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Planejamento, Programação e Informações em Saúde Pública

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Planejamento, Programação 
e Informações em Saúde Pública
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Planejamento, Programação e Informações em Saúde Pública
Autor: Chennyfer Dobbins Paes da Rosa
Como citar este documento: ROSA, Chennyfer Dobbins Paes da. Planejamento, Programação e 
Informações em Saúde Pública. Valinhos: 2015.
Sumário
Apresentação da Disciplina 03
Unidade 1: Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde
Assista a suas aulas
05
21
Unidade 2: PlanejaSUS
Assista a suas aulas
28
53
Unidade 3: Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública
Assista a suas aulas
62
85
Unidade 4: Métodos de Planejamento em Saúde Pública: MAPP, ZOOP
Assista a suas aulas
93
107
Unidade 5: Sistemas de Informação: Conceitos Básicos
Assista a suas aulas
114
134
Unidade 6: Utilização de Sistemas de Informação em Saúde
Assista a suas aulas
141
161
Unidade 7: Indicadores em Saúde
Assista a suas aulas
168
183
Unidade 8: Avaliação em Saúde: Modelos para o Planejamento
Assista a suas aulas
191
2092 /216
3/216
Apresentação da Disciplina
Planejamento, Programação e Informações em Saúde Pública consistem em um desafio aos 
gestores de todos os níveis de governo, pois é algo complexo que requer o comprometimento 
de todos, o que inclui a participação da sociedade.
A cultura de planejamento, programação e obtenção de informações de saúde para a melhoria 
do sistema é primordial para o sucesso do próprio sistema. Para tanto, cabe a todos os 
envolvidos o compromisso, a responsabilidade e o interesse, entendendo o que é necessário 
para uma boa gestão das informações.
Esse desafio é grande e continuará sendo por muito tempo, pois depende de motivação, 
engajamento, envolvimento, postura ética e técnica dos gestores, profissionais e da própria 
população. Portanto, entre os objetivos desta disciplina cabe:
• Compreender os conceitos, significados e a trajetória histórica do planejamento em 
saúde.
• Reconhecer o planejamento e a programação de saúde como ferramenta de gestão para 
reorganização dos programas e serviços de saúde.
• Entender e discutir as implicações da gestão fundamentada em Planejamento, 
Programação e Informação em Saúde, projetando e implementando redes de ações e 
4/216
serviços com foco nas necessidades e demanda em saúde.
• Conhecer as origens dos Sistemas de Informação Gerencial (SIG), assim como o papel 
desses sistemas, arquitetura, gerenciadores de bancos de dados, focando de que maneira 
devem ser aplicados na saúde pública.
• Entender e discutir os modelos de Avaliação em Saúde.
5/216
Unidade 1
Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde
Objetivos
1. Compreender os conceitos de planejamento.
2. Entender os diferentes tipos de planejamento.
3. Aprender o que é Planejamento em Saúde.
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde6/216
Introdução
Planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente o que se deve fazer e 
quais objetivos devem ser atingidos.
Planejar significa pensar antes de agir, pensar sistematicamente, com método.
Planejamento significa explicar cada uma das possibilidades de ação e analisar suas respectivas 
vantagens e desvantagens. Quando decidimos com certa antecedência, pode-se dizer que 
estamos planejando. Neste ato, olhamos para o futuro imaginando o que poderá ser feito para 
mudar situações insatisfatórias no presente ou para evitar que condições inadequadas venham 
a ocorrer.
O planejamento é uma ferramenta essencial para qualquer gestor, em qualquer área, seja em 
empresa pública ou privada. Quando se trata de planejamento em saúde, além de essencial, 
essa ferramenta requer cuidados, pois, se pensarmos nos sistemas de saúde, devemos vinculá-
la às diretrizes básicas que os norteiam.
Refletindo sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), a diretriz é única (universalidade, equidade 
e integralidade), requerendo atenção especial em cada esfera de governo, para que se tenha 
um planejamento conciso e integrado. Essa articulação sistêmica foi planejada desde o Plano 
Nacional de Saúde (PNS) 2004-2007 — Um pacto pela Saúde no Brasil.
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde7/216
Link
Portaria n. 399/GM, de 22 de fevereiro de 2006. 
Divulga o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação 
do SUS e aprova as Diretrizes Operacionais do 
Referido Pacto. Disponível em: < http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/
prt0399_22_02_2006.html> Acesso em julho 
de 2015.
O planejamento em saúde pública é um 
desafio pela própria complexidade do 
perfil epidemiológico brasileiro, pela alta e 
diversificada demanda de ações de saúde, 
desigualdade entre os municípios, seja 
em relação ao acesso, à integralidade ou à 
qualidade da atenção prestada.
O gestor de saúde, portanto, precisa se 
preparar e se atualizar continuamente 
em relação a técnicas e métodos de 
planejamento. Faz-se necessário ter uma 
infraestrutura adequada em relação aos 
recursos humanos, tecnológicos e aos 
próprios recursos para a saúde, para 
que se possa garantir a eficiência no 
planejamento. 
O planejamento deve estar intimamente 
ligado às funções administrativas (planejar, 
organizar, direcionar, avaliar e controlar), 
garantindo, assim, o domínio necessário 
das características e peculiaridades que o 
cercam, bem como a própria coordenação 
do processo de planejamento.
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde8/216
O processo administrativo ocorre quando 
essas funções administrativas são feitas de 
maneira sequencial.
1. Planejando
Em qualquer esfera de governo ou setor, o 
planejamento é um processo que resulta 
em instrumentos estratégicos para a 
gestão. Por isso, é fundamental que os 
gestores entendam, apliquem e executem 
o planejado, de acordo com o que foi 
descrito e imaginado. Lembre-se: Planejar 
implica ter os pés no presente e o olhar no 
futuro. 
A fase de planejar busca evitar a ocorrência 
de situações ou ações improvisadas, 
casuais, o que contribui para a segurança 
quanto ao desempenho da empresa. O 
planejamento não é somente um plano 
de ação, mas o ato de gerenciar. Por isso, 
tem um caráter permanente e contínuo, 
sendo realizado de forma sistemática 
nas organizações e sistemas, mas, caso 
seja necessário, pode ser replanejado. 
Portanto, o ato de planejar é olhar para o 
futuro pensando aonde se quer chegar. É 
uma relação entre coisas a fazer e o tempo 
esperado para fazê-las.
Neste momento, é importante que o gestor 
se atente à racionalidade da tomada 
de decisões, pois o estabelecimento 
do que será feito no futuro o orientará 
durante o processo decisório, dando-lhe 
racionalidade.
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde9/216
Fonte: <https://juliaobraga.files.wordpress.com/2009/07/dssoriginal.png?w=595>.
O planejamento descreverá a ação e as possibilidades de sua execução e realização; deve 
ser flexível para aceitar ajustes e correções; deve permitir avanços e mudanças em função de 
acontecimentos diferentes dos previstos.
O planejamento também requer um cronograma. Portanto, deve ser previsto o tempo esperado 
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde10/216
para cada ação, provisionando o curso em 
função do tempo de duração, que pode ser 
longo, médio ou de curto prazo.
Existem muitos métodos de planejar, cada 
um com suas vantagens e desvantagens 
conforme a situação que se apresenta; 
no entanto, as maiores influências 
no planejamento em saúde são as do 
planejamento normativo e estratégico.
1.1 Normativo
Este modelo, como o próprio nome prevê, é 
regrado. É de curto prazo ou momentâneo, 
voltado para uma ação imediata, 
garantindo o funcionamento dos serviços.
É utilizado
para elaborar apenas um plano 
de ação por vez. Para usá-lo, é necessário 
ter um ambiente estável, livre de 
invariáveis, com leis preestabelecidas, pois 
a predição neste modelo será exata, não 
Para saber mais
A organização é uma combinação de esforços 
individuais que tem por finalidade realizar 
propósitos coletivos. Portanto, o planejamento 
deve ser sistêmico, considerando a empresa, o 
órgão ou a unidade em sua totalidade.
No planejamento em saúde pública, 
cabe reforçar o compromisso dos pactos 
previamente definidos por esfera de gestão e as 
particularidades sanitárias de cada um. 
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde11/216
havendo incertezas ou surpresas. Todos os 
problemas são bem-estruturados.
O Planejamento Normativo surgiu na 
década de 1940 e foi muito utilizado até 
o final da década de 1970. Analisou-se 
sua aplicação em ambientes estáveis, 
pela própria característica de predição 
exata. Neste modelo, a qualidade do 
plano depende da capacidade técnica do 
planejador.
Para elaborar um Planejamento Normativo, 
você deve seguir as fases que ele prevê:
Fase 1 - chama-se fase de preparação. Ela 
tem quatro passos que devem ser seguidos:
1. Conhecer a necessidade (qual o 
problema?).
2. Determinar os objetivos e prazos 
para a resolução da necessidade/
problema.
3. Estabelecer prioridades entre as 
necessidades levantadas.
4. Selecionar os recursos disponíveis 
para resolver o problema.
5. Desenvolver o plano operacional, 
definindo quem será o responsável 
por cada atividade proposta.
Fase 2 - chama-se fase de 
desenvolvimento. Neste momento, o 
coordenador do Planejamento Normativo 
deverá desenvolver o projeto proposto, 
ou seja, é o momento de executar a ação 
planejada. Antes da execução, é necessário 
que se tenha a aprovação do gestor ao qual 
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde12/216
é subordinado.
Fase 3 - Aperfeiçoamento. Este é 
o momento de controlar, avaliar e 
supervisionar a execução. Caso observe 
falhas ou pontos de melhoria, é necessário 
replanejar.
