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Resumo de ECONOMIA POLÍTICA Estácio AV, AVS

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ECONOMIA POLÍTICA Resumo
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Aula 1
Objetivos:
1 - Conhecer a importância do estudo da Economia para o curso de Direito
2 – Compreender os conceitos básicos de Economia
3 – Identificar os Sistemas Econômicos e os Fatores de Produção
Economia e Direito
 A importância do estudo da Economia para o Curso de Direito é fornecer uma visão das principais questões econômicas de tal forma que se possa ter uma melhor compreensão da realidade econômica e suas relações com as Normas Jurídicas. 
Economia e Direito
 Princípios legais que estão por trás das medidas de política econômica é parte integrante do presente estudo, e serão analisados durante as diversas unidades. Como exemplo, pode-se citar a intervenção por parte do governo em atividades econômicas como Oligopólios e Monopólios.
Fatos, Fenômenos e Leis Econômicas.
 Quando se observa a existência de fatos ou fenômenos econômicos como a troca, o trabalho, e a moeda, e quando esses fatos ou fenômenos estão ligados entre si por relações constantes e conhecidas surgem às leis econômicas.
 Registrar fatos e fenômenos econômicos procurando estabelecer entre eles as relações constantes ou Leis Econômicas é a finalidade própria da economia política.
Conceito Básico
 Economia é uma ciência social que estuda a produção, a circulação e o consumo de bens e serviços, e como o indivíduo e a sociedade decidem empregar recursos produtivos escassos na produção, de modo a distribuí-los, a fim de satisfazer as necessidades humanas. 
 
Escolha, necessidades, recursos, escassez, produção e distribuição.
 Em qualquer sociedade, os recursos de produção são escassos; contudo, as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. O ser humano não se satisfaz com o que tem, sempre desejando mais coisas. 
 
Isso obriga a sociedade a escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.
 
Relação com o Direito
 
 A Economia é uma ciência social assim como o Direito, que depende das relações humanas seja na esfera familiar ou mesmo na organização do Estado e que através de suas normas regem as relações econômicas.
 Os diversos ramos da ciência jurídica se relacionam com a economia: Direito Constitucional, Direito Empresarial, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito do Trabalho e o Direito Internacional, entre outros. 
 Sistemas econômicos
 
 a) Sistema Capitalista ou economia de mercado:
 É aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção.
 (Art. 170 da Constituição Federal)
 
 b) Sistema Socialista ou economia centralizada:
 É aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção. 
 
Fatores de Produção
 
 Todo indivíduo precisa atender às suas necessidades, daquilo que o ser humano precisa (alimentos, saúde, educação, etc.) e deseja possuir (brinquedo, reconhecimento profissional, etc.) nas várias etapas de sua vida.
 
 Necessidades Humanas: a) são ilimitadas, no sentido de que é próprio de qualquer indivíduo querer possuir sempre mais coisas do que já tem; b) são diversificadas, no sentido de que cada indivíduo possui sua escala de
prioridades e desejos 
 
Esses fatores de produção subdividem-se em:
a) Terra ou Recursos Naturais: o que existe na natureza (florestas, rios, oceanos, clima, etc.);
b)Trabalho ou Mão de Obra: força de trabalho economicamente ativa;
c) Capital: riquezas acumuladas pela sociedade, utilizadas no processo produtivo como capital fixo (máquinas, ferramentas, estradas, etc.) e capital monetário (dinheiro);
d) Tecnologia e Conhecimento: habilidade que é utilizada no processo produtivo na busca de sua contínua melhora e expansão;
Os fatores de produção também possuem duas características bem definidas, são elas:
a) são escassos – e, portanto, tem preço;
b) são versáteis – no sentido de que um mesmo fator de produção pode ser empregado em diversos processos produtivos;.
Os remuneração específica pela sua participação no processo produtivo:
a) Terra ou Recursos Naturais → Aluguel;
b) Trabalho ou Mão-de-Obra → Salário;
c) Capital (Fixo e Monetário) → Juro;
d) Tecnologia e Conhecimento → Royalty e Lucro.
Problemas Econômicos Fundamentais
a) O que e quanto produzir?
 A sociedade deverá escolher dentro das possibilidades de produção, quais os produtos e quantidades deverão ser produzidos. O resultado do processo produtivo serão os bens (coisas físicas, tangíveis, como, a geladeira, etc.) 
 e os serviços (coisas intangíveis, como, por exemplo, os serviços de educação, etc.). 
 Esses bens e serviços, por sua vez, poderão ser de consumo (duráveis e não duráveis) e de capital.
 b) Como e onde produzir?
 A sociedade deverá escolher quais os recursos produtivos serão utilizados considerando o nível tecnológico disponível. Como e onde pressupõe implica em adotar as melhores técnicas de produção no setor primário, setor secundário e setor terciário.
c) Para quem produzir?
 A sociedade deverá escolher como os indivíduos deverão participar do resultado da produção. 
ECONOMIA POLÍTICA
Aula 2
Objetivos
1 - Conhecer como o Consumidor e o Produtor interagem no mercado
2 – Analisar como o mercado tende a um equilíbrio
3 – Compreender as formas de intervenção do Estado na economia
Microeconomia e Macroeconomia.
 Microeconomia é o segmento da Teoria Econômica que estuda a formação de preços no mercado, ou seja, o funcionamento do mercado de um determinado produto ou grupo de produtos, analisando o comportamento dos compradores e vendedores. 
 Mercado é o lugar onde os compradores (demandantes) de bens ou serviços se encontram com os vendedores (ofertantes) dos mesmos com o objetivo de concretizar a transação. 
 Macroeconomia é o segmento da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia como um todo, sendo responsável pelo estudo do relacionamento dos grandes agregados, por exemplo, o mercado externo, o nível de emprego, o consumo, a poupança e o investimento da economia.
 A demanda ou procura pode ser definida como a quantidade de um determinado bem ou serviço que os consumidores desejam e podem adquirir em determinado período de tempo.
 A chamada Lei Geral da Demanda evidencia uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus. Um aumento do preço do produto resultará na redução de sua demanda. Por sua vez, o inverso ocorrerá na queda do preço do produto.
Variáveis que afetam a demanda por um bem:
a)Renda dos consumidores
b)Bens Substitutos
c)Bens Complementares
d)Preferências dos consumidores
 
