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Aula 4 filosofia e ética

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Aula 4 - A estrutura do Ato Moral
objetivo 1. Reconhecer os elementos que compõem o ato moral.
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Orientação da moral – EXISTEM dois grandes planos que orientam a moral. 
Vejamos como Sánchez Vázques os estrutura:
a)“o normativo, constituído pelas normas ou regras de ação e pelos imperativos que enunciam algo que deve ser; 
b) o fatual, ou plano dos atos morais, constituído por certos atos humanos que se realizam efetivamente, isto é, que são independentemente de como pensemos que deveriam ser” (SÁNCHEZ VÁZQUEZ:2002,63).
Elementos que compõem os atos morais
1 – motivação OU INICIATIVA - os motivos que induzem os homens a agirem de uma determinada maneira não são suficientes para atribuir um significado moral a esta ação, porque quem age nem sempre conhece claramente os motivos que o levaram a adotar seu comportamento.
2 –consciência OU DECISÃO - a consciência do fim visado
Logo, aos fins propostos pela consciência, consideramos a decisão de alcançá-los: justo com a associação destes dois aspectos, entendemos porque o ato moral tem um caráter voluntário ou consciente.
3 - os meios OU O FIM - ex assalto farmacia p conseguir medicamentos
Fins elevados moralmente não são suficientes para justificar o uso de meios torpes, vis, como a humilhação, tortura e o suborno de seres humanos. Já o resultado, que concretiza o fim almejado, afeta os homens em sociedade pelas conseqüências da ação empreendida. Por isto, o sujeito que age moralmente deve ter plena consciência dos meios que irá utilizar e dos resultados possíveis que sua ação desencadeará. Estes últimos, por estarem ainda relacionados com normas, princípios e valores que implicam e regulamentando o comportamento individual e social dos homens, constituem parte integrante do que uma comunidade julga significativo e digno: seu código moral.
A unidade do ato moral
Motivos, consciência do fim, consciência dos meios e a decisão em alcançar os mesmos, indicam que o ato moral possui uma dimensão subjetiva. A ela acrescenta-se, no entanto, um lado objetivo: escolha de meios, projeção de resultados e conseqüências possíveis. Agora eu lhe pergunto: por que não condenamos moralmente um médico que mutila um paciente (meio) para salvar-lhe a vida (fim)?
Clique em Unidade indissolúvel para entender a posição de Sánchez Vázquez.
Conforme afirma Vázquez (2002,79-80), todos estes elementos (motivo, consciência e fim) interagem necessariamente, formando uma “unidade indissolúvel”. Mesmo quando o ato moral parece se deslocar para a intenção com que se realiza ou a finalidade desejada, em detrimento dos resultados e conseqüências, não é admissível que pensemos em “fins bons em si mesmos, independentemente de sua realização”, pois
“a experiência histórica e a vida cotidiana estão repletas de resultados – moralmente reprováveis – que foram alcançados com as melhores intenções e com os meios mais discutíveis. As intenções não podem ser salvas moralmente, nesses casos, porque não podemos isolá-las dos meios e dos resultados. O agente moral deve responder não só por aquilo que projeta ou propõe realizar, mas também pelos meios empregados e pelos resultados obtidos. Nem todos os meios são moralmente bons para obter um resultado. Justifica-se moralmente como meio a violência que o cirurgião faz num corpo e a dor respectiva que provoca; mas não se justifica a violência física contra um homem para arrancar-lhe a verdade”.
Código moral na sociedade
Encerrando esta aula...
Diante do que realizamos em cada experiência vivida, devemos considerar a forma de nos comportarmos moralmente. Dispomos sempre de um código que nos forneça previamente fundamentos para que possamos agir corretamente numa situação; mas, devido às peculiaridades do que passamos em cada caso e suas dimensões imprevisíveis, em que nos perguntamos: devemos fazer X ou Y? 
Mergulhamos nossas escolhas em problemas que assumem a forma de conflito de deveres, ou casos de consciência moral. Não podemos de antemão determinar o que é mais conveniente fazermos do ponto de vista de nossa conduta moral.
ATIVIDADE PROPOSTA
A este respeito, destacamos um exemplo da literatura clássica brasileira, no qual se ilustra com nitidez a construção de uma situação humana, marcada por um genuíno dilema moral-ético. Clique em Conto de Escola, de Machado de Assis, para ver como o grande mestre de nossa literatura retratou esse conflito. Esse texto também está disponível na Biblioteca da Disciplina.

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