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A Educação Física foi incluída como matéria no currículo escolar no ano de 1851. Em 1854, a ginástica passou a ser disciplina obrigatória no ensino primário; a dança, no ensino secundário. Mas foi a partir de 1920 que os estados começaram a incluir a Educação Física nas suas reformas educacionais e frequentemente usaram o nome de ginástica para esta prática (Betti, 1991, citado por Darido, 2003). A partir de 1930, a Educação Física escolar brasileira passou a ser marcada pelo modelo higienista e pelo modelo militarista. Ambas as concepções tinham suas práticas pedagógicas formalizadas por meio da seleção dos indivíduos perfeitos e exclusão dos considerados incapacitados. Entendiam a Educação Física como uma disciplina essencialmente prática, não necessitando de nenhuma fundamentação teórica para lhe dar suporte. (Darido, 2004; Coletivo de Autores, 1992, citado por Darido, 2003). Após as Grandes Guerras, apareceu um novo modelo de escola, denominado Escola Nova, cujo objetivo era promover o desenvolvimento integral da criança. Nessa fase ocorre a substituição do conceito anatomofisiológico para o conceito biossócio-filosófico da Educação Física (Darido, 2003). Entre 1969 e 1974, a Educação Física escolar estruturou-se predominantemente sob o modelo esportivista. Este retomou as práticas pedagógicas de segregação e exclusão, acrescidas da tentativa de alienar a juventude brasileira (Betti, 1991, citado por Darido, 2003; Castellani Filho, 1993, citado por Darido, 2003). Na década de 1980, o modelo esportivista começou a ser muito criticado pelos meios acadêmicos, e a Educação Física passou por um período de valorização dos conhecimentos produzidos pela ciência. Nesse momento rompeu-se, ao menos em nível de discurso, a valorização excessiva do desempenho como objetivo único da escola (Darido, 2003). Esse novo momento da Educação Física escolar provoca a eclosão de estudos sobre a prática pedagógica, dando origem às abordagens de ensino da Educação Física escolar. Segundo Darido (2003), as abordagens são: construtivista-interacionista, desenvolvimentista, psicomotricidade, jogos cooperativos, abordagem da saúde renovada, abordagem sistêmica, abordagem crítico-superadora, abordagem crítico-emancipatória. A abordagem construtivista-interacionista tem como objetivo principal promover a construção do conhecimento do sujeito com o mundo, fazendo com que todos os alunos
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