 
Alguns conceitos de bens :
a)Bem Normal
b)Bem Inferior
c)Bens de consumo Saciado
Oferta de mercado
 Oferta de mercado são as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em determinado período de tempo. 
 Em relação a Lei da Oferta, a quantidade ofertada de um produto (ou serviço) é diretamente relacionada com seu preço, coeteris paribus. Se o preço de um bem aumenta haverá uma expansão na quantidade ofertada. 
 A oferta depende de vários fatores dentre eles, do preço do bem em questão, dos demais preços, do preço dos fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da terra), das preferências dos empresários, das alterações tecnológicas; do aumento do número das empresas no mercado. 
Objetivo da firma:
 Partindo-se de uma análise tradicional, o empresário sempre busca maximizar o lucro total, otimizando a utilização de todos os recursos que dispõe.
Tendência de equilíbrio
 O equilíbrio no mercado é definido como o preço que iguala as quantidades demandadas pelos compradorescom as quantidades ofertadas pelos vendedores.
 Numa situação de escassez do produto, as quantidades demandadas serão maiores que as ofertadas, o que resultará em elevação de preços e/ou no aumento da quantidade ofertada, até atingir-se o equilíbrio.
 Entretanto, numa situação de excedente de produção, o que resultará numa competição entre os produtores, conduzindo a uma redução dos preços ou na quantidade ofertada, até que se atinja o ponto de equilíbrio.
Interferência do governo no equilíbrio de mercado
a) Política de preços mínimos na agricultura
b)Tabelamento
Direito e Mercado
Analisar a demanda e oferta de um determinado produto permite aos agentes tomarem decisões que venham impedir prejuízos à sociedade.
Por sua vez, a atuação do empresário no mercado deverá ser regulado para impedir abusos e dominação.
Intervenção do Estado na economia
a)Absorção: nesse caso o governo atua de forma monopolista na atividade econômica.
b) Participação: o governo atua em conjunto com a iniciativa privada na realização de determinada atividade econômica.
c) Direção: nessa situação o Estado atua na economia através a edição de leis utilizando seu poder de pressão. 
d) Indução: o governo nesse caso atua na atividade econômica concedendo benefícios fiscais, crédito através de instituições oficiais de fomento, entre outros.
Intervenção Direta e Indireta
 a)Intervenção Direta: a intervenção de forma direta ocorre através das empresas públicas e como sociedade de economia mista e de suas subsidiárias. b)Intervenção Indireta: a intervenção indireta ocorre com o Estado assumindo o papel de agente normativo e regulador da atividade econômica.
ECONOMIA POLÍTICA
Aula 3
OBJETIVOS:
1 - Conhecer as estruturas de mercado
2 – Compreender os preceitos constitucionais sobre a concorrência
3 – Analisar a Lei Antitruste brasileira e sua relação com as estruturas de mercado
Estruturas de Mercado
 Ao analisar o mercado pelo lado de como os fornecedores (oferta) estão organizados frente aos consumidores (demanda), tem-se as estruturas do mercado de bens e serviços.
 Os mercados produtores estão estruturados de modo diferenciado, podendo ser classificado dos seguintes modos: concorrência perfeita, monopólio e oligopólio. 
a)Concorrência Perfeita
 A Concorrência Perfeita, ou competição pura, tem como característica principal a existência de um número muito grande de empresas produtoras e de compradores no mercado, onde nenhum destes possui condições suficientes de influenciar o mercado. (Art. 170 da CF Inciso IV)
 a)A existência de um número muito grande de empresas produtoras e de compradores no mercado, onde nenhum destes possui condições suficientes de influenciar o mercado; b) Os bens, serviços ou produtos são padronizados, não diferenciados (homogêneos);
c) As empresas não têm nenhum tipo de influência em relação aos preços dos produtos, informações privilegiadas, na realidade, este mercado é transparente;
d) Não existem impedimentos, acordos, restrições, barreiras à entrada ou saída de outras empresas no mercado (mobilidade);
b)- Monopólio 
 O monopólio é ausência de concorrência, é uma figura que se situa em sentido oposto ao da livre concorrência, pois tem o poder de influenciar o mercado, significando a existência de um único fornecedor, podendo neste caso, impor o preço que mais lhe provier para suas mercadorias. 
c)- Oligopólio
 
 O oligopólio é uma situação de concentração de mercado, é um tipo de mercado dominado por um reduzido número de grandes empresas, com alto grau de concentração, e estas empresas, influenciam no preço de mercado, o que leva a uma reação em face ao abuso do poder econômico. 
 Os oligopólios podem ainda se apresentar de forma diferenciada (Oligopólio Diferenciado), quando os produtos destas empresas apresentam diferentes níveis de diferenciação, ou concentrada (Oligopólio Concentrado), quando o produto das empresas participantes é homogêneo 
 No cartel as empresas são independentes e, têm atuação no mesmo ramo, acordando entre si e, promovendo a dominação de mercado de modo geral, através da combinação de preços. Existe o domínio de mercado, aumentando os lucros, contrariando, a livre concorrência.
c)- Oligopólio – (Truste)
 
 No Truste, as empresas se organizam numa nova empresa para em conjunto dominarem o mercado, fornecendo um produto em comum, eliminando a concorrência e fixando um preço único conforme seus interesses. Esta é uma associação que pode se dar pela fusão ou combinação formal de empresas.
c)- Oligopólio – (Holding)
 
 No holding é criada uma sociedade empresarial juridicamente independente, seu objetivo será a de participação no capital de outras sociedades empresariais. Existe o objetivo de promover o domínio de determinada oferta de produtos e/ou serviços, visando engrandecer seus lucros. 
Abuso do Poder Econômico
 O art. 173, parágrafo 4° da Constituição Federal reprime o abuso do poder econômico para que não haja a dominação dos mercados, combatendo a eliminação da concorrência como também o aumento arbitrário dos lucros. reprimindo o abuso do poder econômico. 
 
