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Prova Pericial 02

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Prova Pericial: Existem casos em que o julgamento do mérito da causa depende de conhecimentos técnicos de que o magistrado não dispõe. Nestes casos, deverá ele recorrer ao auxílio de um especialista, o perito, auxiliar da justiça. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. Mas a perícia poderá consistir apenas na inquirição do perito e dos assistentes técnicos, quando da audiência de instrução e julgamento, a respeito das coisas que houverem informalmente avaliado ou examinado, toda vez que a natureza do fato probandi o permitir. Para que se produza a prova pericial, o juiz deve nomear expert de sua confiança, fixando desde logo o prazo para a entrega do laudo pericial. Intimadas as partes da nomeação do perito, pode-se formular quesitos e apresentar assistentes técnicos no prazo de cinco dias, sendo certo que estes são auxiliares da parte, e não do juízo, motivo pelo qual não estão incluídos no rol de pessoas sujeitas às hipóteses de impedimento e suspeição. O perito cumprirá escrupulosamente o seu encargo, independentemente da lavratura de termo de compromisso. 
O perito ou o assistente técnico pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por impedimento ou suspeição (art. 138, III); ao aceitar a escusa ou ao julgar procedente a impugnação, o juiz nomeará novo perito e a parte poderá indicar outro assistente técnico. O perito ou o assistente somente poderá ser substituído quando carecer de conhecimento técnico ou científico; ou, sem motivo legítimo, deixar de prestar compromisso. Neste caso, o juiz impor-lhe-á multa de valor não superior a um saláriomínimo vigente na sede do juízo.
As partes poderão apresentar, durante a diligência, quesitos suplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dará o escrivão ciência à parte contrária. Compete ao juiz indeferir quesitos impertinentes e formular os que entender necessários ao esclarecimento da causa.
Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá proceder-se à nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo ao qual se requisitar a perícia. Para o desempenho de sua função, podem o perito e os assistentes técnicos utilizar se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras quaisquer peças. Sendo impossível a apresentação do laudo no prazo assinado pelo juiz, este poderá conceder, a seu arbítrio, prorrogação do mesmo por uma única vez. O laudo pericial deverá ser apresentado no prazo fixado pelo juiz, até pelo menos vinte dias antes da audiência de instrução e julgamento, devendo os assistentes técnicos apresentar seus laudos no prazo comum de dez dias contados da juntada aos autos do laudo do perito.
A parte que desejar esclarecimento do perito e do assistente técnico, requererá ao juiz que mande intimá-lo a comparecer à audiência, formulando desde logo as perguntas, sob forma de quesitos. Mas o perito e o assistente técnico só estarão obrigados a prestar os esclarecimentos a que se refere este artigo, quando intimados cinco dias antes da audiência, momento em que já tomarão conhecimento do teor das perguntas que lhes serão formuladas naquele momento.
Embora a prova pericial tenha por fim dar ao órgão jurisdicional elementos técnicos de que o magistrado não dispõe para que se torne possível o julgamento do mérito da causa, o juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos. 
Pode, ainda, o juiz determinar, de ofício ou a requerimento da parte, a realização de nova perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente esclarecida. A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados a que esta conduziu.
A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a primeira, mas esta não substitui, cabendo ao juiz apreciar livremente o valor de uma e outra.

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