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1. CASO CONCRETO AULA 02 Ação de divorcio

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NOME: PAMELLA NEGREIROS VIEIRA MATRICULA: 201401325181
CASO CONCRETO AULA 2:
EXCELENTISSIMO DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE __
(10 linhas)
ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa, médica, casada, portadora da cédula de Identidade sob o nº XXX, inscrita no CPF sob o nº XXX, endereço eletrônico XXX, residente e domiciliada à Rua XXX, vem à presença de V. Exa., por intermédio de seu advogado de nome XXX, inscrito na OAB/UF sob o nº, com endereço profissional à XXX, bairro XXX, cidade XXX, Estado XXX, propor a presente:
AÇÃO DE DIVÓRCIO c.c PARTILHA DE BENS c.c 
TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA CAUTELAR
Pelo rito comum, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, dentista, portador da cédula de Identidade sob o nº XXX, inscrita no CPF sob o nº XXX, endereço eletrônico XXX, residente e domiciliada à Rua XXX, pela lide e fundamentos a seguir: 
DOS FATOS: 
 	A autora é casada há 30 anos com o réu desta ação e, do referido relacionamento conjugal nasceram os filhos Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes. 
A autora descobriu que o réu mantinha um relacionamento extraconjugal, motivo pelo qual propõe a presente ação de divorcio. O réu, após tomar conhecimento do desejo da autora, começou a dilapidar o patrimônio comum do casal, obtendo a autora a informação de que o réu pretende doar para a sua irmã 2 automóveis da Marca Toyota.
Corroborando com a intenção do réu, a autora obteve extrato bancário da conta do casal, no qual está informando a realização de saques por parte do réu. 
Ante o exposto, alternativas não restaram a autora que não a propositura da presente ação judicial. 
DOS FUNDAMENTOS.
DO DIVÓRCIO:
Após o advento da Emenda Constitucional de 1966, o pedido de divórcio não depende mais de requisitos, se dando de forma direta. O Art. 2 º, parág. Único c.c Art. 24, ambos da Lei 6.615, estabeleceu que a sociedade conjugal se encerra com o divórcio. 
Ante o exposto, requer a procedência do pedido para que seja decretado o divórcio do casal. 
DA PARTILHA:
Considerando os termos do art. 1658 do CC, a autora faz jus a metade do patrimônio adquirido pelo casal na Constancia da união. 
Requer a procedência do pedido de partilha para determinar que a autora fique com a metade dos bens do casal, que deverá ser apurado. 
DA TUTELA DE URGÊNCIA DE NATUREZA CAUTELAR:
O art. 300 do CPC possibilita que a tutela de urgência seja deferida pelo juiz quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo do dano ou risco do resultado útil do processo. 
Neste caso concreto, a probabilidade do direito da autora está consubstanciado no fato de que esta é meeira de todo o patrimônio adquirido na Constancia do casamento. 
O perigo do dano, por outro lado, também se encontra presente, pois, como se não bastasse o saque na conta conjunta realizado pelo réu, este pretende doar os veículos do casal para sua irmã.
A hipótese de dano também é observada pois a autora não tem ciência da integralidade do patrimônio adquirido. 
Ante o exposto, requer o deferimento da tutela de urgência, nos termos do art. 301 do CPC, para determinar o arrolamento dos bens do casal, impedindo-os de serem transferidos ou onerados até o final da demanda. 
