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Aula 04 continuação princípios ADM I

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PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA
Considerado a viga mestra da ordem jurídica, tem como objetivo evitar que regras supervenientes criem instabilidade à vida em sociedade. Enfim, diante de tantas mudanças nas leis e na própria Constituição, não dá para ignorar a insegurança criada na sociedade, o que demanda um mecanismo de defesa, um princípio forte e capaz de garantir o equilíbrio social.
Pois bem, partindo da idéia de que não há no ordenamento jurídico nenhum princípio absoluto e que todos devem ser considerados conforme a importância dos interesses a serem protegidos (teoria da ponderação dos interesses), o princípio da segurança jurídica vem sendo aplicado em inúmeras situações.
Nesse sentido, ocorrendo um ato ilegal, em razão do princípio da legalidade, a conseqüência natural é a sua anulação, entretanto, quando tal conduta comprometer o princípio da segurança jurídica ou qualquer outro princípio do ordenamento, causando tal retirada mais prejuízos que sua manutenção, o ato em tese deve ser mantido, ainda que ilegal, estabilizando com isso os seus efeitos. 
Vejamos abaixo, dois julgados cujos entendimentos foram completamente opostos, o que sinalizada a grande controvérsia que há acerca do tema. 
RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 29.970 
RECORRENTE: RITA DE CÁSSIA GASPAR DA SILVA 
RECORRIDO: ESTADO DO PARÁ 
EMENTA: ADMINISTRATIVO. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PROFESSOR DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ. PRORROGAÇÃO DO CONTRATO POR MAIS DE 15 ANOS CONSECUTIVOS. SUPERAÇÃO DA NOTA DE PROVISORIEDADE IDENTIFICADA NO MOMENTO DA PRIMEIRA AVENÇA. CONSUMAÇÃO DA SITUAÇÃO JURÍDICA COLMATADA EX OPE TEMPORIS. DIREITO LÍQUIDO E CERTO À PERMANÊNCIA NO SERVIÇO PÚBLICO. RECURSO ORDINÁRIO PROVIDO.
1. A teor do disposto nos arts. 37, II e 206, V da Constituição Federal, o ingresso no serviço público está sujeito à prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, salvo no caso de cargo em comissão e na hipótese prevista no inciso IX do citado art. 37, qual seja, contratação temporária de prestação de serviço, caso em que a Administração pode rescindir a qualquer momento o contrato administrativo em virtude da extinção do interesse na sua continuação. 
2. Contudo, considerando as peculiaridades do caso concreto e diante da primazia da segurança jurídica nas relações de Direito Público, em contraste com a aplicação pura e simples do princípio da legalidade, é salutar que se assegure a manutenção de situações jurídicas colmatadas ex ope temporis, ainda que o ato administrativo tenha nascido de forma irregular.
3. No presente caso, a recorrente encontra-se no exercício do cargo de Professora de Educação Especial da Secretaria de Educação do Estado do Pará há mais de 15 anos, o que, por si só, revela a extensão das consequências da reversão, a esta altura, da Docente à situação anterior à sua contratação, impondo não apenas um recuo de 15 anos em seu status profissional, mas também um retrocesso na sua vida, com os mais variados desdobramentos.
 
(...)
5. Ademais, neste caso, não é nada recomendável, do ponto de vista do interesse público, que uma pessoa que já se encontra trabalhando desde 1992, sem que haja qualquer indício de que exerça seu trabalho de maneira insatisfatória, seja abruptamente dali desalojada e sofra uma drástica modificação na sua situação profissional, econômica e moral, com consequências irreversíveis.
 
6. Recurso Ordinário provido para assegurar o direito líquido e certo da recorrente de ser reintegrada no cargo de Professora de Educação Especial da Secretaria de Educação do Estado do Pará, com o ressarcimento de todos os seus direitos, inclusive vencimentos e cômputo do tempo de serviço, desde a data da sua exoneração; bem como para assegurar o direito de ser mantida no serviço público.
ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da QUINTA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas a seguir, por unanimidade, dar provimento ao recurso, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Brasília/DF, 17 de março de 2011 (Data do Julgamento).
RECURSO ESPECIAL Nº 1.307.492
RELATOR: MINISTRO HUMBERTO MARTINS
RECORRENTE: DEUSAMAR DA SILVA E OUTROS
RECORRIDO: ESTADO DO MARANHÃO 
EMENTA: ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CONTRATO TEMPORÁRIO. RESCISÃO. ACÓRDÃO RECORRIDO AMPARADO EM FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS. RECURSO NÃO CONHECIDO.
