Design, Sociedade e Cultura - 05b

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DESIGN GRÁFICO 
PÓS-MODERNO
Universidade Estácio de Sá	
Graduação Tecnológica em Design Gráfico	
Disciplina Design, Sociedade e Cultura	
Prof. Hely Costa Jr.
O Pós-modernismo no design gráfico é uma 
confluência casual de várias teorias e práticas 
de designers e escolas espalhadas pelo mundo, 
numa verdadeira distinção ao Estilo 
Internacional. Algo com inclusão de todas as 
práticas contemporâneas que não estejam 
baseadas na rigidez bauhasiana, envolvendo os 
subestilos dos anos 1980, tais como Neo-
Dadá, Punk e Moderno Moderado.
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ | GRADUAÇÃO TECNOLÓGICA EM DESIGN GRÁFICO 
DISCIPLINA DESIGN, SOCIEDADE E CULTURA | PROF. HELY COSTA JR.
Como características gerais, pode-se dizer que 
trata-se de uma estética que rompe com a 
previsibilidade e assepsia do alto modernismo. 
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• Os elementos decorativos que eram 
considerados inúteis pelos modernistas rígidos, 
retornam como recurso visual. 	
!
•A geometria é utilizada de forma 
descontraída, pouco ou completamente 
despreocupada com a clareza e a legibilidade.
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• Passa-se a utilizar formas livres e flutuantes 
(diferentes do triângulo - círculo - quadrado) 
e com tendência a fragmentar imagens e criar 
múltiplas camadas. 	
!
• Uso de espaçamentos tipográficos 
aleatórios e mistura de pesos e estilos de tipo 
dentro da mesma palavra.
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• Opção por colagens, paródias e citações 
históricas do design e da arte.	
!
• Inclusão do ruído como elemento visual: 
sujeira, imperfeições, rompimento com o 
acabamento limpo.
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Push Pin Studio 
Foi um estúdio fundado em 1954, em Nova 
York, por Milton Glaser, Seumour Chwast, 
Reynold Ruffins e Edward Sorel. Eles 
rejeitaram o funcionalismo e a neutralidade do 
Estilo Internacional em favor do engraçado, do 
ecletismo, do resgate de pedaços da história 
popular e da experiência pessoal.
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Seus trabalhos utilizavam imagens e recursos 
do estilo Vitoriano, Art Nouveau e Art Deco. 
Criaram um estilo com cores luminosas, 
molduras exageradas e sinuosas, formas 
obesas, justaposições de aspecto bizarro e 
utilização de elementos da linguagem 
vernacular.
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New Wave e Punk 
O final dos anos 1960 e a década de 1970 
são palco de muitas alterações no 
comportamento da sociedade. Os 
movimentos feministas tornam-se mais fortes 
e intensos, as minorias se organizam e passam 
a exigir seus direitos. É o período da ebulição 
política, social e cultural.
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Assim o design gráfico será influenciado pelas 
novas e espontâneas formas de viver pregada 
pelos existencialistas e beatniks dos anos 
1950, e pelos hippies dos anos 1960.
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O que passou a ser rejeitado não era a 
racionalidade do grid ou o uso de técnicas de 
solução de problemas. Esses métodos 
continuaram sendo essenciais à produção dos 
gráficos de informação. O ponto de 
divergência encontrava-se na ideologia 
modernista. Seus defensores viam o Estilo 
Internacional como livre de valores por não 
ter referências históricas.
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O design gráfico havia sido conduzido a um 
formalismo árido e até mesmo a uma fórmula 
que muitos designers consideravam esgotada. 	
!
Rosmarie Tissi e Siegfried Odermatt, ambos 
designers da Escola de Zurique, começaram a 
repensar seus princípios e durante a década 
de 1960 produzem um design mais intuitivo e 
menos regrado.
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No entanto, o que eles fizeram não foi 
rebelar-se contra o Estilo Internacional, eles 
exapandiram seus parâmetros e abriram 
caminho para uma “revolta” que ocorreria no 
início da década de 1970.
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As premissas de ordem, clareza e 
hierarquização da informação cedem lugar a 
um layout mais solto e menos linear. O peso e 
os estilos das palavras não necessitavam ser 
iguais dentro de uma mesma palavra. Blocos 
de texto penetram uns sobre os outros. 
Linhas e barras com diversas espessuras e 
tamanhos são utilizadas para separar 
parágrafos e ornamentar a peça gráfica.
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Os espaços entre as palavras e letras são 
tratados de maneira menos lógica e formal. 
Os ângulos retos não são os únicos possíveis. 
Linhas bases são abandonadas, ou seja, não é 
necessário que um bloco de texto esteja 
ancorado a qualquer outra parte do layout. 
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Ainda na década de 1970, o movimento Punk 
representa um momento importante para o 
design gráfico pós-modernista com a 
assimilação do ruído, do feio, do não-design.	
O Dadaísmo era contra a arte, o punk era 
antidesign.
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O estilo Punk é um estilo das ruas londrinas, 
representa a cultura das drogas e da música 
pop, deseja chocar e é rebelde com todas as 
suas energias. O principal veículo de 
comunicação Punk era o fanzine: ali eram 
utilizadas letras e imagens recortadas de 
jornais, máquinas de escrever, letras feitas a 
mão... Tudo colado sem haver muita 
preocupação com a ordem ou com o 
acabamento.
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Academia de Arte de Cranbrook 
Os experimentos da Cranbrook percorrem o 
caminho da descontrução dos elementos 
verbais que compõem o texto. A 
caracterização do texto escrito como 
representação menor e quanto mais imparcial 
melhor é retrabalhada. 
