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TCC 2 Resumo corrigido

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ANDRÉ RICARDO DA SILVA
SAMUEL BATISTA
A MÃO DE OBRA NA ENGENHARIA CIVIL
NOVA IGUAÇU
 2018
ANDRÉ RICARDO DA SILVA
SAMUEL BATISTA
A MÃO DE OBRA NA ENGENHARIA CIVIL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Engenharia Civil da Universidade Estácio de Sá, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil
NOVA IGUAÇU-RJ
2018
Engenharia Civil
André Ricardo da Silva
Samuel Batista
A MÃO DE OBRA NA ENGENHARIA CIVIL
Este Trabalho de Conclusão de Curso apresentado em de 2018 como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Os candidatos foram aprovados pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado. 
__________________________________
KARLA ACEMANO DE JESUS
Prof.(a) Orientador(a)
___________________________________
(Sérgio Maia)
Membro titular
___________________________________
(David Nobre)
Membro titular
Dedico este trabalho a minha mãe, por seus exemplos de coragem e simplicidade em suas metas, que com muito carinho me ensinou o caminho da justiça, e a minha família como um todo, pois foi fonte para a minha inspiração e também a todos os meus colegas de curso que contribuíram para o meu crescimento e aprendizagem.
André Ricardo da Silva
Em homenagem a minha mãe Regina, que me motivou e me encaminhou nos caminhos certos da vida, passando seus ensinamentos com dedicação e amor.
Samuel Batista
AGRADECIMENTO
 A Deus, que nos deu força e coragem para vencermos todos os obstáculos e dificuldades enfrentadas durante o curso, que nos socorreu espiritualmente, dando-me serenidade e forças para continuar. À professora KarlaAcemano de Jesus, nossa orientadora, e ao professor Sérgio Maia, por terem acreditado na possibilidade da realização deste trabalho, pelos seus incansáveis e permanentes encorajamentos, pelas disponibilidades dispensadas e sugestões que foram preciosas para a concretização deste trabalho. As nossas mães e nossas famílias. Com eles compartilhamos a realização deste trabalho que é um dos momentos mais importante das nossas vidas. A todos dessa instituição (UNESA) que permitiram que nóschegássemos onde estamos. Nossos colegas de classe que foram verdadeiros e companheiros. Estes têm grande parcela de contribuição nas nossas graduações e sempre seremos muito gratos por isso. Agradecemos especialmente aos professores, que nos incentivaram a continuar lutando com garra e coragem, e ao desempenho dos mesmos.
“A formação não se constrói por acumulação (de cursos, de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre as práticas e de (re) construção permanente de sua identidade pessoal. Por isso é tão importante investir a pessoa e dar um estatuto ao saber da experiência”.
 Antônio Nóvoa
RESUMO
Silva, André Ricardo da. Batista, Samuel. A mão de obra na Engenharia civil. 2018.Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado) - Universidade Estácio de Sá. Nova Iguaçu, 2018. 
No decorrer deste trabalho procurou-se responder como surgiu e porque surgiu a mão de obra no seio da humanidade e de que maneira essa mão de obra contribuiu para o processo de desenvolvimento humano. Uma vez que a mesma é considerada como um instrumento essencial de emprego diversificado, que pode ser utilizada como fator principal nas mais variadas atividades da Engenharia Civil no nosso dia a dia, onde a mesma, com seu poder e abrangência, tem sido de grande utilidade para a humanidade em todos os aspectos. O uso dos diferentes talentos, contribui para o desenvolvimento e o lazer, pois a mão de obra é um recurso fundamental na execução de atividades e solução de problemas. Partindo-se de uma análise da mão de obra, onde procurou-se compreender sua evolução, descreveu-se o campo organizacional, listando-se suas características tais como: nível de escolaridade, habilidades e renda. Citando-se os órgãos responsáveis pela formalização das respectivas atividades da Construção Civil que envolve qualificação e empregabilidade. A pesquisa foi realizada a partir de leitura exploratória em literatura técnica relacionada ao tema de autores renomados em livros, teses, dissertações, periódicos e sites, disponibilizados no portal da CAPES. Concluindo-se que é o setor que mais emprega no País e o que tem maior participação no PIB, composto na sua maioria por homens de baixa formação educacional e profissional. Sendo que a mão de obra requer mais de 50% dos investimentos totais de um projeto. Com relação aos Cursos de Engenharia Civil, notou-se que os mesmos precisam de mais atenção no que diz respeito à gestão. Tais dados foram adquiridos junto à CBIC.Nesta obra também foram destacados a necessidade de qualificação, atualização e situação nos tempos atuais. Pois a mesma surgiu e evoluiu por causa da necessidade e das possibilidades que a mesma oferece, além de ser um de modificação e adaptação necessário em todas as partes do mundo. 
Palavras-chaves: trabalho 1; mão de obra 2; engenharia civil 3.
ABSTRACT
Silva, André Ricardo da. Batista, Samuel. The manpower in civil engineering. 2018. Total number of sheets. Graduation Work (Bachelor's Degree) - Estácio de Sá University. New Iguaçu, 2018.
In the course of this work it was asked how a manpower emerged and emerged in the world of mankind and of labor hand made for human development. Since it is as an essential archive of diverse work, it can be invited as the principal in the most varied activities of Civil Engineering in our day to day, where the same, with its power and scope, has been of great use for the humanity in every respect. The use of different talents, important for development and leisure, because the workforce is a fundamental resource in the execution of activities and solutions of problems.Starting from an analysis of the workforce, where its evolution is questioned, it describes the organizational field, listing itself as: level of education, skills and income. Citing the resources organized by the formalization of the first activities of the Civil Construction that develops its qualification and employability.The recording was done from an open memoir about the electronic literature, and was published in the book by CAPES. Concluding that it is the sector that most uses in the country and the one that has the largest participation in the GDP, in the majority of cases of low educational and professional income. Being that the manpower requires more than 50% of the investments are of a project. With regard to Civil Engineering Courses, it has been noticed that the most accurate attention you need to take care of. These data were acquired from CBIC.
This work too have been highlighted the upgrade, update and situation in the current times. The same has happened and evolved because of the possibility and the possibilities they offer, as well as being a process of change and necessity in all parts of the world.