 Tal preceito constitucional foi complementado pela lei antitruste, Lei n° 8884 de 11 de junho de 1994, quase integralmente revogada pela Lei no. 12.529 de 30 de novembro de 2011, coibindo assim os atos de concentração, as infrações à ordem econômica, 
Constituição - Concorrência
 A Carta Magna de 1988 enfatiza o livre mercado através de seus princípios gerais, voltado para políticas públicas direcionadas ao bem estar social. Está voltada para o desenvolvimento econômico, através de ações do Estado na economia, conforme o artigo 170 e incisos.
 Artigo 170 – “A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa; tem por fim assegurar a todos a existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios”:
I - soberania nacional;
 II - propriedade privada;
 III - função social da propriedade;
 IV - livre concorrência;
 V - defesa do consumidor;
 VI - defesa do meio ambiente [...];
 VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
 VIII - busca do pleno emprego;
 IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte [...].
 & Único – É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Lei Antitruste Brasileira 
 A Lei Antitruste Brasileira, Lei no. 12.529 de 30/11/2011, tem o intuito de restaurar o processo de concorrência no mercado e reprimir os abusos praticados no mercado de consumo. 
 Art. 1o  [...] estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência - SBDC e dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência[...] e repressão ao abuso do poder econômico[...]
 Art. 4o  O Cade é entidade judicante com jurisdição em todo o território nacional, que se constitui em autarquia federal, vinculada ao Ministério da Justiça, com sede e foro no Distrito Federal, e competências previstas nesta Lei. 
Art. 36.  Constituem infração da ordem econômica [...] 
I - limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa; 
II - dominar mercado relevante de bens ou serviços; 
III - aumentar arbitrariamente os lucros; [...]
Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência - SBDC
 
 O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) é formado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE, pela Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda –SEAE e pela Secretaria de Direito Econômico - SDE. 
 O SEAE e a SDE têm função analítica e investigativa, atuando na instrução dos processos, enquanto que o CADE atua como um tribunal administrativo. As decisões do CADE não cabem recursosna esfera do Poder Executivo, podendo apenas sofrer revisão no Poder Judiciário. 
ECONOMIA POLÍTICA
Aula 4
OBJETIVOS:
 1 – Compreender a atividade financeira do Estado
 2 – Conhecer a legislação tributária e orçamentária e a relação com o Direito Constitucional 
 3 – Analisar o sistema tributário brasileiro
A Atividade Financeira do Estado 
 No sistema capitalista de produção, em que se inclui o modelo brasileiro, o governo se engaja na economia, modificando o perfil da sociedade, através da transferência de renda, impostos, incentivos, subsídios, fornecimento de bens públicos, entre outros. 
 Atividade do governo na área fiscal: 
 a) Função distributiva, quando o governo afeta a distribuição de renda através do sistema tributário ou através de programas governamentais. No Brasil, o sistema de tributação progressiva do imposto de renda pessoal e programas sociais se enquadram neste modelo.
 b) Função estabilizadora, quando o governo interfere na economia procurando alcançar um elevado nível de emprego, estabilidade de preços e um alto nível de crescimento econômico. 
 c) Função alocativa, quando o governo fornece bens e serviços públicos que não são oferecidos pelo setor privado ou são oferecidos em quantidade insuficiente. O bem ou serviço público puro tem como característica a impossibilidade de excluir seu acesso por qualquer indivíduo. 
 A Constituição Federal brasileira atribuiu responsabilidade adicional ao governo para fornecer educação e saúde à população, seja porque o setor privado não pode atender toda a população, seja porque pelo princípio da exclusão parcela da população poderia ser excluída pela incapacidade de arcar com os custos dos serviços. 
Dívida Pública Interna
 A Dívida pública interna consiste na dívida realizada pelo governo com pessoas da sociedade para financiar os seus gastos que não são cobertos pela arrecadação de tributos ou quando o governo tem como objetivo exercer sua função estabilizadora na economia. 
 O Orçamento da União, dos estados e dos municípios é formado por receitas (arrecadação de tributos) e despesas (gastos do governo). O Superávit primário surge quando o montante de arrecadação de tributos excede o montante de gastos do governo. O inverso corresponde ao déficit primário. 
Classificação dos Tributos
 a) Tributos diretos são aqueles que incidem sobre a renda e a riqueza. Como exemplos, o Imposto sobre a renda pessoal que constitui num tributo que incide sobre a renda, e o imposto sobre a propriedade (IPTU, ITR, entre outros) que incide sobre a riqueza.
 b) tributos indiretos são aqueles que incidem sobre a circulação de mercadorias ou prestação de serviços. O Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) de competência estadual e o Imposto sobre serviços (ISS) de competência municipal são exemplos de tributos indiretos.
Classificação - Progressividade
 a) Tributos progressivos são aqueles em que a alíquota se torna progressiva à medida que aumenta a renda. O Imposto de renda pessoa física caracteriza-se pela progressividade apresentando alíquotas maiores à medida que rendas maiores são tributadas. 
 b) Tributos fixos são aqueles em que a alíquota se mantém fixa independente da variação da renda. Para evitar sonegação em razão da aplicação de alíquotas elevadas, alguns países desenvolvidos vêm optando por alíquotas fixas, estimulando a contribuição regular pelos indivíduos de renda elevada. 
 c) Tributos regressivos são aqueles em que o peso do tributo na renda dos indivíduos se torna menor à medida que a renda aumenta. O Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS) consiste em um tributo regressivo, em face de sua incidência não acompanhar o crescimento da renda na mesma proporção. 
Princípios Gerais de Tributação 
a) Equidade
 
 Pelo Princípio da Equidade, o tributo deve ser justo, ou seja, os indivíduos devem contribuir com uma parcela justa para arcar com o custo do governo. 
 No Princípio do Benefício cada indivíduo deve contribuir na proporção dos serviços públicos recebidos do governo. No caso do sistema tributário brasileiro, as taxas poderiam ser aplicadas a este princípio. 
 No Princípio da Capacidade de Pagamento cada indivíduo deve contribuir segundo sua capacidade contributiva. O sistema tributário brasileiro apresenta o Imposto de Renda Pessoa Física, em que as rendas acima de um determinado limite são tributadas com alíquota de imposto progressiva. 
 b) Neutralidade: O tributo para ser ideal não deve afetar os preços relativos praticados no mercado. A decisão de um investidor em alocar seu investimento em determinada região não deve ser baseada em vantagens tributárias e sim por fatores competitivos que venham atrair o capital. 
Constituição Federal brasileira
 
