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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PIAUÍ IFPI CURSO: TECNOLOGIA EM ALIMENTOS DISCIPLINA: BIOQUÍMICA DOS ALIMENTOS PROFESSORA: VERA LÚCIA RELATÓRIO DE AULA PRATICA SOBRE: ATIVIDADE DE ÁGUA E pH TERESINA, PIAUÍ 2016. ALUNAS: JAEL BARBOSA PRISCILLA LIMA SCHIRLAYNE DE SOUSA 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO......................................................................................................... 03 2. OBJETIVOS.............................................................................................................. 04 3. METODOLOGIA..................................................................................................... 04 3.1 Materiais........................................................................................................... 04 3.2 Métodos............................................................................................................ 04 4. RESULTADOS.......................................................................................................... 05 5. CONCLUSÃO........................................................................................................... 06 6. IMAGENS.................................................................................................................. 07 REFERÊNCIAS............................................................................................................ 08 3 1. INTRODUÇÃO Considerado como parâmetro intrínseco o pH pode ser determinado no aparelho conhecido por potenciômetro, phagâmetro ou simplesmente medidor de ph e é o método mais preciso e acurado, mede a concentração de H + de um alimento ou solução. A concentração dos íons hidrogênio do meio em aquecimento tem resistência ao calor. A maioria das bactérias que formam esporos possui uma resistência máxima na região da neutralidade. Em 1922, Esty e Meyer verificaram que o Clostridium botulinum mostrou maior resistência entre pH 6,3 e pH 6,9 (GAVA, 2008). Os diferentes microrganismo como as bactérias crescem otimamente em torno da neutralidade, embora também possam crescer sem muitas dificuldades no intervalo de 5,0 a 8,0; porém abaixo de 5,0, seu crescimento é claramente inibido, e é raro se multiplicarem em pH4,5 (Orddóñez,2005). A água presente nos alimentos pode apresentar-se na forma de molécula livre ou ligada ao substrato. A atividade de água (Aw) é uma medida qualitativa que possibilita avaliar a disponibilidade de água livre que é suscetível a diversas reações (SCOTT; UFRGS, 2004). Segundo Welti e Vegara (1997), a quantidade de água livre que não se encontra comprometida com as moléculas constituintes do produto, está disponível para reações físicas, químicas, e biológicas, tornando-se o principal responsável pela deterioração dos alimentos. A atividade de água está relacionada à umidade por isso a mesma é calculada através da fórmula: Aw= ou aa=URE/100. A atividade de água ou URH é um dos parâmetros mais importantes na conservação de alimentos, tanto nos aspecto biológico como nas transformações físicas. Dessa forma podem ser previstas reações de oxidação lipídica, escurecimento não enzimático, atividade enzimática, desenvolvimento de microrganismos, assim como o comportamento de misturas de alimentos com diferentes valores de atividade de água e sistemas de embalagens (NETO; UFRGS, 2004). A diminuição de Aw nos alimentos é utilizada nas indústrias, para a manutenção da qualidade do produto promovendo o melhor aproveitamento das matérias primas como parâmetros de controle microbiano (TROLLER; UFRGS, 2004). Algumas vezes, conjuga- se o pH como outros agentes, como aw e nitritos, para inibir a germinação de certos esporos bacterianos (ORDÓÑEZ, 2005). 4 2. OBJETIVOS Observar o pH e a atividade de água de cada alimento em experimento e comparar cada um deles com ou sem substância. 3. METODOLOGIA 3.1 Materiais Maçã; Queijo; Maionese; Bolo; Espátula de aço; Copos descartáveis 50ml; Água destilada; Bastão; Solução de NaCl; Balança analítica; pHagâmetro; Eletrodo; Aparelho Aqualab; Cápsulas de plástico. 