Keywords: work 1; labor 2; civil engineering 3.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Idade da Pedra Lascada	25
LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 1: Aqueduto Romano...................................................................27
Fotografia 2: A 2ª Revolução Industrial.........................................................28
Fotografia 3: Mão de obra.............................................................................30
Fotografia 4: Carteira de Trabalho................................................................31
Fotografia 5: Trabalhadores..........................................................................37LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 –Trabalho escravo nunca mais.......................................................38
Gráfico 2 - Tipo de treinamento a que os trabalhadores têm acesso............41
Gráfico 3 – Trabalhador passou a ser mais produtivo....................................41
Gráfico 4 – Escolaridade dos pedreiros..........................................................42
Gráfico 5 – Motivos de acidentes....................................................................48
Gráfico 6 – Acidentes......................................................................................51
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Aumento da escolaridade dos trabalhadores nos anos recentes....42
Tabela 2: Acidentes de trabalhos registrados por motivos................................50
	
	
	
	
LISTA DE SIGLAS
 ANTDAgenda Nacional de Trabalho Decente
	CLT
CIPA
CNPJ
	Consolidação das Leis do Trabalho
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
	FGV
IBGE
	Fundação Getúlio Vargas
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
	IPEA
	Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
UERJ Universidade Estadual do Rio de Janeiro
OIT Organização Internacional do Trabalho
TCC Trabalho de Término de Curso
UFF Universidade Federal Fluminense
LISTA DE acrônimos
CBIC Câmara Brasileira de Indústria de Construção
CIPA Departamento Intersindical de Estatística e Estudos 
 Socioeconômico
COBENGE Congresso Brasileiro de Educação em 
 Engenharia
DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos 
 Socioeconômicos
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada 
ONU Organização das Nações Unidas
PIB Produto Interno Bruto
PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - IBGE
	SEBRAE
SESMT
SIDA
UCEFF
	Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequena Empresas
Serviço Especializado em Engenharia e em Medicina do Trabalho
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
Universidade Central de Educação FAEM Faculdade Ltda
	
	
	
	
SUMÁRIO
LISTA DE FOTOGRAFIAS
LISTA DE SIGLAS
LISTA DE ACRÔNIMOS
LISTA DE TABELAS
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO, OBJETIVOS,METODOLOGIA E JUSTIFICATIVA.................................................................................................21
1 INTRODUÇÃO................................................................................................21
1.1 OBJETIVOS................................................................................................ 22
1.1.1 OBJETIVO GERAL...................................................................................22
1.1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.........................................................................22
1.2 METOTODOLOGIA....................................................................................22
1.3 JUSTIFICATIVA..........................................................................................23
CAPÍTULO 2 - MARCO TEÓRICO-REFERENCIAL.........................................25
2. DESENVOLVIMENTO..................................................................................25
2.1	BREVE HISTÓRIA DA MÃO DE OBRA	................................................25
2.2 CONCEITUAÇÃO DE MÃO DE OBRA.......................................................30
2.3 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE SEGURANÇA PÚBLICA.........................31
2.4 ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO.................................36
2.5 A NECESSIDADE DO APERFEIÇOAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO.......................................................................................................39
2.6 ROTATIVIDADE DE TRABALHADORES..................................................43
2.7ACIDENTES.................................................................................................46
CAPÍTULO 3 - CONCLUSÃO...........................................................................52
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................52
REFERÊNCIAS…………………………………………………………………… 54
CAPITULO 1 – INTRODUÇÃO, OBJETIVOS METODOLOGIA E JUSTIFICATIVA
introduçãO
A História da Engenharia Civil se mistura com a da humanidade, sendo praticamente impossível citar uma e esquecer-se da outra. E seus feitos só foram possíveis por meio da mão de obra. Por todo o mundo encontramos magníficas obras de engenharia que parecem desafiadoras mesmo nos dias de hoje. Como as pirâmides do Egito, os aquedutos de Roma, a Muralha da China, os castelos da Europa medieval ou as construções pré-colombianas do Continente Americano.
A indústria da construção civil tem como característica principal a má produtividade no uso da mão de obra desde a antiguidade, por isso verifica-se grandes perdas, uma vez que a maior parte das atividades é determinada por ela, que é o recurso mais difícil de ser controlado. Com o intuito de garantir uma melhor qualificação da mesma e consequentemente um melhor emprego, a busca por soluções é um fator importante para o melhor aproveitamento desse recurso.
Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) a especialização da mão de obra interfere positivamente na produtividade. Pois o progresso tecnológico tem papel fundamental na atividade da construção civil a longo prazo, apesar de ser pouco perceptível. A produtividade do trabalhador da Construção Civil é dada pela relação entre o valor adicionado do setor e o total de trabalhadores em um dado período. A decomposição da produtividade mostra que nesse período a produtividade da mão de obra tem crescido devido aos investimentos, em contrapartida essa mesma mão de obra vem sendo substituída por capital.
Ainda, de acordo com a CBIC, a maioria das empresas da construção civil apontaram a falta de mão de obra qualificada como o principal problema.
e enfrentam dificuldades para encontrar profissionais, sejam eles com qualificação básica, como pedreiros, serventes, ou até mesmo os mais especializados, como engenheiros.
De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), é a qualidade dos recursos humanos das empresas um dos principais fatores de sucesso ou fracasso. Se considerarmos educação, distribuição de mão de obra, mercado de trabalho, percepção de negócios e treinamento nas empresas, entre outros, o Brasil não tem um bom desempenho em escala mundial. Daí a importância de se investir nesse setor.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivos Geral
Este trabalho tem por objetivo geral discorrer a respeito da evolução da mão de obra ao longo do tempo/espaço, da sua importância e do seu emprego e desenvolvimento na atualidade.
1.1.2 Objetivos Específicos
Citar os fatos marcantes da história da mão de obra.
Justificar a necessidade do aperfeiçoamento da força de trabalho.
Apresentar os principais motivos que levaram ao e desenvolvimento da mão de obra na atualidade e seu emprego na Engenharia Civil.
1.2METODOLOGIA 
O ponto de partida foi uma análise da mão de obra usada na indústria da construção civil na atualidade no Brasil, objetivando compreender sua evolução ao longo do tempo/espaço. 
Para isso, foram apresentadas as características e perspectivas que a define na atualidade, marcada pela quebra dos paradigmas do passado e pelos novos paradigmas. 
Objetivando atingir especificamente o problema de pesquisa, descreveu-se o campo organizacional, listando-se suas características determinadas por seus valores e crenças, e identificaram-se atores e disponibilidades de recursos. 
Os atores foram descritos por seus perfis: os trabalhadores da construção civil, de acordo com seu nível de escolaridade, habilidades requeridas para exercer a função e nível de renda mensal. 
Na pesquisa foram abordadas, em seguida, as características da formaçãoe treinamento da mão-de-obra, bem como as questões relativas à qualificação da mão-de-obra ao longo do tempo, quais as habilidades requeridas pelas empresas no Brasil. 
Para tal foram descritas as ações da Organização das Nações Unidas (ONU) pela Organização internacional do Trabalho (OIT) e dos governos, através de seus ministérios do Trabalho, no sentido de qualificar a mão-de-obra para a empregabilidade. Além disso, foram verificadas referências da literatura específica no tema através de livros, artigos científicos, teses, dissertações, normas técnicas, periódicos (jornais, revistas, etc.), internet; estudo de projetos já existentes; Análise e discussão do material pesquisado. 
1.3 JUSTIFICATIVA 
Na Engenharia, desde a antiguidade até os dias de hoje, a utilização da mão de obra tem sido fundamental para as suas atividades. Sem ela não seria possível fazer construções, nem outras funções da Engenharia Civil essenciais ao desenvolvimento da humanidade. Ou seja, a mão de obra contribuiu bastante para o desenvolvimento humano sem se esquecer da natureza e do meio que nos envolve. Pois ela surgiu e se desenvolveu por causa da necessidade de se resolver problemas práticos e necessários nas sociedades. 
De fato, a mão de obra tem sido aplicada na execução das variadas atividades da Engenharia Civil, tais como: terraplenagem, sondagem, topografia, construção, etc. E continua a se desenvolver como principal agente executor e indispensável da Engenharia Civil. Embora tenha começado a atuar sem rigor metodológico, hoje, exige-se, de acordo a as funções dos seus membros, um grande rigor nas atividades práticas e profundo conhecimento técnico/científico. Desta forma, ela é tida como mola mestra nas execuções das atividades da Engenharia Civil. Sendo a utilização das suas habilidades o pé direito desta profissão, pois sem tais profissionais seria impossível projetar, gerenciar ou executar as mais diversas atividades da área de conhecimento em questão. 
