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Planejamento, Programação e Informações em Saúde Pública W B A 0 13 0 _ v1 _ 0 2/216 Planejamento, Programação e Informações em Saúde Pública Autor: Chennyfer Dobbins Paes da Rosa Como citar este documento: ROSA, Chennyfer Dobbins Paes da. Planejamento, Programação e Informações em Saúde Pública. Valinhos: 2015. Sumário Apresentação da Disciplina 03 Unidade 1: Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde Assista a suas aulas 05 21 Unidade 2: PlanejaSUS Assista a suas aulas 28 53 Unidade 3: Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública Assista a suas aulas 62 85 Unidade 4: Métodos de Planejamento em Saúde Pública: MAPP, ZOOP Assista a suas aulas 93 107 Unidade 5: Sistemas de Informação: Conceitos Básicos Assista a suas aulas 114 134 Unidade 6: Utilização de Sistemas de Informação em Saúde Assista a suas aulas 141 161 Unidade 7: Indicadores em Saúde Assista a suas aulas 168 183 Unidade 8: Avaliação em Saúde: Modelos para o Planejamento Assista a suas aulas 191 2092 /216 3/216 Apresentação da Disciplina Planejamento, Programação e Informações em Saúde Pública consistem em um desafio aos gestores de todos os níveis de governo, pois é algo complexo que requer o comprometimento de todos, o que inclui a participação da sociedade. A cultura de planejamento, programação e obtenção de informações de saúde para a melhoria do sistema é primordial para o sucesso do próprio sistema. Para tanto, cabe a todos os envolvidos o compromisso, a responsabilidade e o interesse, entendendo o que é necessário para uma boa gestão das informações. Esse desafio é grande e continuará sendo por muito tempo, pois depende de motivação, engajamento, envolvimento, postura ética e técnica dos gestores, profissionais e da própria população. Portanto, entre os objetivos desta disciplina cabe: • Compreender os conceitos, significados e a trajetória histórica do planejamento em saúde. • Reconhecer o planejamento e a programação de saúde como ferramenta de gestão para reorganização dos programas e serviços de saúde. • Entender e discutir as implicações da gestão fundamentada em Planejamento, Programação e Informação em Saúde, projetando e implementando redes de ações e 4/216 serviços com foco nas necessidades e demanda em saúde. • Conhecer as origens dos Sistemas de Informação Gerencial (SIG), assim como o papel desses sistemas, arquitetura, gerenciadores de bancos de dados, focando de que maneira devem ser aplicados na saúde pública. • Entender e discutir os modelos de Avaliação em Saúde. 5/216 Unidade 1 Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde Objetivos 1. Compreender os conceitos de planejamento. 2. Entender os diferentes tipos de planejamento. 3. Aprender o que é Planejamento em Saúde. Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde6/216 Introdução Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e quais objetivos devem ser atingidos. Planejar significa pensar antes de agir, pensar sistematicamente, com método. Planejamento significa explicar cada uma das possibilidades de ação e analisar suas respectivas vantagens e desvantagens. Quando decidimos com certa antecedência, pode-se dizer que estamos planejando. Neste ato, olhamos para o futuro imaginando o que poderá ser feito para mudar situações insatisfatórias no presente ou para evitar que condições inadequadas venham a ocorrer. O planejamento é uma ferramenta essencial para qualquer gestor, em qualquer área, seja em empresa pública ou privada. Quando se trata de planejamento em saúde, além de essencial, essa ferramenta requer cuidados, pois, se pensarmos nos sistemas de saúde, devemos vinculá- la às diretrizes básicas que os norteiam. Refletindo sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), a diretriz é única (universalidade, equidade e integralidade), requerendo atenção especial em cada esfera de governo, para que se tenha um planejamento conciso e integrado. Essa articulação sistêmica foi planejada desde o Plano Nacional de Saúde (PNS) 2004-2007 — Um pacto pela Saúde no Brasil. Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde7/216 Link Portaria n. 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006. Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto. Disponível em: < http://bvsms. saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/ prt0399_22_02_2006.html> Acesso em julho de 2015. O planejamento em saúde pública é um desafio pela própria complexidade do perfil epidemiológico brasileiro, pela alta e diversificada demanda de ações de saúde, desigualdade entre os municípios, seja em relação ao acesso, à integralidade ou à qualidade da atenção prestada. O gestor de saúde, portanto, precisa se preparar e se atualizar continuamente em relação a técnicas e métodos de planejamento. Faz-se necessário ter uma infraestrutura adequada em relação aos recursos humanos, tecnológicos e aos próprios recursos para a saúde, para que se possa garantir a eficiência no planejamento. O planejamento deve estar intimamente ligado às funções administrativas (planejar, organizar, direcionar, avaliar e controlar), garantindo, assim, o domínio necessário das características e peculiaridades que o cercam, bem como a própria coordenação do processo de planejamento. Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde8/216 O processo administrativo ocorre quando essas funções administrativas são feitas de maneira sequencial. 1. Planejando Em qualquer esfera de governo ou setor, o planejamento é um processo que resulta em instrumentos estratégicos para a gestão. Por isso, é fundamental que os gestores entendam, apliquem e executem o planejado, de acordo com o que foi descrito e imaginado. Lembre-se: Planejar implica ter os pés no presente e o olhar no futuro. A fase de planejar busca evitar a ocorrência de situações ou ações improvisadas, casuais, o que contribui para a segurança quanto ao desempenho da empresa. O planejamento não é somente um plano de ação, mas o ato de gerenciar. Por isso, tem um caráter permanente e contínuo, sendo realizado de forma sistemática nas organizações e sistemas, mas, caso seja necessário, pode ser replanejado. Portanto, o ato de planejar é olhar para o futuro pensando aonde se quer chegar. É uma relação entre coisas a fazer e o tempo esperado para fazê-las. Neste momento, é importante que o gestor se atente à racionalidade da tomada de decisões, pois o estabelecimento do que será feito no futuro o orientará durante o processo decisório, dando-lhe racionalidade. Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde9/216 Fonte: <https://juliaobraga.files.wordpress.com/2009/07/dssoriginal.png?w=595>. O planejamento descreverá a ação e as possibilidades de sua execução e realização; deve ser flexível para aceitar ajustes e correções; deve permitir avanços e mudanças em função de acontecimentos diferentes dos previstos. O planejamento também requer um cronograma. Portanto, deve ser previsto o tempo esperado Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde10/216 para cada ação, provisionando o curso em função do tempo de duração, que pode ser longo, médio ou de curto prazo. Existem muitos métodos de planejar, cada um com suas vantagens e desvantagens conforme a situação que se apresenta; no entanto, as maiores influências no planejamento em saúde são as do planejamento normativo e estratégico. 1.1 Normativo Este modelo, como o próprio nome prevê, é regrado. É de curto prazo ou momentâneo, voltado para uma ação imediata, garantindo o funcionamento dos serviços. É utilizado para elaborar apenas um plano de ação por vez. Para usá-lo, é necessário ter um ambiente estável, livre de invariáveis, com leis preestabelecidas, pois a predição neste modelo será exata, não Para saber mais A organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. Portanto, o planejamento deve ser sistêmico, considerando a empresa, o órgão ou a unidade em sua totalidade. No planejamento em saúde pública, cabe reforçar o compromisso dos pactos previamente definidos por esfera de gestão e as particularidades sanitárias de cada um. Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde11/216 havendo incertezas ou surpresas. Todos os problemas são bem-estruturados. O Planejamento Normativo surgiu na década de 1940 e foi muito utilizado até o final da década de 1970. Analisou-se sua aplicação em ambientes estáveis, pela própria característica de predição exata. Neste modelo, a qualidade do plano depende da capacidade técnica do planejador. Para elaborar um Planejamento Normativo, você deve seguir as fases que ele prevê: Fase 1 - chama-se fase de preparação. Ela tem quatro passos que devem ser seguidos: 1. Conhecer a necessidade (qual o problema?). 2. Determinar os objetivos e prazos para a resolução da necessidade/ problema. 3. Estabelecer prioridades entre as necessidades levantadas. 4. Selecionar os recursos disponíveis para resolver o problema. 