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Antifúngicos em Odontologia

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Antifúngicos
 Aula 1 - Antifúngicos em Odontologia 
 Aula 2 - Tipos de Antifúngicos Usados em Odontologia 
Antifúngicos usados em Odontologia
Embora a flora oral seja constituída principalmente por bactérias, os fungos também são residentes da cavidade oral, e alterações no equilíbrio flora-hospedeiro podem induzir a doenças orais como a candidose, a forma mais comum de infecção oral por fungos, e a paracoccidioidomicose.
 
A candidose é causada por diversas espécies do gênero Candida, que fazem parte da flora normal da pele, mucosas e trato gastrintestinal. C. albicans é a espécie mais prevalente na cavidade oral, mas outras espécies de Candida podem ser associadas a infecções orais tais como C. tropicalis, C. parapsilosis, C. glabrata, C. guilliermondii eC. dubliensis. Esses fungos são considerados microrganismos oportunistas endógenos, e causam doença geralmente em indivíduos com comprometimento imunológico, diabéticos, idosos, aqueles com fatores locais de risco, como próteses, perda de dimensão vertical e redução de fluxo salivar, ou pacientes submetidos a antibacterianos de amplo espectro por período prolongado. Em pacientes imunocomprometidos e crianças prematuras, esses agentes podem provocar infecções sistêmicas graves.
 
A base para o tratamento da candidose oral é a utilização de antifúngico dos grupos dos polienos, além dos azóis (miconazol, fluconazol e itraconazol).
 
Apesar de não desenvolverem mecanismos de resistência como as bactérias, a maior parte dos fungos da cavidade oral está presente em biofilmes multiespécies, os quais demonstram naturalmente um fenótipo de resistência antifúngica devido à baixa permeabilidade. Assim, a remoção dos biofilmes dentais e os tratamentos para prevenir o desenvolvimento dessas estruturas, em combinação com fármacos antifúngicos, podem permitir melhor tratamento e prevenção das doenças fúngicas orais. Além disso, a terapia da candidose deve ser associada à remoção de possíveis fatores desencadeantes do processo, como limpeza e desinfecção de próteses, troca de próteses antigas e controle de fatores associados à imunossupressão sistêmica.
 
Ação dos Antifúngicos
Dependendo do local de ação dos antifúngicos, as medicações são classificadas conforme o esquema abaixo:
 
Polienos
 
Representados pela anfotericina B e pela nistatina, ligam-se ao ergosterol, o principal esterol da membrana fúngica, produzindo canais iônicos que destroem a integridade osmótica celular. Além disso, causam dano oxidativo na membrana que resulta na morte celular.
A anfotericina B é um agente antifúngico de amplo espectro com sete ligações duplas conjugadas. Pode ser inativado por calor, luz e extremos de pH. Tem uso tópico e suas formulações lipídicas são intravenosas. O fármaco também se liga ao colesterol presente nas células de mamíferos e esse mecanismo é responsável por sua alta toxicidade, principalmente nos néfrons, mas também em vários tecidos e órgãos, inclusive fígado, pâncreas, medula óssea, pulmão e líquido cerebrospinal. Os efeitos colaterais, principalmente a nefrotoxicidade, são diminuídos nas formulações lipídicas de anfotericina B (complexo lipídico da anfotericina B ou dispersão coloidal e anfotericina B lipossômica), enquanto a sua eficiência continua inalterada.
A nistatina pode ser administrada por suspensão oral e tópica, como ocorre com a anfotericina B, sua formulação lipossômica só é administrada intravenosamente.
Azóis
A classe dos azóis apresenta menor toxicidade do que a anfotericina B, sendo usada em casos de infecções pouco graves. Seus componentes podem ser divididos em dois grupos: imidazóis, quando têm duas moléculas de nitrogênio no anel azol, e triazóis, quando têm três moléculas de nitrogênio no anel. O mercado dispõe de diversos fármacos de uso tópico, oral e intravenoso.

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