Assim, a mão de obra está na base de composição prática da Engenharia, sendo sua formação, desenvolvimento, aperfeiçoamento e atualização, essenciais à performance da Engenharia Civil. Entretanto, mesmo com toda a relevância do emprego da mão de obra nos tempos atuais, uma questão vem se colocando de maneira cada vez mais consistente quando se discutem o nível de formação e especialização nos tempos atuais. Como vencer essas dificuldades para atender as exigências propostas pelas novas tecnologias? A resposta está nas mudanças ocorridas no mundo do trabalho que impõem um novo sistema de produção da Construção, exigindo, igualmente, reflexão sobre o processo formativos dos trabalhadores e, entre eles, dos engenheiros civis. Ou seja, nas mudanças atuais e na importância do estabelecimento de novas relações sociais e humanas no interior do mundo do trabalho e na relação deste com a sociedade e com o indivíduo, sem romper com o paradigma de operação/produção, com uma reatualização da qualificação que é chamada indevidamente de competência. (COBENGE, 2003) Dessa forma, a utilização da mão de obra nas atividades profissionais em tempos atuais e vindouros exigem cada vez mais conhecimentos na execução das atividades, desde as mais simples até as mais complexas. Tornando possível a compatibilização do binômio projeto/execução. 
A importância da mão de obra reside no fato da mesma ser a principal peça que faz com que a Engenharia Civil exista e realize suas atividades.
CAÍTULO 2 – MARCO TEÓRICO REFERENCIAL
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 BREVE HISTÓRIA DA MÃO DE OBRA
O ato de trabalhar é inerente ao homem, tanto é que desde os primórdios o homem primitivo buscava de forma incessante meios de satisfazer suas necessidades, como por exemplo, saciar sua fome, abrigar-se e defender-se, através de alguma ação. Desta forma, pode-se destacar que o trabalho é tão antigo quando o surgimento do homem e este utilizava-se de suas mãos como instrumento de luta pela sobrevivência. Os humanos já construíam seus próprios abrigos utilizando os elementos naturais ao seu redor. Com o passar dos tempos as estruturas adquiriram características cada vez mais complexas devido ao desenvolvimento de novas técnicas. (Wikipedia)
Na época em que o homem começou a reunir-se em tribos, iniciaram-se as lutas pelo poder e domínio, onde os perdedores se tornavam prisioneiros, o que propiciou o surgimento da escravidão.A mão de obra escrava se caracteriza pela submissão dos escravos aos seus senhores, mesmo sendo uma forma de trabalho, não tinha direitos nem uma jornada de trabalho pré-definida. A relação do escravo com seu senhor/proprietário era como uma mercadoria e seu dono.
Figura: 1 Idade da Pedra lascada
Fonte:https://www.google.com.br/search?biw=1360&bih=662&tbm=isch&sa=1&ei=PQQGW7ncLoO1wQSmwrHgCA&q=homem+da+idade+da+pedra&oq=homem+da+idade+da+pedra&gs_l=img.3..0j0i24k1.74983.84128.0.84842.37.17.0.12.12.0.213.1606.6j7j1.14.0....0...1c.1.64.img..14.23.1262...0i5i30k1j0i67k1j0i8i30k1.0.QTNIRzD3kzQ#imgrc=UkbNkV-2ty12TM:
Na Grécia Antiga uma pessoa tornava-se escrava de diversas formas, sendo a mais comum a captura em guerras. Várias cidades gregas transformavam prisioneiros em escravos, que eram vendidos como mercadorias. Pois a mão-de-obra escrava era a base da economia da Grécia Antiga. Os trabalhos manuais, principalmente os pesados, eram rejeitados pelos cidadãos gregos, os quais valorizavam apenas as atividades intelectuais, artísticas e políticas. Os trabalhos nos campos, nas minas de minérios, nas olarias e na construção civil eram executados por escravos. (Escravismo[201-])        
Já em Roma antiga, o trabalho escravo foi muito utilizado. Essa situação se ampliou durante a República com as conquistas territoriais, pois os prisioneiros de guerra eram transformados em escravos, os quais passaram a constituir a principal mão de obra. Eles trabalhavam tanto em atividades urbanas (comércio, artesanato, serviços domésticos) como no campo (nas pedreiras ou nas minas, na construção de estradas, nos aquedutos, etc). Eles se tornaram assim, o principal sustentáculo da economia romana. Os escravos eram vendidos como mercadorias para patrícios e plebeus e não recebiam pagamentos pelo trabalho, apenas comida e roupas. Na época do Império Romano, o número de escravos aumentou de forma extraordinária.(Vargas, 2013)
Fotografia 1: Aqueduto Romano
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=aqueduto&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwim2uzrhp3bAhULE5AKHcECD0EQ_AUICigB&biw=1360&bih=662#imgrc=uJcHZiuSE0aGJM:
Estas mesmas condições eram apresentadas no período feudal, no entanto os senhores feudais ofereciam aos seus servos, apesar de não serem escravos estavam presos a terra, proteção política e militar em troca do serviço. De certa forma estava acontecendo a decadência da escravidão na Europa.
No final da idade média, onde os artesãos trabalhavam por conta própria e vendiam suas mercadorias, surgiam as corporações de arte e oficio. O trabalhador passou a ser tratado como uma pessoa, apesar de terem seus direitos bastante limitados, pois as jornadas de trabalho geralmente passavam de 18 horas diárias, havendo exploração de mulheres e crianças, agregada a condições de trabalho muitas vezes perigosas e insalubres.Os aprendizes que trabalhavam nas oficinas de artesanato deviam obediência aos seus mestres e, mesmo no final dos seus aprendizados, ainda continuavam vinculados aseus mestres até que fossem submetidos e aprovados em uma prova paga e que muitas vezes não tinham condições de fazê-las.
A partir destes impasses, que dificultavam os companheiros de alcançarem a condições de mestres, nasceram as “compagnonnagem”(podem ser identificadas como embrião formador do movimento sindical atual). Este impasse gerou o declínio das corporações de oficio, que foram definitivamente extintas com a Revolução Francesa e a edição da “Lei Chapelier”, a qual suprimiu as corporações de oficio. (Castro,2013)
Assim, com o crescimento das cidades, a expansão do comercio e a crescente utilizaçãodas maquinas a vapor, de tear e de tecer, inicia-se a industrialização.(Segal, 1945)
Passou-se então a utilizar conhecimento científico nesta área, de forma que as dimensões, a resistência e outros atributos de uma determinada obra podiam ser estimados. Novos materiais passaram a ser utilizados, sobretudo ferro e cimento que permitiam o surgimento das grandes obras que hoje compõem o cenário do mundo atual. Assim, a partir da Revolução Industrial começou-se a mudar o perfil da mão de obra da Europa. (Wikipédia)
Fontografia 2: A 2º Revolução Industrial
Fonte:
https://www.google.com.br/search?biw=1360&bih=662&tbm=isch&sa=1&ei=RgUGW4b3JseOwgTz5YGwAg&q=constru%C3%A7%C3%A3o+da+revolu%C3%A7%C3%A3o+industrial&oq=constru%C3%A7%C3%A3o+da+revolu%C3%A7%C3%A3o+industrial&gs_l=img.3...33893.39532.0.40702.21.15.0.0.0.0.163.1333.14j1.15.0....0...1c.1.64.img..9.5.507...0i7i30k1j0i7i5i30k1j0i8i7i30k1.0.RkjpteJG8Do#imgrc=uTrhiX3LmLO8yM:
Como vemos, a História da construção civil, bem como da sua mão de obra, é bem diferente das dos outros setores da indústria, onde o desenvolvimento é mais contínuo e positivo em relação as mudanças no processo construtivo e de qualidade.
