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Acidentes do Trabalho: Conceito e Tipos

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ACIDENTES DO TRABALHO
Conceito: Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho.
O que é considerado acidente de trabalho: 
A doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade, constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97 ;
A doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, desde que constante da relação de que trata o Anexo II do Decreto nº 2.172/97.
A doença profissional é aquela causada pela própria atividade prestada pelo trabalhador, visto que, no exercício de tal atividade, dá-se a atuação do fator patogênico que vai intoxicar ou infectar o obreiro. Em outras palavras, o trabalhador executa a sua função, envolvido pelo fator patogênico, que é peculiar ou próprio da atividade exercida.
Patogênico: Qualquer fator que altere o estado de equilíbrio relativo do organismo é considerado causador de doença.
DOENÇAS DO TRABALHO:
Às doenças do trabalho, também denominadas de “mesopatias” ou “doenças profissionais atípicas”, são aquelas desencadeadas em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacionam diretamente. 
No entanto, por serem doenças atípicas, exigem a comprovação do nexo de causalidade entre elas e o trabalho, em regra, mediante vistoria no ambiente em que atua ou se atuava o trabalhador . 
São várias as doenças do trabalho atípicas, sendo que as doenças comuns podem não derivar do trabalho ou dele decorrerem diretamente. Por exemplo, uma bronquite asmática pode acometer qualquer pessoa, trabalhadora ou não, porque normalmente provém de um risco genérico. Mas, dependendo das condições em que o trabalho é prestado, o trabalhador pode adquirir tal doença, ocasião em que o risco genérico transforma-se em risco específico indireto.
Condições Especiais: trata-se de circunstâncias extrínsecas à atividade laboral, não-inerente ao exercício do trabalho, mas que, na hipótese determinada, envolvem o seu exercício. Exemplifica-se com varizes nas pernas, que podem ser adquiridas por condições especiais em que o trabalho é prestado, como a do balconista que precisa permanecer em pé durante toda a jornada de trabalho, em boa parte do tempo sem se movimentar.
	DOENÇA PROFISSIONAL 
	DOENÇA DO TRABALHO
	É aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho, peculiar a uma determinada atividade. Não é provocada pelo meio ambiente propriamente dito, mas sim pelo exercício de uma função.
	É aquela produzida ou desencadeada pelo meio ambiente do trabalho, que está poluído, contaminado por agentes agressivos.
	Exemplo: lesões por esforços repetitivos relacionadas ao trabalho / doenças
osteomusculares relacionadas ao trabalho - LER/DORT.
	Exemplo: perda auditiva induzida por ruído -PAIR.
	Caracteriza-se pela afetação específica
de determinado ofício diante de condições peculiares a que são submetidos os trabalhadores, culminando, assim, em
enfermidades típicas de determinadas atividades laborais
	Não é exclusiva do trabalho, ou seja, são enfermidades comuns, que podem ou não advir do trabalho.
EQUIPARAM-SE TAMBÉM A ACIDENTE DE TRABALHO:
O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para perda ou redução da sua capacidade para o trabalho, ou que tenha produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.
Quando expressamente constar do contrato de trabalho o empregado deverá participar de atividades esportivas no decurso da jornada de trabalho, o infortúnio ocorrido durante estas atividades será considerado como acidente do trabalho. EXEMPLO: jogo de futebol da empresa.
O acidente sofrido pelo segurado no local e horálrio do trabalho, em consequência de :
Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho ;
Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada com o trabalho ;
Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro, ou de companheiro de trabalho
Ato de pessoa privada do uso da razão;
Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de força maior;
A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
O acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho :
Na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa ;
Na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito ;
Em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo, quando financiada por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra;
Independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado ;
No percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado, desde que não haja interrupção ou alteração de percurso por motivo alheio ao trabalho ;
No percurso da residência para o Órgão Gestor da Mão-de-Obra (OMGO) ou sindicato de classe e destes para aquela, tratando-se de trabalhador avulso.
Entende-se como percurso o trajeto da residência ou local de refeição para o trabalho ou deste para aqueles, independentemente do meio de locomoção, sem alteração ou interrupção por motivo pessoal, do percurso habitualmente realizado pelo segurado. Não havendo limite de prazo estipulado para que o segurado atinja o local de residência, refeição ou do trabalho, deve ser observado o tempo necessário compatível com a distância percorrida e o meio de locomoção utilizado.
