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SEMÂNTICA ARGUMENTATIVA. OPERADORES ARGUMENTATIVOS. MARCAS DE ARGUMENTAÇÃO NO TEXTO JURÍDICO. PLANEJAMENTO INICIAL. ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA. TESE E ARGUMENTO. PRODUÇÃO DE PARÁGRAFO ARGUMENTATIVO. REDAÇÃO INSTRUMENTAL SEMANAS 10 E 11 O PEDIDO nada mais é do que a manifestação da intenção daquele que ingressa com uma demanda no judiciário, é a materialização de sua pretensão, é o que ele pretende que lhe seja outorgado, reconhecido ou ainda constituído em uma sentença judicial. A tese é o ponto de vista jurídico que o advogado da parte irá apresentar em juízo, em sua argumentação, para sustentar o pedido, isto é, para que o autor da Inicial, por exemplo, obtenha êxito em sua pretensão. É fato que, se a tese for acolhida pelo magistrado, haverá também uma tendência de ele acolher o pedido formulado pela parte por meio de seu representante legal. Portanto, a tese está sempre relacionada ao pedido, mas não é o pedido. Estrutura Formal: Parágrafo Argumentativo Descreve-se que o desenvolvimento do parágrafo dependerá, naturalmente, da macroestrutura do texto. Há certos tipos de desenvolvimento mais adequados ao texto argumentativo, outros, ao discurso narrativo. O texto argumentativo é estruturado em introdução, desenvolvimento e conclusão. Lembrar que essas três partes do texto são compostas de um ou de vários parágrafos e que esses são constituídos por períodos que, por sua vez, são constituídos por orações, mas nunca se constrói um texto com paragrafação única, seguindo o estilo de Ata de reunião, pois essa falha é gravíssima. Organizam a hierarquia dos elementos numa escala, assinalando o argumento mais forte para uma conclusão. Introduzem dado argumento deixando subentendida a presença de uma escala com outros argumentos mais fortes. Introduzem uma conclusão relativa a argumentos apresentados em enunciados anteriores. Introduzem argumentos alternativos que conduzem a conclusões diferentes ou opostas. Estabelecem relações entre elementos, com vista a uma dada conclusão. Introduzem uma justificativa ou explicação relativa ao enunciado anterior; Contrapõem argumentos orientados para conclusões contrárias; opostas. mesmo’, ‘até’, ‘até mesmo’, ‘inclusive ‘ao menos’, ‘pelo menos’,‘ no mínimo’ ‘portanto’, ‘logo’, ‘por conseguinte’, ‘pois’, ‘em decorrência’, ‘consequentemente’ ou’, ‘ou então’, ‘quer...quer’, ‘seja...seja’ mais que’, ‘menos que’, ‘tão...como’ ‘porque’, ‘que’, ‘já que’, ‘pois’ mas’, ‘porém’, ‘contudo’, ‘todavia’, ‘no entanto’, ‘embora’, ‘ainda que’, ‘posto que’, ‘apesar de(que)’ OPERADOR /CONECTOR FUNÇÃO ‘um pouco’ e ‘pouco’, ‘quase’ e ‘apenas’, ‘só’, somente Distribuem-se em escalas opostas, isto é, um deles funciona numa escala orientada para a afirmação total e o outro, numa escala orientada para a negação total ‘e’, ‘também’, ‘ainda’, ‘nem’ (= e não), ‘não só... mas também’, ‘tanto...como’, ‘além disso’, ‘além de’, ‘a par de’ ‘já’, ‘ainda’, ‘agora’ São argumentos que fazem parte de uma mesma classe argumentativa, isto é, somam argumentos a favor de uma mesma conclusão. Introduz um argumento decisivo, resumindo todos os demais argumentos. São responsáveis por introduzir no enunciado conteúdos pressupostos. “aliás” OPERADOR /CONECTOR FUNÇÃO Diferenças entre os conectores concessivos e adversativos: Segundo Garachana (1997, p. 246), existem as seguintes diferenças: 1. tanto os conectores concessivos como os adversativos sinalizam a ruptura de expectativa; 2. os concessivos introduzem o primeiro membro da relação contra argumentativa e os adversativos, pelo contrário, introduzem o segundo membro; 3. os concessivos marcam desde o início o caráter contra argumentativo da construção, já os adversativos fazem-no no início do segundo enunciado; 4. enquanto os concessivos introduzem uma pressuposição e anunciam a sua falta de validade num determinado contexto, os adversativos sublinham o contraste próprio das estruturas argumentativas, ao introduzirem um enunciado que invalida uma pressuposição apresentada anteriormente; 5. os concessivos têm um valor catafórico, já os adversativos, um valor anafórico. Observação: O conector concessivo introduz um argumento que, embora admita a existência de um obstáculo, este não é suficientemente forte para que não se cumpra o que é expressado pela oração principal. “O trabalho dignifica a pessoa, mas a consome por completo.” A conjunção “mas” une duas ideias contrárias. Apresenta uma crítica ao trabalho. “Embora o trabalho dignifique a pessoa , ele a consome por completo”. A concessiva se prende à ideia menos importante no interior da oposição entre as duas. Observe os exemplos: Resumindo: - a oração coordenada sindética adversativa apresenta a ideia mais importante da oposição. - a oração adverbial concessivas a ideia menos importante da oposição. // Aula 10 - Questão 1 - Nos fragmentos abaixo, evidenciam-se alguns operadores discursivo- argumentativos que colaboram para o direcionamento para a defesa do réu. Identifique-os, justificando o valor semântico de cada um deles. Fragmento 1 - Em seu depoimento, na delegacia, às fls. 15, a ofendida declara o seguinte; "que ainda sob ameaça era obrigada a ir até a casa dele". Já no depoimento prestado perante o Exmo. Sr. Dr. Juiz às fls. 96 afirmou o seguinte: "que nunca foi à casa do Querelado. RESPOSTA “JÁ” indica uma mudança de estado, aponta para o sentido de que, em um momento foi afirmado algo e, em outro, mudou-se o discurso. No exemplo, fica claro que se quer contrastar o que a Ofendida disse antes na delegacia, do que ela disse depois para o Juiz, a fim de mostrar como ela é contraditória e não merece ter seus argumentos levados a sério ATENÇÃO! Favor responder o restante da questão 1 (fragmentos 2; 3 e 4, seguindo os moldes da resposta acima.) SEMÂNTICA ARGUMENTATIVA. OPERADORES ARGUMENTATIVOS. MARCAS DE ARGUMENTAÇÃO NO TEXTO JURÍDICO.��PLANEJAMENTO INICIAL. ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA. TESE E ARGUMENTO. PRODUÇÃO DE PARÁGRAFO ARGUMENTATIVO.�� Número do slide 2 Estrutura Formal: Parágrafo Argumentativo Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8
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