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ESTUDO DIRIGIDO DIREITO ADMINISTRATIVO I
STÉFANI VILELA TEIXEIRA
Tendo em vista que a empresa pública supramencionada é pessoa jurídica de direito privado, é necessária autorização legislativa específica para sua criação, que pode ser dada por qualquer ente político, devendo ele, quando explorar a atividade econômica, operar sob as normas aplicáveis às empresas privadas, sem privilégios estatais.
Como dito, a empresa pública referida na exordial é pessoa jurídica de direito privado criada para a prestação de serviço público ou a realização de atividade econômica de relevante interesse coletivo, igualando-se, para tanto, à iniciativa privada. Por este motivo, ostenta a característica de ter seu capital exclusivamente público.
A regra constitucional trata do assunto:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
As empresas públicas são entidades de natureza híbrida. Formalmente, são pessoas jurídicas de direito privado. Entretanto, nenhuma dessas entidades atua integralmente sob regência do Direito Privado. No presente caso, embora a entidade seja integrante da Administração Pública em sentido formal, mais se aproxima das pessoas jurídicas privadas, devido ao tipo da sua exploração econômica. Tratando-se, como se trata, de entidade que se dedica à prestação de serviços públicos, sujeita-se ao regime administrativo, próprio das entidades públicas, nos termos do art. 175 da Constituição Federal.
As empresas estatais são criadas por autorização de lei específica com o devido registro dos atos constitutivos, conforme previsão do inciso XIX do art. 37 da CR/88, in verbis: XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 , de 1998)
O art. 100, caput, da CF/88 estabelece que os pagamentos devidos, em razão de decisão judicial, pela "Fazenda Federal, Estadual ou Municipal", sujeitam-se ao regime do precatório requisitório. Nesse sentido, estão excluídas, excluídas as empresas públicas e as sociedades de economia mista, sendo que apenas os entes estatais, com personalidade de direito público, e apenas estes, é que são os favorecidos com o privilégio do pagamento de dívidas judicias através de requisição judicial por precatório. Entretanto, o STF tem entendido pela expansão dos limites constitucionais em detrimento dos direitos constitucionais e do interesse público e coletivo, evidenciando a importância que dá aos interesses governamentais. Portanto, conforme entendimento do Supremo, na execução de dívida de empresa pública, há prerrogativa de impenhorabilidade dos seus bens, rendas e serviços, fazendo-se o pagamento do seu débito por meio de precatório.

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