*Não será considerado acidente do trabalho o ato de agressão relacionado a motivos pessoais.
PRAZO: Será considerado como dia do acidente, no caso do profissional ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual ou o dia em que for realizado o diagnóstico, cabendo para esse efeito o que ocorrer primeiro.
NÃO SÃO CONSIDERADAS COMO DOENÇA DO TRABALHO:
A doença degenerativa - são assim chamadas porque elas provocam a degeneração de todo o organismo, envolvendo vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos e cérebro. Normalmente, as doenças degenerativas são adquiridas por erros alimentares (ou uso excessivo de gorduras de origem animal), uma vida sedentária ou um erro genético;
A inerente a grupo etário - é aquela ligada de modo inseparável à idade como fator determinante de sua ocorrência. Sua causa não decorre das atividades exercidas, e, sim, da própria idade. Como exemplo dessa doença, tem-se a presbiacusia, que é a perda da acuidade auditiva iniciada a partir dos 30 anos, resultante da degenerescência das células sensoriais;
A que não produz incapacidade laborativa - Será considerada acidentária somente a doença do trabalho que resultar na incapacidade laborativa, temporária ou permanente, pois, caso contrário, será apenas conceituada como doença comum. Para tanto, deve-se ter como parâmetro o rendimento do próprio examinado e não a média da população operária;
A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região onde ela se desenvolva, salvo se comprovado que resultou de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho - é a enfermidade própria de determinadas regiões do país, peculiar a um povo, por força das condições locais. Contempla o dispositivo expressa ressalva ao fato de poder ser a doença adquirida pela exposição ou contato direto determinado pelo trabalho.
.
APLICAÇÃO:
As prestações relativasao acidente do trabalho são devidas: ao empregado; ao trabalhador avulso; ao médico-residente (Lei nº 8.138, de 28/12/90); ao segurado especial.
AVULSO X EVENTUAL
	É pessoa física que presta serviços sem
vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas pessoas, sendo sindicalizado ou não, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria profissional ou do órgão gestor de mão de obra, tem todos os direitos previstos na legislação trabalhista.
	 Só tem direito ao preço avençado no contrato.
 
Segurado especial: (produtor, parceiro, meeiro e o arrendatário rurais, garimpeiro, pescador artesanal, que exerçam suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio de terceiros, bem como seus respectivos cônjuges ou companheiros e filhos maiores de 14 (quatorze) anos, desde que trabalhem, comprovadamente, com o grupo familiar).
NÃO SÃO DEVIDAS AS PRESTAÇÕES RELATIVAS AO ACIDENTE DO TRABALHO:
Empregado doméstico;
Empresário: titular de firma individual urbana ou rural, diretor não empregado, membro de conselho de administração de sociedade anônima, sócios que não tenham, na empresa, a condição de empregado;
Autônomo e outros equiparados;
Facultativo.
CARACTERIZAÇÃO: são divididos em 3 classificações:
Acidente típico:
Ocorre pelo exercicio da atividade a serviço da empresa;
provoca lesão corporal ou pertubação funcional;
pode causar morte, perda da redução permanente ou temporaria da capacidade para trabalho;
Doença profissional ou do trabalho:
São produzidas ou desencadeada em função das condições especiais em que o trabalho é realizado.
Exemplo: stress, alergias…
Acidente do trajeto:
a razão de se equiparar o acidente de trajeto ao acidente profissional, pois no período em que o empregado realiza o percurso de sua casa ao local da atividade laboral ou vice-versa, considera-se que o mesmo já se encontra à disposição de seu empregador.
O empregador teria por obrigação emitir a CAT (Comunição de Acidente de Trabalho) à Previdência Social para que seu empregado em caso de afastamento pudesse gozar do benefício previdenciário de auxilio acidente.
*Tem ainda o acidentado direito à estabilidade do emprego por doze meses, independente da percepção do auxilio acidente nos termos do artigo 118 da Lei nº. 8213/91.
COMUNICAÇÃO ACIDENTE DE TRABALHO:
“Art. 230. A empresa deverá comunicar o acidente ocorrido com o segurado empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa aplicada e cobrada na forma.”
Art. 286 do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999:
“Parágrafo único. Os casos de acidente com afastamento igual ou inferior a quinze dias não serão encaminhados à Perícia Médica, não sendo necessário aposição de carimbo na CTPS do acidentado.”
