mecanismo de ação hormonal

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Universidade Federal de Pernambuco
Alessandra Rozendo de Souza 
Biomedicina 2014.1 - II período
Resumo de Fisiologia
Mecanismo de ação hormonal
Hormônios são reguladores químicos da função celular que são sintetizados por células endócrinas que quando liberados na circulação agem em tecidos alvos produzindo efeitos fisiológicos importantes ao organismo. Existem células não endócrinas do quais produzem hormônios como os miócitos localizados nos átrios e ventrículos que produz natriurético atrial, as células renais (eritropoietina), endoteliais (endotelina) e leucócitos (Interleucinos e Interferon). Glândulas também possuem essa função, tais como a tireoide, a glândula adrenal e as gônadas.
Os hormônios possuem a função de manutenção do meio externo, integração e regulação e controle e manutenção de diferentes aspectos de reprodução.
Podem ser classificados como:
Polipeptídio/ proteínas: É o grupo mais numeroso de hormônios podendo ser de 3 aa (TRH) até mais de 180. Sempre se fixam na superfície da membrana e seus locais principais de produção são: hipotálamo, hipófise, ilhotas pancreáticas, placenta, paratireoide e trato gastrointestinal.
Aminas: Podem se fixar na membrana plasmática como as catecolaminas, ou podem atravessar a membrana como os iodotirosinas. São produzidos pela medula adrenal, células nervosas e a tireóide.
Esteroides: Sempre atravessam a membrana e são produzidos a partir do colesterol, nos tecidos esteroidogenicos das adrenais, gônadas e placenta. Nas adrenais são produzidos glicocorticoides. Nas gônadas os andrógenos e na placenta durante a gestação a progesterona.
Os hormônios protéicos e as catecolaminas possuem diferentes características em relação as tireóides e os esteroides. Os proteicos são de caráter hidrofílico e possui sua circulação livre no plasma e querem um sistema de segundos mensageiros na células alvos. Seu tempo de meia-vida plasmática é de minutos e sua concentração muito baixa. A localização do receptor no tecido-alvo fica na membrana externa da célula, sendo assim seu sítio de ação é membranáceo e seu mecanismo de ação é a mudança na membrana com a formação de mensageiros intracelulares. 
Já os tireóides e os esteroides são lipofílicos e sua circulação no plasma é dado a uma ligação à uma proteína facilitando sua difusão através da membrana nas células-alvos. Sendo assim seu tempo de meia-vida no plasma é maior (horas) e sua concentração no plasma é um pouco maior que as proteínas e as catecolaminas. A localização de seu tecido-alvo é no núcleo das células ou no citoplasma, sendo assim seu sítio de ação será o núcleo celular e seu mecanismo se dá a partir da mudança na expressão genica que afetam a síntese de mRNA e proteína.
Cada hormônio possui um receptor específico, podendo ser classificados em:
Ionotrópicos: são receptores que se ligam a um canal iônico. Quando o hormônio se liga ao receptor, um íon entra no espaço intracelular provocando alterações na concentração do balanço intra e extra celular promovendo uma hiperpolarização ou uma despolarização da membrana e isso é responsável pelos efeitos celulares. Esse hormônio age em uma escala de milissegundos e um exemplo é a Ach (Acetilcolina).
Metabotrópicos: Quando o hormônio se liga ao receptor ele desencadeia a ativação de uma proteína G que serve como ponto de uma ação enzimática. Essa proteína G pode agir de duas maneiras:
Pode alterar a abertura de canais iônicos como acontece com os receptores ionotróficos, alterando a excitabilidade celular.
Pode alterar a atividade enzimática, como a fosfolipase-C, e essa enzima ativada promove o aparecimento de segundos mensageiros que terão diversas funções como liberação de Cálcio, fosforilação de proteínas , entre outros, que resultam em uma resposta celular.
Ligados a uma enzima quinase: O hormônio se liga no receptor extracelular (uma proteína transmembrana) e numa intracelular (com atividade catalítica) e promove uma fosforilação de proteínas e acontece o efeito celular. 
Receptores nucleares: São receptores que estão ligados a transcrição de genes. Os hormônios dito lipossolúveis atravessam a membrana plasmática e se encontram com os receptores no citoplasma ou no núcleo da célula. Esse complexo receptor-hormonio que alteram a síntese da proteína ocasionando a resposta celular.
O mecanismo de funcionamento dos segundo mensageiros são: 
Receptores acoplados à Proteína G: o receptor está em um estado de repouso e a proteína G está na seguinte formação: ‘’α /GDP’’ + ‘’βγ’’. Quando o hormônio se liga ao receptor ele ativa a parte ‘’α e GDP’’ que através de uma fosforização, ganha um P a mais ficando ‘’α/GTP’’. As proteínas alvos são ativadas enquanto o receptor se encontra vazio. O GTP é hidrolisado e a proteína ‘’α /GDP’’ fica inativa enquanto a proteína ‘’βγ’’permanece ativada.
Segundo mensageiro promovido pela ativação da proteína G (AMPc): 
O hormônio se liga ao receptor ativando a proteína G que vai ao alvo 1 podendo ser ela adenilase ciclase, uma enzima que com a quebra do ATP gera o cAMP que promove a Quinase A e fosforila enzimas específicas que ativam seu mecanismo de ação*.
*Mecanismos de ação da cAMP em dispositivos de células musculares (Glucagon):
Proteina G vai para o alvo 1 e transforma a proteína quinase inativa em ativa. Essa proteína pode : 
fosforilar a lipase para aumentar a lipolise.
Inativar glicose sintase para reduzir a síntese do glicogênio.
Fosforilar a fosforilase quinase que vai fosforilar a fosforilase B para a A que fosforila a glicose em glicose 1-P.