DECISÃO: Cuida-se de recurso especial interposto por DEUSAMAR DA SILVA E OUTROS, com fundamento no art. 105, inciso III, alíneas "a" e "c", da Constituição Federal, contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão que, ao julgar demanda relativa a reintegração em cargo público, negou provimento ao recurso de apelação dos recorrentes.
(...)
I - Este Tribunal de Justiça consolidou entendimento segundo o qual os servidores contratados para o exercício de funções no seu quadro de pessoal, para atenderem necessidade temporária de excepcional interesse público, sem prévia aprovação em concurso público, e que não gozam da estabilidade excepcional ditada pelo art. 19, do ADCT, podem ter seus contratos rescindidos, ainda que ultrapassado o prazo de 5 (cinco) anos previsto no art. 54, da Lei n. 9.784/99. Nesse sentido: AC nº 6.471/2011; AC nº 6.472/2011; MS nº 7.309/2006; AI nº 23.015/2009 ; AI nº 25.114/2009.
 
II - O Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o RE nº 519.810/MA, no qual figuram como partes o Estado do Maranhão e a Associação dos Funcionários da Justiça do Estado do Maranhão - ASFUJEMA, firmou posicionamento no sentido de que os contratos temporários dos servidores abrangidos pelo Ofício Circular nº 1336/2006-GP, de 10 de março de 2006, da Presidência deste Tribunal de Justiça, o qual foi expedido com a mesma finalidade do Ofício Circular nº 02/2007/GP/CRH, não geraram efeitos, razão por que entendeu a Corte Suprema que se mostra legítima a extinção da relação contratual, mesmo decorridos mais de 05 (cinco) anos após o seu início.
III — Recurso desprovido."
Sem embargos de declaração. No presente recurso especial, o recorrente alega que o acórdão estadual contrariou as disposições contidas no art. 54 da Lei n. 9.784/99, sustentando, em síntese, que os recorridos não poderiam ter os seus contratos de trabalho rescindidos, porquanto ultrapassados os cinco anos de que trata o referido permissivo legal, apontando, ainda, suposta divergência jurisprudencial com arestos desta Corte. Não apresentadas contra-razões (e-STJ fl. 484), sobreveio o juízo de admissibilidade positivo da instância de origem (e-STJ fls. 490/491). É, no essencial, o relatório.
O presente recurso não ultrapassa a barreira do conhecimento. O cerne da questão reside em saber se é possível a rescisão de contrato temporário de trabalho, após os 5 (cinco) anos de que trata o art. 54 da Lei n. 9.784/99. Apesar de os recorrentes alegarem violação ao referido dispositivo normativo, a questão de mérito controvertida foi dirimida à luz de fundamentos eminentemente constitucionais, tendo sido citadas decisões do Supremo Tribunal Documento: 21064230 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 22/03/2012 Página 2 de 9 Superior Tribunal de Justiça Federal em casos análogos ao presente. 
(...)
9. A Procuradoria Geral da República sustenta que ‘nenhum efeito válido pode resultar de contratação ou nomeação para emprego ou cargo efetivo sem a observância do requisito imposto no citado inciso II, do artigo 37 da CF/88. Por outro lado, ao contrário do que consta do aresto recorrido, somente por norma constitucional federal específica pode a estabilidade ser conferida de outromodo que não mediante concurso público. O servidor contratado em caráter temporário, assim como o servidor ocupante de cargo em comissão, não pode invocar o princípio da segurança jurídica, pois não se pode aspirar a definitividade de algo que se sabe ser precário.
(...)
Ante o exposto, com fundamento no art. 557, caput, do Código de Processo Civil, não conheço do recurso especial. Publique-se. Intimem-se.
Brasília (DF), 19 de março de 2012.
MINISTRO HUMBERTO MARTINS 
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO À CONFIANÇA LEGÍTIMA
(vertrauensschutz)
Tem origem no direito alemão, devendo ser compreendido como princípio que exige do Estado uma atuação leal, coerente e pautada na boa-fé, para que no final das contas, comportamentos contraditórios e conflitantes sejam evitados. A propósito, alguns doutrinadores fazem menção a este princípio como um desdobramento do Princípio da Segurança Jurídica... sem problemas... de qualquer forma, como o mesmo também já é largamente citado em julgados de nossos tribunais superiores de forma dissociada e com uma maior frequência... vale apena dar uma atenção especial ao mesmo.
Julgados interessantes:
CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONCURSO PÚBLICO. PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA AO EDITAL DO CONCURSO. ENUNCIADO DE QUESTÃO QUE VEICULA CONTEÚDO NÃO PREVISTO. ATUAÇÃO JURISDICIONAL LIMITADA À VERIFICAÇÃO DE ILEGALIDADE QUE, IN CASU, FAZ-SE PRESENTE. NULIDADE DECRETADA.