Empregada doméstica: é regida por lei especial e não tem direito ao benefício acidentário previdenciário, mas isso não quer dizer que a mesma está totalmente desamparada. O que o empregador deve fazer, é acionar a previdência social “demonstrando que a empregada tem 12 meses de contribuição ao inss” devendo a mesma ingressar de benefício em decorrência de doença e passa a mesma a gozar do benefício desde o primeiro dia de afastamento, ou seja, o empregador não precisa pagar os primeiros 15 dias como acontece com os empregados urbanos. Em suma, a doméstica tem direito ao auxílio-doença a partir da data do início da incapacidade.
É Obrigação da empresa emitir a Comunicação do Acidente do Trabalho (CAT), firmando as seguintes diretrizes:
a CAT deve ser emitida pela empresa sempre que houver acidente do trabalho ou doença ocupacional ;
a CAT deve ser emitida havendo ou não o afastamento do trabalho;
a CAT deverá ser preenchida com todos os casos nos seus devidos campos, em seis vias, com a seguinte destinação:
1. Primeira via, ao INSS
2. Segunda via, ao segurado ou dependentes;
3. Terceira via, ao sindicato dos trabalhadores;
4. Quarta via, a empresa;
5. Quinta via, ao SUS;
6. Sexta via, à DRT/Ministério do Trabalho.
de posse da CAT o segurado deverá dirigir-se ao serviço de saúde mais próximo do local de trabalho, do acidente ou da sua residência, onde prestará o primeiro atendimento, fará o diagnóstico e preencherá o LEM (Laudo do Exame Médico) no verso da CAT;
a seguir, a CAT deverá ser entregue para registro de imediato, ao Posto de Benefícios do INSS mais conveniente ao segurado;
nos casos em que ocorrer alta médica nos primeiros 15 dias do afastamento ao trabalho, a alta será comunicada pelo serviço de atendimento por meio de relatório/atestado médico, em três vias, aos seguintes destinatários:
1.primeira via, ao empregado/empresa ;
2.segunda via, ao Posto de Benefícios do INSS ;
3. terceira via, ao órgão de Vigilância do SUS.
o trabalhador avulso, o segurado especial e o médico residente serão periciados quando do afastamento do trabalho;
 mensalmente os postos de benefícios do INSS encaminharão às Delegacias Regionais do Trabalho relação dos acidentes dos trabalhos registrados;
as empresas convenentes são obrigadas a emitir CAT em todos acidentes, mesmos aqueles que não houver perda de tempo, extinguindo-se a RAST (Relação dos Acidentes Sem Perda de Tempo - mod. SSS - 231) ;
nos casos em que a empresa fizer remanejamento de trabalhador, visando afastá-lo de área de risco por doença profissional, esta deverá emitir CAT e comunicar ao INSS.
nos casos de fixação de anexos e de avaliação de incapacidade de lesão residual resultante de acidentes do trabalho, o exame médico pericial será realizado pelo perito do INSS .
BENEFÍCIOS:
Auxílio-doença: É o benefício concedido ao impedido de trabalhar, devido a doença ou acidente, por mais de 15 dias consecutivos. Os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador. No caso do contribuinte individual (como empresários, profissionais liberais e autônomos), a Previdência paga todo o período da doença ou do acidente (desde que o trabalhador tenha requerido o benefício). A concessão do auxílio-doença acidentário não exige tempo mínimo de contribuição. O auxílio deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna ao trabalho ou quando o benefício é trocado pela aposentadoria por invalidez.
Auxílio-acidente: É um benefício concedido, como forma de indenização, ao segurado empregado, ao trabalhador avulso urbano e rural e ao segurado especial quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resulte em sequela definitiva que impeça as atividades laborais. Essa regra não inclui o trabalhador doméstico, o contribuinte individual e o segurado facultativo. Caso o segurado não se reabilite em 15 dias, deve solicitar o benefício.
Aposentadoria por invalidez: Concedida aos que, por doença ou acidente, forem considerados incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de serviço que lhes garanta o sustento. Não tem direito à aposentadoria por invalidez quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resultar do agravamento da enfermidade. Quem recebe aposentadoria por invalidez deve passar por perícia médica de dois em dois anos. A aposentadoria deixa de ser paga quando o segurado recupera a capacidade. Para ter direito, o trabalhador tem que contribuir por no mínimo 12 meses, no caso de doença. Se for acidente, esse prazo não é exigido, mas é preciso estar inscrito na Previdência.