1.2 Estratégico
O enfoque estratégico exerceu grande 
influência na saúde pública, principalmente 
no movimento da Reforma Sanitária 
no Brasil em 1988. O planejamento 
mais conhecido e utilizado pensando 
no enfoque estratégico é chamado de 
Planejamento Estratégico Situacional 
(PES).
No PES, o ator que planeja está dentro da 
realidade e pensa, junto a outros atores, 
em ações nas quais eles farão parte, o 
que é diferente do método normativo, em 
que o planejador é um sujeito separado 
da realidade, colocando-se fora dela e 
querendo controlá-la.
Esta parte de pressupostos em ambientes 
complexos não estabelece prioridades 
objetivas, sendo que a capacidade 
de predição é nula, com incertezas e 
surpresas. Podem-se elaborar vários 
planos, e a capacidade do sucesso do 
plano depende mais da governabilidade 
do ator que declara o problema do que da 
capacidade técnica dele.
Neste modelo de planejamento é 
necessário fazer um diagnóstico interno e 
externo das forças, fragilidades, fraquezas 
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde13/216
e oportunidades da organização. Após, 
analisam-se os fatores-chave de sucesso 
e competências distintas, criando a 
estratégia que será adotada para resolver 
os problemas.
O PES avalia valores corporativos, 
responsabilidade social, cenários externos 
relacionados a finanças, economia, 
política, marketing do negócio. Com 
esse diagnóstico bem-definido, é feita 
a avaliação e a escolha da estratégia 
que será abordada para a resolução do 
problema, e, uma vez escolhida, é feita a 
implementação.
Observe que o PES pode ter mudanças ao 
longo de sua execução, uma vez que os 
cenários são incertos e a busca final são 
os resultados e as metas propostos para 
alcançar.
Este modelo analisa os cenários e os 
diferentes atores sociais; parte-se de 
uma situação inicial (diagnóstico) e se 
estabelece a trajetória rumo à resolução 
do problema. Durante o PES, levam-se 
em consideração as questões sociais, 
econômicas, o próprio modelo político 
de comportamento, pois isso acarretará 
diferentes atores sociais que não têm 
iguais objetivos nem trajetórias de 
estratégias de atuação similares.
Por isso, deve-se levar em consideração 
a própria estratégia (planejamento), que 
consiste no pensar e agir estrategicamente, 
o que implica construir viabilidade (política, 
técnica e econômica) para o plano.
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde14/216
O momento vivido: 
a. Explicativo: diagnóstico - o que é, o 
que tende a ser?
b. Normativo: programa, desenho - o 
que deve ser? 
c. Estratégico: viabilidade do plano - o 
que fazer? Com quem? Como? 
d. Tático-operacional: modo como irá 
gerenciar e executar o plano. 
2. Conceitos Básicos 
O planejamento, independentemente de 
ser normativo ou estratégico, deve compor 
seu plano quanto a: natureza, objetivos, 
metas, tempo, nível de implantação, prazos 
e ritmos.
O gestor deve ter a clareza das ações e 
classificá-las quanto à natureza:
a. Nível Estratégico: neste âmbito, o 
nível das decisões é sempre realizado 
nos escalões mais elevados da 
empresa, tem sempre um alcance 
maior no tempo do que o tático e o 
operacional, e as decisões envolvem 
a organização como um todo, e não 
simplesmente uma parte dela. Fixa 
a natureza da organização: missão, 
estratégias, objetivos.
b. Nível Tático: serve para gerenciar 
recursos visando atingir os planos 
estratégicos (projetos, ações etc.). 
Neste caso, a responsabilidade 
é dos executivos da diretoria e 
subordinados (nível médio). 
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde15/216
Entre as questões essenciais no 
momento do planejamento neste 
nível pode-se destacar: o que fazer; 
o que é possível fazer; se vale a pena 
fazer; quem irá fazer; como será 
feito; como funciona; se funciona em 
outros locais, organizações, sistemas; 
e quando fazer.
c. Nível Operacional: objetiva otimizar 
as operações, elaboração de 
procedimentos, visando à realização 
dos planos estratégicos e táticos. 
A responsabilidade é dos gerentes 
e colaboradores dos setores (nível 
baixo). 
Deve preocupar-se com os métodos 
operacionais e a alocação de recursos, 
como o detalhamento das etapas do 
projeto; métodos, processos e sistemas 
aplicados; pessoas: responsabilidade, 
função, atividades/tarefas; equipamentos 
necessários; prazos e cronograma.
Quanto ao tempo:
a. Planejamento de longo período = 
igual ou acima de 4 anos.
b. Planejamento de médio prazo = entre 
2 e 3 anos e 11 meses.
c. Planejamento de curto período = até 
1 ano e 11 meses.
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde16/216
Glossário
Ator Social (Poder): um ator social pode ser uma pessoa ou um coletivo de pessoas que, atuando em 
determinada situação, é capaz de transformá-la.
Problema: é uma situação insatisfatória acumulada, ou seja, é a discrepância entre uma situação real e a 
situação ideal ou desejada.
Situação: é um espaço socialmente produzido onde se inserem diversos atores sociais que interpretam e 
explicam a realidade; assim, a situação é um espaço de conflito.
Questão
reflexão
?
para
17/194
“Quando falamos de saúde pública, estamos 
falando de um modelo que começa no início do 
Século XX, com campanhas dirigidas à proteção 
do ambiente, da saúde materno-infantil, da 
saúde dos portos e aeroportos” 
(Fonte: ABRASCO, 2015. Disponível em: <http://www.
abrasco.org.br/site/2015/04/saude-coletiva-e-saude-
publica-na-radio-nacional/>. Acesso em: jul. 2015)
Pensando sobre as campanhas dirigidas à população, faça uma 
reflexão sobre o conteúdo aprendido, ponderando
em qual 
momento se pode fazer o planejamento normativo e em qual 
momento cabe o estratégico.
18/216
Considerações Finais (1/2)
Para facilitar a compreensão, segue um quadro com as diferenças entre o 
modelo de Planejamento Normativo e o modelo de Planejamento Estratégico 
Situacional (PES):
Planejamento Normativo Planejamento Estratégico
Problema técnico.
Predições certas.
Planos, projetos, ações desejáveis.
Objetivo (diagnóstico).
Predições únicas.
Plano por setores.
Os sujeitos são agentes.
Problema entre pessoas (tecnopolítico).
Predições incertas.
Planos, projetos, ações possíveis.
Subjetivo (apreciação situacional).
Propostas em vários cenários.
Plano por problemas.
Os sujeitos são atores.
Não integra as expectativas; foca apenas 
o conhecimento técnico dos profissionais 
envolvidos no diagnóstico.
Integra o conhecimento de diferentes 
profissionais com suas expectativas, interesses, 
necessidades, destacando os problemas das 
pessoas envolvidas.
19/216
Planejamento Normativo Planejamento Estratégico
Não leva em consideração, de maneira 
significativa, os oponentes, os obstáculos nem 
as dificuldades que condicionam o sucesso do 
planejamento. Parte do pressuposto de que o 
planejador controla o sistema.
Parte do pressuposto de que o sistema social 
está integrado por pessoas que têm sua 
própria escala de valores e estabelece o que é 
conveniente e inconveniente, bem ou mal, com 
o objetivo a alcançar.
O ponto de partida é um modelo analítico que 
explica a situação-problema, expressa em um 
diagnóstico.
O ponto de partida é o ator que está inserido no 
problema, na realidade que planeja, envolvendo 
atores sociais.
O ponto de chegada é um modelo normativo, 
um único plano.
Não há monopólio na elaboração do 
planejamento, pois é constituído por vários 
planos.
Fonte: Próprio autor
Considerações Finais (2/2)
Unidade 1 • Conceitos Fundamentais do Planejamento em Saúde20/216
Referências
BIRCHAL, Fabiano Fernandes Serrano; ZAMBALDE, André Luiz; BERMEJO, Paulo Henrique de 
Souza. Planejamento estratégico situacional aplicado à segurança pública em Lavras (MG). Rev. 
Adm. Pública,  Rio de Janeiro, v. 46, n. 2, p. 523-545, abr. 2012.
Chiavenato I. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
CORREA, Izabela Moreira. Planejamento estratégico e gestão pública por resultados no 
processo de reforma administrativa do estado de Minas Gerais. Rev. Adm. Pública,  Rio de 
Janeiro,  v. 41, n. 3, p. 487-504, June 2007.
OLIVEIRA, D. R. Planejamento estratégico: conceitos, metodologia e práticas. 20. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
STEINER, George A. Strategic Planning: What Every Manager Must Know. Tradução Carlos 
Roberto Vieira de Araújo. New York: Free Press,1989. São Paulo: Atlas, 1991.
21/216
Aula 1 - Tema: Conceitos Fundamentais 
do Planejamento em Saúde – Parte I 
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/9aaef7e83c3c2935a7d2f2ec5f395571>.
Aula 1 - Tema: Conceitos Fundamentais 
do Planejamento em Saúde – Parte II.
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
a96380caf17571c8625eb64920c5d446>. 
Assista a suas aulas
22/216
1) O que é planejar?
a) Trata-se de organizar as ações propostas.
b) Trata-se de controlar as atividades dos subordinados.
c) Trata-se de pensar nas ações propostas e executá-las.
d) Trata-se de olhar para o futuro, pensar no que precisa e como será feito para atingir o 
objetivo.
e) É ver o futuro não se preocupando com os objetivos.
Questão 1
23/216
2) O termo organização refere-se a:
a) Uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar propósitos 
coletivos.
b) Uma combinação de esforços individuais com foco apenas na meta.
c) Uma combinação de esforços coletivos com foco no término de uma atividade.
d) Uma combinação de atividades que compõe um processo.
e) Um combinado de ações com objetivo próprio.
