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Condutores, dielétricos e capacitância Prof Thiago Coelho Cap 5 Introdução • Objetivos – Aplicar métodos anteriores a materiais condutores e dielétricos – Definir corrente elétrica e densidade de corrente elétrica Corrente e densidade de corrente • Corrente – Cargas elétricas em movimento – Medida em Ampère – Definida como a taxa de movimento de cargas que passam em um dado ponto de referência em C/s – 1 A = 1C de carga que passa por um plano de referência em 1s – Movimento de cargas positivas, embora a condução em metais seja feita por elétrons dt dQ I Corrente e densidade de corrente • Densidade de corrente – É um vetor com unidade de A/m2 – Integrando a componente de perpendicular a área S temos a corrente total que passa por esta área – pode estar relacionada à velocidade da densidade volumétrica de cargas no ponto. J J Sd J S SdJI J Corrente e densidade de corrente • Relação entre rv e – No caso de um cubo de cargas em movimento no eixo x, durante o intervalo Dt, o volume que ultrapassa um plano paralelo zy é J t Q I D D D vQ vDD r xSv DDD Corrente e densidade de corrente – Então – Em geral – Ex 5.1: mA/m2 – Determine em – Determine a corrente total que flui para fora da faixa cilindrica t x S t Q I v D D D D D D r xSQ v DDD r xvv S I r D D vJ v r r rr aazJ 22 cos410 J 2;30;3 zr 8,22;20;3 zr v é velocidade! Continuidade de corrente • Princípio da conservação de cargas – Cargas não podem ser criadas nem destruídas, embora quantidades iguais de cargas positivas e negativas possam ser simultaneamente criadas • Equação da continuidade – Fluxo de cargas que sai de uma superfície fechada é igual a taxa com que a carga total dentro da superfície diminui dt dQ SdJI I área Forma integral da equação da continuidade Continuidade de corrente • Equação da continuidade – Pelo teorema da divergência – Se a superfície não varia com o tempo vol v volárea dv dt d dt dQ dvJSdJ r Forma pontual da equação da continuidade vol v vol dv t dvJ r t J v r Continuidade de corrente • Equação da continuidade – A carga por segundo (corrente) que diverge de um pequeno volume é igual à taxa de diminuição da carga por unidade de volume em cada ponto t J v r Continuidade de corrente • Equação da continuidade – E5.2: – Calcule: a) a corrente total pela superfície na direção b) A densidade volumetrica de cargas, se a velocidade de carga em for 2x106 m/s c) A velocidade das cargas se dens vol. For -2000 C/m3 em zazJ 5,1610 m1,0z m200 r za m1,0z m15,0z Condutores metálicos • Materiais condutores apresentam elétrons livres que podem se movimentar na direção oposta de um campo elétrico • Elétrons livres são elétrons ligados aos últimos orbitais atômicos que se liberam da atração do núcleo • A força exercida em um elétron por um campo elétrico será onde -e é a carga do elétron • No espaço livre, o elétron aceleraria aumentando sua velocidade e sua corrente (corrente de convecção) EeF Condutores metálicos • No metal, o elétron se choca com os átomos de modo a adquirir uma velocidade média constante (velocidade de deriva) onde e é a mobilidade elétrica [m 2/Vs] • Sabemos que • Temos que a densidade de corrente devido ao movimento de elétrons em um condutor na presença de um campo elétrico é onde re é a densidade volumétrica de carga de elétrons livres Ev ed dv vJ v r EJ ee r Condutores metálicos • Podemos definir condutividade elétrica como – Medida em Siemens por metro (S/m), onde S é A/V – Inverso da resistividade • A condutividade elétrica é característica do material de modo que • Condutores metálicos obedecem relação linear – Condutividade é constante para grandes intervalos de – Se esta propriedade se mantém para todas as direções, o material é chamado de material isotrópico – Senão, ele é chamado de material anisotrópico eer EJ Forma pontual da Lei de Ohm EJ e Condutores metálicos • A condutividade é função da temperatura – Para temperaturas de poucos K, a resistividade tende a zero – Propriedade chamada de supercondutividade – Maior a temperatura, maior vibração dos átomos, menor velocidade de deriva, menor mobilidade, menor condutividade e maior resistividade Condutores metálicos • Seja um condutor cilíndrico no qual é aplicado um campo elétrico uniforme • Há uma densidade de corrente de forma que a corrente total é • Como o campo é constante, a diferença de potencial entre as extremidades do condutor é JSSdJI S ELVLELELdELdEV abba a b a b ab Condutores metálicos • Do cálculo da corrente total • Então • R é definida como resistência elétrica e é medida em ohm (W) • Pode ser interpretada como resistência à passagem de elétrons • R aumenta com o comprimento e diminui com a condutividade e com a área S I J S I L V S I EJ I S L V RIV S L R então Lei de Ohm Condutores metálicos • Exemplo 5.1: Dado um fio de cobre #16 (σ=5,8x107S/m) com uma milha de comprimento (1609 m) e diâmetro 1,291 mm de diâmetro. – Determine a resistência R – Para uma corrente de 10 A, calcule J e a diferença de potencial nas extremidades do fio Introdução • Objetivos – Apresentar os três tipos de materiais • Condutores • Dielétricos (Isolantes) • Semicondutores Bandas de Energia Condutores • Materiais com grande quantidade cargas livres (elétrons) • Dentro do condutor – Se houvesse campo as cargas se moveriam (Lei de Ohm) • rv=0 dentro do condutor • Cargas residem na superfície • Condutor é um equipotencial 0 A B BA LdEVV 0E - - - - 1E - - + + + + + + 0E 000 DDE v r Condutores e condições de fronteira • E na borda? • Campo elétrico pode ser decomposto em componentes normal e tangencial – Tangencial é nulo, pois não há movimento de cargas – Densidade de fluxo tangencial também é nula – DN (C/m 2)= rS (C/m 2) Condutores e condições de fronteira • Considerando um percurso fechado abcda – Como dentro o campo elétrico é nulo – Fazendo Dh0 a d d c c b b a LdE 0 0 22 ,, D D D h E h EwE aNbNt 00 D tt EwE Condutores e condições de fronteira • Considerando um pequeno cilindro (Lei de Gauss) – Campo elétrico no interior e tangencial são nulos, logo teremos apenas a primeira integral ladobasetopo SdDQ SNSN DSQSD rr DD SNE r 0 Condutores e condições de fronteira • Em condições estáticas, superfície condutora é uma equipotencial, já que Et=0 e a densidade de fluxo que deixa a superfície é igual a densidade superficial de carga • Em resumo vácuo condutor Na NSN NN t t aD DE D E r 0 0 0 Condutores e condições de fronteira • E5.5: Dado o campo potencial no espaço livre V=100senh 5x sen5y V, e o ponto P(0,1; 0,2; 0,3), calcule em P: – V – E – |E| – |ρs| caso P esteja posicionado na superfície de um condutorMétodo das imagens • Dipolo elétrico – Existe um plano infinito de potencial nulo na metade da distância entre as cargas – Duas cargas iguais e opostas podem ser substituídas por uma carga simples e um plano condutor sem afetar o campo acima da superfície V=0 Método das imagens • E5.6: Um plano condutor perfeito está localizado no espaço livre em x=4, e uma linha de cargas infinita e uniforme de 40 nC/m posiciona-se ao longo da reta x=6, y=3. Seja V=0 no plano condutor. Em P(7, -1, 5), calcule: a) V b) E Dielétricos • São materiais que possuem pouca ou nenhuma condutividade • Não possuem cargas livres (cargas podem mudar ligeiramente posição mas não há condução) • Modeladas matematicamente como um Dipolo • Pela ação de um campo elétrico externo, a energia potencial é armazenada como uma mola pelo deslocamento das posições das cargas positivas e negativas Dielétricos • Os dipolos assim constituídos são denominados cargas de polarização, pois os elétrons não são livres • Momento do dipolo • Para um volume Dv com n dipolos por unidade de volume • Polarização (no limite e por unidade de volume) (C.m) dQp + - d +Q -Q D vn i itotal pp 1 )(C/m 1 lim 2 1 0 D D D vn i i v p v P Dielétricos • Surgem cargas de polarização • Dentro do material dielétrico, a densidade de fluxo aumenta • Em muitas circunstâncias onde ce é a susceptibilidade elétrica PED 0 + + + + + + + - - - - - - - – + – + – + – + – + – + – + – + EP e c0 Dielétricos • Densidade de fluxo onde é a permissividade elétrica • Permissividade relativa ou constante dielétrica – É a relação entre a permissividade elétrica com a permissividade do vácuo – Usando R do material, não é preciso fazer considerações sobre dipolos, momentos do dipolo, polarização ou susceptibilidade ED e c 10 ED eR c 1 0 Dielétricos • E5.8) Uma placa de material dielétrico tem uma constante dielétrica relativa de 3,8 e contém uma densidade de fluxo elétrico uniforme de 8nC/m2. Se o material for sem perdas, calcule: a) E b) P Dielétricos e condições de fronteira • O que ocorre na interface entre dois dielétricos (1 e 2)? • Considerando um percurso fechado – Fazendo Dh0 – Densidade de fluxo 02,1, DD wEwE tt 0 LdE 2,1, tt EE 2 2, 1 1, tt DD 2 1 2, 1, t t D D Dielétricos e condições de fronteira • Considerando um pequeno cilindro (Lei de Gauss) – Campo elétrico tangencial é constante, logo teremos apenas a primeira e a segunda integral – Para um