A construção civil teve seu auge com inovações tecnológicas que ocorreu nas décadas de 40 e 50, quando o Brasil foi considerado um dos detentores da tecnologia do concreto armado. Até o início dos anos 50 a mão-de-obra na construção civil se caracterizou como artesanal, onde o operário executa várias tarefas utilizando somente ferramentas manuais, comandado por um mestre-de-obras ou por um engenheiro que tinha seu papel dentro da construção não bem definido. Nos anos 50 já se definia a hierarquização com uma maior divisão de tarefas, passando a ter um caráter crescente de manufatura. Depois, nos anos 70, ocorreram grandes financiamentos para o setor, que visava diminuir o déficit habitacional da época, fazendo surgir grandes canteiros de obras que empregavam técnicas sequenciadas de produção, que tendia a uma produção em escala, (Treinamento de Mão-de-obra na Construção Civil)
. A História da construção civil sempre foi marcada por empregar um grande contingente de mão-de-obra que migrava do campo (sem preparo) para exercer a profissão, sendo assim até hoje em muitos casos. A partir da década de 80 as construtoras voltam a empreender suas próprias obras, sendo responsáveis pelo desenvolvimento, execução e comercialização. Neste período novas técnicas e materiais são empregados, exigindo mais abilidades desse tipo de operário. Visando a redução de gastos com mão-de-obra surge a subcontratação, tirando assim ovínculo empregatício, isentando as empresas dos gastos com treinamento, segurança e benefícios para o profissional da área, o que acarretava a queda da qualidade do produto. Pois a grande rotatividade no setor da construção civil faz com que as empresas não firmem programas de treinamento e capacitação, uma vez que seus funcionários treinados iriam paraoutras empresas já treinados, o que não era interessante. Na década de 90 procurou-se valorizar a qualidade no setor da construção civil, provocando uma maior preocupação com o treinamento dos trabalhadores. E as empresas que investiram em programa de treinamento tinham resultados positivos. 
Agora nesse novo milênio tivemos um grande desenvolvimento até a segunda década, tendo desacelerado bastante no momento.
Sabe-se, pelo desenvolvimento das relações de trabalho, que a construção civil se caracteriza pela baixíssima formação educacional e profissional. Além de ter poucos direitos trabalhistas respeitados e baixos salários, pois a profissão é desvalorizada pela sociedade e tem caráter temporário. (Treinamento de Mão-de-obra na Construção Civil)
2.2 CONCEITUAÇÃO DE MÃO DE OBRA
Há diversos conceitos que definem mão de obra, sejam eles técnicos ou não; a seguir, apresentamos alguns destes conceitos.
Segundo o sítio “SignificadosBr”:
“Mão de obra é um termo usado para designar o trabalho manual e/ou braçal necessário para realizar alguma coisa. O termo aparece geralmente ligado ao setor industrial e de construção civil, mas de modo geral pode ser empregado a qualquer ramo de atividade”.
Fotografia 3: mão de obra
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=m%C3%A3o+de+obra&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiIhYKAiJ3bAhVJipAKHXMlB9cQ_AUICigB&biw=1360&bih=662#imgrc=J4v3q-tYEdgroM:
Ou seja, mão de obra é um substantivo que pode ser usado também para designar qualquer atividade ou trabalho empregado por um indivíduo ou grupo de pessoas para a execução obra ou tarefa, ao mesmo tempo que o conjunto dessas pessoas pode ser chamada também de mão de obra.
Estudiosos da área de Administração de Empresas admitem que a mão de obra pode ser dividida em dois grupos principais: o primeiro grupo é a mão de obra direta, aquela que encontramos em atividade ou como demanda na produção de produtos e serviços, já o segundo grupo é a mão de obra indireta, que dá suporte ao primeiro grupo, em atividades como limpeza, manutenção de máquinas, vigilância, transporte, dentre outros.
Com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, desde 2009 o termo “mão-de-obra”, com hífen, deixou de ser usado, sendo substituído por “mão de obra”, escrito sem hífen.
Do ponto de vista do mercado de trabalho a mão de obra também pode ser classificada em mão de obra qualificada e mão de obra não qualificada. Sendo a primeira aquela em que o trabalhador possui conhecimentos específicos sobre a sua área de atuação pela formação em cursos técnicos, graduação e pós-graduação, bem como através da experiência. Já a mão de obra não qualificada é aquela que atende uma demanda produtiva sem que haja um conhecimento prévio.
Há outro tipo de mão de obra, é a chamada mão de obra terceirizada, contratada por uma empresa para tratar de áreas específicas de seu ramo de atividade. Nesse caso uma empresa contrata outra para cuidar, por exemplo, da limpeza ou da vigilância, reduzindo custos e burocracia.
2.3LEGISLAÇÃO BRASILEIRA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Fotografia 4: Carteira de trabalho
Fonte: 
https://www.google.com.br/search?biw=1360&bih=662&tbm=isch&sa=1&ei=LgYGW8j9EMz6wQSS6qnICA&q=lei+trabalhista&oq=lei+trabalhista&gs_l=img.3..0l3j0i24k1l7.36128.40548.0.42904.12.9.0.3.3.0.116.849.7j2.9.0....0...1c.1.64.img..0.12.861...0i67k1j0i10k1j0i30k1j0i5i30k1j0i8i30k1.0.gZE1erBdI1U#imgrc=kkudz_p8xqEyWM:
A Legislação Brasileira de Segurança do Trabalho visa amparar os trabalhadores vítimas de acidentes do trabalho, com leis que obrigam as empresas a criarem políticas de prevenção e auxílio a trabalhadores acidentados A primeira legislação surgiu em 1919, com a criação da lei 3.724, de 15/01/19, conceituando risco profissional e determinou-se o pagamento de indenização ao segurado e a família, proporcional a gravidade do acidente.
Em 1934, com a Lei 24.637, ampliou-se a abrangência para Doença Ocupacional. Depois foram feitas alterações em 1944, obrigando a máxima higiene e segurança no trabalho. Em 1967 tornou o seguro responsabilidade de seguradoras privadas e adotou o conceito de acidente ocorrido no trajeto trabalho-casa, também desenvolveu programas definidos pela Previdência Social de prevenção a acidentes e reabilitação profissional.