Questão 2
24/216
3) Com relação ao planejamento normativo, assinale a alternativa corre-
ta:
a) É de longo prazo, precisa de ambientes complexos.
b) É de curto prazo, porém foca na governabilidade de quem executa.
c) É de longo prazo, precisa do conhecimento técnico do planejador.
d) É de curto prazo ou momentâneo, voltado a uma ação de longo prazo.
e) É de curto prazo ou momentâneo, voltado para uma ação imediata, garantindo o 
funcionamento dos serviços.
Questão 3
25/216
4) O nível das decisões é sempre realizado nos escalões mais elevados 
da empresa, tem sempre um alcance maior no tempo. Esta afirmação diz 
respeito ao:
a) Nível tático.
b) Nível estratégico.
c) Nível operacional
d) Nível estratégico e operacional.
e) Nível estratégico e tático.
Questão 4
26/216
5) Esse tipo de planejamento teve enfoque e grande influência na saúde 
pública, principalmente no movimento da Reforma Sanitária no Brasil 
em 1988. Estamos falando de que tipo de planejamento?
a) Tático.
b) Normativo.
c) Estratégico situacional.
d) Operacional.
e) Estratégico operacional.
Questão 5
27/216
Gabarito
1. Resposta: D.
Trata-se de olhar para o futuro, pensar no 
que precisa e como será feito para atingir o 
objetivo.
2. Resposta: A.
Uma combinação de esforços individuais 
que tem por finalidade realizar propósitos 
coletivos.
3. Resposta: E.
É de curto prazo ou momentâneo, voltado 
para uma ação imediata, garantindo o 
funcionamento dos serviços.
 
4. Resposta: B.
Nível estratégico.
5. Resposta: C.
Estratégico situacional.
28/216
Unidade 2
PlanejaSUS
Objetivos
1. Compreender o processo de planejamento e 
programação em Saúde no Brasil.
2. Entender a construção do PlanejaSus.
3. Refletir sobre o aparato legal que respalda a 
área.
Unidade 2 • PlanejaSUS29/216
Introdução
Planejamento e Programação em Saúde 
no Brasil passou por um longo percurso, 
sendo que o marco da universalidade, 
integralidade e equidade foi a própria 
construção do Sistema Único de Saúde 
(SUS), que ocorreu de acordo com a 
Constituição Federal de 1988, sendo seu 
planejamento e instrumentos de gestão 
(planos e relatórios) regulamentados 
pelas Leis 8.080/1990 e 8.142/1990 (Leis 
Orgânicas da Saúde).
A Lei 8.080/1990 atribui à direção nacional 
do SUS a responsabilidade de desenvolver 
planejamento estratégico nacional junto 
a estados, municípios e Distrito Federal, 
devendo especificar o orçamento nos três 
níveis, a participação de todos os órgãos 
relacionados, interligando a demanda em 
saúde às políticas de saúde. Cabe a análise 
dos recursos disponíveis para os planos de 
saúde de todas as esferas de governo.
Ainda esta lei descreve no artigo 36 que 
“os planos de saúde serão a base das 
atividades e programações de cada nível 
de direção do SUS e seu financiamento 
será previsto na respectiva proposta 
orçamentária” (BRASIL, 1990a), vetando 
a transferência de recursos para o 
financiamento de ações não previstas 
nos planos de saúde, salvo em situações 
emergenciais ou de calamidade pública de 
saúde.
Unidade 2 • PlanejaSUS30/216
1. Programação Em Saúde No 
Brasil
Ao Conselho Nacional de Saúde cabe a 
responsabilidade de desenvolver diretrizes 
para a elaboração dos planos de saúde, 
com foco na análise das características da 
população e dos equipamentos de saúde 
disponíveis. 
A Lei 8.142/1990 descreve o processo de 
recursos provenientes do Fundo Nacional 
de Saúde, fixando que os municípios, 
estados e o Distrito Federal precisam ter 
em seu planejamento e programação de 
saúde um plano de saúde e um relatório
de gestão que tragam monitoramento, 
avaliação e controle efetivo de suas ações, 
garantindo o controle do dinheiro público e 
a transparência da alocação dos recursos.
A Portaria 399/2006, que define o 
Pacto para Saúde, em seu anexo do item 
4, especifica os conceitos, princípios 
e objetivos principais do Sistema de 
Planejamento do SUS, priorizando pontos 
de pactuação para esse planejamento, 
como a adoção das necessidades de saúde 
da população como critério de prioridade 
nas ações de saúde; a integração dos 
instrumentos de planejamento entre as 
esferas de gestão (municipal, estadual, 
federal); a cooperação entre essas 
esferas para o fortalecimento do sistema 
com foco na equidade, no que tange à 
gestão do sistema de saúde brasileiro, 
ao monitoramento e à avaliação, como 
instrumento estratégico de gestão do 
Unidade 2 • PlanejaSUS31/216
SUS, além do monitoramento e autoavaliação das três esferas de governo; dos instrumentos 
de planejamento, como planos, relatórios e programações. Vale relembrar que a Portaria 
2.135/2013 norteia a organização e a implementação do Sistema de Planejamento do SUS, 
aprovando orientações relativas aos instrumentos destacados.
Link
Leia mais sobre as portarias relativas ao Sistema de Planejamento do SUS: 
- Portaria nº 2.135, de 25 de setembro de 2013. Estabelece diretrizes para o 
processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Disponível em: <http://sna.saude.gov.br/legislacao/leg_detalhes2.
cfm?id=5653>. Acesso em: jul. 2015.
1.1 Planejamento no SUS
A definição de Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde (PlanejaSUS) é a ação 
Unidade 2 • PlanejaSUS32/216
contínua, integrada, articulada entre as 
áreas de planejamento das três esferas de 
gestão do SUS. 
O Planejamento no SUS foi construído 
pelo Ministério da Saúde, tendo como uma 
de suas premissas ser um instrumento de 
gestão, cabendo ao planejamento auxiliar 
na melhoria da qualidade e suprir as 
demandas e necessidades de saúde. 
Toda a construção do PlanejaSus foi 
conduzida pela esfera federal, por meio 
do planejamento estratégico situacional, 
e realizada junto ao Plano Plurianual 
(recebendo reavaliações e replanejamentos 
de quatro em quatro anos).
Para saber mais
O Art. 165 da Constituição Federal 
estabelece o Plano Plurianual; as diretrizes 
orçamentárias; e os orçamentos anuais. 
O Plano Plurianual estabelecerá de forma 
regionalizada as diretrizes, os objetivos e as metas 
da administração pública federal para as despesas 
de capital, e outras delas decorrentes, e para as 
relativas aos programas de duração continuada.
Os planos e programas nacionais, regionais e 
setoriais previstos nesta Constituição serão 
elaborados em sintonia ao Plano Plurianual e 
validados pelo Congresso Nacional. 
Unidade 2 • PlanejaSUS33/216
O Pacto pela Saúde também contribuiu 
para sua implementação, visto que 
existe uma formalização do Termo de 
Compromisso de Gestão que subsidia as 
auditorias e os controles (nas diversas 
esferas). 
Cabe ressaltar que o PlanejaSUS foi 
implementado de forma ascendente, o 
que o torna complexo, principalmente 
pelas diferenças do perfil epidemiológico 
brasileiro por região, além da quantidade e 
diversidade dos municípios, desigualdades 
sociais, consequentemente em saúde, 
tanto em relação ao acesso quanto em 
relação à integralidade e à qualidade da 
atenção prestada. 
Outro ponto a se destacar é que, embora 
houve muito esforço para a criação 
do SUS, a área de planejamento do 
Sistema, independentemente da esfera 
de gestão, carece de recursos humanos 
em quantidade e qualidade. Observa-
se que falta infraestrutura e atualização 
contínua nas técnicas e nos métodos 
do planejamento em si, principalmente 
nas ações de monitoramento, controle e 
avaliação.
Link
Assista ao vídeo: 
Novo Modelo de Gestão
<https://www.youtube.com/
watch?v=51ZvkEM8KBc>
Unidade 2 • PlanejaSUS34/216
O PlanejaSUS foi uma estratégia 
importante para a efetivação do SUS, 
pois foram definidos os objetivos e 
as responsabilidades das áreas de 
planejamento de cada uma das esferas de 
governo, garantindo o compromisso com o 
monitoramento e a avaliação das ações de 
saúde.
Sua organização e operacionalização se 
fundamenta em processos que permitem 
o funcionamento entre todas as esferas do 
SUS, pois exige as pactuações (tripartite) e 
a participação social, visando aumentar a 
resolubilidade no processo de implantação, 
operacionalização, monitoramento e 
avaliação sistematizada e contínua. 
O PlanejaSUS deve integrar todos 
os envolvidos, ou seja, o governo, os 
profissionais de saúde e o coletivo. 
Portanto, são necessárias: ações de 
coordenação dos métodos e processos 
de formulação, monitoramento e 
avaliação dos instrumentos básicos 
(Plano de Saúde, Programação de Saúde e 
Relatórios de Gestão) ‒ veja o Tema 3 deste 
material, segundo suas especificidades e 
necessidades.
Existem alguns eixos que norteiam 
as metas e os objetivos esperados do 
PlanejaSUS. Entre eles, destacam-se:
a. O atendimento de necessidades 
importantes da gestão do SUS, de 
que são exemplos a formulação ou a 
revisão nos planos, programações e 
relatórios gerenciais.