5. Desenvolver o plano operacional, definindo quem será o responsável por cada atividade proposta. Fase 2 - chama-se fase de desenvolvimento. Neste momento, o coordenador do Planejamento Normativo deverá desenvolver o projeto proposto, ou seja, é o momento de executar a ação planejada. Antes da execução, é necessário que se tenha a aprovação do gestor ao qual Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde12/216 é subordinado. Fase 3 - Aperfeiçoamento. Este é o momento de controlar, avaliar e supervisionar a execução. Caso observe falhas ou pontos de melhoria, é necessário replanejar. 1.2 Estratégico O enfoque estratégico exerceu grande influência na saúde pública, principalmente no movimento da Reforma Sanitária no Brasil em 1988. O planejamento mais conhecido e utilizado pensando no enfoque estratégico é chamado de Planejamento Estratégico Situacional (PES). No PES, o ator que planeja está dentro da realidade e pensa, junto a outros atores, em ações nas quais eles farão parte, o que é diferente do método normativo, em que o planejador é um sujeito separado da realidade, colocando-se fora dela e querendo controlá-la. Esta parte de pressupostos em ambientes complexos não estabelece prioridades objetivas, sendo que a capacidade de predição é nula, com incertezas e surpresas. Podem-se elaborar vários planos, e a capacidade do sucesso do plano depende mais da governabilidade do ator que declara o problema do que da capacidade técnica dele. Neste modelo de planejamento é necessário fazer um diagnóstico interno e externo das forças, fragilidades, fraquezas Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde13/216 e oportunidades da organização. Após, analisam-se os fatores-chave de sucesso e competências distintas, criando a estratégia que será adotada para resolver os problemas. O PES avalia valores corporativos, responsabilidade social, cenários externos relacionados a finanças, economia, política, marketing do negócio. Com esse diagnóstico bem-definido, é feita a avaliação e a escolha da estratégia que será abordada para a resolução do problema, e, uma vez escolhida, é feita a implementação. Observe que o PES pode ter mudanças ao longo de sua execução, uma vez que os cenários são incertos e a busca final são os resultados e as metas propostos para alcançar. Este modelo analisa os cenários e os diferentes atores sociais; parte-se de uma situação inicial (diagnóstico) e se estabelece a trajetória rumo à resolução do problema. Durante o PES, levam-se em consideração as questões sociais, econômicas, o próprio modelo político de comportamento, pois isso acarretará diferentes atores sociais que não têm iguais objetivos nem trajetórias de estratégias de atuação similares. Por isso, deve-se levar em consideração a própria estratégia (planejamento), que consiste no pensar e agir estrategicamente, o que implica construir viabilidade (política, técnica e econômica) para o plano. Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde14/216 O momento vivido: a. Explicativo: diagnóstico - o que é, o que tende a ser? b. Normativo: programa, desenho - o que deve ser? c. Estratégico: viabilidade do plano - o que fazer? Com quem? Como? d. Tático-operacional: modo como irá gerenciar e executar o plano. 2. Conceitos Básicos O planejamento, independentemente de ser normativo ou estratégico, deve compor seu plano quanto a: natureza, objetivos, metas, tempo, nível de implantação, prazos e ritmos. O gestor deve ter a clareza das ações e classificá-las quanto à natureza: a. Nível Estratégico: neste âmbito, o nível das decisões é sempre realizado nos escalões mais elevados da empresa, tem sempre um alcance maior no tempo do que o tático e o operacional, e as decisões envolvem a organização como um todo, e não simplesmente uma parte dela. Fixa a natureza da organização: missão, estratégias, objetivos. b. Nível Tático: serve para gerenciar recursos visando atingir os planos estratégicos (projetos, ações etc.). Neste caso, a responsabilidade é dos executivos da diretoria e subordinados (nível médio). Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde15/216 Entre as questões essenciais no momento do planejamento neste nível pode-se destacar: o que fazer; o que é possível fazer; se vale a pena fazer; quem irá fazer; como será feito; como funciona; se funciona em outros locais, organizações, sistemas; e quando fazer. c. Nível Operacional: objetiva otimizar as operações, elaboração de procedimentos, visando à realização dos planos estratégicos e táticos. A responsabilidade é dos gerentes e colaboradores dos setores (nível baixo). Deve preocupar-se com os métodos operacionais e a alocação de recursos, como o detalhamento das etapas do projeto; métodos, processos e sistemas aplicados; pessoas: responsabilidade, função, atividades/tarefas; equipamentos necessários; prazos e cronograma. Quanto ao tempo: a. Planejamento de longo período = igual ou acima de 4 anos. b. Planejamento de médio prazo = entre 2 e 3 anos e 11 meses. c. Planejamento de curto período = até 1 ano e 11 meses. Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde16/216 Glossário Ator Social (Poder): um ator social pode ser uma pessoa ou um coletivo de pessoas que, atuando em determinada situação, é capaz de transformá-la. Problema: é uma situação insatisfatória acumulada, ou seja, é a discrepância entre uma situação real e a situação ideal ou desejada. Situação: é um espaço socialmente produzido onde se inserem diversos atores sociais que interpretam e explicam a realidade; assim, a situação é um espaço de conflito. Questão reflexão ? para 17/194 “Quando falamos de saúde pública, estamos falando de um modelo que começa no início do Século XX, com campanhas dirigidas à proteção do ambiente, da saúde materno-infantil, da saúde dos portos e aeroportos” (Fonte: ABRASCO, 2015. Disponível em: <http://www. abrasco.org.br/site/2015/04/saude-coletiva-e-saude- publica-na-radio-nacional/>. Acesso em: jul. 2015) Pensando sobre as campanhas dirigidas à população, faça uma reflexão sobre o conteúdo aprendido, ponderando em qual momento se pode fazer o planejamento normativo e em qual momento cabe o estratégico. 18/216 Considerações Finais (1/2) Para facilitar a compreensão, segue um quadro com as diferenças entre o modelo de Planejamento Normativo e o modelo de Planejamento Estratégico Situacional (PES): Planejamento Normativo Planejamento Estratégico Problema técnico. Predições certas. Planos, projetos, ações desejáveis. Objetivo (diagnóstico). Predições únicas. Plano por setores. Os sujeitos são agentes. Problema entre pessoas (tecnopolítico). Predições incertas. Planos, projetos, ações possíveis. Subjetivo (apreciação situacional). Propostas em vários cenários. Plano por problemas. Os sujeitos são atores. Não integra as expectativas; foca apenas o conhecimento técnico dos profissionais envolvidos no diagnóstico. Integra o conhecimento de diferentes profissionais com suas expectativas, interesses, necessidades, destacando os problemas das pessoas envolvidas. 19/216 Planejamento Normativo Planejamento Estratégico Não leva em consideração, de maneira significativa, os oponentes, os obstáculos nem as dificuldades que condicionam o sucesso do planejamento. Parte do pressuposto de que o planejador controla o sistema. Parte do pressuposto de que o sistema social está integrado por pessoas que têm sua própria escala de valores e estabelece o que é conveniente e inconveniente, bem ou mal, com o objetivo a alcançar. O ponto de partida é um modelo analítico que explica a situação-problema, expressa em um diagnóstico. O ponto de partida é o ator que está inserido no problema, na realidade que planeja, envolvendo atores sociais. O ponto de chegada é um modelo normativo, um único plano. Não há monopólio na elaboração do planejamento, pois é constituído por vários planos. Fonte: Próprio autor Considerações Finais (2/2) Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde20/216 Referências BIRCHAL, Fabiano Fernandes Serrano; ZAMBALDE, André Luiz; BERMEJO, Paulo Henrique de Souza. Planejamento estratégico situacional aplicado à segurança pública em Lavras (MG). Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro, v. 46, n. 2, p. 523-545, abr. 2012. Chiavenato I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000. CORREA, Izabela Moreira. Planejamento estratégico e gestão pública por resultados no processo de reforma administrativa do estado de Minas Gerais. Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro, v. 41, n. 3, p. 487-504, June 2007. OLIVEIRA, D. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2010. STEINER, George A. Strategic Planning: What Every Manager Must Know. Tradução Carlos Roberto Vieira de Araújo. New York: Free Press,1989. São Paulo: Atlas, 1991. 21/216 Aula 1 - Tema: Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde – Parte I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/9aaef7e83c3c2935a7d2f2ec5f395571>. Aula 1 - Tema: Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde – Parte II. Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ a96380caf17571c8625eb64920c5d446>. Assista a suas aulas 22/216 1) O que é planejar? a) Trata-se de organizar as ações propostas. b) Trata-se de controlar as atividades dos subordinados. c) Trata-se de pensar nas ações propostas e executá-las. d) Trata-se de olhar para o futuro, pensar no que precisa e como será feito para atingir o objetivo. e) É ver o futuro não se preocupando com os objetivos. Questão 1 23/216 2) O termo organização refere-se a: a) Uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. b) Uma combinação de esforços individuais com foco apenas na meta. c) Uma combinação de esforços coletivos com foco no término de uma atividade. d) Uma combinação de atividades que compõe um processo. e) Um combinado de ações com objetivo próprio. Questão 2 24/216 3) Com relação ao planejamento normativo, assinale a alternativa corre- ta: a) É de longo prazo, precisa de ambientes complexos. b) É de curto prazo, porém foca na governabilidade de quem executa. c) É de longo prazo, precisa do conhecimento técnico do planejador. d) É de curto prazo ou momentâneo, voltado a uma ação de longo prazo. e) É de curto prazo ou momentâneo, voltado para uma ação imediata, garantindo o funcionamento dos serviços. Questão 3 25/216 4) O nível das decisões é sempre realizado nos escalões mais elevados da empresa, tem sempre um alcance maior no tempo. Esta afirmação diz respeito ao: a) Nível tático. b) Nível estratégico. c) Nível operacional d) Nível estratégico e operacional. e) Nível estratégico e tático. Questão 4 26/216 5) Esse tipo de planejamento teve enfoque e grande influência na saúde pública, principalmente no movimento da Reforma Sanitária no Brasil em 1988. Estamos falando de que tipo de planejamento? a) Tático. b) Normativo. c) Estratégico situacional. d) Operacional. e) Estratégico operacional. Questão 5 27/216 Gabarito 1. Resposta: D. Trata-se de olhar para o futuro, pensar no que precisa e como será feito para atingir o objetivo. 2. Resposta: A. Uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos coletivos. 3. Resposta: E. É de curto prazo ou momentâneo, voltado para uma ação imediata, garantindo o funcionamento dos serviços. 4. Resposta: B. Nível estratégico. 5. Resposta: C. Estratégico situacional. 28/216 Unidade 2 PlanejaSUS Objetivos 1. Compreender o processo de planejamento e programação em Saúde no Brasil. 2. Entender a construção do PlanejaSus. 3. Refletir sobre o aparato legal que respalda a área. Unidade 2 • PlanejaSUS29/216 Introdução Planejamento e Programação em Saúde no Brasil passou por um longo percurso, sendo que o marco da universalidade, integralidade e equidade foi a própria construção do Sistema Único de Saúde (SUS), que ocorreu de acordo com a Constituição Federal de 1988, sendo seu planejamento e instrumentos de gestão (planos e relatórios) regulamentados pelas Leis 8.080/1990 e 8.142/1990 (Leis Orgânicas da Saúde). A Lei 8.080/1990 atribui à direção nacional do SUS a responsabilidade de desenvolver planejamento estratégico nacional junto a estados, municípios e Distrito Federal, devendo especificar o orçamento nos três níveis, a participação de todos os órgãos relacionados, interligando a demanda em saúde às políticas de saúde. Cabe a análise dos recursos disponíveis para os planos de saúde de todas as esferas de governo. Ainda esta lei descreve no artigo 36 que “os planos de saúde serão a base das atividades e programações de cada nível de direção do SUS e seu financiamento será previsto na respectiva proposta orçamentária” (BRASIL, 1990a), vetando a transferência de recursos para o financiamento de ações não previstas nos planos de saúde, salvo em situações emergenciais ou de calamidade pública de saúde. Unidade 2 • PlanejaSUS30/216 1. Programação Em Saúde No Brasil Ao Conselho Nacional de Saúde cabe a responsabilidade de desenvolver diretrizes para a elaboração dos planos de saúde, com foco na análise das características da população e dos equipamentos de saúde disponíveis. A Lei 8.142/1990 descreve o processo de recursos provenientes do Fundo Nacional de Saúde, fixando que os municípios, estados e o Distrito Federal precisam ter em seu planejamento e programação de saúde um plano de saúde e um relatório de gestão que tragam monitoramento, avaliação e controle efetivo de suas ações, garantindo o controle do dinheiro público e a transparência da alocação dos recursos. A Portaria 399/2006, que define o Pacto para Saúde, em seu anexo do item 4, especifica os conceitos, princípios e objetivos principais do Sistema de Planejamento do SUS, priorizando pontos de pactuação para esse planejamento, como a adoção das necessidades de saúde da população como critério de prioridade nas ações de saúde; a integração dos instrumentos de planejamento entre as esferas de gestão (municipal, estadual, federal); a cooperação entre essas esferas para o fortalecimento do sistema com foco na equidade, no que tange à gestão do sistema de saúde brasileiro, ao monitoramento e à avaliação, como instrumento estratégico de gestão do Unidade 2 • PlanejaSUS31/216 SUS, além do monitoramento e autoavaliação das três esferas de governo; dos instrumentos de planejamento, como planos, relatórios e programações. Vale relembrar que a Portaria 2.135/2013 norteia a organização e a implementação do Sistema de Planejamento do SUS, aprovando orientações relativas aos instrumentos destacados. Link Leia mais sobre as portarias relativas ao Sistema de Planejamento do SUS: - Portaria nº 2.135, de 25 de setembro de 2013. Estabelece diretrizes para o processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: <http://sna.saude.gov.br/legislacao/leg_detalhes2. cfm?id=5653>. Acesso em: jul. 2015. 1.1 Planejamento no SUS A definição de Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde (PlanejaSUS) é a ação Unidade 2 • PlanejaSUS32/216 contínua, integrada, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. O Planejamento no SUS foi construído pelo Ministério da Saúde, tendo como uma de suas premissas ser um instrumento de gestão, cabendo ao planejamento auxiliar na melhoria da qualidade e suprir as demandas e necessidades de saúde. Toda a construção do PlanejaSus foi conduzida pela esfera federal, por meio do planejamento estratégico situacional, e realizada junto ao Plano Plurianual (recebendo reavaliações e replanejamentos de quatro em quatro anos). Para saber mais O Art. 165 da Constituição Federal estabelece o Plano Plurianual; as diretrizes orçamentárias; e os orçamentos anuais. O Plano Plurianual estabelecerá de forma regionalizada as diretrizes, os objetivos e as metas da administração pública federal para as despesas de capital, e outras delas decorrentes, e para as relativas aos programas de duração continuada. Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em sintonia ao Plano Plurianual e validados pelo Congresso Nacional. Unidade 2 • PlanejaSUS33/216 O Pacto pela Saúde também contribuiu para sua implementação, visto que existe uma formalização do Termo de Compromisso de Gestão que subsidia as auditorias e os controles (nas diversas esferas). Cabe ressaltar que o PlanejaSUS foi implementado de forma ascendente, o que o torna complexo, principalmente pelas diferenças do perfil epidemiológico brasileiro por região, além da quantidade e diversidade dos municípios, desigualdades sociais, consequentemente em saúde, tanto em relação ao acesso quanto em relação à integralidade e à qualidade da atenção prestada. Outro ponto a se destacar é que, embora houve muito esforço para a criação do SUS, a área de planejamento do Sistema, independentemente da esfera de gestão, carece de recursos humanos em quantidade e qualidade. Observa- se que falta infraestrutura e atualização contínua nas técnicas e nos métodos do planejamento em si, principalmente nas ações de monitoramento, controle e avaliação. Link Assista ao vídeo: Novo Modelo de Gestão <https://www.youtube.com/ watch?v=51ZvkEM8KBc> Unidade 2 • PlanejaSUS34/216 O PlanejaSUS foi uma estratégia importante para a efetivação do SUS, pois foram definidos os objetivos e as responsabilidades das áreas de planejamento de cada uma das esferas de governo, garantindo o compromisso com o monitoramento e a avaliação das ações de saúde. Sua organização e operacionalização se fundamenta em processos que permitem o funcionamento entre todas as esferas do SUS, pois exige as pactuações (tripartite) e a participação social, visando aumentar a resolubilidade no processo de implantação, operacionalização, monitoramento e avaliação sistematizada e contínua. O PlanejaSUS deve integrar todos os envolvidos, ou seja, o governo, os profissionais de saúde e o coletivo. Portanto, são necessárias: ações de coordenação dos métodos e processos de formulação, monitoramento e avaliação dos instrumentos básicos (Plano de Saúde, Programação de Saúde e Relatórios de Gestão) ‒ veja o Tema 3 deste material, segundo suas especificidades e necessidades. Existem alguns eixos que norteiam as metas e os objetivos esperados do PlanejaSUS. Entre eles, destacam-se: a. O atendimento de necessidades importantes da gestão do SUS, de que são exemplos a formulação ou a revisão nos planos, programações e relatórios gerenciais. Unidade 2 • PlanejaSUS35/216 b. O apoio dos gestores e representantes do controle social (Colegiados de Gestão Regionais) às Comissões Intergestores (CIB e CIT), aos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems) e aos Conselhos de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), incorporando o planejamento como instrumento estratégico para a gestão do SUS. c. A capacitação de recursos humanos para o processo de planejamento do SUS. d. A geração de informações que possam ser usadas para a tomada de decisão. e. A adequação conforme a legislação relativa ao planejamento e às diretrizes organizativas, norteadoras e participativas do SUS. f. A cooperação tanto técnica quanto no financiamento para o PlanejaSUS. g. O provimento de estrutura física e operacional para os equipamentos de saúde. 