 O & 1o. do art. 145 da Constituição Federal enfatiza a progressividade como princípio da equidade, enquanto a neutralidade e equidade estão presentes na Constituição Federal. Federal, no inc. II do art. 150, que veda aos entes da federação instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontre em situação equivalente.
 Os tributos admitidos em lei na Constituição federal brasileira são os impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuições sociais e empréstimos compulsórios. 
 ● Impostos são tributos não-vinculado à atuação do Estado.
 ● Taxas são tributos instituídos pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição.
 ● Contribuições de melhoria são tributos arrecadados dos proprietários de imóveis beneficiados por obras públicas.
 ● Contribuições sociais são tributos de competência da União provenientes da intervenção no domínio econômico, entre outros.
 ● Empréstimos compulsórios se destinam atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa, etc. 
Princípios orçamentários
 A instituição orçamentária tem como finalidade auxiliar o controle parlamentar sobre o Executivo.  Os princípios orçamentários previstos na Constituição Federal brasileira, na Lei do Orçamento e nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs) são os seguintes:
 a)Unidade na qual cada esfera de governo deve possuir apenas um orçamento baseado numa única política orçamentária.
 b)Universalidade em que a Lei orçamentária deve incorporar todas as receitas e despesas.
 c) Anualidade em que é determinado um período de tempo para o orçamento, geralmente um ano.
 d) Legalidade em que o orçamento é objeto de uma lei específica.
 e) Exclusividade na qual a lei orçamentária deverá conter apenas questões orçamentárias e financeiras.
 f) Especificação, especialização ou discriminação em que a autorização legislativa se restrinja as despesas específicas e não a autorizações globais.
 g) Publicidade em que o orçamento deve ser divulgado ao ser aprovado e transformado em lei.
 f) Especificação, especialização ou discriminação em que a autorização legislativa se restrinja as despesas específicas e não a autorizações globais.
 g) Publicidade em que o orçamento deve ser divulgado ao ser aprovado e transformado em lei.
 h)Equilíbrio em que as receitas e despesas que fazem parte do orçamento devem manter uma paridade, sem apresentar déficits ou superávits excessivos.
 i)Orçamento-Bruto em que as receitas e despesas que fazem parte do orçamento devem aparecer pelo valor bruto sem quaisquer deduções.
 j) Não-vinculação das receitas em que estas não devem estar vinculadas a determinadas despesas, para que possam ser alocadas racionalmente segundo o interesse da sociedade.
 
ECONOMIA POLÍTICA
Aula 5
OBJETIVOS:
 1 – Compreender a ordem monetária na Constituição Federal brasileira 
 2 – Conhecer a natureza jurídica e finalidade da Taxa Selic 
 3 – Analisar os impactos da Inflação na ordem econômica
A ordem monetária 
 No art. 48 XIII e XIV da Constituição Federal prevê “Cabe ao Congresso Nacional , com a sanção do Presidente da República , [...], dispor sobre todas as matérias de competência da União , especialmente sobre: [...]
 XIII – matéria financeira , cambial e monetária , instituições financeiras e suas operações; XIV- moeda , seus limites de emissão , e montante da dívida mobiliária federal”.
 O art. 164 da Constituição Federal diz “ A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo Banco Central. [...]. & 2o. o banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional , com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. [...]”.
Sistema Financeiro Nacional (SFN)
 
 O Conselho Monetário Nacional (CMN) – é o órgão deliberativo máximo do Sistema Financeiro Nacional,devendo estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras e disciplinar os instrumentos de política monetária.
 
 O Banco Central do Brasil (BCB) criado em 31.12.64, com a promulgação da Lei nº 4.595/64, é o órgão executor da política monetária, além de exercer a regulamentação e fiscalização de todas as atividades de intermediação financeira no país; é responsável pela a emissão de moeda; 
 
 .... o recebimento dos depósitos obrigatórios dos bancos comerciais; realização de operações de redesconto de liquidez e seletivo; operações de mercado aberto (open market); controle do crédito e das taxas de juros; entre outros.
Instrumentos de Política Monetária
 
 Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos. a) Emissões; b) Depósitos compulsórios; c) Operações com mercado aberto (open market); e d)Operações de redesconto.
 Natureza jurídica Da Taxa Selic
 
 A definição que melhor se enquadra à taxa em debate é a constante da Circular Bacen n.º 2.868/99, repetida na Circular Bacen n.º 2.900/99, "Define-se Taxa Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais."
 
Limitação das taxas de juros.
 
 O CTN: "Art. 161. O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das penalidades cabíveis [...]. § 1º. Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são calculados à taxa de 1% (um por cento) ao mês.
 Títulos de Crédito
 
 O Código Civil, Lei no. 10.406/2002, trata nos arts. 887 a 926 sobre os títulos de crédito:
 São títulos públicos aqueles emitidos pelo Poder Público, onde se destaca os Títulos da Dívida pública.
 
 São títulos particulares ou comerciais, entre outros: a) Ações emitidas pelas sociedades comerciais; b) Debêntures – emitidas pelas sociedades por ações, representando empréstimos contraídos por estas sociedades junto aos particulares; 
 c) Nota promissória – é o título de crédito pelo qual alguém promete pagar a outrem certa quantia em determinado prazo; d) Duplicata mercantil – é um título de crédito de emissão nas vendas mercantis a prazo; e) Cheque – é a ordem de pagamento à vista emitido em favor próprio ou de terceiro.
 
Os impactos da Inflação 
 Na questão monetária é fundamental que estudemos a inflação que apresenta impactos significativos sobre a vida da população. A Política monetária deve ser utilizada para conter uma elevação dos preços praticados na economia. 
 As fontes de inflação: a) Tipo de estrutura de mercado (oligopolista ou monopolista); b) Grau de abertura da economia ao comércio exterior; c)Estrutura das organizações sindicais; d) Desequilíbrio do Setor Público.
 
Tipos de Inflação: 
 
 a) Inflação de Demanda: Refere-se ao excesso de demanda agregada de mercadorias e serviços, tanto de consumo como de produção, em relação à oferta dessas mercadorias e serviços. 
 