Aposentadoria especial: Benefício concedido ao que tenha trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. O trabalhador deve comprovar, além do tempo de trabalho, efetiva exposição aos agentes físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido (dependendo do agente, 15, 20 ou 25 anos). Desde a instituição da Lei 9.032/1995, a concessão do benefício começou a ser realizada de acordo com essescritérios. A comprovação é feita no formulário denominado Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), que é preenchido pela empresa empregadora com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCAT), expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
Pensão por morte: Os descendentes de segurado que teria benefícios como aposentadoria ou auxílio-doença e faleceu podem requerer a pensão por morte.
	Benefício
	Beneficiário
	Condições para
Concessão
	Data de início
	Data da cessação
	Valor
	Auxílio-
doença
(esp..91)
	Acidentado
do trabalho
	afastamento do trabalho por incapacidade laborativa temporária
por acidente do trabalho
	16º dia de
afastamento
consecutivo
para empregado; na data do afastamento
demais segurados.
	morte;
concessão
de auxílio- acidente ou aposentadoria;
cessação da incapacidade;
alta médica;
volta ao trabalho.
	91% do
salário de
benefício
	Aposenta
doria por
invalidez
(esp.92)
	Acidentado
do trabalho
	afastamento do trabalho por invalidez
acidentária
	no dia em que o auxílio- doença teria início; 
ou no dia seguinte à cessação do auxílio- doença
	morte;
cessação da invalidez
volta ao trabalho;
	100% do
salário de
benefício
	Auxílio-
Acidente
(esp.94)
	Acidentado
do trabalho
	redução da capacidade
laborativa por lesão
acidentária
	no dia seguinte a
cessação do auxílio- doença.
	concessão de
aposentadoria;
óbito.
	50% do
salário de
benefício
	Pensão
(esp.93)
	Dependentes
do acidentado
do trabalho
	morte por acidente
do trabalho
	na data do óbito; ou na data da
entrada do requerimeto, quando requerida após 30 dias do óbito.
	morte do dependente;
cessação da qualidade de dependente.
	100% do
salário de
benefício
DA COMPETÊNCIA PARA PROCESSAR E JULGAR AS AÇÕES DERIVADAS DO ACIDENTE DO TABALHO
Ação acidentária: São ações por meio das quais se busca a certificação da existência do acidente com origem no trabalho e a apuração das consequências dele advindas. A ação trabalhista em que o empregado persegue a sua estabilidade tem como fundamento legal este dispositivo, que expressamente confere o direito à estabilidade. Figuram como partes nesta ação, empregado e empregador.
ação indenizatória por danos morais e materiais oriundos
do acidente do trabalho: A responsabilidade civil do empregador é subjetiva encontrando sua disciplina no art. 927, caput, do Código Civil, exceto nas atividades que envolvem risco inerente ao labor.
Além de ficar a cargo da empresa o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), custeado de acordo com o inc. II, art. 22 da Lei 8.212/91, o empregado poderá, ainda, ter
responsabilidade civil, se incorrer em dolo ou culpa. É subjetiva a responsabilidade, 
uma vez que deverá ser verificada a culpa ou dolo do empregador.
COMPETÊNCIA: existem duas grandes correntes doutrinárias-jurisprudenciais que se digladiam para estabelecer qual órgão do Poder Judiciário teria a aludida competência:
Entende que a Justiça do Trabalho é que detém competência para processar e julgar a matéria.
Visualiza que a Justiça Comum dos Estados e do Distrito Federal é que detém tal atribuição jurisdicional. 
Entretanto, da mesma forma, o embate continua na seara jurisprudencial. Aliás, o próprio TST ainda não formou uma jurisprudência acerca da matéria. As próprias Turmas, da mencionada Corte Trabalhista, possuem entendimento diverso, ao apreciar a questão. O principal argumento levantado pelos defensores da competência da Justiça do Trabalho é que o inciso VI do artigo 114 da CF não faz qualquer distinção entre o dano moral haver decorrido de acidente de trabalho ou não.
ação acidentária em face do INSS é oriunda de uma
responsabilidade objetiva: decorrente da primeira parte do inc. XXVIII, do art. 7° da Constituição Federal e do artigo 121 da Lei n. 8.213/91, que dispõe:
 
“o pagamento, pela Previdência Social, das prestações por acidente do trabalho não excluia responsabilidade civil da empresa ou de outrem” (BRASIL,1991).