Unidade 2 • PlanejaSUS35/216
b. O apoio dos gestores e 
representantes do controle social 
(Colegiados de Gestão Regionais) 
às Comissões Intergestores (CIB e 
CIT), aos Conselhos Nacionais de 
Secretários Estaduais e Municipais 
de Saúde (Conass e Conasems) e aos 
Conselhos de Secretários Municipais 
de Saúde (Cosems), incorporando 
o planejamento como instrumento 
estratégico para a gestão do SUS. 
c. A capacitação de recursos humanos 
para o processo de planejamento do 
SUS.
d. A geração de informações que 
possam ser usadas para a tomada de 
decisão.
e. A adequação conforme a legislação 
relativa ao planejamento e às 
diretrizes organizativas, norteadoras 
e participativas do SUS.
f. A cooperação tanto técnica quanto 
no financiamento para o PlanejaSUS.
g. O provimento de estrutura física e 
operacional para os equipamentos de 
saúde.
2. Objetivos do Planejamento 
no SUS
2.1 Geral 
O PlanejaSUS tem por objetivo geral 
coordenar o processo de planejamento 
no âmbito do SUS, respeitando a 
Unidade 2 • PlanejaSUS36/216
heterogeneidade entre as regiões, 
contribuindo para a melhoria da qualidade 
da gestão e para a assistência à saúde 
prestada ao povo brasileiro.
2.2 Específicos 
Os objetivos específicos do PlanejaSUS são:
a. Formulação de propostas e 
pactuação das diretrizes para o 
processo de planejamento em saúde 
pública.
b. Avaliação, replanejamento e 
aperfeiçoamento contínuo no âmbito 
do SUS.
c. Metodologias e implantação de 
modelos de instrumentos básicos 
do processo de planejamento, 
garantindo o monitoramento, a 
avaliação e a regulação de todas as 
esferas governamentais em relação 
às ações sobre as diretrizes do SUS.
d. Promoção da institucionalização, 
fortalecendo e reconhecendo 
as áreas de planejamento como 
instrumento estratégico de gestão do 
SUS nas três esferas de governo.
e. Apoio e participação da avaliação 
periódica relativa à situação de saúde 
da população e ao funcionamento 
dos equipamentos de saúde, 
garantindo informações para a 
melhoria e o redirecionamento da 
gestão.
f. Implementação e difusão da cultura 
Unidade 2 • PlanejaSUS37/216
de planejamento, integrando e 
qualificando as ações do SUS em 
nível municipal, estadual e federal, 
auxiliando nas tomadas de decisão 
por parte de seus gestores.
g. Promoção a educação permanente 
para os profissionais de saúde que 
atuam no setor público.
h. Promoção da eficiência dos processos 
compartilhados de planejamento e 
eficácia dos resultados.
i. Incentivo
à participação social como 
elemento essencial dos processos de 
planejamento.
j. Implementação de uma rede de 
cooperação entre os três níveis de 
governo, permitindo um amplo 
compartilhamento de informações e 
experiências.
k. Identificação, sistematização 
e divulgação de informações e 
resultados das ações planejadas, 
garantindo a transparência na 
gestão.
l. Promoção e fomento da 
intersetorialidade no processo de 
planejamento do SUS.
m. Promoção da integração do 
planejamento e gestão dos três entes 
federados do SUS.
2.3 Responsabilidades dos En-
tes Federados
Todas as esferas de governo (municipal, 
Unidade 2 • PlanejaSUS38/216
estadual e federal) são responsáveis 
pela implantação, implementação, 
aperfeiçoamento e consolidação do 
PlanejaSUS. 
No âmbito federal: 
Entre as responsabilidades e os 
compromissos desta esfera de governo, 
cabe:
a. Coordenação, organização, 
implantação, implementação, 
monitoramento e avaliação 
sistemática do processo de 
planejamento do SUS em âmbito 
nacional e apoio a este processo nos 
estados e municípios.
b. Garantia da cooperação dos estados 
e municípios no processo de 
planejamento das ações de saúde 
pública.
c. Cooperação técnica e financeira 
na implantação e implementação 
do PlanejaSUS em cada esfera de 
governo, bem como formulação, 
monitoramento e avaliação dos 
instrumentos básicos.
d. Implementação de rede, com a 
articulação e integração dos três 
entes federados no processo de 
gestão do SUS. 
e. Promoção da divulgação de 
informações e o conhecimento 
técnico-científico na área; promoção 
da educação permanente em 
planejamento para os profissionais 
Unidade 2 • PlanejaSUS39/216
de saúde que atuam no SUS.
Link
Leia mais sobre a Comissão Intergestores Tripartite (CIT) em: 
- Comissão Intergestores Tripartite (CIT). Disponível em: <http://portalsaude.saude.
gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sgep/dai-departamento-
de-articulacao-interfederativa/se-cit>. Acesso em: jul. 2015.
- Conheça do SUS. Disponível em: <http://www.saude.mg.gov.br/sus>. Acesso em: 
jul. 2015.
f. Participação no Grupo de Planejamento da Secretaria Técnica da Comissão Intergestores 
Tripartite (CIT).
g. Formulação e apresentação, para análise e deliberação da CIT, de propostas 
Unidade 2 • PlanejaSUS40/216
relativas ao funcionamento e ao 
aperfeiçoamento do PlanejaSUS e de 
seus instrumentos básicos.
h. Mobilização e coordenação do grupo 
de colaboradores no processo de 
planejamento e orçamento na esfera 
federal e em instituições de ensino 
e pesquisa, buscando garantir o 
cumprimento das responsabilidades 
junto ao PlanejaSUS.
i. Apoio aos grupos de trabalho e 
demais fóruns da CIT em questões 
relativas ao planejamento no âmbito 
do SUS.
j. Compromisso de adequação 
dos sistemas de informação em 
saúde, trabalhando no processo 
de monitoramento e garantia da 
obtenção de informações gerenciais 
em saúde, analisando os indicadores e 
propondo melhorias no planejamento do 
SUS.
k. Utilização dos Planos Estaduais e 
Municipais de Saúde como subsídio 
prioritário na formulação do Plano 
Nacional de Saúde, de acordo com a 
Política Nacional de Saúde.
l. Assessoramento aos estados na definição 
de estratégias voltadas ao fortalecimento 
e à organização do processo de 
planejamento estadual.
Link
Assista ao vídeo: 
SUS - Planejamento Estratégico
<https://www.youtube.com/watch?v=R_
xyzpgqk5Q>
Unidade 2 • PlanejaSUS41/216
No âmbito estadual: 
Entre as diversas responsabilidades da 
esfera estadual referentes ao PlanejaSUS, 
pode-se destacar:
a. Organização e coordenação do 
PlanejaSUS no âmbito estadual e 
apoio a este processo nos municípios.
b. Apoio ao Ministério da Saúde 
(MS) no processo de implantação, 
implementação, instrumentos 
pactuados, monitoramento e 
avaliação do planejamento em 
âmbito nacional.
c. Assessoria aos municípios na 
definição de estratégias voltadas ao 
fortalecimento e à organização do 
processo de planejamento local e 
regional.
d. Utilização de Planos Regionais e 
Municipais de Saúde como subsídio 
prioritário na formulação do Plano 
Estadual de Saúde, de acordo com a 
Política de Saúde.
e. Coordenação do processo de 
planejamento regional de forma 
articulada, integrada e participativa, 
com aplicação e adaptação das 
diversas realidades locais.
f. Compromisso de apoiar a 
organização e o funcionamento dos 
Colegiados de Gestão Regionais. 
g. Desenvolvimento da cooperação 
Unidade 2 • PlanejaSUS42/216
técnica e financeira aos municípios 
no âmbito do PlanejaSUS.
h. Promoção e apoio à educação 
permanente dos profissionais de 
saúde que atuam no contexto do 
planejamento no SUS, em parceria 
com o MS e municípios.
i. Participação na implementação de 
rede, no âmbito do planejamento, 
voltada à articulação e integração 
das três esferas de gestão do SUS 
e à divulgação de informações e 
disseminação do conhecimento 
técnico-científico na área.
j. Apresentação para análise 
e deliberação da Comissão 
Intergestores Bipartite (CIB) em 
relação às propostas relativas ao 
funcionamento e aperfeiçoamento 
do PlanejaSUS.
k. Apoio às câmaras e aos grupos de 
trabalho da CIB em questões relativas 
ao planejamento no âmbito do SUS.
No âmbito municipal:
Já aos municípios cabem o compromisso e 
a responsabilidade de:
a. Coordenar, executar e avaliar o 
processo de planejamento no 
âmbito municipal, mediante os 
pactos estabelecidos no âmbito do 
PlanejaSUS.
b. Apoiar o estado e o MS 
na implementação e no 
aperfeiçoamento do PlanejaSUS.