 As medidas de combate ao processo inflacionário devem se basear em instrumentos que provoquem uma redução da demanda por mercadorias e serviços (redução dos gastos governamentais, aumento da carga tributária, etc.)
 b) Inflação de Custos: A inflação de custos está associada a uma elevação dos custos de produção. O nível da demanda permanece constante, mas os custos de certos fatores produção aumentam. Com isso, as empresas repassam o aumento de custo para o preço final do produto. 
ECONOMIA POLÍTICA
Aula 6
Objetivos:
1 – Conhecer as políticas cambiais e o câmbio como instrumento de regulação Comercial
2 – Compreender os Organismos internacionais: FMI, OMC E BIRD e o Direito Econômico Internacional
3 – Analisar o processo de Integração Econômica no processo de globalização
INTRODUÇÃO
 A teoria das vantagens comparativas defende a especialização no comércio internacional. Cada país utiliza seus fatores de produção na produção de bens e na prestação de serviços, buscando menores custos, baseado nas melhores condições de seu solo, seu clima e de seu desenvolvimento tecnológico.
CÂMBIO
 A taxa de câmbio pode ser definida como a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países. Representa o preço da moeda estrangeira (divisa) em termos da moeda nacional.
REGIMES CAMBIAIS
 A taxa de câmbio é denominada fixa quando seu valor é fixado pela autoridade econômica do país (Banco Central), que se obriga a comprar e vender qualquer quantidade de moeda estrangeira (divisa) àquela taxa fixada. 
CÂMBIO – VALOR DA MOEDA
 Quando a taxa de câmbio aumenta de valor, significa que houve desvalorização da moeda nacional (depreciação), ou seja, ela perdeu valor em relação à moeda estrangeira (divisa). A valorização cambial (apreciação), significa que a moeda nacional se fortaleceu em relação à moeda estrangeira (divisa).
POLÍTICA CAMBIAIS
 O governo interfere na área internacional, seja por meio da política cambial ou da política Comercial. A política cambial se refere a sua atuação na questão da taxa de câmbio, enquanto que a política Comercial refere-se a sua interferência no movimento de mercadorias e Serviços.
ECONOMIA E LEGISLAÇÃO
 O segmento do direito que rege as relações econômicas internacionais é denominado Direito Econômico Internacional. É o ramo do direito internacional que regula a mobilização dos fatores de produção pelos diversos estados e as transações internacionais relativas a bens, serviços e capitais.
 A União tem competência para instituir impostos sobre a importação de produtos estrangeiros ou sobre a exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (incisos I e II do art. 153 da C. F. de 1988). 
 Compete privativamente ao Senado Federal autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos Estados, do distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios (inciso V do art. 52 da C. F. de 1988).
 A Lei no. 4131 de 1962 disciplina a aplicação do capital estrangeiro e as remessas de valores para o exterior. O Banco Central do Brasil é responsável por manter um registro de capitais estrangeiros, qualquer que seja sua forma de ingresso no País, bem como de operações financeiras com o exterior. 
ORGANISMOS INTERNACIONAIS
 O Fundo Monetário Internacional (FMI), tem a finalidade de auxiliar os países que apresentam déficits e desequilíbrios ocasionais nas contas externas, causados por conjunturas internacionais adversas, e incentivar a livre circulação internacional de bens e serviços.
 A Organização Mundial do Comércio (OMC) substituindo o GATT (Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio) tem como finalidade precípua, combater o abuso do poder econômico, relativo às desigualdades comerciais entre as nações membros. 
 a)a não discriminação entre os países - membros sejam países desenvolvidos, em desenvolvimento ou subdesenvolvimento; b) gradativa redução das barreiras tarifárias (aduaneiras) e não-tarifárias (cambiais ou de outra natureza); 
 c) elaboração de normas de intercâmbio que garantamlivre fluxo das mercadorias no comércio internacional; d) contribuição das partes integrantes para a permanente elevação do padrão de vida dos povos. 
 Acordo Anti-Dumping – (Dumping é a introdução no mercado de outro país de um produto a preço inferior ao seu valor normal ou custo de fabricação) e sobre Subsídios – (Subsídio é o auxílio financeiro, fiscal e comercial concedido pelo governo localizada no país de exportação) ...
... e Medidas Compensatórias (compensação sobre o dano causado ao país exportador por práticas contrárias ao comércio exterior como o subsídio).
INTEGRAÇÃO ECONÔMICA
 A União Européia tem como objetivo fazer a integração econômica entre os países pertencentes ao bloco europeu signatários do acordo, através da eliminação total dos impostos de importação e exportação, promovendo a livre circulação de pessoas, bens e serviços.
 O Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) tem como objetivo: a ) livre circulação de bens, serviços e fatores de produção; b) eliminação das barreiras tarifárias e não-tarifárias no comércio entre os países membros; 
 c) adoção de uma Tarifa Externa Comum (TEC) – todos os produtos importados de países não-participantes do Mercosul, estão sujeitos à mesma alíquota de importação ao serem internados em qualquer dos Estados – Partes; d) coordenação das políticas macroeconômicas entre os países membros dentro do MERCOSUL.
 O Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) tem como participantes os Estados Unidos, México e Canadá. Sua finalidade é constituir uma zona de livre comércio visando à eliminação de barreiras tarifárias e não-tarifárias sobre as transações de bens, serviços e capitais. 
ECONOMIA POLÍTICA
Aula 7
Objetivos:
1 – Conhecer a presença do Estado brasileiro nas Políticas Públicas Sociais 
2 – Compreender os efeitos que a desigualdade de renda pessoal e regional causam a população
3 – Analisar os setores formais (tributáveis) e informais (não-tributáveis) da economia
 
Política Econômica – Social
 As políticas sociais se dão por meio de ações estatais diretas e indiretas. As primeiras, ocorrem pelo desenvolvimento de políticas públicas de transferência de renda, de incentivos fiscais e da provisão de bens e serviços. As ações estatais indiretas se dão por meio de parcerias com instituições privadas, com ou sem finalidade lucrativa.
Segurança
 A Segurança consiste em uma das obrigações do Estado para com o cidadão. É necessário que cada indivíduo tenha um mínimo de segurança que lhe permita trabalhar, estudar, consumir, aprimorar-se, divertir-se, estar em casa ou na rua sem que esteja sob o risco de qualquer violência.
Educação
 A melhoria do desempenho em qualquer profissão demanda um crescente grau de conhecimento, tanto específico (as técnicas próprias de cada atividade), como geral e diversificado, ao mesmo tempo em que o crescimento do indivíduo requer cada vez mais capacidade de absorver informações acerca dos problemas da sociedade.
Educação Constituição Federal
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: [...] XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; [...]
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: [...] V - à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação; [...] 
 Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: [...] IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência,tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; [...]
 Art. 205 da Constituição Federal brasileira determina que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Saúde
 A saúde pode ser considerada como um investimento e não como uma despesa de consumo. O investimento ineficiente na saúde pode causar sérios desequilíbrios sócio-econômicos, tendo impactos significativos no desenvolvimento econômico afetando a produtividade na economia.
 