Contudo, as mais importantes mudanças realizadas na legislação brasileria ocorreu em 1977,através da Lei 6.514 que alterou o Capítulo V do Título II da Consolidação dasLeis do Trabalho, relativo à Segurança e Medicina do Trabalho, através da criação e aprovação de 28 NR´s (Normas Regulamentadoras) sancionadas pelo ministério do trabalho em 8/06/1978, pela portaria 3.214, englobando os mais diversos aspectos do trabalho. São elas:
NORMAS REGULAMENTADORAS:
NR-01 - Disposições Gerais
NR-02 – Inspeçaõ Prévia
R-03 - Embargo e Interdição
NR-04 - Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SSMT (Atual: ServiçosEspecializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho)
NR-05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA
NR-06 - Equipamento de Proteção Individual- EPI
NR-07 - Exames Médicos (Atual: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO)
NR-08 - Edificações
NR-09 - Riscos Ambientais (Atual: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA)
NR-10 - Instalações e Serviços em Eletricidade(Atual: Segurança em Instalações e Serviços Elétricos)
NR-11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR-12 - Máquinas e Equipamentos
NR-13 - Vasos sob Pressão (Atual: Caldeiras e Vasos de Pressão)
NR-14 - Fornos
NR-15 - Atividades e Operações Insalubres
NR-16 - Atividades e Operações Perigosas
NR-17 - Ergonomia
NR-18 - Obras de Construção, Demolição e Reparos (Atual: Condições e Meio Ambiente de Trabalhona Indústria da Construção)
NR-19 - Explosivos
NR-20 - Combustíveis Líquidos e Inflamáveis (Atual: Líquidos combustíveis e inflamáveis)
NR-21 - Trabalhos a Céu Aberto
NR-22 - Trabalhos Subterrâneos(Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração)
NR-23 - Proteção Contra Incêndios
NR-24 - Condições Sanitárias dos Locais do Trabalho (Atual: Condições sanitárias e de conforto noslocais de trabalho)
NR-25 - Resíduos Industriais
NR-26 - Sinalização de Segurança
NR-27 - Registro de Profissionais (Atual: Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no Ministério do Trabalho e da Previdência)(Revogada pela Portaria GM 262, 29/05/08
NR-28 – Fiscalização e Penalidades
A NR 18 é a norma mais importante para as atividades exercidas emcanteiros de obras, na medida em que obriga a elaboração e o cumprimento do
PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção) e determina as condições seguras para os trabalhadores nas atividades no canteiro de obra, tendo como objetivo principal:
Estabelecer diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e deorganização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemaspreventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente detrabalho na Indústria da Construção Civil.
Posteriormente foram criadas mais 5 normas para atender as necessidades do trabalhador:
NR-29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho portuário
NR-30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho aquaviário
NR- 31 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
NR-32 - Segurançoa e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde
NR – 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados
Todos esses direitos trabalhistas são garantidos pela Constituição
Federal de 1988 que são enfocados no artigo 7°:
“Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição social:
...
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higienee segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas,na forma da lei;
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir aindenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e dequalquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, apartir de quatorze anos; ”
...
Posteriormente surgiram outras leis que garantem assistência ao
Trabalhador, dentre elas destacamos:
Lei 8.112 de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, regulamentando as condições em que os mesmos têm direito aos benefícios decorrentes de acidentes do trabalho.
Lei 8.213 de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os planos de
benefícios da Previdência Social.
Decreto 3.048 de 06 de maio de 1999, que aprova o Regulamento da
Previdência Social, alterado pela Decreto 6042 de 12/02/07
	
		
	
Atualmente discute-se a Lei nª 13.467, de 13 de julho de 2017, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho.
2.4 OIT – Organização Internacional do Trabalho
Foi criada em 1919 para promover a justiça social. Ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 1969, a OIT é a única agência das Nações Unidas que tem estrutura tripartite, na qual representantes dos países, das organizações de empregadores e dos trabalhadores de 183 Estados-membros participam das diversas decisões da Organização. (OIT, 2018)
Esses membros tripartites da OIT adotaram 188 Convenções Internacionais de Trabalho e 200 Recomendações a respeito de emprego, proteção social, recursos humanos, saúde e segurança no trabalho, trabalho marítimo etc. Sendo que em 1998 a Conferência Internacional do Trabalho aprovou a Declaração dos Princípios e Direitos Fundamentais no Trabalho. Esta Declaração estabelece quatro princípios fundamentais: liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva; eliminação de todas as formas de trabalho forçado; abolição efetiva do trabalho infantil; eliminação de todas as formas de discriminação no emprego ou na ocupação. (OIT, 2018)
Assim, na Resolução Final da Assembleia Geral da ONU os Chefes de Estado e de Governo assumem o compromisso de que os objetivos do emprego pleno e produtivo, especialmente para as mulheres e os jovens, tenham prioridade nas nossas políticas nacionais e internacionais e nas nossas estratégias nacionais de desenvolvimento. (OIT, 2018)
A globalização junto com os déficits das políticas em matéria de crescimento e emprego, a OIT criou o Trabalho Decente como principal objetivo de todas as suas políticas e programas. A idéia de Trabalho Decente envolve a promoção de oportunidades para mulheres e homens de todo o mundo para conseguir um trabalho, remunerado de remuneração satisfatória, exercido com liberdade, equidade e segurança e que garanta uma vida digna. Pois o Trabalho Decente é o forco para onde convergem os quatro objetivos estratégicos da OIT:
1) respeito às normas internacionais do trabalho, em especial aos princípios e direitosfundamentais do trabalho;
2) promoção do emprego de qualidade;
3) extensão da proteção social;
4) fortalecimento do diálogo social.(OIT, 2018)
Fototografia 5: Trabalhadores
Fonte: Foto de João Roberto Ripper (1999).
Sendo o combate ao trabalho escravo uma das prioridades da agenda da OIT de promoção dos direitos humanos no Brasil onde o Trabalho Decente deve constituir o cerne das estratégias mundiais, nacionais e locais para alcançar o progresso econômico e social. Além de dar cumprimento aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio que se relaciona com a erradicação da pobreza extrema. (OIT, 2018)
Gráfico 1: Trabalho escravo nem pensar
Fonte: http://www.atimed.com.br/o-trabalho-escravo-no-brasil.html
Nesse sentido, na Resolução final da Assembleia Geral da ONU, adotada em setembro de 2005, os Chefes de Estado e de Governo afirmam seu compromisso de que os objetivos do emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos, especialmente para as mulheres e os jovens, sejam uma meta fundamental das nossas políticas nacionais e internacionais e de nossas estratégias nacionais de desenvolvimento, incluindo as estratégias de redução da pobreza.(OIT, 2018)
A OIT oferece assistência técnica a seus membros e parceiros na implementação das normas internacionais do trabalho e de programas e projetos nas áreas de emprego, proteção e diálogo social. Desenvolve também pesquisas e estudos além de edita publicações sobre diversos temas a respeito do trabalho.
 Desde 1950 a OIT mantém no Brasil uma representação que presta assessoria em diversas áreas de interesse dos seus constituintes no país. Além de executar projetos de cooperação técnica com a finalidade de contribuir com os esforços nacionais para a eliminação do trabalho infantil eescravo, combate à discriminação e a promoção da igualdade, promoção dos direitos das pessoas portadoras de necessidades especiais e vivendo com SIDA, extensão dos mecanismos de proteção social aos trabalhadores da economia informal, redução dos acidentes e doenças ocupacionais e o fortalecimento dos mecanismos e processos de diálogo social.
Durante a XVI Reunião Regional Americana em Brasília, em 4 de maio, o Governo do Brasil lançou a Agenda Nacional de Trabalho Decente (ANTD), elaborada em consulta com organizações de empregadores e de trabalhadores. Desta forma, as áreas de atuação da OIT no Brasil, tem se articulado em torno das três prioridades da Agenda, que são:
Gerar Mais e Melhores Empregos, com Igualdade de Oportunidades e de Tratamento;
Erradicar o Trabalho Escravo e Eliminar o Trabalho Infantil, em especial em suas piores formas;
Fortalecer os Atores Tripartites e o Diálogo Social como um instrumento de governabilidade democrática. (OIT, 2018)
2.5 A NECESSIDADE DO APERFEIÇOAMENTO DA FORÇA DE TRABALHO
“Exigem competência de nós. Na fronteira, o que se coloca é um sujeito coletivo fortemente ajustado às competências essenciais da empresa”. (Gramigna, 1998)
A economia de um país depende fortemente do setor da construção civil. Apesar de o Brasil ter adquirido uma certa estabilidade até 2015, este setor continua defasado se comparado ao resto do mundo. Estudos realizados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) diz que pelo menos três quartos das empresas de construção civil têm dificuldades em selecionar trabalhadores qualificados para preencher seus quadros. Apesar de ser o segmento que mais gera emprego no País, há a necessidade de oferta de cursos de qualificação e também que capacite esses profissionais, que são muitos, os quais visam uma melhor qualificação no mercado de trabalho.
