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evasao escolar artigo HELDER

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RESUMO: Este trabalho tem como tema à evasão escolar nos iniciais do ensino fundamental, ressaltando as causas que levam o aluno a evadir das escolas justamente no seu início de vida acadêmica. A pesquisa teve como objetivo geral, investigar os fatores que levam os alunos a abandonarem a escola nos anos iniciais do ensino fundamental. E como objetivos específicos, verificar o que as pessoas que compõem o ambiente escolar fazem para que diminua o índice de alunos evadidos; observar o posicionamento dos professores quando estão diante dos alunos que estão prestes a desistir dos estudos nos anos iniciais do ensino fundamental; e identificar as causas que levam o aluno a abandonar a escola. Foram sujeitos dessa pesquisa, professores do primeiro ao quinto ano e direção. Verificou-se que a evasão ocorre por diversos fatores e isso torna o Brasil um país atrasado porque falta educação, por isso ainda continuamos a ser um país subdesenvolvido. Segundo autores entre os principais fatores que ocasionam a evasão, estão escolas incapacitadas de fazer o aluno progredir, professores impacientes e inexperientes, aluno com renda familiar inferior que não possuem recursos suficientes para a compra do material escolar ou da passagem de condução até a escola, reprovação, assédio e até mesmo problema de separação na família e descaso do governo. Enfim é um conjunto de fatores internos e externos que necessitam de resolução. Evasão escolar é uma perspectiva que deve constituir correção educacional, um processo que envolve correção, análise, informação, entendimento e conclusão. Assim, destaca-se o fortalecimento das formulações de políticas públicas, pois o aluno muitas vezes está frequentando escolas incapacitadas e torna-se essencial que haja uma iniciativa do governo, da família e de todo o grupo que compõe o ambiente escolar.
PALAVRAS-CHAVE: Evasão. Aluno. Família. Professor. Escolar. Compromisso.
ABSTRACT: This work has as its theme the school in early elementary school, emphasizing the causes that lead the student to avoid the schools just at the beginning of his academic life. The research aimed to general, to investigate the factors that lead students to leave school in the early years of elementary school. And as specific goals, see what people make up the school environment to reduce the rate of students escaped; observe the positioning of teachers when they are in front of students who are about to quit the studies in the early years of elementary school, identifying the causes that lead the student to leave school. 
Were subject of this research, teachers of first to fifth year and direction.There that the dropout is by several factors and that makes Brazil a country because they lack education late, so is still an underdeveloped country. Second author of the main factors that lead to avoidance, schools are unable to make the student progress, impatient and inexperienced teachers, students with family income below that have insufficient resources to purchase the school or the transition from driving to school, disapproval, harassment and even the problem of family separation and neglect of the government. Finally is a set of internal and external factors that need resolution. 
School is a perspective that education must be corrected, a process involving correction, analysis, information, understanding and completion. Thus, there is the strengthening of public policy formulations, because the student is attending school often incapacitated and it is essential that there is an initiative of the government, family and the entire group that make the school environment.
KEYWORDS: Evasion. Student. Family. Teacher. School Commitment.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho abordará sobre os fatores que contribuem para a evasão escolar, que dizem respeito ao abandono das salas de aula ocorridos no desenvolvimento da vida escolar. Um tema importante, pois é uma preocupação que influencia na aprendizagem do aluno, na educação e ascensão do nosso país. A partir das dimensões de evasão escolar nos anos iniciais do ensino fundamental, diversos pesquisadores chegaram à conclusão que na maioria dos casos esse problema ocorre por causa das condições econômicas do país. O que pode ser feito para diminuir o índice de desistência escolar, no sentido de que a escola seja atraente para seus alunos fazendo com que assim ajude na sua aprendizagem e no seu desenvolvimento?
