenção de se defender, mas sem querer nem assumir o risco desse resultado. 2. Considere que um boxeador profissional, durante uma luta normal, desenvolvida dentro dos limites das regras esportivas, cause ferimentos que resultem na morte do adversário. Nessa situação, o boxeador deverá responder por homicídios doloso, com atenuação de eventual pena, em face das circunstâncias do evento morte. 3. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se. 4. Agem em estrito cumprimento do dever legal policiais que, ao terem de prender indiciado de má fama, atiram contra ele para dominá-lo. 5. O exercício regular do direito é compatível com o homicídio praticado pelo militar que, em guerra externa ou interna, mata o inimigo. GABARITO 1 - ERRADO 2 - ERRADO 3 - CORRETO 4 - ERRADO 5 - ERRADO 1º BLOCO I. Erro Sobre Elemento do Tipo 2º BLOCO I. Erro do Tipo 3º BLOCO I. Coação Irresistível e Obediência Hierárquica 4º BLOCO I. Exclusão da Ilicitude 5º BLOCO I. Legítima Defesa
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