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AO JUIZO DA __ VARA CÍVEL DA __ COMARCA DE FORTALEZA. COMPANHIA XYZ VIAGENS S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas sob nº___, possuidora do endereço eletrônico ____, com sede na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, representada por seu diretor CARLOS, nacionalidade: ____, estado civil: ____, profissão: ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidor do endereço eletrônico ____, residente e domiciliado na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, por intermédio de seu advogado, com escritório ___, local indicado para fins do art. 77, V e 106, I do CPC/15, vem, com fulcro nos artigos 824 e seguintes do NCPC/15, propor: AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA FUNDADA EM TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL em face de PEDRO, nacionalidade: ____, estado civil: ____, profissão: ____, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas sob nº___, com Registro Geral de nº___, possuidor do endereço eletrônico ____, residente e domiciliado na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, pelos fatos e fundamentos a serem expostos. I – DOS FATOS. O executado firmou escritura pública onde se comprometeu a subscrever o total de 300 ações (200 ordinárias e 100 preferenciais) da exequente, todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada, totalizando o valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais). O exequente realizou pagamento referente a 10% do preço de emissão, ou seja, R$ 30.000,00 (trinta mil reais), a título de entrada. Em relação ao restante, o mesmo firmou integralizá-lo até o dia 23.07.2015, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados. Fato é que o executado não integralizou o preço de emissão de suas ações. Diante disso, os demais acionistas optaram por exigir a prestação, pois não desejam promover a redução do capital social da companhia, tampouco a admissão de novo sócio. Diante dos fatos, a exequente busca o socorro do judiciário para resolução da contenda. II – DO DIREITO. Preleciona o artigo 84 da Lei 6.404 de 1976, in verbis: “Art. 88, 6.404/76. A constituição da companhia por subscrição particular do capital pode fazer-se por deliberação dos subscritores em assembléia-geral ou por escritura pública, considerando-se fundadores todos os subscritores .”. A norma legal transcrita informa as modalidades de constituição de sociedades anônimas trazendo, dentre elas, a constituição por escritura pública, restando por certo que esta foi forma escolhida pelos acionistas da exequente. Por conseguinte, os artigos 783 e 784 do Código de Processo Civil informam: “Art. 783, NCPC. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de obrigação certa, líquida e exigível.”. “Art. 784, NCPC. São títulos executivos extrajudiciais: (…) II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;”. Os artigos retrotranscritos admitem que se promova a execução para cobrança de crédito fundada em título líquido, certo e exigível, relacionando, a escritura pública como título executivo extrajudicial. Deixando claro que não há execução sem um título líquido, certo e exigível, temos os ensinamentos de Humberto Theodoro Júnior, que ensina-nos: “Mas, para que o título tenha essa força, não basta a sua denominação legal. É indispensável que, por seu conteúdo, se revele uma obrigação certa, líquida e exigível, como dispõe textualmente o art. 783 do NCPC. Só assim terá o órgão judicial elementos prévios que lhe assegurem a abertura da atividade executiva, em situação de completa definição da existência e dos limites objetivos e subjetivos do direito a realizar. Esses requisitos indispensáveis para reconhecer-se ao título a força executiva legal, são definidos por Carnelutti nos seguintes termos: o direito do credor “é certo quando o título não deixa dúvida em torno de sua existência; líquido quando o título não deixa dúvida em torno de seu objeto; exigível quando não deixa dúvida em torno de sua atualidade”. (JÚNIOR, Humberto Theodoro. Curso de Direito Processual Civil – Volume III. Rio de Janeiro, 2016. p. 368-369) No caso em análise temos, portanto, um título executivo extrajudicial firmado entre o exequente e o executado que vem sendo descumprido por este último. Informe-se que o exequente realizou pagamento de R$ 30.000,00 (trinta mil reais), portanto, o quantum debeatur corresponde a R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), devidos desde o dia 23.07.2015, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente assinados. Em atenção ao disposto no pelo artigo 798, inciso I, do CPC/15, apresentamos, em anexo, demonstrativo do débito atualizado, até a data de propositura da ação. No referido documento consta discriminado o índice de correção monetária, taxa de juros utilizada, o termo inicial e o final de incidência do índice de correção monetária e da taxa de juros, tal como exige o artigo 798, inciso II, do CPC/15. IV – DOS PEDIDOS. Diante do exposto, requer: a) seja citado o executado para pagar a dívida no valor de R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), no prazo de 3 (três) dias, sob pena de penhora; b) seja fixado de plano os honorários de advogado em 10% (dez por cento), podendo este ser elevado em até 20% (vinte por cento), caso sejam rejeitados os embargos à execução ou não opostos. V – DAS PROVAS. Requer seja admitido a escritura pública de constituição da exequente, título executivo extrajudicial, que segue anexo a presente. VI – DO VALOR DA CAUSA. Dá-se à causa o valor de R$ 270.000,00 (duzentos e setenta mil reais). Termos em que pede deferimento. Local e data. Advogado. OAB/RJ Nº___
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