São partes nesta ação o trabalhador acidentado e o INSS. A competência para processar e julgar as ações acidentárias em face do instituto de previdência social é da Justiça Comum Estadual, conforme exceção prevista no artigo109 , inciso I , da CF, corroborado pelo artigo 129 , inciso II , da Lei n. 8213 /91.
ação regressiva em face do empregador: vai ser proposta pelo INSS contra o empregador como preceitua o art. 120 da Lei n. 8.213/91: 
“nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis” (BRASIL, 1991).”
A legislação federal também estabelece a possibilidade de se buscar o ressarcimento dos prejuízos eventualmente sofridos pelo INSS, em razão do pagamento de benefícios ao segurado acidentado ou a seus dependentes.
COMPETÊNCIA:
A tese majoritária (doutrinária) defende ser da Justiça Federal a competência material para processar as ações regressivas acidentárias, tendo em vista a regra geral
estampada no artigo 109, inciso I, da Carta da República, cujo teor é:
“Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho.”
Entretanto, resta saber como será fixada a competência territorial da Justiça Federal. Nesse particular, aplica-se o artigo 94, “caput”, do Código de Processo Civil, que estipula a competência do foro do domicílio do réu.
Pedidos formulados pelo INSS: O pedido principal da ação é a condenação do réu no pagamento de todos os valores que o INSS tenha gasto com o pagamento de benefícios ao segurado acidentado ou aos seus dependentes.
Referido pedido engloba tanto as prestações já pagas pelo INSS, como os valores futuros, a serem desembolsados pela Autarquia Federal no decorrer da manutenção do beneficio.
Da responsabilidade da Empresa: O direito de regresso surge da negligência do empregador, que, ao não cumprir os ditames da lei em sede de prevenção de acidentes, acaba criando um ambiente propício ao acontecimento destes acidentes.
DISSÍDIOS COLETIVOS
O que são: Dissídios coletivos são ações propostas à Justiça do Trabalho por pessoas jurídicas (Sindicatos, Federações ou Confederações de trabalhadores ou de empregadores) para solucionar questões que não puderam ser solucionadas pela
negociação direta entre trabalhadores e empregadores.
Definição: O Dissídio coletivo consiste no procedimento de solução de conflitos coletivos de trabalho perante a jurisdição. Disso se infere que, nos dissídios coletivos, o interesse controvertido é de todo um grupo, genérica e abstratamente considerado, ou seja, o interesse, no dissídio coletivo, é transindividual, e a sua solução deverá ocorrer pela via jurisdicional. Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros para a solução do conflito (art. 114, 1º, da CF/88). A arbitragem é uma alternativa à solução judicial do conflito coletivo, mas de caráter facultativo. Em favor da arbitragem, tem sido afirmada a liberdade de as partes escolherem árbitro que tenha conhecimento das reais condições do setor econômico ao qual pertence a atividade do empregador (o que permite solução mais próxima da realidade) e o maior comprometimento das partes com o cumprimento da normas ditadas pelo árbitro (que elas mesmas escolhem).
Não sendo alcançado êxito na negociação e não tendo as partes recorrido à arbitragem, o conflito pode ser resolvido com a intervenção do Poder Judiciário. Com efeito, de acordo com o art. 114, § 2º, da Carta Magna, havendo recusa de qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, a elas é facultado, de comum acordo, requerer a instauração dedissídio coletivo de natureza econômica (dissídio coletivo voltado para o estabelecimento de normas e condições de trabalho).
O dissídio pode ser suscitado com finalidades diversas. Daí falar-se em dissídio:
a) de natureza econômica: instaurado para estabelecer normas e condições de trabalho;
A instauração do dissídio coletivo de natureza econômica pressupõe a ausência de acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa em vigor (art. 14, parágrafo único, da Lei nº 7783/89 e art.616, § 3º, da CLT).
b) de natureza jurídica: instaurado para a interpretação de cláusulas de sentenças normativas, instrumentos de negociação coletiva (acordos e convenções), disposições legais particulares de categoria profissional ou econômica e de atos normativos editados pela empresa (dentre as quais regulamento de pessoal e plano de cargos e salários); 
Para a instauração do dissídio de natureza jurídica não é necessária a prévia negociação coletiva (Orientação Jurisprudencial n. 6 da SDC do TST).
c) de revisão: destinado a rever normas e condições coletivas de trabalho estabelecidas em sentença normativa que tenham se tornado injustas ou impraticáveis pela modificação das circunstâncias em que foram ditadas;
d) de greve: instaurado em caso de greve deflagrada pelos trabalhadores (art. 8º da Lei nº 7783/89);
e) de extensão: que tem por objetivo estender as novas condições de trabalho estabelecidas em sentença normativa a todos os empregados da mesma categoria profissional compreendida na jurisdição do Tribunal prolator da sentença
(art. 869 da CLT).