Unidade 2 • PlanejaSUS43/216
c. Implementar diretrizes, 
metodologias, processos e 
instrumentos pactuados no âmbito 
do PlanejaSUS.
d. Sensibilizar os gestores e gerentes 
locais para incorporação do 
PlanejaSUS como instrumento 
estratégico de gestão deste sistema.
e. Elaborar os instrumentos básicos de 
planejamento de forma articulada, 
integrada e participativa, com 
aplicação e adaptação das diversas 
realidades locais. 
f. Participar da implementação de 
rede, no âmbito do planejamento, 
voltada à articulação e integração 
das três esferas de gestão do SUS 
e à divulgação de informações 
e experiências de interesse 
do PlanejaSUS, bem como à 
disseminação do conhecimento 
técnico-científico na área.
g. Participar e promover a capacitação 
dos profissionais de saúde em 
planejamento, monitoramento e 
avaliação das ações do PlanejaSUS.
h. Promover mecanismos de articulação 
entre as diversas áreas da Secretaria 
Municipal de Saúde e outros setores 
do município.
i. Estimular o estabelecimento de 
políticas públicas de saúde de forma 
articulada e intersetorial.
j. Implementar o planejamento local 
com monitoramento e avaliação 
Unidade 2 • PlanejaSUS44/216
das ações propostas, bem como 
com a divulgação dos resultados 
alcançados.
k. Coordenar ações participativas 
visando à identificação de 
necessidades da população, tendo 
em vista a melhoria de ações e 
serviços de saúde.
l. Operacionalizar, monitorar e avaliar 
os instrumentos de gestão do SUS 
e retroalimentação de informações 
necessárias às três esferas de 
governo.
m. Promover a estruturação, a 
institucionalização e o fortalecimento 
do PlanejaSUS no município como 
instrumento estratégico de gestão 
deste sistema.
n. Participar do processo de 
planejamento regional de forma 
articulada, integrada.
o. Dar apoio à organização e ao 
funcionamento dos Colegiados de 
Gestão Regionais.
O funcionamento do PlanejaSUS é pautado 
em programa de trabalho anual, formulado 
a partir da avaliação e da auditoria de 
regulação e de desempenho deste Sistema. 
Essa proposta visa fortalecer a gestão do 
Sistema Único de Saúde,
visando também 
ao pacto pela vida e de gestão, que as 
três esferas de gestão estão responsáveis, 
garantindo, assim, a universalidade, 
integralidade e equidade que o SUS tem 
como princípio e pressuposto.
Unidade 2 • PlanejaSUS45/216
Link
Portaria n. 699/GM, de 30 de março de 2006. 
Regulamenta as diretrizes operacionais dos Pactos pela Vida e de Gestão. 
Disponível em <http://www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/CIB/LEGIS/
PortGM_699_30marco_2006.pdf> Acesso em: 20 maio 2015.
A estratégia essencial do PlanejaSUS é implementar processos voltados à formulação, adequação, 
ao monitoramento e à avaliação dos instrumentos básicos de gestão em Saúde Pública.
Para saber mais
Aprenda um pouco mais sobre os Avanços do Planejamento no texto disponível 
no material complementar: Avanços e desafios do planejamento no Sistema 
Único de Saúde. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
81232009000800030&script=sci_abstract&tlng=pt
Unidade 2 • PlanejaSUS46/216
Glossário
Conselho Nacional de Saúde: é um órgão formado por representantes da população, que gerencia, 
analisa e delibera sobre assuntos de saúde pública.
Fundo Nacional de Saúde: é o órgão federal coordenado e desenvolvido pelo Ministério da Saúde, 
responsável pela gestão financeira dos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um fundo 
especial, em que todos os recursos são destinados à saúde individual e coletiva.
Pacto pela Saúde: é um conjunto de reformas no SUS acordado entre as três esferas governamentais 
(Federal, Estadual e Municipal), com o objetivo de melhorar a qualidade do sistema por meio da melhoria dos 
processos e controle por meio de instrumentos gerenciais.
Plano Plurianual: é um plano de médio prazo que descreve os objetivos, as diretrizes e as metas a serem 
alcançados pelas três esferas governamentais (União, Estado e/ou Município).
Recursos: qualquer meio material ou imaterial usado na produção de bens e serviços para a satisfação de 
necessidades específicas.
SUS: Sistema Único de Saúde. Sistema público de saúde desenvolvido para o Brasil.
Questão
reflexão
?
para
47/194
Pode-se dizer que, em relação à sistemática metodológica, o 
planejamento em saúde pública já está bem-resolvido, com 
objetivos, fluxos e instrumentos que interligam todos os atores 
que compõem todo o processo. Entretanto, pensando no 
ambiente de relacionamento entre as Secretarias de Saúde e 
o Ministério da Saúde, parece que o assunto é exclusivamente 
do setor responsável pelo planejamento da instituição, tanto 
que foi organizado e implementado um setor específico de 
planejamento em cada esfera de governo. 
Refletindo sobre a construção do PlanejaSUS, o que você pensa 
sobre o envolvimento dos profissionais de saúde, que seriam 
responsáveis pelo alcance dos objetivos e metas propostos?
48/216
Considerações Finais
O planejamento é uma tentativa governamental de instituir um instrumento 
de apoio às ações de saúde nacionais, fazendo com que a descentralização 
não seja algo que dificulte a melhoria do sistema de saúde mas agregue 
valor, visto que o diagnóstico de saúde é algo individual de cada região, pois, 
no Brasil, temos as particularidades e diferentes necessidades. Portanto, o 
planejamento visa trazer propostas estratégicas de acordo com a realidade 
de saúde de cada população.
O PlanejaSUS foi organizado refletindo três aspectos: o aspecto 
administrativo trouxe os indicadores de doenças, óbitos, recursos de 
saúde disponíveis de cada região; o aspecto estratégico trouxe as análises 
das relações de poder no setor, como trabalhar para que as três esferas 
de governo se integrem nas atividades do setor de saúde, respeitando as 
desigualdades entre as comunidades; e, por último, o aspecto ideológico, em 
que o planejamento deve respeitar a ideologia dos grupos sociais. 
49/216
Considerações Finais
A base inicial do PlanejaSUS está em executar um diagnóstico benfeito, 
formulando ações que atentarão para a realidade de cada comunidade, 
sendo que, a partir da síntese diagnóstica, faz-se a elaboração das propostas 
de ações de saúde, garantindo, assim, as diretrizes, as metas e os objetivos do 
SUS.
Unidade 2 • PlanejaSUS50/216
Referências 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de 
outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988.
______. Constituição (1988). Emenda Constitucional n. 29, de 13 de setembro de 2000. Diário 
Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 set. 2000. 
______. Lei complementar n. 101, de 4 de maio de 2000. Diário Oficial [da] República Federativa 
do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 5 maio 2000.
______. Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 
Poder Executivo, Brasília, DF, 23 mar. 1964.
______. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 
Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 1990a.
______. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 
Poder Executivo, Brasília, DF, 31 dez. 1990.
______. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Saúde: um pacto pela saúde no Brasil. Brasília, 
2005. 
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 42, de 14 de abril de 1999. Diário Oficial [da] República 
Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 15 abr. 1999. 
Unidade 2 • PlanejaSUS51/216
Referências
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 204, de 29 de janeiro de 2007. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 31 jan. 2007. 
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 393, de 29 de março de 2001. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 30 mar. 2001.
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 399, de 22 de fevereiro de 2006. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 fev. 2006. 
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 699, de 30 de março de 2006. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 3 abr. 2006. 
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.229, de 24 de maio de 2007. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 25 maio 2007. 
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.885, de 9 de setembro de 2008. Diário Oficial [da] 
Unidade 2 • PlanejaSUS52/216
Referências
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 10 set. 2008. 
______. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.135, de 25 de setembro de 2013. Estabelece 
diretrizes para o processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2135_25_09_2013.
html>. Acesso em: 30.05.2015
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 3.332, de 28 de dezembro de 2006. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 29 dez. 2006.
______. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS. Brasília, 2006. 52 p.
VIEIRA, Fabíola Sulpino. Avanços e desafios do planejamento no Sistema Único de Saúde. Ciênc. 
saúde coletiva,  Rio de Janeiro, v. 14, supl. 1, p. 1565-1577, out.  2009.   Disponível em: <http://
www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232009000800030&lng=en&nrm=i
so>. Acesso em:  14  jun.  2015.  
53/216
Aula 2 - Tema: Planejamento e Programação
 em Saúde no Brasil: Trajetória; Desenvolvimento
– Parte I 
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f-
1d/8a8b86469b424d07a163d6cba269adef>.
Aula 2 - Tema: Planejamento e Programação
 em Saúde no Brasil: Trajetória; Desenvolvimento 
– Parte II.
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
c62692c09091bbb3fde1705fd933f093>. 
Assista a suas aulas
54/216
1. A Lei 8.080/1990 atribui à direção nacional do SUS a responsabilidade de 
desenvolver planejamento estratégico nacional junto a estados, municípios 
e Distrito Federal. Entre as responsabilidades que a lei traz, é possível citar:
a) O marco da universalidade, integralidade e equidade.
b) A responsabilidade de desenvolver diretrizes para a elaboração dos planos de saúde.
c) Descrição do processo de recursos provenientes do Fundo Nacional de Saúde, fixando que 
municípios, estados e Distrito Federal precisam ter seu planejamento e programação de saúde.
d) Especificação do orçamento nos três níveis e participação de todos os órgãos 
relacionados, interligando a demanda em saúde às políticas de saúde.
e) Monitoramento, avaliação e controle efetivo de suas ações, garantindo o controle do 
dinheiro público e a transparência da alocação dos recursos.
Questão 1
55/216
2. A Portaria 399/2006, que define o Pacto para Saúde, estabelece algumas 
diretrizes. Assinale a alternativa correta:
a) O monitoramento e a avaliação como instrumento estratégico de gestão do SUS.
b) Ação contínua, integrada, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de 
gestão do SUS.
c) O Plano Plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais.
d) Reavaliações e replanejamentos de quatro em quatro anos.
e) Melhoria da qualidade e suprimento das demandas e necessidades de saúde.
Questão 2
56/216
3. PlanejaSUS é:
a) A ação pontual, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão do 
SUS.
b) A ação permanente e contínua, desintegrada, desarticulada entre as áreas de 
planejamento das três esferas de gestão do SUS.
c) A ação permanente, desarticulada entre as áreas de planejamento das três esferas de 
gestão do SUS.
d) A ação pontual, desarticulada entre as áreas de planejamento das três esferas de gestão 
do SUS.
e) A ação contínua, integrada, articulada entre as áreas de planejamento das três esferas de 
gestão do SUS.
