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04/11/2014 1 Noções de Virologia Prof. Bruno Mello de Matos Universidade Federal de Sergipe Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Morfologia Disciplina: Microbiologia Geral Por que estudar vírus? Várias doenças virais são problemas de saúde pública. Herpes Hepatite Varicela Mononucleose Sarampo Caxumba Rubéola AIDS 04/11/2014 2 Parasita intracelular obrigatório DNA RNA OU Vírus, do latim, virus: veneno ou fluido venenoso. Exceção: citomegalovírus (CMV) Histórico 1881 – Pasteur colocou a raiva entre os parâmetros da teoria microbiana das doenças; 1892 – Dmitrii Ivanowski fez a primeira descrição parcial de vírus; 04/11/2014 3 Histórico 1898 – Loeffler e Frosch comprovaram a filtrabilidade dos vírus; 1931 – Elford calculou o tamanho dos vírus; Histórico 1940 – Stanley obteve a cristalização do vírus do mosaico do tabaco; 1950 – Os vírus foram totalmente visualizados. 04/11/2014 4 Características dos Vírus Corpúsculos de Inclusão Corpúsculos de inclusão citoplasmática Corpúsculos de Guarnieri (varíola) Corpúsculos de Negri (raiva) Corpúsculos de inclusão nuclear Varicela Herpes Estrutura dos Vírus Tipos Morfológicos Vírus poliédricos: icosaédricos. Vírus da poliomielite, adenovírus, herpesvírus. 04/11/2014 5 Estrutura dos Vírus Vírus helicoidais: simetria tubular ou helicoidal/flexíveis. Vírus do mosaico do tabaco, influenza, caxumba. Estrutura dos Vírus Vírus complexos: são geralmente pleomórficos. Arbovírus, vírus da varíola e bacteriófagos. 04/11/2014 6 Estrutura dos Vírus Vírus envelopados: cobertos por envelopes (helicoidais e poliédricos). Estrutura dos Vírus Capsídeo Estrutura Fina 04/11/2014 7 Estrutura dos Vírus responsável pela especificidade antigênica; capsídeo determina o tipo de hospedeiro; responsável pelo início da infecção nos vírus que não possuem envelope. Estrutura dos Vírus Cerne ou medula: constituído de DNA ou RNA. DNA - fita simples ou dupla - linear ou circular RNA - fita +, fita – ou fita +/- 04/11/2014 8 Estrutura dos Vírus Enzimas Polimerases e transcriptases atuam em seu mecanismo de infecciosidade. Estrutura dos Vírus Envoltório, envelope ou invólucro resistência a agentes físicos e químicos; determina o tipo de hospedeiro do vírus. 04/11/2014 9 Estrutura dos Vírus Vírion: partícula viral completa, totalmente formada e infecciosa. D i m e n s õ e s 04/11/2014 10 Estrutura dos Vírus Composição Química dos Vírus Simples Complexos Ácido nucléico (DNA ou RNA) Proteínas Lipídios Carboidratos Glicoproteínas Estrutura dos Vírus Composição Química dos Vírus Proteínas protege o genoma viral da ação de enzimas; participam na fixação da partícula viral a uma célula suscetível; 04/11/2014 11 Proteínas responsável pela simetria estrutural do vírus; determinam as características antigênicas do vírus; alguns vírus podem transportar enzimas. Estrutura dos Vírus Composição Química dos Vírus Estrutura dos Vírus Composição Química dos Vírus Ácido Nucleico os vírus contém apenas um tipo de ácido nucleico; codifica a informação genética necessária para sua replicação; o genoma pode ser de filamento único ou duplo, circular ou linear e segmentado ou não. 04/11/2014 12 Estrutura dos Vírus Composição Química dos Vírus Lipídios alguns vírus apresentam envelope lipídico; os lipídios são adquiridos através de membranas celulares durante o processo de maturação; membrana nuclear, retículo endoplasmático, complexo de Golgi, membrana plasmática e vacuolar. Estrutura dos Vírus Composição Química dos Vírus Glicoproteínas podem estar contidas nos invólucros dos vírus; são codificadas pelo material genético viral; 04/11/2014 13 Estrutura dos Vírus Composição Química dos Vírus Glicoproteínas interagem com os receptores da célula alvo, ligando a partícula viral à célula; são importantes antígenos virais. Estrutura dos Vírus Parasitismo Intracelular Obrigatório Característica essencial dos vírus. Propriedade de só serem aptos a replicar- se no interior de células vivas, sendo capazes de infectar células animais, vegetais e micro- organismos. 