Distribuição da Renda – o Coeficiente de Gini
 A medida mais conhecida do nível de desigualdade de renda de um país é conhecida como Coeficiente de Gini. Ele consiste em um número entre 0 e 1, onde 0 corresponde à completa igualdade de renda (onde todos têm a mesma renda) e 1 corresponde à completa desigualdade (onde uma pessoa tem toda a renda) 
 A desigualdade de renda no Brasil se observa na formação do mercado de trabalho. A rigidez do mercado de trabalho, o excesso de burocracia e a elevada carga tributária, resultaram num crescimento do trabalho informal, em que o trabalhador não recebe as garantias de natureza social e trabalhista. 
 A renda dos trabalhadores informais se distancia dos trabalhadores formais, protegidos pela legislação. Na esfera regional existe um distanciamento entre a remuneração do trabalho em determinadas regiões (Norte, Nordeste e Centro-Oeste) em relação às outras (Sul e Sudeste).
 O próprio art. 170 da Constituição Federal brasileira determina que a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] VII - redução das desigualdades regionais e sociais; [...]
Setores Formais e informais da economia
 O crescimento das atividades informais, que atuam à margem da economia oficial (formal – tributável), traz à discussão, o aspecto social, o processo de fiscalização e de arrecadação tributária, o sistema de saúde e de benefícios da previdência, e o fato de que estão sendo produzidas riquezas que não são registradas nas estatísticas oficiais. 
 O comércio informal é a forma em que a pirataria passa a distribuir seus produtos ameaçando, a sobrevivência das atividades econômicas formais. A Constituição Federal prevê uma série de direitos aos trabalhadores dentro da estrutura formal. O recurso a informalidade faz com que o trabalhador venha a perder esses direitos.
Características do Setor Informal
 A informalidade é constituído por empresas que não estão legalizadas e escapam ao pagamento de impostos, e trabalhadores sem carteira assinada. Esse incentivou a criação de micro e pequenas empresas (Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas - Lei Complementar 123/2006) com a redução de tributos e de burocracia. 
Legislação Trabalhista, encargos e informalidade
 A legislação brasileira praticamente restringe numa única forma de contratação de empregados: o contrato de trabalho regido pela CLT – Consolidação das Leis do Trabalho. 
 Com isso, processos alternativos de contratação de empregados, como a terceirização e a prestação de serviços através de pessoas jurídicas, exigirão um tratamento especial considerando a opção mais simples que é a informalidade. 
 Na legislação trabalhista não existe diferença entre a pequena e a grande empresa. O crescimento econômico deve se basear no fortalecimento da pequena empresa, no qual mais se verifica a informalidade. 
 Assim, deve-se discutir na legislação que regula as relações de trabalho a possibilidade de maior negociação entre capital e trabalho, no tocante aos pequenos empreendimentos. 
 O art. 114 da Constituição Federal que estabelece o papel da justiça do trabalho nos dissídios individuais e coletivos, no entanto, tem sido discutida a possibilidade de incremento à arbitragem ou aos acordos firmados pelas entidades particulares. 
 “Art. 114. Constituição Federal - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
 
ECONOMIA POLÍTICA
Aula 8
Objetivos:
Compreender a questão da infra – estrutura econômica e a presença do Estado 
b)Conhecer a implantação das agências reguladoras no Brasil
c) Analisar a contratação de parceria pública – privada e seus aspectos legais
O Estado brasileiro e a infra-estrutura econômica
 Após a metade da década de 90, instaurou-se no Brasil o Estado “regulador” através da presença das agências reguladoras, do fortalecimento do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência e da formação de marcos regulatórios setoriais no sentido de reduzir os preços para o consumidor e melhorar a qualidade dos serviços.
As Agências Reguladoras
 
 As transformações a nível global resultaram na redução da intervenção direta do Estado na economia e o fortalecimento de uma nova forma de intervenção, através da qual se observa uma maior presença do papel regulador do Estado, em detrimento do papel como produtor de bens e de serviços.
 O estímulo para as transformações aconteceu especialmente com a legislação constitucional e complementar, que permite a prestação de serviços públicos sob o regime de concessão ou permissão, através de licitação:
 
 CF Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos. Parágrafo único. A lei disporá sobre: I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, ... 
 
 ... o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão; II - os direitos dos usuários; III - política tarifária; IV - a obrigação de manter serviço adequado.
 
 Apesar da atuação ampla, as agências têm seus poderes delimitados por lei. As agências regulatórias têm poderes de fiscalização, regulamentação, regulação e mesmo de arbitragem e mediação. Em sua constituição, as agências reguladoras foram dotadas de personalidade jurídica de direito público.
 
a)Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)- criada pela lei 9.472/97; Na Constituição Federal brasileira observa-se art. 21 - Compete à União: XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, [...]
 
b) Agência Nacional de Petróleo (ANP) - criada pela lei 9.478/97;
 A Agência Nacional de Petróleo promove a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis. 
 Na Constituição Federal brasileira observa-se art. 177 determina que, constituem monopólio da União: I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro; 
 
 [...] § 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei.
 
c) Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) - criada pela lei 9.427/96;
 A Agência Nacional de Energia Elétrica regula e fiscaliza a produção, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal. 
 
