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Fichamento - Texto do Prof Gerson

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Matheus Vieira da Cunha Ribeiro (00191536); Direito Comercial – Turma A 
_____________________________________________________________________________ 
Revista Tribuna, Ano 97, volume 872, Junho de 2008. (pp. 11-42). Primeira Seção 
_____________________________________________________________________________ 
BRANCO, Gerson Luiz Carlos. São Paulo, 2008 – “O Regime Obrigacional Unificado do Código 
Civil brasileiro e seus efeitos sobre a liberdade contratual a compra e venda como modelo 
jurídico multifuncional”. 
_____________________________________________________________________________ 
O texto começa expondo o conceito da “comercialização do direito civil”, são inúmeras às vezes 
que o autor cita essa relação deixando claro - a partir de argumentos fundamentados em autores 
tais como, Teixeira de Freitas, Orlando Gomes, Sylvio Marcondes, Tancredo Neves, Waldemar 
Ferreira – que há uma “comercialização do direito civil” ao invés de uma “civilização do direito 
comercial”. 
 No decorrer da análise desse argumento, o autor, exemplifica baseado no Código Civil de 2002 
que a estrutura do novo Código Civil regulamenta o antes denominado direito comercial, a partir 
do Livro II do código e que enfatiza a relação comercial como uma “relação contratual”, 
disciplinada pelo Título II do código. 
“Essa concepção, posta no art. 966 do CC/2002, põe o contrato como elemento central de todo 
o sistema, já que a caracterização do empresário e da empresa estão vinculados diretamente ao 
exercício profissional da atividade econômica para circulação de bens ou de serviços”, (p. 27 – 
1º Parágrafo) 
Na mesma página o autor destaca o motivo prático da unificação dos códigos. “Da mesma 
maneira como foi estruturado o sistema do CC não havia possibilidade de uma disciplina da 
empresa, pois está é “a atividade”, e “a atividade empresarial” é realizada por meios de 
contratos”, (p.27). 
Apesar de ter havido uma unificação dos códigos o teórico Reale destaca, que mesmo tendo 
ocorrido a unificação sobre um mesmo eixo legislativo houve uma “preservação da autonomia 
científica do direito civil e direito comercial”. 
“Não há pois, que falar em unificação do direito privado a não ser em suas matrizes, isto é, com 
referência aos instrumentos básicos, pois nada impede que do tronco comum (Código Civil) se 
alonguem e se desdobrem, sem se desprender, ramos normativos específicos, que, com aquelas 
matrizes continuam a compor o sistema científico do direito civil ou comercial”, (p. 27, cit. P. 
116 – Exposição de motivos (REALE, Miguel)). [Destaque feito por mim]. 
No fim da primeira parte o texto clarifica a relação entre direito empresarial e direito contratual, 
uma vez que toda a atividade empresarial deve ser feita formalmente por meio de contratos de 
negócios jurídicos, diferenciando-se dos contratos civis de mesma ordem. 
“[...], a unificação das obrigações civis e mercantis estruturou sistematicamente o direito 
contratual como um capitulo de direito empresarial quando o contrato for um daqueles pelos 
quais realiza-se o ‘exercício da empresa’”, (p.30). 
No segundo capitulo do texto o autor começa a tratar as relações do regime de compra e venda 
conforme estabelecidos no “Código Civil Vigente”. Nessa parte do texto inicia-se a apresentação 
do significado do Código de Defesa do Consumidor, CDC. 
Na página 38 o texto clarifica o que caracteriza a compra e venda no âmbito empresarial e 
diferencia-o do âmbito civil. Sendo a relação de compra e venda destinada ao objetivo da 
atividade empresarial os contratos devem ser entendidos e analisados conforme a luz do direito 
empresarial (Parte Especial, Livro II do CC/2002), no entanto, não havendo para tal esse intuito, 
os contratos de compra e venda devem ser entendidos pela luz do Livro II da Parte Geral do 
CC/2002. 
Essas características dotaram o novo código civil com uma “flexibilidade que sempre foi a marca 
do direito comercial, o que justifica a afirmação de que ocorreu um processo de 
“comercialização do direito civil’”, (p. 37). 
Na parte final do artigo, que compreende das páginas 37-41, o autor começa a abordar as 
matérias que o código civil vigente passou a disciplinar. 
É interessante destacar as regras da Lei 5.474 de 18.07.1968 que define a maneira como as 
compras e vendas devem ser celebradas do ponto de vista dos bens móveis, representados por 
meio de duplicatas mercantis, enquanto que os bens imóveis devem ser regulados pelas 
relações civis, “[...] já que o regime de transferência de propriedade (pelo registro do título) é 
carregado de formalidade típica das relações civis”, (p. 39). 
Na conclusão o autor ressalva: “Embora possa parecer paradoxal, a unificação legal das 
obrigações civis mantem um regime diferenciado para compra e venda. Entre outras 
modalidades. Entre outras modalidades, continua vigente no nosso direito o regime de compra 
e venda mercantil, assim como de uma compra e venda das relações de consumo, em verdadeira 
multifuncionalidade de um determinado modelo jurídico”, (p. 41-42). 
Segundo Enzo Roppo: “O contrato é a veste jurídica das operações econômicas”, dessa forma o 
texto explica que as relações de compra e venda no âmbito empresarial são regulamentadas 
conforme a prática mercantil enquanto que nas relações civis são regulamentadas pelo CDC. 
Para uma análise mais aprofundada da prática de compra e venda, sugiro a leitura de: 
“Alterações no regime da execução das obrigações decorrentes do Compromisso de Compra 
e Venda” - Gerson Luiz Carlos Branco, Porto Alegre, 2010.

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