Pode-se observar que há um índice de abandono dos alunos dos anos iniciais, e isso pode ocorrer por diversos fatores, entre eles estão reprovação, assédio, problema de separação na família, falta de avaliação do desempenho dos professores realizados pelos alunos, além da pouca atenção dada pela escola aos pais ou responsável e também por ser a série de alfabetização e transição. Um ensino de qualidade seria aquele que pratica e relaciona a educação que é dada na escola e a que é dada pela família, as duas instituições juntas visando levar a criança a se dedicar ao estudo.
Pesquisas apontam que o Brasil tem avançado e diminuído os índices de evasão e repetência nas últimas décadas, porém ainda há muito que fazer. Os alunos muitas vezes estão frequentando escolas que não possuem o hábito de incentivá-los a ter o prazer de estudar, sendo ensinados por professores descontentes e insatisfeitos com a profissão e o salário, professores que não têm um curso superior ou até mesmo estudo suficiente para passar seus ensinamentos a outras pessoas e o resultado de tudo isso é o pior possível a cada ano cresce mais o índice de desistentes. 
Pode-se observar que algumas vezes encontramos casos de alunos que não possuem um comportamento adequado, podendo ser por um pavor encontrado dentro da própria casa, onde os pais não os incentiva e sim menosprezam os estudos e a educação, passando o papel para o professor de educar seu próprio filho, onde acaba sobrecarregando o professor e este não exerce seu trabalho com motivação.
Observa-se que alguns profissionais na educação e até mesmo os pais não consideraram o lúdico, os momentos de lazer, o cotidiano do aluno, como espaço de aprendizagem, não acreditam que pode haver aprendizagem numa brincadeira. Observa-se que nos dias atuais o mundo está bastante evoluído, cheios de tecnologias, e mesmo assim a escola de hoje ainda é comparada com a do passado, a imagem de um lugar de obrigações continua a mesma, ainda encontramos professores que ficaram para trás, em um mundo que não existe, pois o bom professor é aquele que enquanto fala e usa seus recursos faz com que o aluno se sinta motivado em estar naquele ambiente onde qualquer espaço possa ser um espaço educativo.
Segundo Paulo Freire (1996, p. 67) “devo respeito à autonomia e a identidade do educando exige de mim uma prática em tudo coerente com o saber antes da escola”. Acima de tudo, é preciso tratar o aluno bem, sem preconceito, observando e dando liberdade para que o aluno tenha sua autonomia e entender que mesmo sendo crianças aprendem muito em tão pouco tempo, já que carregam uma bagagem enorme que adquiriram fora das salas de aula.
O professor deveria planejar aulas diversificadas para prender a atenção do aluno, passar a ver quais são os verdadeiros motivos de desinteresse, sendo eles familiares, econômicos, relacionamento escolar, ou se o problema é realmente com ele mesmo. Como querer que uma criança que vive em mundo cheio de fantasias, onde tudo é perfeito, se sinta feliz se fazem com que seus sonhos se desmoronam ao entrar na escola que era tão esperada? Acredita-se que uma ótima solução possível para esse gravíssimo problema social e nacional (descompromisso para com a educação da população de baixa renda) é melhorar a qualidade das escolas que temos, para que haja uma queda da evasão escolar nos anos iniciais, melhorando o ambiente sabe-se que estaria consequentemente melhorando a educação. 
O tema desperta interesse, uma vez que os anos iniciais são fundamentais para a formação da criança e por ser uma das principais preocupações em questões educacionaisnos dias atuais, o que pode estar influenciando na situação de calamidade do ensino público no Brasil.
Acredita-se que a família deve ter um papel relevante na formação de uma criança e conseqüentemente a escola não deve estar sobrecarregada. O estudo da evasão escolar torna-se relevante porque a educação é considerada como fator importante para avaliar o índice de desenvolvimento do país, pois é através do conhecimento que uma nação cresce seja economicamente ou profissionalmente. Entre os recursos favoráveis a diminuição da evasão seria levar o aluno a ter motivação em aprender, algo que não se consegue facilmente e só é possível através da educação, uma educação de qualidade e motivadora.