2. Objetivos do Planejamento no SUS 2.1 Geral O PlanejaSUS tem por objetivo geral coordenar o processo de planejamento no âmbito do SUS, respeitando a Unidade 2 • PlanejaSUS36/216 heterogeneidade entre as regiões, contribuindo para a melhoria da qualidade da gestão e para a assistência à saúde prestada ao povo brasileiro. 2.2 Específicos Os objetivos específicos do PlanejaSUS são: a. Formulação de propostas e pactuação das diretrizes para o processo de planejamento em saúde pública. b. Avaliação, replanejamento e aperfeiçoamento contínuo no âmbito do SUS. c. Metodologias e implantação de modelos de instrumentos básicos do processo de planejamento, garantindo o monitoramento, a avaliação e a regulação de todas as esferas governamentais em relação às ações sobre as diretrizes do SUS. d. Promoção da institucionalização, fortalecendo e reconhecendo as áreas de planejamento como instrumento estratégico de gestão do SUS nas três esferas de governo. e. Apoio e participação da avaliação periódica relativa à situação de saúde da população e ao funcionamento dos equipamentos de saúde, garantindo informações para a melhoria e o redirecionamento da gestão. f. Implementação e difusão da cultura Unidade 2 • PlanejaSUS37/216 de planejamento, integrando e qualificando as ações do SUS em nível municipal, estadual e federal, auxiliando nas tomadas de decisão por parte de seus gestores. g. Promoção a educação permanente para os profissionais de saúde que atuam no setor público. h. Promoção da eficiência dos processos compartilhados de planejamento e eficácia dos resultados. i. Incentivo à participação social como elemento essencial dos processos de planejamento. j. Implementação de uma rede de cooperação entre os três níveis de governo, permitindo um amplo compartilhamento de informações e experiências. k. Identificação, sistematização e divulgação de informações e resultados das ações planejadas, garantindo a transparência na gestão. l. Promoção e fomento da intersetorialidade no processo de planejamento do SUS. m. Promoção da integração do planejamento e gestão dos três entes federados do SUS. 2.3 Responsabilidades dos En- tes Federados Todas as esferas de governo (municipal, Unidade 2 • PlanejaSUS38/216 estadual e federal) são responsáveis pela implantação, implementação, aperfeiçoamento e consolidação do PlanejaSUS. No âmbito federal: Entre as responsabilidades e os compromissos desta esfera de governo, cabe: a. Coordenação, organização, implantação, implementação, monitoramento e avaliação sistemática do processo de planejamento do SUS em âmbito nacional e apoio a este processo nos estados e municípios. b. Garantia da cooperação dos estados e municípios no processo de planejamento das ações de saúde pública. c. Cooperação técnica e financeira na implantação e implementação do PlanejaSUS em cada esfera de governo, bem como formulação, monitoramento e avaliação dos instrumentos básicos. d. Implementação de rede, com a articulação e integração dos três entes federados no processo de gestão do SUS. e. Promoção da divulgação de informações e o conhecimento técnico-científico na área; promoção da educação permanente em planejamento para os profissionais Unidade 2 • PlanejaSUS39/216 de saúde que atuam no SUS. Link Leia mais sobre a Comissão Intergestores Tripartite (CIT) em: - Comissão Intergestores Tripartite (CIT). Disponível em: <http://portalsaude.saude. gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sgep/dai-departamento- de-articulacao-interfederativa/se-cit>. Acesso em: jul. 2015. - Conheça do SUS. Disponível em: <http://www.saude.mg.gov.br/sus>. Acesso em: jul. 2015. f. Participação no Grupo de Planejamento da Secretaria Técnica da Comissão Intergestores Tripartite (CIT). g. Formulação e apresentação, para análise e deliberação da CIT, de propostas Unidade 2 • PlanejaSUS40/216 relativas ao funcionamento e ao aperfeiçoamento do PlanejaSUS e de seus instrumentos básicos. h. Mobilização e coordenação do grupo de colaboradores no processo de planejamento e orçamento na esfera federal e em instituições de ensino e pesquisa, buscando garantir o cumprimento das responsabilidades junto ao PlanejaSUS. i. Apoio aos grupos de trabalho e demais fóruns da CIT em questões relativas ao planejamento no âmbito do SUS. j. Compromisso de adequação dos sistemas de informação em saúde, trabalhando no processo de monitoramento e garantia da obtenção de informações gerenciais em saúde, analisando os indicadores e propondo melhorias no planejamento do SUS. k. Utilização dos Planos Estaduais e Municipais de Saúde como subsídio prioritário na formulação do Plano Nacional de Saúde, de acordo com a Política Nacional de Saúde. l. Assessoramento aos estados na definição de estratégias voltadas ao fortalecimento e à organização do processo de planejamento estadual. Link Assista ao vídeo: SUS - Planejamento Estratégico <https://www.youtube.com/watch?v=R_ xyzpgqk5Q> Unidade 2 • PlanejaSUS41/216 No âmbito estadual: Entre as diversas responsabilidades da esfera estadual referentes ao PlanejaSUS, pode-se destacar: a. Organização e coordenação do PlanejaSUS no âmbito estadual e apoio a este processo nos municípios. b. Apoio ao Ministério da Saúde (MS) no processo de implantação, implementação, instrumentos pactuados, monitoramento e avaliação do planejamento em âmbito nacional. c. Assessoria aos municípios na definição de estratégias voltadas ao fortalecimento e à organização do processo de planejamento local e regional. d. Utilização de Planos Regionais e Municipais de Saúde como subsídio prioritário na formulação do Plano Estadual de Saúde, de acordo com a Política de Saúde. e. Coordenação do processo de planejamento regional de forma articulada, integrada e participativa, com aplicação e adaptação das diversas realidades locais. f. Compromisso de apoiar a organização e o funcionamento dos Colegiados de Gestão Regionais. g. Desenvolvimento da cooperação Unidade 2 • PlanejaSUS42/216 técnica e financeira aos municípios no âmbito do PlanejaSUS. h. Promoção e apoio à educação permanente dos profissionais de saúde que atuam no contexto do planejamento no SUS, em parceria com o MS e municípios. i. Participação na implementação de rede, no âmbito do planejamento, voltada à articulação e integração das três esferas de gestão do SUS e à divulgação de informações e disseminação do conhecimento técnico-científico na área. j. Apresentação para análise e deliberação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) em relação às propostas relativas ao funcionamento e aperfeiçoamento do PlanejaSUS. k. Apoio às câmaras e aos grupos de trabalho da CIB em questões relativas ao planejamento no âmbito do SUS. No âmbito municipal: Já aos municípios cabem o compromisso e a responsabilidade de: a. Coordenar, executar e avaliar o processo de planejamento no âmbito municipal, mediante os pactos estabelecidos no âmbito do PlanejaSUS. b. Apoiar o estado e o MS na implementação e no aperfeiçoamento do PlanejaSUS. Unidade 2 • PlanejaSUS43/216 c. Implementar diretrizes, metodologias, processos e instrumentos pactuados no âmbito do PlanejaSUS. d. Sensibilizar os gestores e gerentes locais para incorporação do PlanejaSUS como instrumento estratégico de gestão deste sistema. e. Elaborar os instrumentos básicos de planejamento de forma articulada, integrada e participativa, com aplicação e adaptação das diversas realidades locais. f. Participar da implementação de rede, no âmbito do planejamento, voltada à articulação e integração das três esferas de gestão do SUS e à divulgação de informações e experiências de interesse do PlanejaSUS, bem como à disseminação do conhecimento técnico-científico na área. g. Participar e promover a capacitação dos profissionais de saúde em planejamento, monitoramento e avaliação das ações do PlanejaSUS. h. Promover mecanismos de articulação entre as diversas áreas da Secretaria Municipal de Saúde e outros setores do município. i. Estimular o estabelecimento de políticas públicas de saúde de forma articulada e intersetorial. j. Implementar o planejamento local com monitoramento e avaliação Unidade 2 • PlanejaSUS44/216 das ações propostas, bem como com a divulgação dos resultados alcançados. k. Coordenar ações participativas visando à identificação de necessidades da população, tendo em vista a melhoria de ações e serviços de saúde. l. Operacionalizar, monitorar e avaliar os instrumentos de gestão do SUS e retroalimentação de informações necessárias às três esferas de governo. m. Promover a estruturação, a institucionalização e o fortalecimento do PlanejaSUS no município como instrumento estratégico de gestão deste sistema. n. Participar do processo de planejamento regional de forma articulada, integrada. o. Dar apoio à organização e ao funcionamento dos Colegiados de Gestão Regionais. O funcionamento do PlanejaSUS é pautado em programa de trabalho anual, formulado a partir da avaliação e da auditoria de regulação e de desempenho deste Sistema. Essa proposta visa fortalecer a gestão do Sistema Único de Saúde, visando também ao pacto pela vida e de gestão, que as três esferas de gestão estão responsáveis, garantindo, assim, a universalidade, integralidade e equidade que o SUS tem como princípio e pressuposto. Unidade 2 • PlanejaSUS45/216 Link Portaria n. 699/GM, de 30 de março de 2006. Regulamenta as diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida e de Gestão. Disponível em <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/CIB/LEGIS/ PortGM_699_30marco_2006.pdf> Acesso em: 20 maio 2015. A estratégia essencial do PlanejaSUS é implementar processos voltados à formulação, adequação, ao monitoramento e à avaliação dos instrumentos básicos de gestão em Saúde Pública. Para saber mais Aprenda um pouco mais sobre os Avanços do Planejamento no texto disponível no material complementar: Avanços e desafios do planejamento no Sistema Único de Saúde. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- 81232009000800030&script=sci_abstract&tlng=pt Unidade 2 • PlanejaSUS46/216 Glossário Conselho Nacional de Saúde: é um órgão formado por representantes da população, que gerencia, analisa e delibera sobre assuntos de saúde pública. Fundo Nacional de Saúde: é o órgão federal coordenado e desenvolvido pelo Ministério da Saúde, responsável pela gestão financeira dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um fundo especial, em que todos os recursos são destinados à saúde individual e coletiva. Pacto pela Saúde: é um conjunto de reformas no SUS acordado entre as três esferas governamentais (Federal, Estadual e Municipal), com o objetivo de melhorar a qualidade do sistema por meio da melhoria dos processos e controle por meio de instrumentos gerenciais. Plano Plurianual: é um plano de médio prazo que descreve os objetivos, as diretrizes e as metas a serem alcançados pelas três esferas governamentais (União, Estado e/ou Município). Recursos: qualquer meio material ou imaterial usado na produção de bens e serviços para a satisfação de necessidades específicas. SUS: Sistema Único de Saúde. Sistema público de saúde desenvolvido para o Brasil. Questão reflexão ? para 47/194 Pode-se dizer que, em relação à sistemática metodológica, o planejamento em saúde pública já está bem-resolvido, com objetivos, fluxos e instrumentos que interligam todos os atores que compõem todo o processo. Entretanto, pensando no ambiente de relacionamento entre as Secretarias de Saúde e o Ministério da Saúde, parece que o assunto é exclusivamente do setor responsável pelo planejamento da instituição, tanto que foi organizado e implementado um setor específico de planejamento em cada esfera de governo. Refletindo sobre a construção do PlanejaSUS, o que você pensa sobre o envolvimento dos profissionais de saúde, que seriam responsáveis pelo alcance dos objetivos e metas propostos? 48/216 Considerações Finais O planejamento é uma tentativa governamental de instituir um instrumento de apoio às ações de saúde nacionais, fazendo com que a descentralização não seja algo que dificulte a melhoria do sistema de saúde mas agregue valor, visto que o diagnóstico de saúde é algo individual de cada região, pois, no Brasil, temos as particularidades e diferentes necessidades. Portanto, o planejamento visa trazer propostas estratégicas de acordo com a realidade de saúde de cada população. O PlanejaSUS foi organizado refletindo três aspectos: o aspecto administrativo trouxe os indicadores de doenças, óbitos, recursos de saúde disponíveis de cada região; o aspecto estratégico trouxe as análises das relações de poder no setor, como trabalhar para que as três esferas de governo se integrem nas atividades do setor de saúde, respeitando as desigualdades entre as comunidades; e, por último, o aspecto ideológico, em que o planejamento deve respeitar a ideologia dos grupos sociais. 49/216 Considerações Finais A base inicial do PlanejaSUS está em executar um diagnóstico benfeito, formulando ações que atentarão para a realidade de cada comunidade, sendo que, a partir da síntese diagnóstica, faz-se a elaboração das propostas de ações de saúde, garantindo, assim, as diretrizes, as metas e os objetivos do SUS. Unidade 2 • PlanejaSUS50/216 Referências BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. ______. Constituição (1988). Emenda Constitucional n. 29, de 13 de setembro de 2000. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 set. 2000. ______. Lei complementar n. 101, de 4 de maio de 2000. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 5 maio 2000. ______. Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 mar. 1964. ______. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 1990a. ______. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 31 dez. 1990. ______. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Saúde: um pacto pela saúde no Brasil. Brasília, 2005. ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 abr. 1999. Unidade 2 • PlanejaSUS51/216 Referências ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 204, de 29 de janeiro de 2007. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 31 jan. 2007. ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 393, de 29 de março de 2001. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 mar. 2001. ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 399, de 22 de fevereiro de 2006. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 fev. 2006. ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 699, de 30 de março de 2006. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 3 abr. 2006. ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.229, de 24 de maio de 2007. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 25 maio 2007. ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.885, de 9 de setembro de 2008. Diário Oficial [da] Unidade 2 • PlanejaSUS52/216 Referências República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 set. 2008. ______. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.135, de 25 de setembro de 2013. Estabelece diretrizes para o processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2135_25_09_2013. html>. Acesso em: 30.05.2015 ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 3.332, de 28 de dezembro de 2006. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 29 dez. 2006. ______. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS. Brasília, 2006. 52 p. VIEIRA, Fabíola Sulpino. Avanços e desafios do planejamento no Sistema Único de Saúde. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 14, supl. 1, p. 1565-1577, out. 2009. Disponível em: <http:// www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000800030&lng=en&nrm=i so>. Acesso em: 14 jun. 2015. 53/216 Aula 2 - Tema: Planejamento e Programação em Saúde no Brasil: Trajetória; Desenvolvimento – Parte I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f- 1d/8a8b86469b424d07a163d6cba269adef>. Aula 2 - Tema: Planejamento e Programação em Saúde no Brasil: Trajetória; Desenvolvimento – Parte II. Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ c62692c09091bbb3fde1705fd933f093>. Assista a suas aulas 54/216 1. A Lei 8.080/1990 atribui à direção nacional do SUS a responsabilidade de desenvolver planejamento estratégico nacional junto a estados, municípios e Distrito Federal. Entre as responsabilidades que a lei traz, é possível citar: a) O marco da universalidade, integralidade e equidade. b) A responsabilidade de desenvolver diretrizes para a elaboração dos planos de saúde. c) Descrição do processo de recursos provenientes do Fundo Nacional de Saúde, fixando que municípios, estados e Distrito Federal precisam ter seu planejamento e programação de saúde. d) Especificação do orçamento nos três níveis e participação de todos os órgãos relacionados, interligando a demanda em saúde às políticas de saúde. e) Monitoramento, avaliação e controle efetivo de suas ações, garantindo o controle do dinheiro público e a transparência da alocação dos recursos. Questão 1 55/216 2. A Portaria 399/2006, que define o Pacto para Saúde, estabelece algumas diretrizes. Assinale a alternativa correta: a) O monitoramento e a avaliação como instrumento estratégico de gestão do SUS. b) Ação contínua, integrada, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. c) O Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. d) Reavaliações e replanejamentos de quatro em quatro anos. e) Melhoria da qualidade e suprimento das demandas e necessidades de saúde. Questão 2 56/216 3. PlanejaSUS é: a) A ação pontual, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. b) A ação permanente e contínua, desintegrada, desarticulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. c) A ação permanente, desarticulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. d) A