Questão 3
57/216
4. Entre os eixos que norteiam as metas e os objetivos esperados do Plane-
jaSUS, destacam-se:
a) A falta de capacitação de recursos humanos para o processo de planejamento do SUS.
b) A geração de informações que possam ser usadas para a tomada de decisão.
c) A inadequação ao planejamento e diretrizes organizativas, norteadoras e participativas do 
SUS.
d) A coordenação técnica e financeira. 
e) Falta de estrutura física e operacional para os equipamentos de saúde.
Questão 4
58/216
5. Tem por objetivo geral coordenar o processo de planejamento no âmbi-
to do SUS, respeitando a heterogeneidade entre as regiões, contribuindo 
para a melhoria da qualidade da gestão e da assistência à saúde prestada 
ao povo brasileiro. Esta afirmação refere-se a:
a) IDSUS.
b) Acreditação.
c) PES.
d) PlanejaSUS.
e) Planejamento Normativo.
Questão 5
59/216
Gabarito
1. Resposta: D.
a) Neste caso, é a Constituição de 1988. 
A Lei 8.080/1990 especifica o orçamento 
nos três níveis, a participação de todos 
os órgãos relacionados, interligando a 
demanda em saúde às políticas de saúde.
b) Tratam-se dos Conselhos de Saúde. A 
Lei 8.080/1990 especifica o orçamento 
nos três níveis, a participação de todos 
os órgãos relacionados, interligando a 
demanda em saúde às políticas de saúde.
c) Trata-se da Lei 8.142/1990. A Lei 
8.080/1990 especifica o orçamento 
nos três níveis, a participação de todos 
os órgãos relacionados, interligando a 
demanda em saúde às políticas de saúde.
e) Trata-se da Lei 8.142/1990. A Lei 
8.080/1990 especifica o orçamento 
nos três níveis, a participação de todos 
os órgãos relacionados, interligando a 
demanda em saúde às políticas de saúde.
2. Resposta: A.
b) Trata-se da definição do PlanejaSUS.
c) Neste caso, é a Constituição Federal que 
estabelece o Plano Plurianual.
d) É o PlanejaSUS que estabelece dentro do 
Plano de Saúde.
e) Neste caso, é o PlanejaSUS.
3. Resposta: E.
60/216
a) A ação contínua, integrada, articulada 
entre as áreas de planejamento das três 
esferas de gestão do SUS.
b) A ação contínua, integrada, articulada 
entre as áreas de planejamento das três 
esferas de gestão do SUS.
c) A ação contínua, integrada, articulada 
entre as áreas de planejamento das três 
esferas de gestão do SUS.
d) A ação contínua, integrada, articulada 
entre as áreas de planejamento das três 
esferas de gestão do SUS.
4. Resposta: B.
a)A capacitação de recursos humanos para 
Gabarito
o processo de planejamento do SUS.
c) A adequação conforme a legislação 
relativa ao planejamento e diretrizes 
organizativas, norteadoras e participativas 
do SUS.
d) A cooperação tanto técnica quanto no 
financiamento para o PlanejaSUS.
e) O provimento de estrutura física e 
operacional para os equipamentos de 
saúde.
5. Resposta: D.
a) PlanejaSUS. IDSUS é o Índice de 
Desempenho do Sistema Único de Saúde.
b) Esta é uma ferramenta de avaliação da 
61/216
qualidade.
c) Este é o Planejamento Estratégico 
Situacional. Estamos falando do 
PlanejaSUS. 
e) Este é um tipo de planejamento, mas não 
necessariamente com foco no SUS.
Gabarito
62/216
Unidade 3
Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública
Objetivos
1. Apresentar os instrumentos básicos (Plano 
de Saúde, Programação Anual de Saúde 
e Relatórios de Gestão) que avaliam o 
Planejamento em Saúde Pública.
2. Entender os fundamentos dos instrumentos 
de gestão do PlanejaSUS.
3. Relacionar os instrumentos apresentados com 
a temática.
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública63/216
Introdução
Existem muitos modelos e métodos de compor um instrumento para gestão do planejamento 
em saúde. Alguns podem contemplar tendências, outros podem trazer fundamentos em 
diferentes marcos teóricos e conceituais, incluindo uma visão mais contextualizada da situação 
real, permitindo correlacionar variáveis externas ao problema, atores sociais envolvidos. 
Independentemente de qual modelo o gestor se aproprie, pensando em planejamento de saúde 
pública, é importante que tal instrumento contemple a participação social e tenha o foco nas 
metas e diretrizes do SUS.
O PlanejaSUS definiu três instrumentos básicos, com revisão periódica, para compor o 
monitoramento e a avaliação deste sistema: o Plano de Saúde (PS), as Programações Anuais 
de Saúde (PAS) e os Relatórios Anuais de Gestão (RAG). Esses contemplam as três esferas de 
gestão (municipal, estadual e federal).
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública64/216
1. Instrumentos Básicos
Esses instrumentos básicos são pactuados de forma tripartite e têm como objetivo principal 
favorecer o aperfeiçoamento da gestão do Sistema, auxiliando no direcionamento e na tomada 
de decisão nas ações de saúde (promoção, proteção, recuperação e reabilitação) previstas na 
Constituição Federal de 1988.
Cada instrumento tem um período vigente, sendo determinado dentro do PlanejaSUS, 
conforme segue:
INSTRUMENTO PERÍODO DE VIGÊNCIA
Plano de Saúde (PS) 4 anos
Programação Anual de Saúde 
(PAS)
Anual
Relatório Anual de Saúde (RAG) Anual
Fonte: Adaptado de Ministério da Saúde (2013). 
Ao final do período de vigência de cada instrumento básico, é necessário que seja feita uma 
avaliação identificando se houve o cumprimento das metas e dos objetivos previstos. Caso não 
tenham sido concluídos, deve-se fazer uma análise das principais causas, buscando contemplar 
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública65/216
as falhas e retratar os possíveis erros, 
visando subsidiar a elaboração do novo 
planejamento. 
O Plano de Saúde
(PS) é auxiliado pela PAS 
e pelos Relatórios Anuais de Gestão, para 
que seja feita uma avaliação qualitativa 
e quantitativa de forma eficiente. Por 
isso, as Programações Anuais e os RAGs 
devem ser claros e precisos, de modo a 
facilitar o entendimento não só por parte 
dos gestores e técnicos envolvidos, mas 
também por parte da sociedade, pois a 
participação popular deve ocorrer por meio 
dos Conselhos de Saúde, visto que são 
nestas reuniões que são aprovados ou não 
os PS.
Os RAGs visam trazer de forma detalhada 
todo o processo de desenvolvimento do 
PS, descrevendo os avanços obtidos, as 
dificuldades, as iniciativas e as medidas 
que foram e devem ser desencadeadas 
para o próximo PS.
2. Plano De Saúde (Ps)
O Plano de Saúde 
é um instrumento legal obrigatório que 
reflete todas as diferentes realidades 
do País, assegurando cada princípio 
doutrinário e organizativo do SUS. Ele 
é único e contempla todas as ações 
nacionais de saúde, por isso é aplicável 
a todas as instâncias e considera as 
peculiaridades e necessidades próprias de 
cada município, estado e região. 
De acordo com a Portaria n. 3.332/2006, o 
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública66/216
PS é o instrumento que “apresenta as intenções e os resultados a serem buscados no período 
de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas” (§ 1º do art. 2o), incorporando 
a consonância com a Política Nacional de Saúde, expressa na Constituição Federal, nas Leis 
Orgânicas da Saúde e nas políticas específicas.
Para saber mais
 Lei n. 8.080/1990 – Lei Orgânica da Saúde:
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios exercerão, em 
seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições: 
VIII - elaboração e atualização periódica do Plano de Saúde; 
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Saúde (SUS), de 
conformidade com o plano de saúde; 
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública67/216
Para saber mais
XVIII - promover a articulação da política e dos planos de saúde;
Art. 16. À direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete: 
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em 
cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal; 
Art.18. À direção municipal do Sistema Único de Saúde (SUS) compete:
I - Planejar, organizar, controlar e avaliar as ações e os serviços de saúde e gerir e 
executar os serviços públicos de saúde.
Essa ferramenta de gestão consolida o SUS, sobretudo na questão da direção única em cada 
esfera de governo e na construção da rede regionalizada e hierarquizada de ações e serviços de 
saúde. Representa a efetivação da gestão do SUS em cada esfera de governo.
O Sistema de Planejamento do SUS define o Plano de Saúde como um instrumento de gestão 
que, a partir de um diagnóstico situacional de saúde da população e da própria gestão do SUS, 
apresenta a viabilidade técnica, financeira e política, além das intenções e dos objetivos de 
ações de saúde a serem alcançados no País nos próximos quatro anos a partir da assinatura. 
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública68/216
Portanto, cabe: 
identificar problemas e situações que 
requerem a implementação de soluções; 
identificar os fatores que, direta ou 
indiretamente, determinam a situação 
considerada insatisfatória; 
estabelecer as linhas que poderão 
ser seguidas para solucionar os 
problemas; definir os procedimentos 
de monitoramento e a avaliação que 
permitirão saber se as linhas seguidas 
são adequadas, se os resultados obtidos 
estão dentro do esperado; utilizar 
instrumentos pactuados anteriormente, 
tais como Plano de Saúde, Planos Diretores, 
Relatórios Anuais de Gestão, relatórios de 
Conferências, Termo de Compromisso de 
Gestão, entre outros.
