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Dormência e Germinação de Sementes DISCIPLINA:TECNOLOGIA E PRODUÇÃO DE SEMENTES Dormência Quiescência É o fenômeno pelo qual sementes de uma determinada espécie, mesmo estando viáveis e tendo todas as condições ambientais favoráveis, não germinam (DAVIDE e SILVA 2008). É um estado de repouso que, a semente estando viável, é facilmente superável com o fornecimento das condições ambientais favoráveis. Plantios Desuniformes; Dificuldade na Avaliação da Qualidade do Lote; Contribui para permanência das plantas invasoras. Vantagens da Dormência: Retarda a germinação/distribui no tempo; Perpetuação de Espécies; Impede a germinação precose da semente ainda dentro do fruto Desvantagens da Dormência: É um tipo de dormência que se instala na fase de desenvolvimento e/ou maturação da semente, é geneticamente programado para surgir. É um tipo que nem sempre ocorre. E quando isto acontece, é por efeito de uma condição ambiental desfavorável ou estressante para a germinação principalmente quanto aos fatores água, temperatura, luz e oxigênio e quando submetidas a condições de toxicidade. Dormência Primária Dormência Secundária ou Induzida Tipos de Dormência Mecanismos de Dormência Dormência Endógena É causada por algum bloqueio à germinação relacionado ao próprio embrião, mas que eventualmente pode envolver tecidos extra-embrionários. Dormência Exógena É causada pelo tegumento, pelo endocarpo e/ou por órgãos extraflorais, em geral com pouca ou nenhuma participação direta do embrião na sua superação. Principais Causas da Dormência Tegumento impermeável Dormência do Embrião (fisiologicamente imaturo) Substâncias inibidoras Combinação de causas Principais Tratamentos para Superação da Dormência de Sementes Escarificação mecânica Escarificação química Tratamento com água quente Embebição em água Estratificação Nitrato de potássio (KNO3) Ácido Giberélico ─ GA3 Pré-aquecimento Pré-resfriamento Dormência exógena Dormência endógena É importante quando se deseja acelerar e uniformizar a germinação das sementes Tratamentos para superação da dormência Pois reduz os problemas relacionados à análise de sementes e produção de mudas. (PACHECO e MATOS, 2009) MÉTODOS PARA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA DE SEMENTES Nome Científico Nome Vulgar Dormência Referência Lactuca sativa alface - Pré-resfriamento a 10 ºC por 30 dias. BRASIL, Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília: DNDV/CLAV, 2009. 399 p. Lycopersicon esculentum tomate - Umedecimento do substrato inicialmente com solução KNO3 a 0,2%. BRASIL, Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília: DNDV/CLAV, 2009. 399 p. Oryza sativa arroz - pré-secagem a temperatura de 50 ºC por 96 horas em estufa com circulação de ar. BRASIL, Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Regras para análise de sementes. Brasília: DNDV/CLAV, 2009. 399 p. Nome Científico Nome Vulgar Dormência Referência Sterculia foetida chichá - escarificação com lixa no 40 em um lado da semente por 3 minutos seguida de embebição em água por 24 horas. - escarificação mecânica com lixa no 40 nos dois lados da semente, por 3 minutos, sem embebição. SANTOS, T. O. ; MORAIS, T. G. O.; MATOS, V. P. Tratamentos pré- germinativos para superação da dormência de sementes de chichá (Sterculia foetida). Revista Árvore, Viçosa-MG, v. 28, n. 1, p. 1-6, 2004. Achras sapota L. sapoti testemunha (sem tratamento) MATOS, V. P.; AZEREDO, G. A.; GONÇALVES, E. P.; SILVA, A.; RODRIGUES, L. de F. Sementes de sapoti (Achras sapota L.): dormência e emergência. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 33, n. 2, p. 71-74, 2003. MÉTODOS PARA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA DE SEMENTES Nome Científico Nome Vulgar Dormência Referência Apeiba tibourbou Aubl. Pau de jangada - água quente a 80ºC até resfriamento - choque térmico em estufa a 80ºC em sementes hidratadas - choque térmico em estufa a 80ºC em sementes não hidratadas. PACHECO, M. V.; MATOS, V. P. Método para superação de dormência tegumentar em sementes de Apeiba tibourbou Aubl. Agrária, v.4, n.1, p.62-66, 2009. Malpighia punicifolia Acerola - embebição em água por períodos de 38 e 48 horas AZERÊDO, G. A.; MATOS, V. P.; LOPES, K. P.; SILVA, A.; RODRIGUES, L. F. Viabilidade e vigor de sementes de acerola (Malpighia punicifolia) submetidas à embebição sob diferentes temperaturas. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia, v. 35, n. 2, p. 81-84, 2005. MÉTODOS PARA SUPERAÇÃO DA DORMÊNCIA DE SEMENTES Nome Científico Nome Vulgar Dormência Referência Parkia pendula Benth) Visgueiro escarificação mecânica com lixa para massa nº80 na parte distal da semente. SALES, A. G. F. A.; MATOS, V. P.; SENA, L. H. M.; FERREIRA, E. G. B. S.; REBOUÇAS, A. C. M. N.; ALMEIDA, G. M. F. Tratamentos pré-germinativos em sementes de visgueiro (Parkia pendula (WILD.) Benth. ex walpers). In: 1º CONGRESSO NORDESTINO DE ENGENHARIA FLORESTAL e 10ª SEMANA DE ENGENHARIA FLORESTAL, 10., 2007, Recife. Anais. Recife-PE: Editora da UFRPE, 2007. v. unico. Azadirachta indica A. Juss nim - Corte na parte distal das sementes seguidos de embebição em água por 24 horas; - corte na parte distal das sementes sem embebição. SALES, A. G. F. A. ; MATOS, V. P.; FERREIRA, E. G. B. S. ; SENA, L. H. M.; PACHECO, M. V.; OLIVEIRA, J. R. M. Tratamentos pré- germinativos em sementes de nim (Azadirachta indica A. Juss). In: In: VI Jornada de Ensino, Pesquisa e Extensão,2006, Recife.Resumos...Recife:Editorada UFRPE, 2006. v. CD-ROM. Celosia cristata L crista de galo escarificação química 30” e embebição em água por 24horas. FERREIRA, E. G. B. S. ; SENA, L. H. M. ; MATOS, V. P. . Avaliação de diferentes métodos pré-germinativos sobre as sementes de (Celosia cristata L- Amaranthaceae). In: XX SEMINÁRIO PANAMERICANO DE SEMENTES, 2006, Ceará., 2006, Fortaleza. Anais. Pelotas: ABRATES, 2006. v. CD-Rom. ESCARIFICAÇÃO MECÂNICA EM SEMENTES DE SUMAÚMA (Ceiba pentandra (L.) Gaertn.) Tabela 1. Germinação (PG), primeira contagem da germinação (PC) velocidade da germinação (IVG), comprimento da raiz (CR), comprimento do hipocótilo (CH) e massa seca do hipocótilo (MSH) de plântulas de sumaúma (Ceiba pentandra) originadas de sementes submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos Médias seguidas pela mesma letra, nas colunas, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. T1-sementes intactas; T2-Sementes intactas seguida de embebição por 24horas; T3- escarificação mecânica com lixa para massa nº80 na região oposta ao hilo; T4-escarificação mecânica com lixa para massa nº80 região oposta ao hilo, seguida de embição por 24 horas. T5- escarificação mecânica com lixa para massa nº80, seguida de embebição por 24 horas em água de coco (100%). Lúcia Helena de Moura Sena; Valderez Pontes Matos; Anna Gorett de Figueiredo Almeida Sales; Elane Grazielle Borba de Sousa Ferreira; Mauro Pacheco Vasconcelos Germinação Sob ponto de vista Botânico: É o fenômeno pelo qual, sob condições apropriadas, o eixo embrionário dá prosseguimento ao seu desenvolvimento, que tinha sido interrompido por ocasião da maturidade fisiológica. Sob ponto de vista da Tecnologia de Sementes É a emergência e desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião, demonstrando sua aptidão para produzir umaplanta normal sob condições favoráveis de campo(BRASIL, 1992). Condições necessárias para que ocorra a germinação: a semente seja viável; esteja livre de qualquer mecanismo de dormência; as condições ambientais sejam favoráveis; esteja livre de patógenos T e o r d e u m id a d e d a s e m e n te ( % ) Fases da germinação de sementes em função do teor de umidade (BEWLEY e BLACK, 1978) Processos que Envolvem a Germinação de Sementes Tempo 1- 35 a 40% 2- 25 a 30% 1- 50 a 60% 2- 35 a 40% Fase I Embebição Respiração Fase II Embebição; Transporte ativo das substâncias para os pontos de crescimento do eixo embrionário Fase III Embebição; Transporte e Crescimento do embrião Processos que Envolvem a Germinação de Sementes •Fase mais demorada •Preparo para iniciar o crescimento embrionário Baixa tolerância a desidratação Tipos de Germinação Germinação Epígea Germinação Hipógea Emergência e desenvolvimento das estruturas essenciais Planta normal Germinação de sementes em testes de laboratório Estruturas Essenciais – Plântula Normal (feijão) Fatores que afetam a Germinação de Sementes Água Temperatura *Temperatura cardeais: ótima, máxima e mínima Oxigênio Luz Porcentagem total, velocidade e uniformidade de germinação. Fitocromo Sementes Fotoblásticas Classificação em Grupos Ecológicos FATORES DO AMBIENTE Substrato * Escolha * Descritos pela RAS - Pano, Papel toalha, Papel filtro, Papel mata-borrão, Terra, Areia * Substratos Utilizados Recentemente * Areia e Vermiculita * Substratos Orgânicos Promotores químicos Fatores que afetam a Germinação de Sementes FATORES INTRÍNSECOS Longevidade - é o período de tempo em que a semente se mantém viva. Viabilidade - é necessário que a semente seja viável. Grau de maturidade - as sementes da maioria das espécies têm capacidade de germinar muito antes de atingir a maturidade fisiológica Dormência - há necessidade de anular a ação de mecanismos de bloqueio. Sanidade - vários patógenos são prejudiciais à germinação. Genótipo - O desempenho das sementes, inclusive a germinação, varia entre espécies e cultivares, embora haja influencia decisiva do ambiente. Substrato e Temperatura Ideais para Teste de Germinação Nome Científico Nome Vulgar Temperatura Substrato Eugenia uniflora L. Pitanga 30ºC vermiculita Amburana cearensis (Allemão) A. C. Smith Cumaru 30 ºC e 20-30 ºC vermiculita e turfa Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. colubrina (Vell.) Brenan Angico vermelho 30ºC e 20º-30ºC Sobre vermiculita e pó de coco e entre vermiculita Phaseolus vulgaris Feijão 20-30; 25; 20; 30 Rolo de Papel; Entre Areia Zea mays Milho 20-30; 20; 25; 30 Rolo de Papel; Entre Areia
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