 Na Constituição Federal brasileira observa-se art. 21 - Compete à União: XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: [...] b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos.
 
d) Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - criada pela lei 9.961/2000;
e) Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - criada pela lei 9.782/99;
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária protege e promove a saúde, garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços;
 
f) Agência Nacional de Águas (ANA) - criada pela lei 9.984/2000;
 A Agência Nacional de Águas organiza, em sua esfera de atribuições, a Política Nacional de Recursos Hídricos, integrando o Sistema nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
 
 g) Agência Nacional do Cinema (Ancine) - criada pela Medida Provisória no. 2228 de 06/08/2001;
 h) Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) – criada pela lei nº 10.233 de 05/06/2001;
 i)Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) - criada pela lei 10.233/2001;
 j) Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - criada pela lei 11.182/2005;
Parcerias Público-Privadas – PPP’s
 
 A lei no. 11.079, de 30 de dezembro de 2004, permitiu a contratação de parceria público-privada. Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
 
 O art. 4o da Lei 11.079/04 determina diretrizes na contratação de parceria público-privada: a) eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade; b) respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução; 
 
 c) indelegabilidade das funções de regulação [...]; d) responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias; e) transparência dos procedimentos e das decisões; f) repartição objetiva de riscos entre as partes; g) sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.
Políticas de Transporte
 
 São objetivos de Política de Transportes no Brasil:
 a)Elevar a escala dos investimentos em infra-estrutura de transporte, dotando o país de uma rede ampla, moderna e com tarifas competitivas. 
 
 b) Reforçar a capacidade de planejamento do Estado e promover a integração entre rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos em articulação com as cadeias produtivas. 
 c) Criar as bases para o crescimento sustentável do Brasil, dando início a um processo contínuo de planejamento e desenvolvimento de sua infra-estrutura logística.
 d) Reduzir custos e ampliar a capacidade de transporte do País, resultando na promoção da eficiência e elevação da competitividade.
ECONOMIA POLÍTICA
Aula 9
Objetivos:
1) Compreender a relação entre legislação ambiental e a economia 
2) Conhecer os Acordos Internacionais sobre o Meio Ambiente e os organismos internacionais de padronização
3) Conhecer a Política Ambiental brasileira
Padrões de Consumo e Energia
 O surgimento do consumo de massa e a poluição gerada pela queima de combustíveis resultaram no aumento da poluição do ar e no agravamento do problema de acúmulo de lixo. 
 O consumo de energia tem sido objeto de grandes discussões no que toca seu papel no desenvolvimento dos países. Assim, dois países com resultados similares no Índice de desenvolvimento Humano (IDH) podem apresentar níveis bastante distintos de consumo de energia per capita. (Ex. Estados Unidos e Noruega)
 A responsabilidade socioambiental das empresas pressupõe conhecer melhor o próprio negócio, melhorar a qualidade de produção, investir em tecnologias menos poluentes, identificar novos negócios com investimento em questões ambientais, e fazer parcerias ou alianças estratégicas com a sociedade civil.
 Existe uma ameaça à permanência do sistema capitalista de produção, pois com a escassez de recursos naturais e o nível elevado de poluição, são exigidos cada vez mais mecanismos regulatórios governamentais em contraponto aos próprios princípios liberais. 
 O objetivo é chegar a um modelo de desenvolvimento menos intensivo em consumo e energia, como uma forma de lutar contra as mudanças climáticas globais, passa por questões relacionadas à vontade de modificação de estilos de vida, por relações econômicas mais equilibradas no que toca à cooperação em nível global.
 As negociações internacionais sobre mudanças climáticas têm demonstrado a necessidade de discussão e pesquisa acerca de inúmeras barreiras e oportunidades para desenvolver, promover e aceitar os mecanismosde cooperação internacional para fortalecer a entrada de energia renovável, promover a eficiência energética
 
Legislação Ambiental e a Economia
 A Lei no. 6.938/81que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, estabelece a relação entre a melhoria e a recuperação do meio ambiente com o processo de desenvolvimento socioeconômico. As atividades econômicas que não se adequarem à nova realidade poderão ter ameaçados sua própria sustentabilidade.
 O art 2o. caput da Lei no. 6.938/8: “A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições de desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana [...]”.
 No art. 225 Caput da C. F., o legislador define que “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”
Legislação sobre o meio ambiente do trabalho:
 O Meio Ambiente do trabalho está previsto no art. 200 inciso VIII da Constituição Federal brasileira de 1988, onde determina que “ Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei: [...] colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o trabalho”.
 O artigo 6o., inciso V, da Lei no. 8.080, estabelece que o SUS, deve atuar na proteção do meio ambiente, nele englobando o trabalho. A preservação do meio ambiente não pode estar dissociada da saúde do trabalhador no local do trabalho.
Legislação penal e a responsabilidade corporativa
 A Constituição Federal estabelece a base jurídica da responsabilidade penal ambiental. Em seu art. 225 & 3o. define que: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar o dano”.
 A responsabilização penal deve ser aplicada aos dirigentes que se tenham utilizado da empresa para a prática de crimes. Entendimento do poder judiciário permite responsabilizar penalmente os responsáveis por atos que venham causar danos ao meio ambiente.
Responsabilidade ambiental corporativa e o comércio agrícola
 A produção agrícola brasileira para poder competir nesse cenário de subsídios e barreiras alfandegárias, além de aumentar sua produtividade, deverá demonstrar sua preocupação com a preservação do meio ambiente e com os produtos químicos que venham a afetar a saúde da população. 
 A agricultura tradicional com as técnicas poluentes não poderá fazer frente aos produtos dos países desenvolvidos tanto numa competição interna como externa, gerando um processo contínuo de empobrecimento das áreas agrícolas e o conseqüente êxodo rural.
 O principal adversário à adoção da gestão ambiental era a idéia de que meio ambiente e lucro eram elementos incompatíveis. Em poucos anos, ficou evidenciado que as tecnologias ambientais tinham o efeito inverso, reduziam custos por meio de uma melhor racionalização dos processos produtivos.
 
Os organismos internacionais de padronização
 O processo de globalização produziu uma concorrência no cenário internacional, resultando em normas gerais de padronização, de qualidade e mais recentemente de gestão ambiental. As empresas são forçadas a adaptarem-se às determinações dos mercados globalizados.
 A ISO-14001 é uma das normas ambientais da série ISO-14000, que estabelecem diretrizes e requisitos para uma empresa implantar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), habilitando-a receber uma certificação ambiental internacional. 
 
 No âmbito dos acordos internacionais, os EUA e Canadá, pressionados por seus grupos ambientalistas, incluíram novos critérios sobre proteção ambiental no México, em razão do temor de que empresas norte-americanas e canadenses venham a se instalar no mercado mexicano para usufruir de controles antipoluentes menos rígidos.
 
 Política Ambiental brasileira
 A estrutura do sistema de gestão ambiental no Brasil tomou por modelo a experiência norte-americana, caracterizada por dois elementos básicos: um grande nível de descentralização e um acentuado viés regulatório, baseado nos instrumentos de comando e controle, favorecendo a regulação direta das empresas. 
 