Suas diretrizes devem ser claras, objetivas 
e sucintas sobre as linhas de atuação a 
serem seguidas. Descreve as prioridades 
e/ou estratégias gerais a serem adotadas. 
Para cada diretriz é apresentado o rol de 
metas (quantificadas) a serem alcançadas 
no período. Por isso, ele é visto com 
um instrumento estratégico para o 
funcionamento efetivo do PlanejaSUS.
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública69/216
Para saber mais
O diagnóstico situacional nada mais é que analisar todas as instâncias das ações de saúde e 
contemplar o que falta, o que pode ser melhorado e, até mesmo, o que está errado. Quando 
se faz essa análise real do que está ocorrendo no Sistema, deve-se observar a: 
• Vigilância em Saúde: busca eliminar, diminuir, controlar e/ou prevenir doenças, 
agravos e riscos à saúde, bem como a intervenção nos problemas sanitários 
decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de 
serviços de interesse à saúde.
• Atenção básica: analisa o funcionamento garantindo o acesso a ações e serviços de 
saúde, com qualidade e humanização da assistência. Aqui se inclui a Estratégia de 
Saúde da Família (ESF) criada em 1994.
• Assistência ambulatorial especializada: verifica o funcionamento garantindo 
que a oferta e a demanda de serviços sejam adequadas, com novas incorporações 
tecnológicas, articulação e fluxo entre os diferentes níveis de assistência. 
• Assistência hospitalar: entende o funcionamento dos serviços desde a estrutura 
física até a operacional, garantindo a quantidade de leitos pactuada. 
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública70/216
Para saber mais
• Assistência de urgência e emergência: verifica o funcionamento com destaque 
na estrutura física e tecnológica; atendimento pré-hospitalar; qualificação da 
equipe profissional; disponibilidade de transportes para transferência de pacientes; 
unidades de pronto atendimento não hospitalares e estruturação dos mecanismos de 
regulação.
• Assistência farmacêutica: analisa a prestação deste serviço, fornecendo 
medicamentos conforme relação de medicamentos descritos na regulação que 
contempla essas ações.
Fonte: Ministério da Saúde (2013)
Assim, na organização e implementação do PlanejaSUS, é fundamental que o diagnóstico de 
todas as áreas descritas no Saiba Mais seja contemplado, incorporando as adaptações que se 
fizerem necessárias em cada esfera.
Nota: Cabe lembrar que o Plano Plurianual (PPA) da esfera de governo correspondente deve 
ser compatível com seu Plano de Saúde. 
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública71/216
A construção do PS requer um processo 
cuidadosamente organizado, capaz de 
possibilitar a maior participação possível, 
tanto técnica quanto social. Deve ser 
descentralizado, em que cada Estado 
e cada município tenha seu Plano de 
Saúde; entretanto, cabe aos atores sua 
integração, por exemplo, para a elaboração 
dos Planos de Saúde estaduais, devem ser 
considerados os Planos Municipais; por sua 
vez, os Planos Estaduais devem vincular 
suas ações de saúde de acordo com o Plano 
Nacional. 
O Plano de Saúde deve ser a expressão das 
políticas e dos compromissos de saúde em 
determinada esfera de gestão; as ações, 
os recursos financeiros e outros elementos 
que dão consequência prática ao Plano não 
são objeto de explicitação, pois ele é a base 
para execução, monitoramento, avaliação 
e gestão do sistema de saúde como um 
todo.
Lembre-se…
Pensando na estrutura, o Plano de Saúde 
deve contemplar a análise situacional, os 
objetivos, as diretrizes e metas. 
Os eixos norteadores para a apresentação 
da análise situacional são: as condições, 
determinantes e condicionantes de saúde 
da população. 
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública72/216
3. Programação Anual De Saúde 
(Pas)
A Programação Anual de Saúde é o 
instrumento que operacionaliza as 
intenções expressas no Plano de Saúde, 
conforme o calendário para o exercício
orçamentário; por isso ele é anual. 
Na PAS, são detalhados os objetivos, as 
diretrizes e as metas anuais, bem como as 
ações e os recursos financeiros disponíveis 
e alocados naquele ano. Por isso a Lei 
de Diretrizes Orçamentárias e a Lei 
Orçamentária Anual são suas bases legais. 
A PAS busca determinar o conjunto de 
ações que contribuirão para concretizar 
o Plano de Saúde. Ela é o instrumento 
que operacionaliza as intenções 
expressas, descrevendo um conjunto de 
ações voltadas à promoção, proteção e 
recuperação da saúde. É um processo 
resultante da definição, negociação e 
formalização dos pactos entre os gestores.
Objetivos:
• Integrar o planejamento dos três 
níveis de governo, bem como os 
sistemas municipais de saúde, para o 
ano correspondente.
• Fortalecer o papel do gestor na 
coordenação da política de saúde.
• Facilitar a regulação, o controle e a 
avaliação do sistema de saúde. 
• Alocar os recursos do SUS para o 
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública73/216
financiamento do sistema. 
• Descrever o pacto de gestão e o 
comando único em cada esfera de 
governo.
• Participar do desenvolvimento de 
processos e métodos de avaliação 
de resultado e controle das ações e 
serviços de saúde.
Para a execução das ações, cabe identificar 
todas as áreas responsáveis e as parcerias 
em busca de alcançar os objetivos 
previstos. Os resultados decorrentes da 
implementação da Programação compõem 
o Relatório Anual de Gestão.
Não esqueça...
A elaboração da PAS deve ser orientada 
e direcionada pela formulação do 
Plano Plurianual, pela Lei de Diretrizes 
Orçamentárias e da Lei Orçamentária 
Anual, observando-se os prazos 
estabelecidos para a formulação destes 
instrumentos. 
Quem constrói e coordena o processo 
de elaboração de uma Programação 
é a equipe de planejamento, um setor 
composto por distintas áreas técnicas. 
Deve-se sempre iniciar o documento com 
base nas programações anteriores e, se 
não houver, utilizam-se as necessidades 
próprias contempladas no PS; não existe 
precedência de uma programação sobre a 
outra. Não é preciso se dispor de uma para, 
depois, formular a outra. 
A Programação Anual de Saúde contém 
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública74/216
a programação específica e vice-versa, o 
que se diferencia é o nível de agregação 
ou desagregação das ações e outros 
elementos presentes.
Em resumo, a Programação Anual de Saúde 
deve contemplar:
• Definição das ações do ano 
específico, garantindo o alcance dos 
objetivos, o cumprimento das metas 
do Plano de Saúde, estabelecendo 
metas anuais.
• Definição dos recursos orçamentários 
necessários ao cumprimento da 
mesma.
• Ações a serem executadas, 
contribuindo para o alcance dos 
objetivos e das metas propostas 
no PS, como contratação de 
profissionais para compor as equipes 
de saúde da família; ministrar cursos 
para as equipes de saúde da família, 
entre outros exemplos.
• Metas claras, objetivas, factíveis 
e vinculadas ao PS. Por exemplo: 
contratação de 20 enfermeiros, 10 
médicos (Clínico geral), 18 agentes 
comunitários para a ampliação da 
assistência à saúde da família.
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública75/216
Para saber mais
Fo
nt
e:
 B
ra
si
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20
06
)
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública76/216
Relatório Anual de Gestão (RAG)
O Relatório Anual de Gestão é o instrumento que apresenta os resultados alcançados com a 
execução da Programação Anual de Saúde, possibilitando eventuais replanejamentos, novos 
direcionamentos, inovações e desafios que se fizerem cabíveis. Esses são descritos e analisados 
com base no conjunto de ações e metas que foram definidas na Programação Anual de Saúde.
O RAG é anual e deve ter resultados qualitativos e quantitativos, envolvendo uma análise crítica 
sob o aspecto do cumprimento ou não do que foi planejado no PS e na PAS, deixando registrado 
o que foi ou não alcançado, os avanços, as dificuldades e as iniciativas e/ou medidas que 
precisam ser implementadas para que, ao final dos quatro anos, o PS tenha sucesso em suas 
metas e objetivos. Logo, o RAG fornece as bases para o ajuste do Plano e indica os rumos para a 
programação do ano seguinte.
A equipe de planejamento deverá participar da construção do RAG, orientando, julgando, 
apoiando e sugerindo melhorias e planos de ação às áreas técnicas na apuração dos resultados 
e na análise do impacto destes sobre a situação descrita no respectivo Plano de Saúde. Leia 
mais sobre esse processo no link a seguir.
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública77/216
Link
Portaria n. 1.229, de 24 de maio de 2007 
- Aprova as orientações gerais para o 
fluxo do Relatório Anual de Gestão dos 
municípios, dos estados, do Distrito Federal 
e da União. Disponível em <http://bvsms.
saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/
prt1229_24_05_2007_comp.html>. Acesso 
em: 20 maio 2015.
Cabe lembrar que esse relatório é também 
instrumento das ações de auditoria e de 
controle. Portanto, do ponto de vista de 
estrutura, deverá ter minimamente:
• O resultado da apuração do 
cumprimento do conjunto de ações 
e metas descrito na Programação 
Anual.
• A análise crítica das ações 
executadas da programação física, 
orçamentária e financeira.
• Recomendações sugeridas pela 
equipe como um todo, como a 
própria reprogramação, análise ou 
implementação de novos indicadores 
para melhor monitoramento, 
auditoria e controle.