	NATUREZA ECONÔMICA
	NATUREZA JURIDICA 
	criam-se normas novas para regulamentação dos contratos individuais de trabalho, com obrigações de dar e de fazer.
	visam a interpretação de uma norma preexistente, legal, costumeira ou mesmo oriunda de acordo, convenção ou dissídio coletivo.
	Exemplos típicos são a cláusula que concede reajuste salarial (obrigação de dar) e a que garante estabilidade provisória ao aposentando (obrigação de fazer).
	Essa norma legal preexistente na maioria das vezes, é costumeira ou resultante de acordo, convenção ou dissídio coletivo.
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
Convenção coletiva de trabalho (CCT): é um ato jurídico pactuado entre sindicatos de empregadores e de empregados para o estabelecimento de regras nas relações de trabalho em todo o âmbito das respectivas categorias (econômica) e (profissional).
Diferentemente dos acordos coletivos, os efeitos das Convenções não se limitam apenas às empresas acordantes e seus empregados.
Categoria econômica: Categorias são atividades econômicas vinculadas diretamente a um determinado sindicato, e por ele representadas nas negociações e dissídios coletivos e/ou individuais. As categorias econômicas congregam os empregadores, dos setores econômicos das indústrias, dos bancos, do comércio, etc. São os representantes patronais. Existem diversos setores de atividades econômicas nas quaisas categorias estão inseridas, como os industriais e comerciais, havendo em cada um deles várias subdivisões, como indústria alimentícia, metalúrgica, comércio hoteleiro, entre outras. Por exemplo, para a categoria econômica da construção civil, existe o sindicato das indústrias da construção civil, e para a categoria profissional, existe o sindicato dos trabalhadores na indústria da construção civil, ou seja, o sindicato patronal e laboral de cada uma delas. Há uma correspondência entre categorias econômicas e categorias laborais, originária do chamado enquadramento sindical.
Características da CCT: Uma convenção coletiva de trabalho determinando
obrigações e direitos para as partes, que devem ser respeitadas durante sua vigência (2 anos). Ressalta-se que suas cláusulas não podem ferir direitos previstos na legislação, sob pena de nulidade.
Negociação coletiva: A convenção coletiva de trabalho é fruto de negociação entre
as partes, através de respectivas comissões de negociação, que são escolhidas e têm o poder de negociação outorgado em assembléias convocadas para esta finalidade. Esse processo é chamado de negociação coletiva.
Data base: Segundo a legislação trabalhista brasileira, data base é aquela
data na qual os sindicatos representantes das respectivas categorias devem, através de negociação ou ajuizamento de ação coletiva, requerer, rever, modificar ou extinguir normas contidas nos instrumentos normativos de sua categoria. É o mês no qual se discute o reajuste salarial, por exemplo.
Rol de reivindicações: é onde contendo as exigências da categoria, previamente discutida e aprovada em assembléia.
Tudo o que diz respeito à relação de emprego das partes representadas pode ser inserido na Convenção Coletiva de Trabalho, porém, dentro do limite legal.
Cláusulas econômicas: Versam sobre a remuneração, como reajustamento, piso
salarial, gratificações, valor das horas extras, vales, entre outras.
Cláusulas sociais: São as demais cláusulas, que não geram um desembolso
imediato por parte dos empregadores - tais como a garantia de emprego por um determinado período, seguro de vida, abono de faltas ao estudante, condições de segurança e higiene do trabalho, etc
Validade: Uma convenção coletiva de trabalho terá a validade máxima
de dois anos, porém, o mais comum é o prazo de um ano. Nada impede que certas cláusulas tenham validade diversa de outras, desde que seja respeitado o limite acima.
Aditamento: Durante sua vigência, é licito às partes fazer inclusão, alteração ou supressão de cláusulas, através de um instrumento chamado de aditamento.