3.2 Métodos Inicialmente para realizar o experimento, triturou-se as amostras mais sólidas (a maçã, o queijo e o bolo), para a maionese não foi preciso fazer isso, pois a mesma já possuia uma consistência mais homogênea. Pesou-se 5g de cada amostra em duplicata da maçã (M1 e M2), do queijo (Q1 e Q2), da maionese (M*1 e M*2), do bolo (B1 e B2) e do queijo com NaCl (Q*1 e Q*2). Após serem pesadas as amostras, adicionou-se água destilada e homogeneizou-se cada uma delas com um bastão, logo depois elas foram levadas ao pHagâmetro, onde mediu-se o pH de cada uma com um eletrodo. Anotou-se os resultados. Para o experimento de Atividade de água aproveitou-se as amostras trituradas de pH. Colocou-se em cada cápsula de plástico um pouco de amostras dos alimentos: maçã (M), maionese (M*), queijo (Q), queijo com NaCl (Q*) e bolo (B) e logo depois foram 5 colocadas uma a uma no aparelho Aqualab para medir a atividade de água de cada alimento. Anotou-se o que foi observado nos resultados. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Os resultados obtidos na prática estão distribuídos na Tabela 01. Segundo Ordóñez (2005), Aw indica a intensidade das forças que unem a água com os demais componentes não aquosos e como consequência a água disponível para o crescimento dos microorganismos e o favorecimento das reações químicas e bioquímicas. Certamente a água, provavelmente, é o fator individual que mais influi nas alterações dos alimentos. Porém, não é apenas pelo seu teor, mas por estar relacionada com o crescimento e com atividades metabólicas dos microorganismos e com as reações hidrolíticas. ALIMENTOS Aa/Aw TEMP.(°C) pH¹ pH² TIPO Maçã 0,970 29,1 4,02 4,11 Ligeiramente ácido Laranja 0,970 29,0 3,63 3,64 Moderamente ácido Queijo 0,948 29,1 5,49 5,46 Ligeiramente ácido Iogurte 0,831 29,2 6,74 6,76 Ligeiramente ácido Maionese 0,956 29,0 3,48 3,53 Moderamente ácido Batata 0,982 29,0 6,27 6,23 Neutro Bolo 0,831 29,2 6,74 6,76 Neutro Banana 0,963 29,4 5,05 5,00 Moderamente ácido Queijo c/ sol. NaCl 0,921 29,2 5,64 5,58 Ligeiramente ácido Ervilha 0,973 29,0 5,99 6,00 Ligeiramente ácido Tabela 1 – Tabela de análise de pH e Aw das amostras de alimentos 6 A Aw varia de zero a um sendo zero, correspondendo a ausência de água livre e um refere-se à água pura (ORDÓÑEZ, 2005). Esse parâmetro é utilizado para medir a água disponível (água livre) no alimento para os microorganismos utilizarem. A água pode se tornar indisponível, com a presença de solutos, íons e colóides hidrofílicos. De forma que à medida que Aw diminui, os solutos e íons fixam água do meio e os colóides hidrofílicos estabelecem pontes de hidrogênio com ela, restando menos água disponível para os microorganismos (ORDÓÑES, 2005). As bactérias patogênicas e deteriorantes apresentam desenvolvimento apenas em condições de elevada Aw. As leveduras e bolores são menos exigentes. Existem os grupos dos microorganismos osmofílicos e dos halofílicos, são resistentes a baixa Aw. Com base nessas definições foi possível observar os resultados das análises de Aw nos alimentos já citados na tabela 3, onde são agrupados da seguinte forma segundo Ordóñez(2005): Alimentos com Aw entre 0,98 e 0,93: são alimentos que favorecem o crescimento de bactérias Gram positivas (Bacillaceae, Lactobacillaceae, etc.) se outros fatores (pH, conservadores etc.) não interferem no crescimento. Nessa faixa de Aw há um perigo maior de crescimento de Staphylococcus aureus e de certas micotoxinas. Alimentos com Aw 0,85 e 0,6: nessa faixa os microorganismos que podem alterar são as bactérias halofílicas se for em alimentos salgados, e nos demais os bolores e leveduras. 5. CONCLUSÃO Considerando os resultados obtidos durante as análises realizadas em alimentos diversos utilizando os parâmetros de Aw e pH, concluiu-se que para a atividade de água acima dos limites críticos pode-se obter como consequência um rápido crescimento de microorganismos patogênicos e deteriorantes. 7 6. ANEXOS Figura 2 - Amostras de alimentos (faltou a maionese) Figura 3 – Foram pesadas 5g de cada amostra. Figura 1 – Potenciômetro e eletrodo medindo o pH dos alimentos. Figura 4 – Amostras já pesadas e com água destilada adicionada. Figura 5 – Cápsulas de plástico com amostras para a determinação de Aw. 8 REFERÊNCIAS GAVA , Altanir Jaime . Tecnologia de alimentos: princípios e aplicações/ Altanir Jaime Gava, Carlos Alberto Bento da Silva, Jenifer Ribeiro Gava frias. -- - São Paulo : Nobel, 2008. Técnicas de conservação/Juan A. Ordoñez Perda (organizador); tradução Fátima Murad – Porto Alegre: Artmed,2005.294p.;25cm.- (componentes dos alimentos e processos; v.1) UFGRS, Análise de atividade de água em alimentos armazenados no interior de granjas de integração avícola, Porto Alegre 2004. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/4401/000411394.pdf>. Acessado em 28/06/2016.
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