DESENVOLVIMENTO
FATORES RESPONSÁVEIS PELA EVASÃO ESCOLAR
Segundo os autores lidos, as causas da evasão são várias, entre elas: ter de trabalhar, tomar conta de irmãos ou avós, repetência contínua, falta de transporte, falta de recursos na escola, má formação dos professores, assédio, problema na família, além da falta de relação entre pais e professores, gravidez na adolescência, precariedade de transporte público, preconceito racial. Essas causas se dão por fatores internos e externos, sendo citados nesta pesquisa os que se tornam mais vigentes: relação professor e aluno; formação de professores, livros didáticos e currículo; avaliação e gestão escolar como fatores internos e como fatores externos, a questão familiar e a questão socioeconômica.
Segundo Charlot (2000, p. 16) 
O fracasso escolar não é um monstro escondido no fundo das escolas e que se joga sobre as crianças mais frágeis, um monstro que a pesquisa deveria desembocar, domesticar, abater. O fracasso escolar não existe, o que existe são alunos em situações de fracasso, histórias escolares que terminam mal.
Assim nota-se que a evasão ou fracasso, não é algo que sempre tem que existir, mas algo que está sendo visto como muita resistência. Esse fracasso é simplesmente a ausência de algo, onde cada um tem a sua parte e contribuição para a melhoria ou não.
RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO
Muitas pessoas têm a concepção de que a aquisição do conhecimento é transmitida apenas pela frequência escolar e têm pouca relação com seus próprios esforços, imaginam que somente se encontra o saber dentro de uma escola, uma realidade falsa, pois se podem adquirir conhecimentos dentro e fora da escola, nas ruas, na igreja, em casa e como a escola torna-se desmotivadora a criança se acha incapaz de permanecer e acaba desistindo, é como se lá não fosse um lugar para ela. 
Segundo Abramowicz (1997, p.14).
A alegria começa onde a escola termina; pode-se fazer o que quiser, como se quiser, não há mais sanções. Alguns guardam rancor contra a escola, mas o pior talvez seja o fato de que a maioria dos alunos se resigna docemente à monotonia da escola, esperando que ela termine ao fim de cada dia, ao fim de cada ano, ao fim da juventude – na expectativa que ela os prepare para aquele famoso futuro cheio de promessas e ameaças. A escola de hoje, onde não há mais palmatória, onde quase não há castigo, não tem uma imagem melhor, em relação à alegria, do que a mais rude escola do passado. 
 Pode-se observar na citação que uma criança se sente na necessidade de abandonar a escola, pois ela não lhe proporciona um lugar de prazer, torna-se comum que a criança espere que o ambiente escolar seja um impacto em sua vida, por isso no primeiro dia de aula ela se sente animada e entusiasmada. Verifica-se que nos momentos posteriores é como se fosse um castigo, parece que o professor não compreende o aluno, ou seja, a sua forma de pensamento. 
O professor deve estar consciente de que sua formação é permanente, e é integrada no seu dia-a-dia nas escolas, pois ela oportuniza o professor não só o saber em sala de aula, mas que ele precisa conhecer as diversas práticas na perspectiva histórico-sócio-cultural. E ainda, precisa conhecer o desenvolvimento do seu aluno nos seus múltiplos aspectos: afetivo, cognitivo, e social, e ainda refletir criticamente sobre seu papel diante de seus alunos e da sociedade.
No artigo 3° da LDB propõe-se a valorização da experiência extra-escolar, assim acredita-se que ter uma relação de respeito é essencial e fundamental para o trabalho pedagógico, o respeito à pluralidade de ideias e cultura. O professor não é somente aquele que impõe ordens, mas é uma pessoa acima de tudo amiga, já que a criança passa uma boa parte da sua vida com este profissional. Assim o professor deve trabalhar de forma que possa conhecer cada um de seus alunos e suas realidades para melhor administrar suas aulas e ensinamentos.
FORMAÇÃO DE PROFESSORES
 Impossível falar em qualidade de ensino, sem falar da formação do professor. Uma formação continuada do professor contribui para a melhoria do ensino.