Registro: Conforme o artigo 614 da CLT, a Convenção Coletiva de Trabalho, devidamente assinada, terá que ser registrada no site do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), pelo Sistema Mediador das Relações de Trabalho. Porém, sua eficácia independe do registro no MTE, vez que tal exigência possui fins meramente cadastrais e de publicidade. A eficácia da Convenção Coletiva de Trabalho surge com a assinatura da mesma pelas partes convenentes (no caso, os sindicatos das categorias econômica e profissional).
Insucesso nas negociações: Caso não haja acordo entre as partes para formalizar uma Convenção Coletiva de Trabalho, as partes poderão ingressar com uma ação junto ao Tribunal Regional do Trabalho (dissídio coletivo), para que este aplique um instrumento normativo, neste caso chamado de Sentença Normativa.
OBJETIVO:
a) fixar as condições de trabalho e emprego;
b) regular as relações entre empregadores e trabalhadores; 
c) regular as relações entre empregadores ou suas organizações e uma ou várias organizações de trabalhadores ou alcançar todos estes objetivos de uma só vez.
De acordo com o artigo 616 da CLT, os sindicatos das categorias econômicas ou profissionais e as empresas, mesmo as que não tenham representação sindical, não poderão recusar-se à negociação coletiva.
	Convenção Coletiva
	Acordo Coletivo
	é acordo de caráter normativo, entre um ou mais sindicatos de empregadores, definindo as condições de trabalho que
vão atuar sobre todos os trabalhadores dessas empresas, sendo que sua aplicação, à categoria, independe ou não do trabalhador ser sócio ou não do sindicato, pois o efeito é erga omnes 
( artigo 611 da CLT ) .
	é um pacto entre uma ou mais empresas
com o sindicato de uma categoria profissional, onde são estabelecidas condições de trabalho, aplicáveis a essas
empresas ( § 1º do artigo 611 da CLT ).
	sujeitos envolvidos: entre uma ou mais empresas e o sindicato da categoria
profissional.
	sujeitos envolvidos: entre o sindicato da categoria profissional e o sindicato da
categoria econômica.
FORMA: deve ser necessariamente escrita, não podendo de forma alguma ser feita verbalmente, como ocorre no contrato de trabalho, pois isso dificultaria a sua aplicação e o seu entendimento. Não pode ocorrer rasuras e emendas, tendo que ser feita em tantas vias quanto forem necessárias ao número de partes convenentes, e mais uma que será destinadaao registro ( § único do artigo 613 da CLT ).
Da Competência para Julgar a Ação Trabalhista que Busca o
Direito a Estabilidade do Empregado.
A garantia de emprego é o impedimento temporário da dispensa do empregado por algum motivo previsto em lei. A legislação trabalhista assegura a empregados da iniciativa privada regidos pela CLT direito a estabilidade no emprego, Em que ele não pode ser demitido sem justa causa.
Quem estiver enquadrado nos casos listados abaixo e for mandado embora tem o direito de pedir o emprego de volta por meio de reclamação trabalhista na Justiça. A estabilidade pode decorrer de lei ou de previsão no documento coletivo da categoria.
Acidente de trabalho: O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida,
pelo prazo mínimo de 12 meses, a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa.
A estabilidade para esse caso começa a partir do término do auxílio-doença concedido ao empregado que sofreu acidente de trabalho, para ter direito à estabilidade de 12 meses é necessário que o afastamento por motivo de acidente seja superior a 15 dias.
Empregada gestante: De acordo com o art. 10 do ADCT, até que seja promulgada
a lei complementar a que se refere o art. 7.º, I, da CF, é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto.
Mesmo que o empregador não tenha conhecimento da gravidez da empregada, terá de reintegrar ao trabalho ou pagar a indenização decorrente da estabilidade em caso de demissão. E a gestante só pode voltar ao trabalho se a demissão ocorrer durante o período de estabilidade. Caso entre com uma ação trabalhista e a sentença do juiz se dê após o período de estabilidade, só será possível obter a indenização (pagamento de salários e demais direitos que receberia se estivesse trabalhando).
A empregada que engravidar durante o aviso prévio tem estabilidade?
Quando a gravidez ocorre durante o aviso prévio, a trabalhadora tem direito a estabilidade provisória. Apesar da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho entender que a Súmula nº 371 (sobre os efeitos do aviso prévio) não autoriza o reconhecimento dessa garantia de emprego.

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