Sabe-se que esse setor foi construído de forma artesanal pelas mãos de operários analfabetos, sem qualificação técnica, em sua maioria. E isto faz com que a construção civil sofra os reflexos desse descaso com a formação profissional, e continuará a sofrer, pois não vemos qualquer ação prática que vise corrigir tal descompromisso. Além disso, o setor está a enfrentar um outro grande desafio: a falta de processos que elevem a produtividade no desenvolvimento de projetos. E a solução está no investimento em novas tecnologias que tornem as tarefas mais eficientes e com qualidade. Tudo isso aliado a métodos novos e equipamentos mais modernos aplicados nos canteiros de obras. (Mão de obra, 2017)
O progresso tecnológico torna todos os fatores de produção mais produtivos e, por consequência, contribui para elevar o produto. E a elevação do produto só se torna possível com o avanço tecnológico. Atualmente sabemos que o trabalhador da Construção Civil é muito mais produtivo que o trabalhador de décadas passadas, e o que faz ele ter essa maior produtividade é o fato dele atualmente ser mais qualificado (ou especializado) e também deste trabalhador estar inserido em um canteiro com instrumentos, equipamentos e processos produtivos cujas tecnologias são significativamente superiores às de outros tempos passados.
Observa-se que o progresso tecnológico não está associado apenas à produtividade do trabalho ou à do estoque de capital, mas sim ao conjunto dos fatores de produção. Assim, o progresso tecnológico torna todos os fatores de produção mais produtivos e, por consequência, contribui para elevar o produto. Sendo a mão de obra qualificada decisiva para que haja uma sintonia dessa conjuntura. (CEBIC)
Apesar dessas disparidades, há práticas que tem melhorado a qualificação profissional da construção civil. Pois existem profissionais que tem participado de cursos de capacitação, buscando melhorar a sua produtividade, à espera do aquecimento do setor. É claro que as empresas devem gerar condições desse tipo para os trabalhadores. Esse problema atinge o setor em todos os níveis de cargos, do servente de pedreiro ao engenheiro. Sendo fundamento que a construção civil faça parceria, crie programas de trainee, proporcionando a renovação de profissionais, trazendo oportunidades de novas vagas com uma mão de obra mais qualificada.(Mão de obra, 2017)
Gráfico2: Tipo de treinamento a que os trabalhadores têm acesso
Adaptado de:http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/a/a2/CBIC_FGV.pdf
Grafico 3:O trabalhador passou a ser mais produtivo nos últimos quatro anos?
Adaptado de:http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/a/a2/CBIC_FGV.pdf
Gráfico 4: Escolaridade dos pedreiros
Fonte:https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-civil/qualificacao-na-mao-de-obra
Tabela 1: Aumento da escolaridade dos trabalhadores nos anos recentes
	
	
	Não
	
	39%
	Sim, nas funções menos qualificadas
	
	29%
	Sim, nas funções mais qualificadas
	
	54%
Adaptado de:http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/a/a2/CBIC_FGV.pdf
A visão preconceituosa de que o trabalhador da construção civil não precisa de muita escolaridade de muita escolaridade deve ser superada, pois as empresas sérias têm buscado profissionais mais gabaritados. Porém não se encontra mão de obra, o que faz com que as vagas existentes sejam preenchidas por pessoas de baixo nível escolar ou mesmo analfabetos.
Logo, o problema deve ser encarado de forma compromissada. Enfrentando a situação e analisando a relação custo-benefício que envolve o preparo da mão de obra qualificada que atenda a necessidade de uma produtividade mais eficiente.
De acordo com o Ministério do Trabalho, a quantidade de mulheres na construção civil já chegou a aumentar 65% antes da crise. Contudo esse aumento é considerado pequeno, pois o total da mão de obra feminina não representar nem 10% do total de empregados. Tem-semuito para melhorar e mudar no cenário de mão de obra da construção civil não apenas no gênero, mas no nível de trabalhadores e na busca de novas estratégias. Por isso deve-se aproveitar esse tempo de desaceleração do setor para se investir na qualificação profissional. Entendendo que o trabalhador braçal está perdendo espaço no canteiro de obras. Uma vez que a automação proporcionada pela industrialização exige profissionais qualificados. O que tem diminuído grandemente (por volta de um terço) a quantidade de operários que era necessária há dez anos. (Mão de obra, 2017)
Os novos processos produtivos têm exigido um controle mais rígido com mais conhecimento dos funcionários que devem resolver os problemas de forma mais assertiva diante das diversas situações. Daí a necessidade de se desenvolver aptidões que proporcionem resultados. Essas aptidões são as estruturas, processos e sistemas que uma empresa constrói, as quais lhe permitem desenvolver suas estratégias cujo objetivo é desenvolver habilidades que lhe proporcione vantagens. (Gubman, 1998)
Assim, ao se introduzir inovações na construção civil criam-se novos paradigmas, rompendo-se com os métodos artesanais do passado,inaugurando-se novas formas de trabalho, mais racionalizadas e industrializadas. (Mão de obra, 2017)
2.6 Rotatividade de trabalhadores
Em 2001, 56,33% dos trabalhadores empregados na construção civil não chegaram a trabalhar um ano. Uma justificativa para a elevada rotatividade da mão-de-obra é que o ciclo de produção do setor é fracionado em cada etapa, com ocupações específicas para cada uma delas. (CBIC, 2014)
A mão-de-obra está cada vez mais terceirizada e a informalidade é assustadora, chegando a atingir por volta de1/3 em certas regiões do país. Pois próprio trabalhador prefere o emprego informal ao desemprego, de acordo com o PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - IBGE). Tem-se que quase 3/4 do volume de mão-de-obra ocupada no setor de construção não contribuem para nenhum tipo de previdência.
Mesmo em 2014, com a baixa taxa de desemprego no país, a rotatividade do mercado de trabalho estava estagnada num patamar bem acima dos 60% fazia pelo menos quatro anos, dados do Ministério do Trabalho. (CBIC, 2014)
O grande número de desligamentosé um problema crônico no Brasil e não tem solução única sem a perda de direitos por parte dos trabalhadores. Tudo isso conjugado aos aumentos reais do salário mínimo e à inflação, levam a gastos bilionários. Os números mostram que há muitas diferenças por trás do índice de rotatividade total no Brasil, que foi maior em 2012, 64% (último ano com taxa anual calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos-Dieese, que tem um convênio com o Ministério do Trabalho). (CBIC,2014)
Usa-se dois cálculos para se verificar a rotatividade: A taxa que leva a pedidos de seguro-desemprego, que é mais baixa, e a rotatividade geral, que se encontra acima de 60%, inclui todos os tipos de demissão e outras causas, como aposentadoria.