WEREBE (1997, p. 28), explica que antes os professores dos anos iniciais eram formados na escola normal, os institutos de educação ofereciam cursos normais de formação para professores primários. Porém vários fatores interferiram para o bom andamento entre eles, por ser taxado de ser só para mulheres, das poucas vantagens que oferecia, além de ser considerado como “fácil” para obter o certificado de conclusão do 2° grau.
O magistério não atraia o sexo masculino, já que era mal remunerado, e como se exigia poucas horas diárias, era melhor para as mulheres donas de casa e com filhos. Com esse ensino fácil e simplificado as escolas estavam com grande número de professores habilitados para darem aulas, mas o número de educadores leigos aumentou significativamente. Então ouve a reforma do ensino de segundo grau de 1971, o segundo grau passou a ser habilitação para o magistério, podendo lecionar na quinta e sexta série do primeiro grau o professor que tivesse sido habilitado em 4 séries, se aplicando nas regiões onde havia maior carência de professores diplomados.
O autor afirma que teríamos uma educação de qualidade se desde o começo esses professores fossem preparados nos cursos superiores de pedagogia, embora a maioria desses cursos não tenha a colocação de questões e de problemas da realidade dos alunos e do cotidiano da profissão, os professores não recebem nesses cursos formação necessária para lecionar e saem da universidade sem conhecer essa realidade, mas é claro que somente elevar o nível de formação não resolveria totalmente o problema, pois são necessárias condições melhores de trabalho, além dos baixos salários, que é diversificado para cada região, ainda tem aqueles lugares menos favorecidos, onde as aulas são ao ar livre, tendo que improvisar o local. Tudo isso implica para que o ensino esteja tão em defasagem. 
 O Ministério da Educação (MEC) definiu princípios e adotou algumas diretrizes norteadoras no processo de formação, uma exigência da atividade profissional no mundo atual, tendo como referência a prática docente e o conhecimento teórico, oferta de cursos de atualização ou treinamento, devendo integrar-se no dia-a-dia da escola, e ser um componente essencial da profissionalização docente.
O Fundo das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) também tem focalizado e contribuído para a discussão sobre a formação inicial e continuada, tem apoiado a realização de seminários internacionais, onde são discutidas várias questões pertinentes à profissão docente, como carreira e remuneração, formação, avaliação de desempenho, sistemas de certificação e apresentadas experiências de vários países. Os debates e resultados do evento foram publicados e disseminados internacionalmente. A UNESCO tem dado assistência técnica a programas de formação inicial e continuada para professores, como o Pró-Licenciatura, que visa a oferecer cursos de licenciatura a professores em exercício que não possuem a habilitação legalmente exigida e o curso de formação continuada.
	O modo de educar deve ser aprimorado, pois os tempos mudam. Ainda hoje podemos ver aqueles professores tão despreparados que usam o livro didáticocomo seu escudo, ou seja, seu único material para dar sua aula, sem aquele livro ele simplesmente não consegue e por consequência acaba usando-o de forma não integrada com as outras matérias, são conteúdos e exercícios soltos ao ar, sem com que haja uma verdadeira relação com o cotidiano do aluno. E isso acaba sendo passado série a série, ano a ano, e a culpa é de quem? Nunca se acha o culpado, somente vítimas. Por isso os professores precisam de uma formação significativa, para que esses não matem a educação do nosso país com recursos e didáticas ultrapassadas.
AVALIAÇÃO
Um dos principais definidores do fracasso ou sucesso do aluno na escola é o sistema de avaliação. Em nossa vida é constante o ato de avaliar, seja avaliando os outros ou a nós mesmos. De acordo com a Universidade de ensino a distância (EADCON-2008), o processo de ensino aprendizagem ocorre em situações concretas, internas e externas a escola. Nossos alunos adquirem conhecimentos também fora da escola, para isso a avaliação deve ser intencional, ter finalidades, objetivos e atividades que possibilitem a aprendizagem. 