Nesse sentido posiciona-se o Egrégio Tribunal:
E M E N T A: Agravo de Instrumento. Medida Cautelar Inominada. R. Julgado a quo deferindo a liminar de bloqueio de bens. I - Tese autoral alegando a realização de doações em favor dos Demandados, com a utilização de artifícios maliciosos e manobras fraudulentas, ante sua vulnerabilidade e falta de discernimento. II - Inconformismo dos Agravantes sustentando a impossibilidade de retenção de seus ativos financeiros, eis que recaiu sobre verba salarial, arguindo, ainda, a arbitrariedade da constrição sobre o automóvel descrito na exordial, ressaltando, por fim, a necessidade de dilação probatória com relação aos fatos declinados. III - Doações em favor da Entidade Ré que restaram devidamente comprovadas, mediante Escrituras Públicas. Mensagens eletrônicas colacionadas, demonstrando conversa entre os Litigantes, corroborando, a princípio e em tese, as alegações autorais. IV - Dilação probatória. Necessidade. Tutela cautelar que é concedida mediante cognição sumária. Mera probabilidade de o direito material existir, corroborado pelo caráter de urgência da presente na lide. Incompatibilidade com o procedimento de conhecimento exauriente. Princípio da Instrumentalidade do Processo, preservando sua utilidade e eficácia. Ensinamentos doutrinários acerca do tema, conforme transcritos na fundamentação. V - Agravada realizando doação de quantia vultosa (R$12.000.000,00), não se afigurando crível, em primeira visada, sua plena capacidade de discernimento, ainda mais, durante momento de aflição familiar, em razão de enfermidade em seu marido. VI - Periculum in mora que se verifica diante da possibilidade de dilapidação do patrimônio. Caráter salarial das contas correntes ora bloqueadas, que não restou comprovada, in casu. Plena movimentação das quantias depositadas, através de cartão magnético, emissão de cheques, limite especial, investimentos e o mais conexo. VII - Bloqueio do automóvel descrito na peça vestibular, bem como no imóvel também dado em doação que, a princípio e em tese, não apresenta qualquer arbitrariedade. Inviabilidade de verificarem-se as alegações dos Recorrentes de que se afiguram legítimos os negócios jurídicos firmados. Princípio da Proporcionalidade e Poder Geral de Cautela do I. Magistrado para verificar que decisão causará menor prejuízo aos Litigantes. VIII - Primo ictuoculi, vislumbram-se presentes os requisitos ensejadores da concessão da liminar. R. Decisão a quo merecendo ser prestigiada. Precedentes deste Colendo Sodalício. IX - Somente se revoga concessão ou indeferimento de liminar, se teratológica, contrária à lei ou à evidente prova dos autos. Inteligência do Verbete Sumular nº 58 deste E. Tribunal de Justiça. X - Recurso que se apresenta manifestamente improcedente. Aplicação do caput do art. 557 do C.P.C. c.c. art. 31, inciso VIII do Regimento Interno deste Egrégio Tribunal. Negado Seguimento.
(TJ-RJ - AI: 00258558820148190000 RIO DE JANEIRO JACAREPAGUA REGIONAL 6 VARA CIVEL, Relator: REINALDO PINTO ALBERTO FILHO, Data de Julgamento: 28/05/2014, QUARTA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 30/05/2014).
	Nesse sentido, O mineiro Humberto Theodoro Júnior, citando Pontes de Miranda, Cláudio Vianna de Lima e Ovídio A. Baptista da Silva, conceitua o arrolamento de bens previsto no art. 301 do CPC da seguinte forma:
 “O Código revogado conhecia o arrolamento e descrição de bens como medida cautelar acessória das ações matrimoniais, com função meramente conservativa de prova a ser utilizada na futura partilha dos bens comuns e sem qualquer invasão imediata na esfera jurídica do cônjuge que detinha os bens.
Para o referido Código, o cônjuge interessado, além d arrolamento, podia usar o seqüestro, uma vez que as duas medidas tinham objetivos distintos e inconfundíveis.O Código atual, adotando o sistema português como paradigma, alterou profundamente a figura e os objetivos do arrolamento cautelar.
Agora, a medida cautelar ‘dirige-se à conservação de bens em perigo de extravio ou dilapidação. Por isso, a nomeação de depositário a quem cabe o arrolamento propriamente dito é obrigatória, configurando mesmo ‘a razão de ser da medida’’
DOS PEDIDOS: 
Ante o exposto, requer: 
Que seja deferida a TUTELA DE URGÊNCIA para determinar, de maneira CAUTELAR, a indisponibilidade do patrimônio comum do casal;
O deferimento da TUTELA DE URGENCIA DE NATUREZA CAUTELAR, para que seja realizado o arrolamento de todo patrimônio do casal;
Que seja julgado procedente o pedido para determinar o divórcio do casal;
Que seja julgado procedente o pedido de partilha atribuindo à autora 50% do patrimônio comum do casal; 
Que seja o réu condenado nas custas processuais e honorários de sucumbência.
DA OPÇÃO PELA AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO:A autora informa que não tem interesse na realização da audiência prevista no art. 334, CPC.
DAS PROVAS:
A autora pretende provar o alegado com todas as provas admitidas em direito, na amplitude do art. 369 do CPC.
DAS FUTURAS PUBLICAÇÕES:
Requer que as publicações sejam realizadas em nome do advogado XXX, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil do Estado XXX, com OAB/UF nºXXX.
VALOR DA CAUSA:
Dá-se à Causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais).
Nestes termos,
P. deferimento.
___________________________
( Local e Data)
ADVOGADO
OAB/UF

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