dielétrico perfeito (rS=0) ladobasetopo SdDQ SQSDSD SNN DDDD r2,1, 22,11, NN EE SNN DD r 2,1, 2,1, NN DD Dielétricos e condições de fronteira • Refração – Podemos decompor – Se 1>2 então q1 q2 D 2,22111, coscos NN DDDD qq 2 1 22 11 2, 1, sen sen q q D D D D t t 221112 sensen qq DD 2 1 2 1 tan tan q q 21 DD 21 EE Dielétricos e condições de fronteira • E na fronteira entre um dielétrico e um condutor? • Temos configuração de cargas igual a fronteira condutor-vácuo, assim a demonstração e os resultados são os mesmos • Em resumo dielétrico condutor Na NSN NN t t aD DE D E r 0 0 Dielétricos e condições de fronteira • E6.2: Seja a região z < 0 composta de material dielétrico uniforme para o qual R1=3,2, enquanto a região z > 0 é caracterizada por R2=2. Seja Calcule: • DN,1 • Dt,1 • Dt,1 • D1 q1 2 1 nC/m 705030 zyx aaaD • P1 • DN,2 • Dt,2 • D2 • P2 • q2 Capacitância • Considere dois condutores mergulhados em um dielétrico perfeito • Condutores M2 com carga positiva Q na superfície e M1 com carga negativa -Q na superfície • Só existe componente de campo na direção normal às superfícies condutoras • Cada condutor é uma superfície equipotencial • O fluxo e o campo estão dirigidos de M2 para M1 Capacitância • Definimos capacitância como a razão entre a magnitude da carga total em ambos os condutores e a magnitude da diferença de potencial entre os condutores • V0 é encontrado deslocando uma carga de teste positiva da superfície negativa para a positiva • C independe do potencial e da carga total (Lei de Gauss), sendo função somente das dimensões físicas e da permissividade do dielétrico LdE SdE LdE SdD V Q C SS 0 0V - - - - - - + + + + + + E D d +- SrS r Capacitância • Capacitância é medida em Farads (C/V) – Normalmente valores pequenos (F, nF, pF) • Considerando duas placas paralelas infinitas de condutores idênticos e distribuição uniforme de carga rS e as condições de fronteira • Energia armazenada d S V Q C 0 0V - - - - - - + + + + + + E D d +- SrS r SQ Sr dEdV S r 0 2 222 0 0 2 2 2 2 1 2 1 2 1 2 1 r r r d d S SddydSdvEW SS S d S vol E Capacitância • Energia armazenada • Um parâmetro de qualidade do dielétrico do capacitor é o campo máximo aplicado sem ocorrer a ruptura do dielétrico • Ex: Calcule C de um capacitor de placas paralelas com R=6, placa com área 10in 2 e separadas por 0,01in. Qual a energia armazenada se V0=2V (1 in = 2,54 cm) 0V - - - - - - + + + + + + E D d +- SrS r C Q QVCVWE 2 0 2 0 2 1 2 1 2 1 Exemplos de capacitância • Capacitor coaxial – Diferença de potencial – Carga total – Capacitância a b V Lab ln 2 r LQ Lr ab L C ln 2 Exemplos de capacitância • Capacitor esférico de raios a e b (b>a) – Diferença de potencial – Carga total – Capacitância – Se b Q ba C 11 4 ba Q Vab 11 4 aC 4 Exemplos de capacitância • Capacitor de placas paralelas com dielétricos 1 e 2 221121 dEdE Q VV Q V Q C S d S d S dQ S dQ Q C 2 2 1 1 2 2 1 1 1 21 11 1 CC C Capacitores em série Exemplos de capacitância • Capacitor de placas paralelas com dielétricos 1 e 2 21 2121 CC V Q V Q V QQ V Q C Capacitores em paralelo VVV 21 21 CCC 1S 2S 1 2 d Exemplos de capacitância • E6.4) Calcule a permissividade relativa do material dielétrico presente em um capacitor de placas paralelas se: a) S=0,12 m2, d=80 μm, V0=12 V e o capacitor contém 1 μuJ de energia b) A densidade de energia armazenada é 100 J/m3, V0=200 V e d=45 μm c) E=200 kV/m, ρs=20 μC/m 2 e d=100 μm Exemplos de capacitância E6.5) Calcule a capacitância de: a) Um cabo coaxial de 35B/U de 30,4 cm de comprimento, que possui um condutor interno de 2,654 mm de diâmetro, um dielétrico de polietileno (εr=2,26), e um condutor externo que possui diâmetro interno de 1,73cm b) Uma esfera condutora de raio 2,5 mm, coberta por uma camada de polietileno de 2 mmde espessura, envolvida por uma esfera condutora de raio de 4,5 mm c) Duas placas condutoras retangulares, de 1 cm por 4 cm, com espessura desprezível, entre as quais estão três camadas de dielétrico, cada uma de 1 cm por 4 cm e de 0,1 mm de espessura, possuindo constantes dielétricas de 1,5, 2,5 e 6. Lista de exercícios • 5.1, 5.2, 5.3, 5.5, 5.9, 5.11, 5.13, 5.15, 5.17, 5.18, 5.20, 5.23, 5.28, 5.30, 5.31, 5.32, 5.34, 5.36, 5.37, 5.38, 5,40, 5.41, 5.42, 5.45 Exercícios • Encontre a queda de tensão em cada dielétrico na figura abaixo, dado que εr1=2 e εr2=5. O raio do condutor interno r1 vale 2 cm e do condutor externo 2,5 e a interface dielétrica se encontra no meio da distância entre os condutores
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