Pesquisas e estudos da comunidade acadêmica têm revelado que a cultura da reprovação escolar em nosso país representa um dos grandes entraves para uma prática pedagógica competente. 
Segundo PARO (2001, p. 86), por meio da aprovação-reprovação, a avaliação na escola acaba separando os supostos “capazes” dos “incapazes”, selecionando e discriminando socialmente os alunos, e isso acaba ocasionando a evasão. O fato de o aluno reprovar, muitas vezes recai sobre ele próprio. Ele não tem dons, aptidões, ou porque não teve interesse em estudar. Outras vezes o professor relaciona a falta de aprendizado a problemas de saúde, como a desnutrição, ou distúrbios como a hiperatividade ou outros.
Para PARO (2001, p. 86), a avaliação tem como objetivo avaliar o nível de aprendizagem do aluno, e não de excluí-lo. Assim o professor por meio da avaliação vê no que realmente a turma no seu total ou individual necessita que seja revisado, é um meio para facilitar seu trabalho e testar suas metodologias de ensino. Quando se fala em semana de prova, é um alvoroço total, a escola já mostra como algo pra punir. 
	A avaliação é vista por uma grande maioria como reprovação. São necessárias muitas reflexões e criticidade quando se fala em reprovação, pois essa, algumas vezes, leva alguns alunos a se interessarem pelo estudo, porque se trata de uma ameaça de punição a quem não estudou ou não alcançou determinado objetivo, então esse aluno acaba vendo-a como estimulo. Para outros alunos, porém, a reprovação passa a ser vista como forma de exclusão. O aluno que é reprovado muitas vezes sente-se excluído da escola, pois vai à busca de saber e quando chega lá é reprovado por não conseguir alcançar o ritmo do professor ou dos outros colegas. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) (2006), a reprovação é um fato preocupante principalmente para o Brasil por ter taxas altíssimas comparadas com outros países mais pobres como Moçambique, Camboja, Haiti ou Ruada.
Os PCN (1998) asseveram:
	
A aprovação ou reprovação é uma decisão pedagógica que visa garantir as melhores condições de aprendizagem para os alunos. Para tal, requer-se uma análise dos professores a respeito das diferentes capacidades do aluno, que permitirão o aproveitamento do ensino na próxima série ou ciclo. Se a avaliação está a serviço do processo ensino e aprendizagem, a decisão de aprovar ou reprovar não deve ser a expressão de um “castigo” nem ser unicamente pautada no quanto se aprendeu ou se deixou de aprender dos conteúdos propostos.
Nessa perspectiva, o ato de avaliar constitui-se no processo ação-reflexão-ação em que o professor redireciona o ensino no sentido da aprendizagem percebendo que a reprovação não estimula o aluno a aprender, a estudar mais e ocasiona na maioria das vezes, o desânimo e a baixa de auto- estima que levam ao abandono da escola.
Essa nova organização do tempo escolar tem como objetivo promover o sucesso do aluno e garantir a todos o direito à escolaridade, afastando o fantasma da repetência, sobretudo nas séries iniciais do Ensino Fundamental.
Outra medida é a nova dimensão pedagógica da avaliação. A escola crítica e criativa enfatiza a avaliação dinâmica, num processo que integra a aprendizagem do aluno e a intervenção pedagógica do professor, na direção da construção do conhecimento e da formação da cidadania consciente e participativa. Avaliar somente notas não torna suficiente para ver se o aluno aprendeu ou não, mas sim avaliar todo o contexto, todo o processo. Esquecer quantidade, mas buscar a qualidade.
Diversos autores mantêm uma concepção do que vem a ser a avaliação. Para Saul (1992, p. 24), a avaliação se realiza de três formas; avaliação democrática, crítica institucional e construção coletiva. A avaliação democrática visa o direito de todas as pessoas as informações; a critica institucional e criação coletiva realiza-se por meio da expressão e descrição da realidade, favorecendo o diálogo, a discussão, a busca e a análise crítica.