 
 O objetivo é induzir mudanças tecnológicas na direção de tecnologias mais limpas a fim de obter sustentabilidade ambiental – ou seja, que os recursos naturais sirvam para as gerações atuais e futuras, e que os níveis de poluição sejam reduzidos mesmo com o aumento da produção.
Acordos Internacionais sobre Meio Ambiente 
 Em 1972, aconteceu à Conferência de Estocolmo, Suécia, onde se discutiu às relações entre Desenvolvimento e Meio Ambiente, surgindo o conceito de Eco-desenvolvimento, que mais adiante foi consolidado no termo Desenvolvimento Sustentável. 
 Em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, realizou-se a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento que foi denominada RIO 92. Da conferência surge a Agenda 21, que conta com recomendações para a implantação do Desenvolvimento Sustentável ao longo do século XXI. 
 A Agenda 21 é um plano de ação para ser adotado global, nacional e localmente, constituindo-se na mais abrangente tentativa já realizada de orientar para um novo padrão de desenvolvimento para o século XXI, cuja base é a sustentabilidade ambiental, social e econômica.
 A Agenda 21 discute o desenvolvimento econômico atual, defendendo à sustentabilidade, unindo a agenda ambiental e a social, ao defender a indissociabilidade entre os fatores sociais e ambientais e a necessidade de que a degradação ambiental seja combatida em conjunto com o problema da pobreza mundial. 
 A Conferência das Partes (COP 3) – 1997 – Quioto – Japão – definiu o Protocolo de Quioto que propunha um programa para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, definindo compromissos mais rígidos para redução dessa emissão principal causador do aquecimento global.
 
 
ECONOMIA POLÍTICA
Aula 10
Objetivos:
1)Conhecer o conceito de Desenvolvimento Econômico Sustentável 
2)Compreender os aspectos jurídicos relacionados ao Desenvolvimento Econômico Sustentável 
3) Analisar o Sistema de Contas nacionais
Conceito de desenvolvimento Sustentável 
 A Comissão Brundland criada pelas Nações Unidas definiu desenvolvimento sustentável como “aquele que atende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”. 
 A posição da Comissão Brundland (1988) prevê um crescimento econômico baseado em questões sociais e ambientais perfeitamente solidificadas. Com isso, desigualdade social e degradação do meio ambiente não teria sustentação, resultando apenas na piora nos indicadores sociais e ambientais.
 Os meios para se atingir o desenvolvimento: atender as necessidades básicas; preservação para as gerações futuras; envolvimento da população; preservação do meio ambiente e dos recursos naturais; criação de um sistema social com garantia de emprego, segurança e respeito às culturas; saúde, bem-estar e educação. 
 A diferença entre o desenvolvimento e o crescimento é que: o crescimento não elimina automaticamente à desigualdade nem à injustiça social, pois não considera qualquer aspecto da qualidade de vida que não seja o acúmulo de riquezas, que acontece apenas com uns poucos indivíduos da população.
 
A Constituição e o desenvolvimento econômico 
 
A Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: [...]
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; [...]
 O art. 21º. da Constituição Federal brasileira estabelece a competência da União para promovero desenvolvimento econômico e social, e definir as diretrizes para o desenvolvimento urbano.
 
O artigo 170 da Constituição Federal traz a ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, deve defender o meio ambiente, reduzir as desigualdades regionais e sociais, e buscar o pleno emprego.
 
 O §1o do artigo 174 da Carta Maior, estabelece que a lei definirá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
 
 O Sistema de Contas Nacionais do Brasil
 
 O Produto Interno Bruto (PIB) é o somatório de todas as mercadorias e serviços finais produzidos dentro do território nacional num dado período de tempo, valorizados a preço de mercado, sem considerar se os fatores de produção são de propriedade de residentes ou não-residentes.
 A renda per capita é o resultado da divisão da produção total e real de um país pela sua população. Como indicador para definir o desenvolvimento de um país, a renda per capita apresenta algumas limitações.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 
 O índice de desenvolvimento humano (IDH) mede a qualidade de vida levando-se em conta indicadores como renda “per capita”, saúde (expectativa de vida ao nascer) e educação (taxa de alfabetização de adultos e matrículas no ensino fundamental, médio e superior). 
 O Brasil ainda ocupa uma posição de pouca relevância no ranking do IDH, distante das principais nações com desenvolvimento humano muito elevado.
 A renda faz parte da medição, mas como um dos meios do desenvolvimento e não como seu objetivo principal. Portanto, com o desenvolvimento humano, o foco deixa de ser o crescimento econômico, para privilegiar o ser humano.
 O conceito de Desenvolvimento Humano parte do princípio de que para conhecer o nível de qualidade de vida de uma população é necessário considerar outras características sociais, culturais e políticas que influenciam seu bem-estar.
O meio ambiente e a sustentabilidade
 Desenvolvimento sustentável é aquele que enriquece a qualidade da vida do ser humano e respeita a capacidade produtiva dos ecossistemas. Com isso, é possível alcançar a sustentabilidade ecológica com a utilização mais eficaz dos recursos naturais dos diversos ecossistemas, redução do consumo, e redução da poluição
 A Agenda Positiva, uma ação do Ministério do Meio Ambiente iniciada em 1999, tem a intenção de impedir o elevado ritmo do desmatamento na Amazônia, mobilizando a Sociedade, de maneira abrangente, na busca de uma compreensão do problema do desmatamento e do processo de imposição de modelos predatórios de desenvolvimento. 
Dentre às alternativas propostas para as agendas positivas destacam-se: 
•Gestão Ambiental - em que abordam estudos referentes às estruturas florestais, com práticas para um manejamento sustentável; elaboração de planos para impedir as queimadas agrícolas; aproveitamento de resíduos animais e vegetais; etc.
 •Biodiversidade - através da utilização de programas de melhoramento vegetal pela moderna biotecnologia, com o objetivo de desenvolver uma agropecuária e uma agrofloresta sustentável, como também a recuperação das áreas degradadas;
 •Manejamento de Produção - adotando novas tecnologias com a finalidade do aumento da renda das famílias nas pequenas escalas produtivas e reduzindo as perdas na colheita, com isso gerando de empregos; 
• Fiscalização - com fins educativos referente aos madeireiros para que desenvolvam um manejo florestal sustentável e não haja desmatamento predatório;
• Captação de recursos governamentais - baseado no cumprimento dos termos de acordos internacionais; entre outros.

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