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Responsabilidade Civil

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Responsabilidade Civil
Conceito
É o dever jurídico secundário ou sucessivo, surgido pela violação ao dever jurídico primário ou secundário.
Responsabilidade civil é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. Em direito, a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser considerada responsável pelo dano sofrido por outra pessoa e em que medida está obrigada a repará-lo. A reparação do dano é feita por meio da indenização, que é quase sempre pecuniária. O dano pode ser à integridade física, à honra ou aos bens de uma pessoa.
Noção de responsabilidade civil:
Etimológico: responsabilidade exprime a ideia de obrigação, encargo, contraprestação.
Jurídico: o vocábulo não foge a ideia. Designa o dever que alguém tem de reparar o prejuízo decorrente da violação de outro dever jurídico.
Finalidade: garantia do principio da reparação, principio da "restitutio in integrium”.
Ato ilícito
Conceito: Conduta humana voluntária, pode ser comissivo ou omissivo, é antijurídica. Conduta contraria ao direito, conduta antijurídica (contraria a lei).
Ato ilícito em sentido: 
Amplo (sem culpa): o ato ilícito indica apenas a ilicitude do ato, a conduta humana antijurídica, contraria ao direito, sem qualquer referencia ao elemento subjetivo ou psicológico. Tal como o ato ilícito, é também uma manifestação de vontade, uma conduta humana voluntaria, só que contraria à ordem jurídica.
Estrito (com culpa): o ato ilícito é o conjunto de pressupostos da responsabilidade ou, a obrigação de indenizar. 
Pressupostos da responsabilidade
Ato ilícito
Nexo causalidade
Dano (violar direito ou causar dano a outrem)
Espécies de responsabilidade
Civil: A responsabilidade civil é marcada pelo dano que ocorre face à transgressão de um direito juridicamente tutelado, sem a prática do crime. Neste caso, haverá reparação do dano (moral ou patrimonial) por meio de indenização ou recomposição do statu quo ante. A norma violada é de direito privado. "A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar o dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ela mesmo praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição legal." (Maria Helena Diniz). A responsabilidade civil pode ser transferível, pois "o direito de exigir reparação e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança" (art. 943, CC) e pode também incidir sobre pessoas que não são as praticantes do ato ilícito, quando a lei assim determinar (casos de responsabilidade indireta).
Penal: A responsabilidade criminal incide face à transgressão de um tipo penal, caracterizando um crime ou contravenção. O Direito Penal cuida dos ilícitos considerados mais graves e lesivos à sociedade como um todo. Por isso as normas penais são consideradas de direito público. Neste caso, não haverá reparação e sim a aplicação de uma pena pessoal e intransferível ao transgressor, em virtude da gravidade de sua infração, pois a finalidade neste caso é dupla: a reparação da ordem social e a punição.
Subjetiva (Ato ilícito em sentido estrito- com culpa): A responsabilidade subjetiva é aquela que depende da existência de dolo ou culpa por parte do agente causador do. Desta forma, a obrigação de indenizar e o direito de ser indenizado surgem apenas se comprovado o dolo ou a culpa do agente causador do dano. Para ser indenizada, a vítima deverá comprovar a existência destes elementos, o dolo ou a culpa, caso contrário não receberá nenhum tipo de indenização. (Art. 186 CC clausula geral)
Objetiva (ato ilícito em sentido amplo- sem culpa): a responsabilidade objetiva não depende da comprovação do dolo ou da culpa do agente causador do dano, apenas do nexo de causalidade entre a sua conduta e o dano causado à vítima, ou seja, mesmo que o agente causador não tenha agido com dolo ou culpa, deverá indenizar a vítima. (art. 927 § único CC clausula geral).
Contratual: Surge a responsabilidade contratual quando há por parte de um dos contratantes, o descumprimento total ou parcial do contrato. Resulta, portanto, de ilícito contratual, ou seja, de falta de adimplemento ou da mora no cumprimento de qualquer obrigação. Cabe aqui registrar, que o ônus da prova na responsabilidade contratual compete ao devedor, que deve provar, ante o inadimplemento, a inexistência de sua culpa ou a presença de qualquer excludente do dever de indenizar, conforme preceitua os arts. 1.056 e 1.058 do Código Civil vigente.
Extracontratual: Surge a responsabilidade extracontratual ou aquiliana, quando por ato ilícito uma pessoa causa dano a outra, ou seja, quando a pessoa em inobservância aos preceitos legais, causa dano a outrem, conforme expressamente estabelecido no art. 927 do Código Civil. Imperioso apontar, que nessa espécie de responsabilidade não há uma relação obrigacional entre as Partes, contudo, tal obrigação decorre da inobservância de um dever legal de não causar dano a outrem.
Excludentes de ilicitude
Exercício regular de direito: consiste no desempenho de uma atividade ou prática de uma conduta autorizada pelo ordenamento jurídico, que torna lícito um fato típico. Chamamos a atenção para o abuso do direito, constante do art. 187 do Código Civil: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”. Vemos que o exercício regular de um direito deverá ter uma medida para ser considerado como lícito; se ultrapassada esta medida, têm-se o abuso do direito, ensejando o ato ilícito, passível de indenização. 
Estado de necessidade: ocorre quando alguém deteriora ou destrói coisa alheia ou causa lesão em pessoa, a fim de remover perigo iminente. Registre-se que, conforme dispõe o parágrafo único, o ato só será legítimo quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, sendo vedado o excesso ao indispensável para a remoção do perigo.
Legítima defesa: ocorre quando o agente, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. Trata-se de uma hipótese de autotutela. Ou seja, quando não é possível esperar a atuação estatal na defesa de um direito, é concedido ao particular defendê-lo.
Estrito cumprimento do dever legal: Cometeu o dano porque era seu dever, sua função. Ex: se um prestador de serviço, bombeiro para apagar fogo numa casa, invade outra para ter melhor acesso, quem responde ao dano, indenizando será o Estado.
Art. 37, §6º da CF. Se o agente do dano tiver causado o dano com culpa ou dolo, o Estado indenizará a vítima e terá direito de regresso em face do causador do dano.
O agente age no estrito cumprimento de um dever legal e causa um dano injusto a outrem. Em algumas hipóteses o Estado tem sido chamado a indenizar conforme o art. 37, §6º da CF, já que é responsável pelos atos de seu agente.
O agente agindo com dolo ou culpa dá ao Estado o direito de ação regressiva.

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