Já o autor André (1990, p. 42), afirma que nas escolas deveria ter um espaço para que professor e orientador possam discutir juntos o fazer pedagógico, acompanhando, avaliando e aperfeiçoando. Trabalhando a didática, a relações interpessoais e organização pedagógica.
Demo (1995, p. 130), afirma que a avaliação se divide em duas etapas para garantir a qualidade da educação, a avaliação formal ligada à parte tecnológica, e avaliação política ligada a cidadania, onde uma não existe sem a outra. E define a avaliação como um processo constante de ensino-aprendizagem.
	Os PCN orientam os professores para realizarem a avaliação por meio de observação sistemática: que seria o acompanhamento, utilizando instrumentos, como diário de classe, ficha do aluno; análise das produções dos alunos: analisar toda e qualquer produção do aluno, avaliando desde os primeiros registros; e atividades especificas para avaliação: avaliar o aluno por meio de avaliações escritas, trabalhos e atividades que não fujam do conteúdo ministrado e sempre os alertando o que se vai avaliar.
	Podemos observar então que a avaliação não é um modo para excluir, mas sim para introduzir o aluno no meio da aprendizagem, sendo ela uma avaliação constante, observando todo o processo. Não utilizando somente a “educação bancária”, como Freire denominou como aquele aprendizado memorizado por meio de livros didáticos, onde o aluno deposita o que foi memorizado e não aprendido.
GESTÃO ESCOLAR
Segundo EADCON (2008, p. 69), quando falamos em gestão escolar, devemos considerar que esta esteja relacionada ao contexto escolar. São ações e políticas educacionais que possibilita a escola a desenvolver a formação humana. Para Ferreira (2004, p. 122), é fundamental o desenvolvimento de políticas para garantir que a gestão seja por respeito de todos, sem distinção de raça, cor, ou classe social. Assim podemos ver que a escola deve trabalhar de forma igualitária, visando administrar para o todo e não para pequenos grupos, algo que necessita ser construído coletivamente. O autor ainda afirma que quando a tomada de consciência é coletiva surgem ideias que propiciam debates e argumentos, que se constroem no próprio processo coletivo da resolução de um problema. 			
Para a construção significativa de uma gestão escolar deve ocorrer um processo, para a efetivação da tomada de decisões. A boa escolha do diretor, a organização de conselhos escolares e grêmios estudantis, a construção do projeto político pedagógica coletivamente, redefinição de tarefas e trabalhar em conjunto pais, escola e comunidade. Um envolvimento diretamente com os envolvidos na prática pedagógica. A Lei de diretrizes e Bases institui justamente isso, a representação da comunidade em conselhos escolares. Segundo a lei de diretrizes e bases no artigo 13º: Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da propostapedagógica do estabelecimento de ensino. Assim todos podem participar na gestão da escola, a construção da democracia só é feita por meio da prática democrática. 
	 A gestão escolar não é neutra, exige-se a posição política, pois se deve partir de uma tomada de decisões e ação. Um dos principais papéis da gestão escolar deve ser o de evitar o fracasso e evasão. 
	Para Antunes (2002, p. 19)
A organização interna da escola, seus sistemas de sanções, a falta de integração entre membros do corpo docente e da administração, o tipo de autoridade exercido pela direção e falta de esclarecimento dos padrões disciplinares, muitas vezes são fatores que contribuem para a indisciplina dos alunos.
Assim podemos perceber analisando a citação que a forma de gestão democrática contribui para o bom andamento da rotina escolar. Na elaboração do projeto político pedagógico deve haver maneiras e projetos para diminuir o índice de evasão, algo construído coletivamente, onde todos visam um bem comum. 