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública78/216
Para saber mais
A Portaria n. 548, de 12 de abril de 2001, em seu art. 1°, aprova o documento: “Orientações 
Gerais para a Elaboração e Aplicação da Agenda de Saúde, do Plano de Saúde, dos 
Quadros de Metas, e do Relatório de Gestão como Instrumentos de Gestão do SUS”. Em 
seu anexo, apresenta o quadro que permite uma visão panorâmica preliminar dos referidos 
instrumentos, em termos de sua descrição, sistemas de fluxos e processo de elaboração.
Veja:
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública79/216
Para saber mais
Fonte: Brasil (2001)
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública80/216
Glossário
Diretrizes: são formulações que indicam as linhas de ação a serem seguidas. Exemplo: “Expansão e 
efetivação da atenção básica de saúde” (BRASIL, 2005).
Estratégia: é a maneira como se pretende operacionalizar a diretriz. Exemplo: “ampliação das equipes 
de saúde da família, às quais deverão ser asseguradas as condições necessárias à resolubilidade, com 
qualidade, de seu trabalho” (BRASIL, 2005).
Prioridades: são as medidas que serão privilegiadas ou que terão caráter essencial. Pode-se citar como 
exemplo: “Expansão e efetivação da atenção básica de saúde”, destacam-se como prioridades a “adequação 
e instalação de unidades básicas de saúde, ao lado da integração da atenção básica com os demais níveis da 
atenção” (BRASIL, 2005).
Metas: : são expressões quantitativas de um objetivo. As metas concretizam o objetivo no tempo e 
esclarecem e quantificam “o que”, “para quem”, “quando”. No PS, as metas são contempladas para quatro 
anos, por isso requer atenção para que seja factível; os indicadores devem ter fontes de dados seguras, 
confiáveis, disponíveis.
Cabe lembrar que a Programação Anual em Saúde compreende o desdobramento e 
detalhamento do Plano de Saúde para um ano orçamentário, portanto, as metas são anuais, 
sendo necessário ter um nível de desagregação que permita sua análise ao final deste período.
Questão
reflexão
?
para
81/194
Desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a busca 
pelo planejamento tem sido extensa, com foco em melhorias e 
tentativas de institucionalizá-lo. Entretanto,
muitos foram e ainda 
são os desafios para que os gestores tenham um foco prioritário. 
Afirma-se nesta aula que a população deve fazer parte deste 
planejamento, auxiliando, via Conselhos de Saúde, na análise 
situacional das condições determinantes e condicionantes de 
saúde da comunidade e da própria gestão em saúde em si. 
Você, como cidadão, participa dessa análise e cobra dos gestores 
esse foco prioritário? Reflita sobre o envolvimento da população e 
a transparência da participação popular!
82/216
Considerações Finais
Os instrumentos de planejamento do SUS são os Planos de Saúde (PS), 
Programação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Saúde (RAS). 
Eles precisam ser desenvolvidos pelas Secretarias e Ministério, assim como 
encaminhados aos Conselhos de Saúde para a transparência na gestão que o SUS 
preconiza, pois a população precisa discuti-los e aprová-los.
O PS é a base de todas as ações de saúde, sendo elaborado a cada quatro anos 
pela União, sempre com foco em diretrizes, objetivos e metas do SUS, sendo dos 
estados e municípios a tarefa de operacionalizá-lo.
A PAS é o instrumento dos estados e municípios que descreve com mais detalhes 
e precisão as atividades e como o Plano de Saúde deverá ser operacionalizado. O 
Plano de Saúde agrega suas programações específicas.
O RAS serve para relatar o que foi feito, o que deixou de ser feito e o que terá de 
ser reprogramado ou alterado, prestando contas a todos os envolvidos, não só em 
relação à questão orçamentária e financeira, mas também sobre de que maneira 
as ações foram operacionalizadas.
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública83/216
Referências 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Promulgada em 5 de 
outubro de 1988. Brasília: Senado Federal, 1988. 
______. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 
Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 1990a.
______. Lei n. 8.142, de 28 de dezembro de 1990. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, 
Poder Executivo, Brasília, DF, 31 dez. 1990b.
______. Ministério da Saúde. Plano Nacional de Saúde: um pacto pela saúde no Brasil. Brasília, 
2005. 
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 399, de 22 de fevereiro de 2006. Diário Oficial [da] 
República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 fev. 2006a. 
______. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.135, de 25 de setembro de 2013. Estabelece diretrizes 
para o processo de planejamento no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2135_25_09_2013.html>. Acesso em: 
30.05.2015
Unidade 3 • Instrumentos de Planejamento em Saúde Pública84/216
______. Ministério da Saúde. Sistema de Planejamento do SUS. Brasília, 2006e. 52 p.
CHORNY, A. H. Planificación em salud: viejas ideas em nuevos ropajes. Cuadernos Médico 
Sociales, Rosário, v. 73, p. 5-30, 1998.
MATUS, C. Plano Nacional de Saúde: alguns aportes para sua elaboração. [S.l.: s.n.], 2004. 
Mimeografado.
Referências
85/216
Aula 3 - Tema: Instrumentos de 
Planejamento em Saúde Pública – Parte I 
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
d47211b3ffacdcbda3880b6914002610>.
Aula 3 - Tema: Instrumentos de 
Planejamento em Saúde Pública – Parte II.
Disponível em: <http://fast.player.liquidplatform.com/pA-
piv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/ffbc-
054691615d9f321eac15b622b2d8>. 
Assista a suas aulas
86/216
1. Cada instrumento do PlanejaSUS tem um período vigente. De acordo 
com as regras estabelecidas, assinale a alternativa correta:
a) Plano de Saúde (PS) a cada 2 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual 
de Saúde (RAG) a cada ano.
b) Plano de Saúde (PS) a cada 5 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) a cada 2 anos e 
Relatório Anual de Saúde (RAG) anualmente.
c) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual 
de Saúde (RAG) a cada ano.
d) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, Programação Anual de Saúde (PAS) e Relatório Anual 
de Saúde (RAG) a cada 2 anos.
e) Plano de Saúde (PS) a cada eleição e Programação Anual de Saúde (PAS) a cada ano e 
Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada semestre.
Questão 1
87/216
2. É um instrumento legal obrigatório, que reflete todas as diferentes rea-
lidades do País, assegurando cada princípio doutrinário e organizativo do 
SUS. Ele é único e contempla todas as ações nacionais de saúde. Estamos 
descrevendo:
a) Plano de Saúde.
b) Programação Anual de Saúde.
c) Relatório Anual de Saúde.
d) Indicadores de Saúde.
e) IDSUS.
Questão 2
88/216
3. São formulações que indicam as linhas de ação a serem seguidas. Este 
conceito se refere a:
a) Estratégia.
b) Prioridades.
c) Metas.
d) Objetivos.
e) Diretrizes.
Questão 3
89/216
4. São expressões quantitativas de um objetivo. Este conceito se refere a:
a) Estratégia.
b) Prioridades.
c) Metas.
d) Indicadores. 
e) Diretrizes.
Questão 4
90/216
5) O Plano de Saúde deve contemplar: 
a) Análise situacional, 
controle, avaliação, diretrizes e metas. 
b) Análise situacional, 
objetivos, diretrizes e metas. 
c) Diretrizes e metas, avaliação e controle. 
d) Monitoramento, diretrizes e objetivos.
e) Diagnóstico situacional, objetivos, monitoramento e acompanhamento.
Questão 5
91/216
Gabarito
1. Resposta: C.
a) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, 
Programação Anual de Saúde (PAS) e 
Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano.
b) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, 
Programação Anual de Saúde (PAS) e 
Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano.
d) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, 
Programação Anual de Saúde (PAS) e 
Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano.
e) Plano de Saúde (PS) a cada 4 anos, 
Programação Anual de Saúde (PAS) e 
Relatório Anual de Saúde (RAG) a cada ano.
2. Resposta: A. 
b) Errada, é o Plano de Saúde.
c) Errada, é o Plano de Saúde.
d) Errada, é o Plano de Saúde.
e) Errada, é o Plano de Saúde.
3. Resposta: E.
Diretrizes.
4. Resposta: C.
Refere-se a Metas. 
92/216
5. Resposta: B.
Tem de contemplar a análise situacional, 
objetivos, diretrizes e metas.
93/216
Unidade 4
Métodos de Planejamento em Saúde Pública: MAPP, ZOOP
Objetivos
1. Entender os conceitos básicos dos métodos para 
Planejamento em Saúde Pública: Método Altair 
de Planificação Popular (MAPP) e Planejamento 
Orientado por Objetivos (ZOOP).
2. Compreender os conceitos envolvidos sobre o 
assunto.
3. Aprender as etapas do processo de planejamento 
sob a ótica do Método Altair de Planificação 
Popular (MAPP) e do Planejamento Orientado por 
Objetivos (ZOOP).
Unidade 4 • Métodos de Planejamento em Saúde Pública: MAPP, ZOOP94/216
Introdução
Conforme visto no Tema 1, existem vários métodos de planejamento. Foram abordados o 
normativo e o estratégico. O PES foi desenvolvido a partir da experiência de Carlos Matus como 
administrador público e consultor do Instituto Latino-Americano de Planejamento Econômico 
e Social (ILPES/CEPAL). Na proposta do autor, o planejamento é um instrumento essencial de 
articulação dos agentes na formulação e na implementação de políticas públicas, pois atingir a 
pluralidade de atores e interesses envolvidos é algo desafiador, principalmente em se tratando 
da área de saúde pública.
Pensando neste pressuposto, em envolver todos os atores no processo de planejamento, 
a empresa alemã GTZ - Deustch Geselischaft für Technische Zusammenarbeit -, de apoio a 
projetos de cooperação técnica internacional, sem fins lucrativos, desenvolveu o Planejamento 
Orientado por Objetivos (ZOOP). A diferença

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