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Projeto de Pesquisa
1. Dados de Identificação
Título: O trabalho do Assistente Social com jovens infratores: Acolher é preciso
Autor: Maria José de Sousa Fontinele
Polo: Santa Inês/MA
Curso: Serviço Social
Linha de Pesquisa: Políticas Públicas
2. Justificativa
A violência e os crimes cometido por jovens nos grandes centros e nas cidades em todo o Brasil vem crescendo significativamente a cada ano, o aumento desses crimes é realizado por jovens de todas as idades. É importante lembrar que os jovens são as principais vítimas da violência urbana e chegam a serem considerados como responsáveis por muitas situações de riscos a sociedade em geral.
Portanto, o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA que considera criança, para efeito da lei, o menor de 12 anos e o adolescente aquele com idade entre 12 e 18 anos, não fazendo referência ao termo jovem ou juventude, mais alerta que entre esta faixa etária há uma prevalência alta de condições de risco para a criminalidade urbana.
A entrada de crianças e adolescentes no mundo do crime tem aumentado em todo país, O GLOBO em uma matéria informa que estes delitos estão relacionados sobretudo por meio do tráfico de drogas. Em 2011 ouve um crescimento de jovens envolvidos em crimes e delitos, em levantamento feito pelo GLOBO com dados oficiais obtidos com os governos de oito estados de diferentes regiões do país. Em 2012, houve um aumento, em relação a 2011, de 14,3% no número de apreensões de crianças e adolescentes por crimes como vandalismo, desacato, tráfico, lesão corporal, furto, roubo e homicídio. No mesmo período, a elevação no número de jovens e adultos que foram presos por crimes em geral foi bem menor: de 5,8%.
A Unicef apresenta um dado de cálculo de 1% de crimes ocorrida em todo país, é uma estimativa com base em relatórios de violência divulgados pelo governo e por estudiosos entre 2002 e 2012. Segundo o Unicef, 2,8% dos assassinatos teriam sido cometidos por menores, sendo 1% por jovens entre 16 e 17 anos.
No Brasil, segundo a Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH), 9% dos adolescentes internados em 2012 praticaram homicídio. Roubo foi o ato infracional mais cometido (38%), seguido do tráfico (27%).
Portanto, o nosso pais vem avançando muito na proteção da infância, de 0 a 12 anos, mas na questão do atendimento aos adolescentes entre 13 a 18 anos ainda deixa muito a desejar. Faltam programas mais específicos para a faixa etária dos 12 aos 18 anos, principalmente destinados à formação de jovens, e que os estimule para o mercado de trabalho.
Em uma entrevista à revista Veja, o professor John Diiulio, especialista em criminalidade juvenil da Universidade Americana de Princeton, externou que “os menores possuem uma crueldade, que muitas vezes supera a de perigosos bandidos adultos. Eles não sentem remorso por seus atos”.
Sendo comum observar que entre os jovens que advém os casos de violências são oriundos das favelas periféricas, fruto de uma migração desordenada, contribuindo para a precariedade da vida de seus habitantes, aumentando significativamente a delinquência juvenil. O ECA vem buscando por meio das politicas públicas reverter este caos que cada dia revela grande preocupação do ordenamento jurídico, onde propõe a reeducação e ressocialização destes agentes. No entanto, os atos infracionais praticados chocam pela idade dos que os praticam e pela brutalidade com que são cometidos.
Art. 4º - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do Poder Público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, á liberdade e à convivência familiar e comunitária. Visando este artigo, faz-se necessário compreender que a responsabilidade com o jovem infrator é de dever do poder público, porém a sociedade não pode deixar de lado sua contribuição diante do processo de recuperação, precisamos acreditar no lado bom das pessoas.
A recuperação é possível e está acontecendo mesmo que lentamente por algumas entidades sem fins lucrativos, assim como entidades públicas e privadas. Há entidades que se propõe a recuperar jovens infratores, por meio de oficinas, a Febem oferece 69 diferentes oficinas profissionalizantes a todos os internos, capacitando-os a trabalhar como técnicos em informática, elétrica residencial, mecânica de autos, panificação e confeitaria, além de complementação no processo educativo.
Portanto, justifica-se esta pesquisa a partir do trabalho de algumas entidades privadas e públicas que realizam a recuperação de jovens por meio de oficinas profissionalizantes e medidas socioeducativas. O projeto Acolher é preciso, apresenta uma proposta de recuperação por meio da profissionalização e do encaminhamento ao mercado de trabalho pelo assistente social.