CONCLUSÃO
 A pesquisa teve como objetivo geral investigar os fatores que levam os alunos a abandonarem a escola nos anos iniciais do ensino fundamental. Verificou-se que aulas monótonas, condições socioeconômicas, falta de formação de professores, má gestão, são um dos fatores que ocasionam este problema. E como objetivos específicos, Verificar o que as pessoas que compõem o ambiente escolar fazem para que diminua o índice de alunos evadidos; Observar o posicionamento dos professores quando estão diante dos alunos que estão prestes a desistir dos estudos nos anos iniciais do ensino fundamental; Identificar as causas que levam o aluno a abandonar a escola. Esses objetivos são respondidos no projeto político pedagógico da escola, onde podemos ver a vasta intenção de projetos motivadores para os alunos, aulas diversificadas e principalmente o acompanhamento e participação da família no contexto escolar.
A evasão escolar é um dos problemas mais visíveis no âmbito escolar, por isso muitas análises e pesquisas foram feitas sobre o tema. Evasão escolar diz respeito ao abandono do aluno das salas de aula, onde os fatores são diversos, sendo eles segundo PATTO (1990, p. 56) políticos, históricos, econômicos, ideológico e institucional, um crime perfeito, onde só encontramos as vitimas. 
Para tentar combater esse problema, deveria ter um compromisso maior, mas não somente dos professores, mas sim de todos que compõem o ambiente escolar, ter um compromisso sério com o que foi fixado no projeto político pedagógico. Participar, cooperar, entender, aprimorar, criar, trabalhar, motivar podem ser as palavras corretas para a melhoria do ensino brasileiro.
Pais, professores, gestores, servidores, família, comunidade, enfim, todos buscando o melhor, trabalhando de forma articulada, para que esse complicado e fascinante trabalho de educar sejam gratificantes e dê resultados. É claro que os problemas sempre surgirão, porém, se a escola trabalhar em conjunto, a resolução será clara e objetiva.
Segundo a Constituição da República de 1988, “A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Assim podemos observar que a lei que rege nosso país mostra que a qualidade da educação é um direito de cada individuo, independente da sua raça, cor, cultura ou condições sócio econômicas e que para que isso aconteça, torna-se necessária à intervenção de todos, não sobrecarregando um ou outro. Não deixando de enfatizar que a escola deve fazer com que haja esse envolvimento com a ajuda dos serviços públicos, ressaltando que cada um tem sua contribuição, no caso os professores, com uma formação e aulas motivadores e a família dando a educação e base para contribuir para a formação da pessoa capaz, segura e responsável.
REFERÊNCIAS
	
________, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
ABRAMOWICZ, Anete; MOOL, Jaqueline. Para além do fracasso escolar. São Paulo: Papirus, 1997, p. 14.
AGUIAR, M. A. S.; FERREIRA, N. S. C. Gestão da Educação: impasses, perspectivas e compromissos. São Paulo: Cortez, 2004, p. 122.
ANDRÉ, M. E. D. A. de. A avaliação na escola e da escola. Cadernos de pesquisa. São Paulo, 1990, p.42.
ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas maneiras de se aprender. São Paulo: Artmed, 2002, p. 19. 
BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: A secretária, 2001.
Dados retirados do Ministério Público Federal: Procuradoria Federal Dos Direitos Do Cidadão. Acessado em 10 de abril de 2008.
DEMO, P. lógica e democracia da avaliação. Rio de janeiro: Ensaio, 1995, p. 130.
PEDAGOGIA. Universidade de ensino a distância - EADCON. Curitiba: EADCON, 2008, p. 69.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996, p. 67.
LIBANEO, José Carlos. Didática: coleção magistério 2° grau-série formação do professor. São Paulo: cortes, 1994.
PARO, Vitor Henrique. Reprovação escolar: renuncia à educação. São Paulo: Xamã, 2001, p. 86.
PATTO, M.H.S. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo, T.A. Queiroz, 1990, p. 56.
SAUL, A.M. Avaliação emancipatória: Uma abordagem crítico-transformadora. Tecnologia Educacional: Rio de Janeiro,1992, p. 24.
WEREBE, Maria José Garcia. 30 anos depois grandezas e misérias do ensino no Brasil. São Paulo: Ática, 1997, p. 28.

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