Em 2012, por exemplo, a rotatividade que leva a pedidos de seguro desemprego na construção civil foi de 87,4%. Essa alta rotatividade para esse ramo leva em conta características próprias do setor, pois os funcionários têm sua carteira de trabalho atrelada ao CNPJ de uma obra. Quando ela termina, ele é demitido, mesmo que logo em seguida vá trabalhar em outro empreendimento da mesma empresa. Além da questão intrínseca do setor, que é a questão das obras. Tem muito contrato feito por obra, então esse é um setor que vai estar sujeito a uma rotatividade mais alta", disse o diretor-adjunto da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Carlos Henrique Corseuil. (CBIC, 2014)
Isso leva a uma distribuição desigual da rotatividade entre as regiões. No ano de 2013, a média mensal da rotatividade foi de 4,63% para a região Sul, 4,59% para o Centro-Oeste, 4,06% para o Sudeste 3,78% para o Norte e 3,41% para o Nordeste. As duas regiões que estão à frente do levantamento são justamente aquelas que contam com uma grande participação da agricultura em sua produção.Comparado à agricultura, a construção tem atividade relativamente bem distribuída", explicou o diretor-técnico do Dieese.
Clemente Ganz Lúcio sugere "dar segurança para que o desemprego não ocorra. Não caracterizar como desemprego a situação de migrar de uma obra para outra, por exemplo". Sendo necessário pensar-se num sistema mais flexível na hora de se incorporar motivos e causas para se caracterizar efetivamente o que é demissão, que leve ao desemprego e a proteção. 
Já Corseuil, do Ipea, prefere um sistema de intermediação de mão de obra que "alinhe as expectativas", evitando frustrações por parte do funcionário ou do contratante. 
Porém vemos que não há uma única medida capaz de resolver o problema do desemprego na construçãocivil, diz Ganz Lúcio. Isso envolve um dispositivo que já está na Constituição mas que não tem regulamentação, que é a punição com maiores tributos das empresas que tiverem rotatividade maior do que a média do setor, o que é muito complicado pôr em prática, disse Corseuil.
Contudo, para economistas que acompanham o mercado de trabalho, a busca das empresas por redução de custos e a falta de qualificação dos trabalhadores explicam parte da rotatividade de vagas no país. (CBIC, 2014)
Para Maria Beatriz de Albuquerque David, professora da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), a rotatividade torna-se uma questão séria em momentos de estagnação ou de baixas taxas de crescimento econômico, pois as altas taxas acontecem mais em períodos em que não há forte aumento de produtividade. E que em serviços com mão de obra pouco qualificada a alta rotatividade é mais comum pela maior facilidade de substituição desse tipo de mão de obra. Já para o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) André Nassif, a rotatividade diminui quando o país engrena em um processo de avanço sustentável e mantem as taxas de crescimento maiores do Produto Interno Bruto (PIB). (CBIC, 2013)
 A CLT reconhece que a Construção tem particularidades bem diferentes dos demais setores da economia, apesar de suas leis estarem desatualizadas para os tempos de hoje. Pois é um segmento que produz sob encomenda, sem localização permanente e com fluxo de produção interrupto. Tendo como característica marcante a transitoriedade da atividade. Concluída uma etapa da construção ou a própria obra, a dispensa de trabalhadores é inevitável porque não há continuidade de produção no local em que o serviço foi realizado.
Defende-se que com a especialização e a modernização das leis da CLT as empresas possam aprimorar suas atividades, obtendo assim melhores resultados e redução dos elevados índices de rotatividade de mão de obra no setor. Também a especialização pode aumentar o nível de qualificação e de produtividade do trabalhador, o que contribui com a redução da incidência de acidentes no trabalho.
Levando-se em conta ainda que as obras de Construção Civil são diferentes entre si para uma mesma empresa, uma vez que nem todas demandam dos mesmos serviços especializados, temos que tudo isso reforça a inviabilidade da contratação efetiva dos profissionais especializados para o quadro permanente das empresas da área de construção. (CBIC, 2017)
2.7 ACIDENTES DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
A construção civil é responsável por grande parte do emprego das camadas pobres da população masculina, e também considerada uma das mais perigosas em todo o mundo, liderando as taxas de acidentes de trabalho fatais, não fatais e anos de vida perdidos. Constituem acidentes aqueles ocorridos por motivos do exercício profissional, resultando em agressões a saúde ou perturbações funcionais, que podem culminar em incapacidade ou até óbito do indivíduo, daí a importância da prevenção de acidentes na construção civil. Sendo importante dar ênfase aos acidentesmais frequentes deste setor.
No Brasil a Indústria da Construção Civil apresenta uma das piores condições de segurança e um dos maiores índices de acidentes a nível mundial. Nos últimos anos, com o crescimento das atividades ligadas a este setor observa-se um acréscimo das atividades e do número de trabalhadores ligados à construção, aumentando-se bastante o número de obras em todo o Brasil, o que tem causado elevaçãodo risco de acidentes e pagamento de indenizações ou benefícios aos trabalhadores vítimas de acidentes. Apesar disso estes índices vêm diminuindo com a aplicação das normas regulamentadoras, em especial a NR 18, que está em vigor desde 1978. Contudo, ainda é precária a situação de segurança no trabalho no Brasil, apesar da diminuição na frequência das ocorrências, com sensível redução no número de óbitos.
Os dados sobre doenças ocupacionais geradas sobre atividades ligadas à construção civil são elevados e difíceisde serem apurados, pois muitos são os riscos à saúde. Tais como exposição a produtos químicos, manipulação de cargas pesadas, elevados níveis de ruídos etc. Estima-se que ocorram certa de 344 mil acidentes fatais anualmente no mundo, dos quais 60 mil no setor da construção civil. Sendo que o maior número de acidentes ocorre nos pequenos empreendimentos, geralmente informais. O que dificulta a contabilização de dados de acidentes, pois este grupo de trabalhadores não são registrado no Ministério do Trabalho, o que exclui quase ¾ dos dados estatísticos, trazendo poucas informações concretas.
Grafico 5:Motivos de acidentes
Fonte: https://www.slideshare.net/Emanuela_tst/medidas-de-proteo-na-construo-civil-36843049
São Políticas de segurança:
Planejamento
Treinamento
Equipamento de proteção coletiva
Equipamento de proteção individual
Exames médicos
Programa de controle de risco
Campanhas de prevenção
Serviço Especializado em Engenharia e em Medicina do Trabalho-SESMT
Comissão Interna de Prevenção de Acidente-CIPA
As causas e conseqüências de acidentes são muito variadas. Mesmo sendo os acidentes inevitáveis, podem ser prevenidos, pois decorrem de fatores pessoais ou mecânicos, que tenha provocado prejuízo associados ao patrimônio, pois o ambiente de trabalho é permeado de riscos. Desta forma a identificação das ameaças permite que sejam adotadas medidas deprevenção que visem evitar ocorrências de possíveis perdas. Um acidentenunca tem origem em apenas uma causa, mas em diversas causas que vão se acumulando até que uma últimaative a situação do acidente. Podem-se dividir as causas dos acidentes em causas humanas e causas materiais: as humanas são ações perigosas criadas pelo homem, por exemplo: incapacidade física ou mental, falta de conhecimento ou experiência, motivação inadequada, stress, descumprimento de normas, regras e modos operatórios, dificuldade em lidar com a figura de autoridade, dentre outras; já as causas materiais são relacionadas às questões técnicas e físicas perigosas, apresentada pelo meio ambiente natural, ou defeitos dos equipamentos.