04/11/2014 14 Interferência Viral Interferon Série de substâncias produzidas pelas células em conseqüência de uma infecção viral. indução da síntese de uma proteína inibidora da tradução do RNAm viral; estimulação de linfócitos T e células NK. Replicação Viral Adsorção participação de receptores específicos na superfície da célula hospedeira (receptores glicoprotéicos) e das macromoléculas dos vírus. 04/11/2014 15 Penetração por invaginação da membrana celular (pinocitose); por fusão; penetração viral através da membrana. Replicação Viral Desnudamento remoção do envoltório protéico do vírus pela ação de enzimas da célula parasitada; período de eclipse. 04/11/2014 16 Replicação Viral Biossíntese (Transcrição, Tradução e Replicação do Genoma) ocorre de acordo com o vírus; várias classes. Replicação Viral síntese de material genético (DNA/RNA); síntese de proteínas; síntese de enzimas. Biossíntese (Transcrição, Tradução e Replicação do Genoma) 04/11/2014 17 Replicação Viral DNA RNA Replicação Viral - Vírus DNA de fita dupla Herpesviridae Simplexvirus (vírus do herpes simples) Varicellovirus (vírus varicela-zoster) Cytomegalovirus (citomegalovírus humano) 04/11/2014 18 Replicação Viral - Vírus DNA de fita dupla Papoviridae Papillomavirus (papilomavírus humano) Poxviridae Orthopoxvirus (vírus da varíola) Replicação Viral - Vírus DNA de fita simples Adenoviridae - Vírus RNA de fita dupla Reoviridae Rotavirus 04/11/2014 19 Togaviridae Rubivirus (vírus da rubéola) Replicação Viral - Vírus RNA de fita simples positiva Picornaviridae Rhinovirus (vírus da gripe comum) Hepatovirus (vírus da hepatite A) Replicação Viral - Vírus RNA de fita simples negativa Rabdoviridae Lyssavirus – vírus da raiva - Vírus RNA de fita simples positiva com presença de DNA complementar Retroviridae Lentivirus – HIV 04/11/2014 20 Maturação e Liberação Viral acoplamento das subunidades; lise celular; exocitose. Maturação e Liberação Viral 04/11/2014 21 Vírus Bacterianos: Bacteriófagos “comedor de bactérias”; Twort (1915) e d’Herelle (1917); ácido nucléico + camada protéica; resistência infecção pelo mesmo fago mas não por outros fagos; bactéria pode adquirir nova propriedade. Morfologia dos Fagos cauda 04/11/2014 22 Mecanismo de Infecção Fágica Mecanismo de Infecção Fágica 04/11/2014 23 Mecanismo de Infecção Fágica Vírus oncogênicos Vírus oncolíticos Vírus teratogênicos Vírus de plantas Vírus de fungos Vírus de algas 04/11/2014 24 Príons 1982 – Stanley Prusiner sugeriu que proteínas infecciosas teriam sido a causa de uma doença neurológica em ovelhas (scrapie); Proteinaceous Infectious Particle; Encefalopatias Espongiformes (9 doenças, 5 humanas). Príons 04/11/2014 25 Príons Doença degenerativa do sistema nervoso central; Origem genética ou adquirida? Características: Desinfecção (formaldeído,temperatura, radiação ionizante e UV); hidróxido de sódio + autoclave (134ºC); tratamento com proteases. Príons 04/11/2014 26 Viróides RNA com 300 a 400 nucleotídeos; Sem capa protéica; Não traduz proteínas; Infecção de plantas Viróides humanos? Isolamento, cultivo e identificação Isolamento e cultivo Animais Ovos embrionários Cultura de células (bactéria/humana) Não crescem em meios artificiais 04/11/2014 27 Isolamento, cultivo e identificação Identificação Citologia corpúsculo de inclusão Métodos Imunológicos sorologia detecção de antígenos virais Métodos Moleculares sondas de DNA PCR
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