3. Pergunta de Pesquisa
Diante do aumento da criminalidade entre os jovens, o assistente social tem um papel importante na recuperação e no direcionamento das responsabilidades sociais, o projeto acolher é preciso, tem como perspectiva ampliar a qualidade da atuação desta categoria, o que trás o seguinte questionamento, o trabalho do Assistente Social pautado no acolhimento pautado e na profissionalização, mas a inclusão ao mercado de trabalho pode recuperar e reduzir os índices de criminalidade entre jovens?
4. Objetivo (s)
Geral:
Analisar o trabalho do Assistente Social frente aos jovens infratores por meio do acolhimento pautado na profissionalização e inclusão ao mercado de trabalho.
Específico (s):
Pesquisar quais entidades trabalha com a recuperação de jovens infratores e seus resultados alcançados na cidade de Santa Inês-MA.
Avaliar o trabalho do assistente social pautado ao acolhimento de jovens infratores.
Acompanhar o acolhimento de jovens infratores realizado pelo assistente social na cidade de Santa Inês-MA.
Observar os resultados da pesquisa após a implantação do projeto acolher é preciso frente às outras entidades que realizam o mesmo trabalho.
Avaliar o acolhimento e a redução da criminalidade entre jovens.
5. Hipóteses
A criminalidade é um fator agravante ao país e a sociedade em geral, portanto, o assistente social tem um papel de destaque no que refere as medidas protetivas do ECA, no entanto, é importante ressaltar que a criminalidade entre jovens é um problema entre as politicas públicas e sua péssima aplicabilidade, contudo, o assistente social pode mudar esta realidade por meio do acolhimento voltado para a recuperação e inclusão ao mercado de trabalho.
6. Metodologia
Trata-se de uma pesquisa qualitativo de caráter retrospectivo descritivo exploratório, com ênfase no referencial teórico pautado na atuação do assistente social frente ao problema da criminalidade entre jovens infratores, e o direcionamento dado por meio da inclusão ao mercado de trabalho pelo profissional formado em serviço social. Para obter maior profundidade no resultado do trabalho usaremos a consulta bibliográfica em periódicos, manuais técnicos e sites indexados.
No que tange aos sujeitos da pesquisa será apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido elaborado a fim de explicar-lhes a finalidade e objetivo da pesquisa e, posteriormente, a solicitação de sua participação voluntária na mesma.
A coleta de dados dar-se-á por meio de entrevista fechada com o profissional assistente social e questionário aplicado aos jovens envolvidos na pesquisa a fim de analisar o trabalho do assistente social frente aos jovens infratores por meio do acolhimento pautado na profissionalização e inclusão ao mercado de trabalho.
7. Referências 
AMORIM, S. Unicef estima em 1% os homicídios cometidos por menores no Brasil. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/brasil/unicef-estima-em-1-os-homicidios-cometidos-por-menores-no-brasil-15761228>. Acesso em: 10/09/2016.
CURY, Munir. Estatuto da Criança e do Adolescente comentado. 7.ed., revista e atualizada. São Paulo: Malheiros, 2005.
ISHIDA,Válter Kenji. Estatuto da Criança e do Adolescente: doutrina e jurisprudência. 12.ed., São Paulo: Atlas, 2010.
MATOS, S. A. R. O menor infrator e as medidas socioeducativas. Disponível em: <http://www.arcos.org.br/artigos/o-menor-infrator-e-as-medidas-socioeducativas/>. Acesso em: 11/ 09/ 2016.
PROJOVEM ADOLESCENTE. <http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/protecaobasica/servicos/projovem> Acesso em: 12/09/2016.
PEREIRA, Cássio Rodrigues. Estatuto da Criança e do Adolescente: à luz do direito e da jurisprudência. Belo Horizonte: Líder, 2010.
SANTO, E. E.; SILVEIRA, C. A. O adolescente no Brasil e o ato infrator. Disponível em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2832>. Acesso em: 10/09/2016.
URIBE, G. Cresce participação de crianças e adolescentes em crimes. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/brasil/cresce-participacao-de-criancas-adolescentes-em-crimes-8234349>. Acesso em: 11/09/2016.

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