105 pág.

Pré-visualização | Página 1 de 22
1 APOSTILA DE MÍDIA E ESTUDO DOS MEIOS Publicidade e Propaganda Disciplina: Mídia Prof.: Álvaro Filho 2 SUMÁRIO 1 - COMO PREPARAR UM PLANO DE MÍDIA Página 3 2 - O MIX DE COMUNICAÇÃO Página 9 3 - O MÍDIA E A MÍDIA Página 14 4 – MERCHANDISING Página 45 5 - PLANEJAMENTO DE MÍDIA Página 50 6 – O PLANO DE MÍDIA Página 53 7 – PRINCIPAIS TERMOS E TÉCNIAS DE MÍDIA – AUDIÊNCIA, PARTICIPAÇÃO DE AUDIÊNCIA, PENETRAÇÃO, PERFIL DE AUDIÊNCIA. ÍNDICE DE AFINIDADE, CPP e CPM. Página 58 8 – SISTEMA GRP Página 66 9 – A TV DIGITAL Página 74 10 – MARKETING VIRAL Página 86 11 – ANUNCIANDO NA INTERNET Página 91 12 – ANEXOS Página 103 13 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Págnia 105 3 1 - COMO PREPARAR UM PLANO DE MÍDIA 1 - Introdução Nos últimos anos, o mundo dos meios de comunicação sofreu uma revolução sem precedentes em sua história que, tradicionalmente, está acostumada a reviravoltas periódicas. No início, tínhamos o predomínio da TV e do rádio, meios de comunicação de massa por excelência. Depois de algum tempo, a comunicação passou a focalizar a segmentação, principalmente com o crescimento constante do número de revistas direcionadas a determinados públicos leitores. Recentemente, com o surgimento dessa ferramenta fantástica que é a internet, a comunicação fragmentou-se em centenas de milhares de domínios, conseguindo atingir e interligar um número ilimitado de pessoas ao redor do globo. No caso específico do Brasil, existem aproximadamente, 370 emissoras de TV e 100 canais de TV por assinatura; 3.600 emissoras de rádio; 1.200 títulos de revistas e 520 títulos de jornais; 19.000 locais e 37.000 placas de outdoor; 1.200 salas de cinema; 70 tipos de mídia extensiva e 400.000 domínios de internet, conforme informação obtida no mercado. Diante desse universo impressionante, como deve operar um profissional de mídia, em busca do sucesso da campanha publicitária? De forma sucinta, pode-se afirmar que o profissional de mídia deve ser um especialista em comunicação e conhecer a essência de cada um dos meios disponíveis, para aproveitar o que eles têm de melhor a oferecer na veiculação de uma mensagem e, conforme a verba disponível, montar o mix mais eficaz para atender aos objetivos de marketing e de comunicação do produto. O quê? Por quê? Como? Onde? Quanto? São perguntas básicas que pautam a atividade do profissional de mídia no processo de viabilizar a exibição das peças 4 publicitárias de uma campanha. E as respostas a essas indagações, na forma de recomendações, estão contidas no documento conhecido por Plano de Mídia. Em termos comparativos, o Plano de Mídia está para o profissional de mídia assim como a peça publicitária está para o profissional de criação. Considerando que a peça publicitária deve ser veiculada para determinado público, por intermédio dos meios de comunicação, temos que, enquanto a peça publicitária é o software, o Plano de Mídia é o hardware. Um está intimamente relacionado ao outro. Dessa forma, o objetivo do conteúdo deste capítulo, “Como preparar um Plano de Mídia” é mostrar como é, ao mesmo tempo, interessante, desafiador e gratificante montar um Plano de Mídia capaz de tornar bem-sucedida uma campanha publicitária. Vale ressaltar que não vamos dar destaque para o uso da tecnologia na atividade de mídia, como a de softwares de planejamento e de otimização de mídia, porque esses recursos só serão úteis depois de se dominarem os conceitos e as técnica de mídia. A maioria das grandes agências possui seu próprio software de mídia, porém para a maioria das pequenas e médias agências o fator custo torna distante essa realidade. RETROSPECTIVA Vale a pena fazer uma breve retrospectiva sobre os acontecimentos que envolveram a mídia nas décadas passadas, para ampliar a compreensão sobre a atividade, e entender como ela evoluiu nesses anos. Década de 70 • introdução do sistema GRP (Gross Rating Points) tornou o planejamento de mídia uma atividade técnica e, consequentemente, fez com que o departamento de mídia ganhasse notoriedade e sua importância fosse reconhecida na agência e no mercado publicitário; 5 • rápido desenvolvimento da área de pesquisa de mídia, principalmente com a introdução do tevêmetro – aparelho de medição de audiência – pelo Audi TV, que passou a quantificar com maior precisão o número de domicílios sintonizados nos programas e a entrada do Leda, que passou a oferecer o serviço de checking de veiculação; • formalização do inédito Grupo de Mídia em São Paulo, que foi criado para disseminar os conhecimentos técnicos no mercado e ajudar na formação dos profissionais da área; • década de economia aquecida. Década de 80 • caracterizada pela inflação galopante (chegamos a ter 50% ao mês), que fez com que a mídia técnica fosse suplantada pela mídia negociadora, pois era necessário negociar bem e o quanto antes, para não perder da inflação que era medida diariamente; • economia instável; • introdução do computador no departamento de mídia, que imprimiu maior agilidade à confecção das planilhas de programação e, com isso, possibilitou a produção, em menor tempo, de várias alternativas para análise. Década de 90 • estabilidade da moeda com o Plano Real; • atividade de planejar mídia volta a ser exercida nas agências, com destaque para o profissional de mídia, que passa a ocupar cargo de direção nas agências; • ascensão dos meios ditos alternativos, como o back light, busdoor e painel eletrônico; • boom no uso da internet; • criação do Cenp para balizar a questão de remuneração das agências; 6 • sinais de instabilidade da economia mundial com reflexo na economia do país. Década atual Até 2010, espera-se que a atividade de planejamento de mídia continue sendo valorizada, mas talvez em um novo formato de agência, como as dos birôs de mídia, por exemplo, que são agências especializadas na prestação de serviços de planejamento e/ou de compras. É o que o cenário atual apresenta duas situações distintas que podem acelerar a vinda dos birôs: • entrada de capital externo nos meios de comunicação, que deverá influenciar o estilo de administração dos veículos; • pressão dos anunciantes para que a remuneração das agências seja negociada livremente e, com isso, a agência poderá, ou não, prestar todos os serviços de propaganda. Independentemente do formato da agência, é necessário ter consciência de que a competência pessoal é, e continuará sendo, o maior patrimônio do profissional de mídia. Isto é o que fará a diferença entre os planos, porque a evolução tecnológica, que caminha no sentido de agilizar a parte operacional da mídia, mais a facilidade de acesso às informações, contribuem para que o Plano de Mídia seja cada vez mais padronizado. 1.1 Origem do nome Mídia vem do inglês media e significa meios. Escrever mídia como se pronuncia, ao invés de media como o original em inglês, foi a forma que o Grupo de Mídia de São Paulo, no final da década de 70, encontrou para padronizar a grafia e afastar- se do significado que a palavra média possui em inglês. Mídia designa o departamento da agência de propaganda encarregado de colocar a campanha no ar, assim como o profissional que nele atua, cuja função principal 7 é viabilizar a veiculação da campanha para determinado público, de maneira eficiente e rentável. Como departamento de agência, a mídia se divide em três atividades: 1ª Planejamento Principal atividade do departamento, e compreende: • elaboração do Plano de Mídia com as recomendações de como a campanha será veiculada,