De acordo com os artigos 19 e 20 da Lei nº. 8.213, de 24 de julho de 1991 depois de ocorrido um acidente de trabalho, suas conseqüências podem ser categorizadas em:
Simples assistência médica - o segurado recebe atendimento médico e retorna de imediatato as suas atividades profissionais;
Incapacidade temporária - o segurado fica afastado do trabalho por um período, até que esteja apto para retomar sua atividade profissional. Para a Previdência Social é importante particionar esse período em inferior a 15 dias e superior a 15 dias, pois, no segundo caso, é gerado um benefício pecuniário, o auxílio-doença; 
Incapacidade permanente - o segurado fica incapacitado para a atividade profissional que exercia na época do acidente. A incapacidade permanente pode ser total ou parcial. No primeiro caso o segurado fica impossibilitado de exercer qualquer tipo de trabalho e recebe uma aposentadoria por invalidez. No segundo caso o segurado recebe uma indenização pela incapacidade sofrida (auxílio-acidente, pago mensalmente e incorporado à aposentadoria futura), embora considerado apto para o desenvolvimento de outra atividade profissional.
Óbito - pelo falecimento do segurado em decorrência do acidente do trabalho; será concedida uma pensão, caso haja dependentes.
O acidente de trabalho não traz consequências apenas ao trabalhador que fica incapacitado para o trabalho, total ou parcialmente, temporária ou permanente. As consequências também atingem a família, a empresa e toda a sociedade.
Estudos evidenciam a ocorrência de um grande número de casos de acidentes de trabalho em relação às doenças ocupacionais e dão informações preliminares para determinação da situação dos acidentes com os trabalhadores do setor da Construção Civil em relação aos acidentes de trabalho. Os valores dessas ocorrências estão representados na tabela abaixo:
Tabela 2: Acidentes de trabalho registrado por motivos
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=anu%C3%A1rio+estat%C3%ADstico+da+previd%C3%AAncia+social&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiR9KrT5pzbAhWCgZAKHbLwCXkQ_AUICigB&biw=1360&bih=662#imgrc=D0YQ0aMVF-qqaM:
Assim vemos que os acidentes na construção civil evidenciaram a ocorrência de um grande número de casos de acidentes de trabalho em relação às doenças ocupacionais, que é alto. A quantidade para análise de dados referentes aos acidentes de trabalho ocorridos no Brasil foi obtida através dos resultados divulgados no site da Previdência.
Gráfico 5: Adidentes
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=anu%C3%A1rio+estat%C3%ADstico+da+previd%C3%AAncia+social&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiR9KrT5pzbAhWCgZAKHbLwCXkQ_AUICigB&biw=1360&bih=662#imgrc=0qqPr9Dq6dxlMM:
Através das taxas acima pode-se extrair várias informações sobre os acidentes de trabalho. No processo de análise trabalhou-se com avaliação comparativa entre as diversas variáveis selecionadas para o estudo e comparativo entre os índices dos acidentes de trabalho em geral com os acidentes de trabalho na Construção Civil.
Assim vemos que a maioria dos acidentes geram algum tipo de afastamento por incapacitância do trabalhador, enfatizando ainda que a inciddência por incapacitância seja um pouco menor que o número de incidência de acidentes. O que comprova que os acidentes de trabalho não são apenas não notificados no setor da Construção civil, mas nas demais atividades e atinge todos os trabalhadores acidentados. Ou seja, as empresas brasileiras não registram os acidentes de trabalho sem lesão ao trabalhador seja por displicência, tentativa de camuflar o nível de risco exposto aos seus funcionários ou preocupação com a influência desse fato no marketing da empresa. E esse tipo de comportamento influencia diretamente na veracidade dos resultados, uma vez que se todos os incidentes e acidentes fossem registrados o número de incapacitância, mortalidade e letalidade seria bem inferiores aos apresentados.
CAPITULO 3 - CONCLUSÃO
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo principal deste trabalho foi analisar o perfil da mão de obra na construção civil, paralelamente buscaram-se informações referentes às empresas do setor, através de consulta à Câmara Brasileira de Indústria de Construção(CBIC) e SEBRAE, sendo possível constatar que esse setor é o que mais emprega no País e o que tem maior participação no PIB, 64,7%. (CBIC, 2012)
Sobre o perfil dos trabalhadores da construção civil do Brasil, após análise dos dados constatou-se que o trabalhador deste setor é na maioria do sexo masculino com baixo índice de escolaridade, estão a mais de 03 anos atuando na área, possuem uma renda perto de R$ 2.000,00(IBGE, 2014), residem em casa própria e/ou alugada, tem até 02 dependentes, pouco qualificados e trabalham na área da construção civil por se identificarem com a profissão e outros por não terem conseguido trabalho em outra área. (ANALICE, 2009)
 Para identificar as principais dificuldades em relação ao trabalhador da construção civil, também foi buscado informações junto à CBIC, constando-se que a mão de obra é pouca qualificada, tendo como fator que contribui para isso a falta de iniciativa dos trabalhadores em querer se qualificar, junto com os baixos investimentos das empresas e do governo. Pois a grande maioria inicia os cursos e acabam por não concluí-lo, está opinião vai ao encontroda pesquisa realizada com os trabalhadores onde os dados mostram que mais de 60% dos trabalhadores não possuem nem um tipo de formação na área e quase 70% nunca participou de um curso de capacitação ou treinamento na área da construção civil. 
Em se tratando de dificuldades no setor da construção civil foi possível perceber que mesmo sendo a mão de obra um fator que requer mais de 50% dos investimentos totais do projeto, ainda está sendo tratada de uma maneira pouco eficaz para o aumento da qualificação e inserção de novos trabalhadores neste setor. (ANALICE, 2009)
Com relação aos cursos de Engenharia Civil, acredita que os mesmos não satisfazem as necessidades do mercado, por serem muito focados nas técnicas e pouco na gestão, pois deveriam abordar mais aspectos gerenciais, principalmente relacionados com gestão de pessoas, pois é o engenheiro que acaba por fazer todo o gerenciamento dos trabalhadores e da obra. (ANALICE, 2009)
Assim, sabe-se que a qualificação do trabalhador se constrói socialmente e é o resultado do encontro de vários elementos. No caso dos engenheiros civis, a formação profissional adquirida nas escolas e, em seguida, nos canteiros de obras, tem predominado. Contudo os constrangimentos sócio-econômicos a que está submetida a Construção Civil sugere um outro cenário, qual seja o da formação de engenheiros sintonizados com o seu tempo, com as demandas do mercado, do cidadão e da sociedade e, sobretudo, o da formação de profissionais conscientes de que a melhor referência para a Construção num esforço de reconstrução do seu sistema de produção encontra-se no próprio canteiro de obras.
Diferentes, mas intensos movimentos sociais e políticos exigem do engenheiro civil maior atenção aos campos relacional, organizacional, técnico construtivo e de gestão de pessoas. 
Deve-se registrar que a mão-de-obra operária, apesar de pouco qualificada, também mudou profundamente. Pois está um pouco mais escolarizada e mais consciente de seus direitos de trabalhador ede cidadão. Os trabalhadores impõem novos desafios aos gestores de seu trabalho. (COPENGE, 2003)
Ao final deste trabalho é possível afirmar que todos os objetivos foram alcançados, não abrangendo 100% dos trabalhadores, pois a grande maioria da Construção Civil atua na informalidade. Entretanto trouxe conhecimento e informações que com certeza irá contribuir de alguma forma para esse importante setor da economia brasileira. Novos trabalhos podem dar continuidade a esta pesquisa, sugere-se: Ampliação da pesquisa para uma investigação mais profunda da mão de obra da construção civil informal, na busca por tentar dar uma maior representatividade aos resultados; Devido esta pesquisa ter chegado a conclusão de que se necessita de mais engenheiros civis mais focados nos campos relacional, organizacional, técnico construtivo e de gestão, nas próximas pesquisas aprofundarem-se mais no perfil procurado.
REFERÊNCIAS
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