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Os pôsteres desenhados pela Cranbrook 
traduzem bem o espírito com o qual a 
academia está relacionada: o questionamento 
do uso da tipografia como mera 
representação ordenada e gráfica da 
expressão fonética do texto.
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Grapus	
Influenciado pelo design polonês, surge no 
final da década de 1970, o grupo Grapus, na 
França. Uma cooperativa de designers 
identificada com o Partido Comunista Francês 
e com determinados segmentos culturaisdo 
país (teatro e dança).
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Os pôsteres, entre outras peças gráficas, 
criadas pelo grupo, possuíam um visual 
amador e um tom brincalhão. Boa parte dos 
textos são feitos caligraficamente com 
rabiscos de lápis, pincéis ou com os próprios 
dedos. As ilustrações remetem a garatujas 
infantis. As fotografias, quando utilizadas, são 
“agredidas” por borrifos, respingos ou marcas 
de corte e rasgo.
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O Grapus satiriza com o design limpo e 
funcional, negando a autoridade e a 
objetividade fotográfica. Não respeita regras e 
faz questão de chocar e transgredir para 
comunicar.
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Neville Brody	
Neville Brody, designer inglês, é uma 
expressão individual relevante por ter 
desenvolvido um trabalho inspirado em 
tendências diversas: domou o estilo punk e 
deu a ele um aspecto mais comercial. 
Influenciado pelo Dadaísmo e pelo 
Construtivismo Russo, reiventou estilos do 
passado com estética retrô.
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Memphis	
Grupo italiano que foi uma importante 
vertente do começo dos anos 1980. Seu 
trabalho foi marcado pelo pluralismo, 
ecletismo e hedonismo. Os designers desse 
movimento eram atraídos pelas texturas, 
superfície, cores e uso de elementos 
geométricos descontraídos e divertidos.
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A escolha do nome refetia a intenção do 
grupo de unir traços da cultura popular 
contemporânea a ornamentos e artefatos de 
culturas antigas. A função era secundária, 
interessava mais, expressar formas plásticas e 
exageradas, usando tipos em negrito e alusões 
a texturas e superfícies como o granito e o 
mármore. O apelo decorativo se sobrepunha 
à clareza da informação.
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Retrô	
O Retrô não está identificado com algum 
grupo, escola ou designer específicos. Trata-se 
muito mais de uma técnica que transita 
através de vários tempos e lugares. No 
entanto, ente torna-se um fenômeno nos 
Estados Unidos a partir de 1985. A 
recorrência a estilos como a Art Deco e 
fontes tipográficas maneiristas das décadas de 
1920 e 1930 tomam proporções globais.
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O ecletismo e a pluralidade de opções dão o 
tom do design revolucionários dos anos 1980. 
Não existe a hegemonia de uma escola ou 
outra, muitas tendências vigoram e transitam 
como possibilidade, gerando designs híbridos.
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A Revolução Digital	
Em meados dos anos 1980, uma nova prática 
começa a se instalar no meio gráfico. Os 
computadores pessoais já eram uma realidade, 
mas sua popularização era gradual. A partir de 
1984 o computador pessoal da Apple, o 
Macintosh, oferece as primeiras possibilidades 
de hardware a designers para se tornar uma 
ferramenta efetiva nas artes gráficas.
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As limitações técnicas oferecidas pelos 
primeiros equipamentos, sendo a mais 
perceptível relacionada ao número de pontos 
por polegadas que os processos de impressão 
iniciais ofereciam, eram utilizados como forma 
de produzir uma nova estética.
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Em 1984 surge a revista Emigre, uma 
publicação com tipos, diagramação e 
ilustrações experimentais. A estética 
considerada feia pelos ortodoxos é 
experimentada e explorada ao máximo. A 
Emigre não respeitva limites e tampouco 
possuia um projeto gráfico estável. Cada 
exemplar era palco para uma sequência de 
experimentações visuais, com colunas 
desalinhadas e blocos de textos sobrepostos.
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David Carson 
O trabalho de Carson pode ser caracterizado 
com uma forma de Neo-Dada. Comparando-
se o tratamento que carson dá à tipografia, 
despreocupando-se com a clareza e a lógica 
da informação. A atitude é o princípio maior, a 
leitura é secundária ou ainda menos 
importante.
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Carson desenvolveu várias revistas, 
principalmente no segmento de surf e rock 
music. Com um público predisposto ao novo 
e ao não convencional, Carson conseguiu criar 
uma estética que rompe com todos os 
princípios de legibilidade.
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Flexibilização e transgressão são sinônimos 
mais próximos daquilo que Carson produziu, 
A destruição, descontrução e renomeção da 
tipografia é muito recorrente.
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TRABALHO INDIVIDUAL	
Criação de poster 	
!
TEMÁTICA	
Pós-modernidade	
!
ESPECIFICAÇÕES	
Tamanho A4, Vertical, Papel couché fosco 230g, Impressão à laser (Se o cartaz for 
feito à mão, fazer uma cópia à laser)	
!
INSTRUÇÕES	
Cada aluno deverá fazer um poster sobre a pós modernidade a partir da letra da 
música Disneylândia, da banda titãs (http://letras.mus.br/titas/86548/). A letra da 
música é apenas o ponto de partida e os alunos tem liberdade para trabalhar toda 
a letra ou apenas trechos selecionados. Deverão ser utilizados como referência 
visual os trabalhos mostrados na aula de “design gráfico pós-moderno”, que está 
disponível no SIA. Na criação pode-se utilizar tipografias, mas deve-se evitar o uso 
de palavras: a ideia é trabalha uma imagem. Junto ao cartaz deverá ser entregue m 
texto de 20 linhas que que justifique/explique a criação.
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