ação pontual, desarticulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. e) A ação contínua, integrada, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. Questão 3 57/216 4. Entre os eixos que norteiam as metas e os objetivos esperados do Plane- jaSUS, destacam-se: a) A falta de capacitação de recursos humanos para o processo de planejamento do SUS. b) A geração de informações que possam ser usadas para a tomada de decisão. c) A inadequação ao planejamento e diretrizes organizativas, norteadoras e participativas do SUS. d) A coordenação técnica e financeira. e) Falta de estrutura física e operacional para os equipamentos de saúde. Questão 4 58/216 5. Tem por objetivo geral coordenar o processo de planejamento no âmbi- to do SUS, respeitando a heterogeneidade entre as regiões, contribuindo para a melhoria da qualidade da gestão e da assistência à saúde prestada ao povo brasileiro. Esta afirmação refere-se a: a) IDSUS. b) Acreditação. c) PES. d) PlanejaSUS. e) Planejamento Normativo. Questão 5 59/216 Gabarito 1. Resposta: D. a) Neste caso, é a Constituição de 1988. A Lei 8.080/1990 especifica o orçamento nos três níveis, a participação de todos os órgãos relacionados, interligando a demanda em saúde às políticas de saúde. b) Tratam-se dos Conselhos de Saúde. A Lei 8.080/1990 especifica o orçamento nos três níveis, a participação de todos os órgãos relacionados, interligando a demanda em saúde às políticas de saúde. c) Trata-se da Lei 8.142/1990. A Lei 8.080/1990 especifica o orçamento nos três níveis, a participação de todos os órgãos relacionados, interligando a demanda em saúde às políticas de saúde. e) Trata-se da Lei 8.142/1990. A Lei 8.080/1990 especifica o orçamento nos três níveis, a participação de todos os órgãos relacionados, interligando a demanda em saúde às políticas de saúde. 2. Resposta: A. b) Trata-se da definição do PlanejaSUS. c) Neste caso, é a Constituição Federal que estabelece o Plano Plurianual. d) É o PlanejaSUS que estabelece dentro do Plano de Saúde. e) Neste caso, é o PlanejaSUS. 3. Resposta: E. 60/216 a) A ação contínua, integrada, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. b) A ação contínua, integrada, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. c) A ação contínua, integrada, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. d) A ação contínua, integrada, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. 4. Resposta: B. a)A capacitação de recursos humanos para Gabarito o processo de planejamento do SUS. c) A adequação conforme a legislação relativa ao planejamento e diretrizes organizativas, norteadoras e participativas do SUS. d) A cooperação tanto técnica quanto no financiamento para o PlanejaSUS. e) O provimento de estrutura física e operacional para os equipamentos de saúde. 5. Resposta: D. a) PlanejaSUS. IDSUS é o Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde. b) Esta é uma ferramenta de avaliação da 61/216 qualidade. c) Este é o Planejamento Estratégico Situacional. Estamos falando do PlanejaSUS. e) Este é um tipo de planejamento, mas não necessariamente com foco no SUS. Gabarito 62/216 Unidade 3 Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública Objetivos 1. Apresentar os instrumentos básicos (Plano de Saúde, Programação Anual de Saúde e Relatórios de Gestão) que avaliam o Planejamento em Saúde Pública. 2. Entender os fundamentos dos instrumentos de gestão do PlanejaSUS. 3. Relacionar os instrumentos apresentados com a temática. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública63/216 Introdução Existem muitos modelos e métodos de compor um instrumento para gestão do planejamento em saúde. Alguns podem contemplar tendências, outros podem trazer fundamentos em diferentes marcos teóricos e conceituais, incluindo uma visão mais contextualizada da situação real, permitindo correlacionar variáveis externas ao problema, atores sociais envolvidos. Independentemente de qual modelo o gestor se aproprie, pensando em planejamento de saúde pública, é importante que tal instrumento contemple a participação social e tenha o foco nas metas e diretrizes do SUS. O PlanejaSUS definiu três instrumentos básicos, com revisão periódica, para compor o monitoramento e a avaliação deste sistema: o Plano de Saúde (PS), as Programações Anuais de Saúde (PAS) e os Relatórios Anuais de Gestão (RAG). Esses contemplam as três esferas de gestão (municipal, estadual e federal). Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública64/216 1. Instrumentos Básicos Esses instrumentos básicos são pactuados de forma tripartite e têm como objetivo principal favorecer o aperfeiçoamento da gestão do Sistema, auxiliando no direcionamento e na tomada de decisão nas ações de saúde (promoção, proteção, recuperação e reabilitação) previstas na Constituição Federal de 1988. Cada instrumento tem um período vigente, sendo determinado dentro do PlanejaSUS, conforme segue: INSTRUMENTO PERÍODO DE VIGÊNCIA Plano de Saúde (PS) 4 anos Programação Anual de Saúde (PAS) Anual Relatório Anual de Saúde (RAG) Anual Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde (2013). Ao final do período de vigência de cada instrumento básico, é necessário que seja feita uma avaliação identificando se houve o cumprimento das metas e dos objetivos previstos. Caso não tenham sido concluídos, deve-se fazer uma análise das principais causas, buscando contemplar Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública65/216 as falhas e retratar os possíveis erros, visando subsidiar a elaboração do novo planejamento. O Plano de Saúde (PS) é auxiliado pela PAS e pelos Relatórios Anuais de Gestão, para que seja feita uma avaliação qualitativa e quantitativa de forma eficiente. Por isso, as Programações Anuais e os RAGs devem ser claros e precisos, de modo a facilitar o entendimento não só por parte dos gestores e técnicos envolvidos, mas também por parte da sociedade, pois a participação popular deve ocorrer por meio dos Conselhos de Saúde, visto que são nestas reuniões que são aprovados ou não os PS. Os RAGs visam trazer de forma detalhada todo o processo de desenvolvimento do PS, descrevendo os avanços obtidos, as dificuldades, as iniciativas e as medidas que foram e devem ser desencadeadas para o próximo PS. 2. Plano De Saúde (Ps) O Plano de Saúde é um instrumento legal obrigatório que reflete todas as diferentes realidades do País, assegurando cada princípio doutrinário e organizativo do SUS. Ele é único e contempla todas as ações nacionais de saúde, por isso é aplicável a todas as instâncias e considera as peculiaridades e necessidades próprias de cada município, estado e região. De acordo com a Portaria n. 3.332/2006, o Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública66/216 PS é o instrumento que “apresenta as intenções e os resultados a serem buscados no período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas” (§ 1º do art. 2o), incorporando a consonância com a Política Nacional de Saúde, expressa na Constituição Federal, nas Leis Orgânicas da Saúde e nas políticas específicas. Para saber mais Lei n. 8.080/1990 – Lei Orgânica da Saúde: Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições: VIII - elaboração e atualização periódica do Plano de Saúde; X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de conformidade com o plano de saúde; Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública67/216 Para saber mais XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde; Art. 16. À direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete: XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal; Art.18. À direção municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) compete: I - Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde. Essa ferramenta de gestão consolida o SUS, sobretudo na questão da direção única em cada esfera de governo e na construção da rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços de saúde. Representa a efetivação da gestão do SUS em cada esfera de governo. O Sistema de Planejamento do SUS define o Plano de Saúde como um instrumento de gestão que, a partir de um diagnóstico situacional de saúde da população e da própria gestão do SUS, apresenta a viabilidade técnica, financeira e política, além das intenções e dos objetivos de ações de saúde a serem alcançados no País nos próximos quatro anos a partir da assinatura. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública68/216 Portanto, cabe: identificar problemas e situações que requerem a implementação de soluções; identificar os fatores que, direta ou indiretamente, determinam a situação considerada insatisfatória; estabelecer as linhas que poderão ser seguidas para solucionar os problemas; definir os procedimentos de monitoramento e a avaliação que permitirão saber se as linhas seguidas são adequadas, se os resultados obtidos estão dentro do esperado; utilizar instrumentos pactuados anteriormente, tais como Plano de Saúde, Planos Diretores, Relatórios Anuais de Gestão, relatórios de Conferências, Termo de Compromisso de Gestão, entre outros. Suas diretrizes devem ser claras, objetivas e sucintas sobre as linhas de atuação a serem seguidas. Descreve as prioridades e/ou estratégias gerais a serem adotadas. Para cada diretriz é apresentado o rol de metas (quantificadas) a serem alcançadas no período. Por isso, ele é visto com um instrumento estratégico para o funcionamento efetivo do PlanejaSUS. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública69/216 Para saber mais O diagnóstico situacional nada mais é que analisar todas as instâncias das ações de saúde e contemplar o que falta, o que pode ser melhorado e, até mesmo, o que está errado. Quando se faz essa análise real do que está ocorrendo no Sistema, deve-se observar a: • Vigilância em Saúde: busca eliminar, diminuir, controlar e/ou prevenir doenças, agravos e riscos à saúde, bem como a intervenção nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse à saúde. • Atenção básica: analisa o funcionamento garantindo o acesso a ações e serviços de saúde, com qualidade e humanização da assistência. Aqui se inclui a Estratégia de Saúde da Família (ESF) criada em 1994. • Assistência ambulatorial especializada: verifica o funcionamento garantindo que a oferta e a demanda de serviços sejam adequadas, com novas incorporações tecnológicas, articulação e fluxo entre os diferentes níveis de assistência. • Assistência hospitalar: entende o funcionamento dos serviços desde a estrutura física até a operacional, garantindo a quantidade de leitos pactuada. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública70/216 Para saber mais • Assistência de urgência e emergência: verifica o funcionamento com destaque na estrutura física e tecnológica; atendimento pré-hospitalar; qualificação da equipe profissional; disponibilidade de transportes para transferência de pacientes; unidades de pronto atendimento não hospitalares e estruturação dos mecanismos de regulação. • Assistência farmacêutica: analisa a prestação deste serviço, fornecendo medicamentos conforme relação de medicamentos descritos na regulação que contempla essas ações. Fonte: Ministério da Saúde (2013) Assim, na organização e implementação do PlanejaSUS, é fundamental que o diagnóstico de todas as áreas descritas no Saiba Mais seja contemplado, incorporando as adaptações que se fizerem necessárias em cada esfera. Nota: Cabe lembrar que o Plano Plurianual (PPA) da esfera de governo correspondente deve ser compatível com seu Plano de Saúde. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública71/216 A construção do PS requer um processo cuidadosamente organizado, capaz de possibilitar a maior participação possível, tanto técnica quanto social. Deve ser descentralizado, em que cada Estado e cada município tenha seu Plano de Saúde; entretanto, cabe aos atores sua integração, por exemplo, para a elaboração dos Planos de Saúde estaduais, devem ser considerados os Planos Municipais; por sua vez, os Planos Estaduais devem vincular suas ações de saúde de acordo com o Plano Nacional. O Plano de Saúde deve ser a expressão das políticas e dos compromissos de saúde em determinada esfera de gestão; as ações, os recursos financeiros e outros elementos que dão consequência prática ao Plano não são objeto de explicitação, pois ele é a base para execução, monitoramento, avaliação e gestão do sistema de saúde como um todo. Lembre-se… Pensando na estrutura, o Plano de Saúde deve contemplar a análise situacional, os objetivos, as diretrizes e metas. Os eixos norteadores para a apresentação da análise situacional são: as condições, determinantes e condicionantes de saúde da população. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública72/216 3. Programação Anual De Saúde (Pas) A Programação Anual de Saúde é o instrumento que operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde, conforme o calendário para o exercício orçamentário; por isso ele é anual. Na PAS, são detalhados os objetivos, as diretrizes e as metas anuais, bem como as ações e os recursos financeiros disponíveis e alocados naquele ano. Por isso a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual são suas bases legais. A PAS busca determinar o conjunto de ações que contribuirão para concretizar o Plano de Saúde. Ela é o instrumento que operacionaliza as intenções expressas, descrevendo um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde. É um processo resultante da definição, negociação e formalização dos pactos entre os gestores. Objetivos: • Integrar o planejamento dos três níveis de governo, bem como os sistemas municipais de saúde, para o ano correspondente. • Fortalecer o papel do gestor na coordenação da política de saúde. • Facilitar a regulação, o controle e a avaliação do sistema de saúde. • Alocar os recursos do SUS para o Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública73/216 financiamento do sistema. • Descrever o pacto de gestão e o comando único em cada esfera de governo. • Participar do desenvolvimento de processos e métodos de avaliação de resultado e controle das ações e serviços de saúde. Para a execução das ações, cabe identificar todas as áreas responsáveis e as parcerias em busca de alcançar os objetivos previstos. Os resultados decorrentes da implementação da Programação compõem o Relatório Anual de Gestão. Não esqueça... A elaboração da PAS deve ser orientada e direcionada pela formulação do Plano Plurianual, pela Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual, observando-se os prazos estabelecidos para a formulação destes instrumentos. Quem constrói e coordena o processo de elaboração de uma Programação é a equipe de planejamento, um setor composto por distintas áreas técnicas. Deve-se sempre iniciar o documento com base nas programações anteriores e, se não houver, utilizam-se as necessidades próprias contempladas no PS; não existe precedência de uma programação sobre a outra. Não é preciso se dispor de uma para, depois, formular a outra. A Programação Anual de Saúde contém Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública74/216 a programação específica e vice-versa, o que se diferencia é o nível de agregação ou desagregação das ações e outros elementos presentes. Em resumo, a Programação Anual de Saúde deve contemplar: • Definição das ações do ano específico, garantindo o alcance dos objetivos, o cumprimento das metas do Plano de Saúde, estabelecendo metas anuais. • Definição dos recursos orçamentários necessários ao cumprimento da mesma. • Ações a serem executadas, contribuindo para o alcance dos objetivos e das metas propostas no PS, como contratação de profissionais para compor as equipes de saúde da família; ministrar cursos para as equipes de saúde da família, entre outros exemplos. • Metas claras, objetivas, factíveis e vinculadas ao PS. Por exemplo: contratação de 20 enfermeiros, 10 médicos (Clínico geral), 18 agentes comunitários para a ampliação da assistência à saúde da família. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública75/216 Para saber mais Fo nt e: B ra si l ( 20 06 ) Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública76/216 Relatório Anual de Gestão (RAG) O Relatório Anual de Gestão é o instrumento que apresenta os resultados alcançados com a execução da Programação Anual de Saúde, possibilitando eventuais replanejamentos, novos direcionamentos, inovações e desafios que se fizerem cabíveis. Esses são descritos e analisados com base no conjunto de ações e metas que foram definidas na Programação Anual de Saúde. O RAG é anual e deve ter resultados qualitativos e quantitativos, envolvendo uma análise crítica sob o aspecto do cumprimento ou não do que foi planejado no PS e na PAS, deixando registrado o que foi ou não alcançado, os avanços, as dificuldades e as iniciativas e/ou medidas que precisam ser implementadas para que, ao final dos quatro anos, o PS tenha sucesso em suas metas e objetivos. Logo, o RAG fornece as bases para o ajuste do Plano e indica os rumos para a programação do ano seguinte. A equipe de planejamento deverá participar da construção do RAG, orientando, julgando, apoiando e sugerindo melhorias e planos de ação às áreas técnicas na apuração dos resultados e na análise do impacto destes sobre a situação descrita no respectivo Plano de Saúde. Leia mais sobre esse processo no link a seguir. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública77/216 Link Portaria n. 1.229, de 24 de maio de 2007 - Aprova as orientações gerais para o fluxo do Relatório Anual de Gestão dos municípios, dos estados, do Distrito Federal e da União. Disponível em <http://bvsms. saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/ prt1229_24_05_2007_comp.html>. Acesso em: 20 maio 2015. Cabe lembrar que esse relatório é também instrumento das ações de auditoria e de controle. Portanto, do ponto de vista de estrutura, deverá ter minimamente: • O resultado da apuração do cumprimento do conjunto de ações e metas descrito na Programação Anual. • A análise crítica das ações executadas da programação física, orçamentária e financeira. • Recomendações sugeridas pela equipe como um todo, como a própria reprogramação, análise ou implementação de novos indicadores para melhor monitoramento, auditoria e controle. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública78/216 Para saber mais A Portaria n. 548, de 12 de abril de 2001, em seu art. 1°, aprova o documento: “Orientações Gerais para a Elaboração e Aplicação da Agenda de Saúde, do Plano de Saúde, dos Quadros de Metas, e do Relatório de Gestão como Instrumentos de Gestão do SUS”. Em seu anexo, apresenta o quadro que permite uma visão panorâmica preliminar dos referidos instrumentos, em termos de sua descrição, sistemas de fluxos e processo de elaboração. Veja: Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública79/216 Para saber mais Fonte: Brasil (2001) Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública80/216 Glossário Diretrizes: são formulações que indicam as linhas de ação a serem seguidas. Exemplo: “Expansão e efetivação da atenção básica de saúde” (BRASIL, 2005). Estratégia: é a maneira como se pretende operacionalizar a diretriz. Exemplo: “ampliação das equipes de saúde da família, às quais deverão ser asseguradas as condições necessárias à resolubilidade, com qualidade, de seu trabalho” (BRASIL, 2005). Prioridades: são as medidas que serão privilegiadas ou que terão caráter essencial. Pode-se citar como exemplo: “Expansão e efetivação da atenção básica de saúde”, destacam-se como prioridades a “adequação e instalação de unidades básicas de saúde, ao lado da integração da atenção básica com os demais níveis da atenção” (BRASIL, 2005). Metas: : são expressões quantitativas de um objetivo. As metas concretizam o objetivo no tempo e esclarecem e quantificam “o que”, “para quem”, “quando”. No PS, as metas são contempladas para quatro anos, por isso requer atenção para que seja factível; os indicadores devem ter fontes de dados seguras, confiáveis, disponíveis. Cabe lembrar que a Programação Anual em Saúde compreende o desdobramento e detalhamento do Plano de Saúde para um ano orçamentário, portanto, as metas são anuais, sendo necessário ter um nível de desagregação que permita sua análise ao final deste período. Questão reflexão ? para 81/194 Desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a busca pelo planejamento tem sido extensa, com foco em melhorias e tentativas de institucionalizá-lo. Entretanto, muitos foram e ainda são os desafios para que os gestores tenham um foco prioritário. Afirma-se nesta aula que a população deve fazer parte deste planejamento, auxiliando, via Conselhos de Saúde, na análise situacional das condições determinantes e condicionantes de saúde da comunidade e da própria gestão em saúde em si. Você, como cidadão, participa dessa análise e cobra dos gestores esse foco prioritário? Reflita sobre o envolvimento da população e a transparência da participação popular! 82/216 Considerações Finais Os instrumentos de planejamento do SUS são os Planos de Saúde (PS), Programação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Saúde (RAS). Eles precisam ser desenvolvidos pelas Secretarias e Ministério, assim como encaminhados aos Conselhos de Saúde para a transparência na gestão que o SUS preconiza, pois a população precisa discuti-los e aprová-los. O PS é a base de todas as ações de saúde, sendo elaborado a cada quatro anos pela União, sempre com foco em diretrizes, objetivos e metas do SUS, sendo dos estados e municípios a tarefa de operacionalizá-lo. A PAS é o instrumento dos estados e municípios que descreve com mais detalhes e precisão as atividades e como o Plano de Saúde deverá ser operacionalizado. O Plano de Saúde agrega suas programações específicas. O RAS serve para relatar o que foi feito, o que deixou de ser feito e o que terá de ser reprogramado ou alterado, prestando contas a todos os envolvidos, não só em relação à questão orçamentária e financeira, mas também sobre de que maneira as ações foram operacionalizadas. Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública83/216 Referências BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. ______. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 1990a. ______. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 31 dez. 1990b. ______. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Saúde: um pacto pela saúde no Brasil. Brasília, 2005. ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 399, de 22 de fevereiro de 2006. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 fev. 2006a. ______. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.135, de 25 de setembro de 2013. Estabelece diretrizes para o processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2135_25_09_2013.html>. Acesso em: 30.05.2015 Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública84/216 ______. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS. Brasília, 2006e. 52 p. CHORNY, A. H. Planificación em salud: viejas ideas em nuevos ropajes. Cuadernos Médico Sociales, Rosário, v. 73, p. 5-30, 1998. MATUS, C. Plano Nacional de Saúde: alguns aportes para sua elaboração. [S.l.: s.n.], 2004. Mimeografado. Referências 85/216 Aula 3 - Tema: Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública – Parte I Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/ pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ d47211b3ffacdcbda3880b6914002610>. Aula 3 - Tema: Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública – Parte II. Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA- piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ffbc- 054691615d9f321eac15b622b2d8>. Assista a suas aulas 86/216 1. Cada instrumento do PlanejaSUS tem um período vigente. De acordo com as regras estabelecidas, assinale a alternativa correta: a) Plano de Saúde (PS) a cada 2 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano. b) Plano de Saúde (PS) a cada 5 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) a cada 2 anos e Relatório Anual de Saúde (RAG) anualmente. c) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano. d) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada 2 anos. e) Plano de Saúde (PS) a cada eleição e Programação Anual de Saúde (PAS) a cada ano e Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada semestre. Questão 1 87/216 2. É um instrumento legal obrigatório, que reflete todas as diferentes rea- lidades do País, assegurando cada princípio doutrinário e organizativo do SUS. Ele é único e contempla todas as ações nacionais de saúde. Estamos descrevendo: a) Plano de Saúde. b) Programação Anual de Saúde. c) Relatório Anual de Saúde. d) Indicadores de Saúde. e) IDSUS. Questão 2 88/216 3. São formulações que indicam as linhas de ação a serem seguidas. Este conceito se refere a: a) Estratégia. b) Prioridades. c) Metas. d) Objetivos. e) Diretrizes. Questão 3 89/216 4. São expressões quantitativas de um objetivo. Este conceito se refere a: a) Estratégia. b) Prioridades. c) Metas. d) Indicadores. e) Diretrizes. Questão 4 90/216 5) O Plano de Saúde deve contemplar: a) Análise situacional, controle, avaliação, diretrizes e metas. b) Análise situacional, objetivos, diretrizes e metas. c) Diretrizes e metas, avaliação e controle. d) Monitoramento, diretrizes e objetivos. e) Diagnóstico situacional, objetivos, monitoramento e acompanhamento. Questão 5 91/216 Gabarito 1. Resposta: C. a) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano. b) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano. d) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano. e) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano. 2. Resposta: A. b) Errada, é o Plano de Saúde. c) Errada, é o Plano de Saúde. d) Errada, é o Plano de Saúde. e) Errada, é o Plano de Saúde. 3. Resposta: E. Diretrizes. 4. Resposta: C. Refere-se a Metas. 92/216 5. Resposta: B. Tem de contemplar a análise situacional, objetivos, diretrizes e metas. 93/216 Unidade 4 Métodos de Planejamento em Saúde Pública: MAPP, ZOOP Objetivos 1. Entender os conceitos básicos dos métodos para Planejamento em Saúde Pública: Método Altair de Planificação Popular (MAPP) e Planejamento Orientado por Objetivos (ZOOP). 2. Compreender os conceitos envolvidos sobre o assunto. 3. Aprender as etapas do processo de planejamento sob a ótica do Método Altair de Planificação Popular (MAPP) e do Planejamento Orientado por Objetivos (ZOOP). Unidade 4 • Métodos de Planejamento em Saúde Pública: MAPP, ZOOP94/216 Introdução Conforme visto no Tema 1, existem vários métodos de planejamento. Foram abordados o normativo e o estratégico. O PES foi desenvolvido a partir da experiência de Carlos Matus como administrador público e consultor do Instituto Latino-Americano de Planejamento Econômico e Social (ILPES/CEPAL). Na proposta do autor, o planejamento é um instrumento essencial de articulação dos agentes na formulação e na implementação de políticas públicas, pois atingir a pluralidade de atores e interesses envolvidos é algo desafiador, principalmente em se tratando da área de saúde pública. Pensando neste pressuposto, em envolver todos os atores no processo de planejamento, a empresa alemã GTZ - Deustch Geselischaft für Technische Zusammenarbeit -, de apoio a projetos de cooperação técnica internacional, sem fins lucrativos, desenvolveu o Planejamento Orientado por Objetivos (ZOOP). A diferença
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