1. Trata-se de Mandado de Segurança em que o impetrante aponta a ilegalidade das questões 46 e 54 do Concurso para Provimento do Cargo de Oficial Escrevente, realizado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, por veicularem conteúdo não previsto no edital do certame.
2. Em matéria de concurso público, a excepcional intervenção do Poder Judiciário limita-se à objetiva aferição de legalidade do certame, cujos questionamentos devem cingir-se ao conteúdo previsto no edital. Não cabe ao órgão julgador, portanto, avançar sobre ponderações de ordem subjetiva quanto ao método de resolução da prova que o candidato poderia ter adotado para encontrar a resposta correta, o que implicaria adentrar no exame dos critérios de correção da prova.
3. In casu, o conteúdo programático detalhou, particularizadamente, os artigos de lei que seriam objeto de controvérsia na prova, entre os quais não estavam contemplados os artigos 333 do CP e 447 do CPP, cujo conhecimento e domínio era exigido para a solução das questões 46 e 54, respectivamente. Esse descompasso viola os princípios da vinculação da Administração Pública ao edital do concurso, dos motivos determinantes e da proteção da confiança, de ordem a acarretar a nulidade daquelas questões, reconhecidamente ilegais.
4. A ilegalidade do ato impugnado existe pela simples contrariedade ao ordenamento jurídico, de modo que seu reconhecimento não depende do proveito concreto que pode ser obtido com a anulação da questão de prova. Ainda que a melhora na classificação do candidato não lhe garanta posição para imediata nomeação, é legítima a pretensão de reclamar as invalidações pleiteadas.
5. Recurso Ordinário provido.
(RMS 36.596/RS, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/08/2013, DJe 12/09/2013).
No julgamento do RE n.º 598.099/MS, submetido ao regime da repercussão geral, o Supremo Tribunal Federal ratificou a aplicação do princípio da confiança legítima, reconhecendo, mais uma vez... em decisão transitada em julgado em 06/03/2013, direito de serem nomeados, os candidatos aprovados em concurso público dentro do número de vagas previsto no edital, vejamos:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO DE VAGAS EM EDITAL. DIREITO À NOMEAÇÃO DOS CANDIDATOS APROVADOS.
I. DIREITO À NOMEAÇÃO. CANDIDATO APROVADO DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL. Dentro do prazo de validade do concurso, a Administração poderá escolher o momento no qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação, a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursando aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao poder público. Uma vez publicado o edital do concurso com número específico de vagas, o ato da Administração que declara os candidatos aprovados no certame cria um dever de nomeação para a própria Administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse número de vagas.
II. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. BOA-FÉ. PROTEÇÃO À CONFIANÇA. O dever de boa-fé da Administração Pública exige o respeito incondicional às regras do edital, inclusive quanto à previsão das vagas do concurso público. Isso igualmente decorre de um necessário e incondicional respeito à segurança jurídica como princípio do Estado de Direito. Tem-se, aqui, o princípio da segurança jurídica como princípio de proteção à confiança. Quando a Administração torna público um edital de concurso, convocando todos os cidadãos a participarem de seleção para o preenchimento de determinadas vagas no serviço público, ela impreterivelmente gera uma expectativa quanto ao seu comportamento segundo as regras previstas nesse edital. Aqueles cidadãos que decidem se inscrever e participar do certame público depositam sua confiança no Estado administrador, que deve atuar de forma responsável quanto às normas do edital e observar o princípio da segurança jurídica como guia de comportamento. Isso quer dizer, em outros termos, que o comportamento da Administração Pública no decorrer do concurso público deve se pautar pela boa-fé, tanto no sentido objetivo quanto no aspecto subjetivo de respeito à confiança nela depositada por todos os cidadãos.
III. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS. NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO. CONTROLE PELO PODER JUDICIÁRIO. Quando se afirma que a Administração Pública tem a obrigação de nomear os aprovados dentro do número de vagas previsto no edital, deve-se levar em consideração a possibilidade de situações excepcionalíssimas que justifiquem soluções diferenciadas, devidamente motivadas de acordo com o interesse público. Não se pode ignorar que determinadas situações excepcionais podem exigir a recusa da Administração Pública de nomear novos servidores. Para justificar o excepcionalíssimo não cumprimento do dever de nomeação por parte da Administração Pública, é necessário que a situação justificadora seja dotada das seguintes características: a) Superveniência: os eventuais fatos ensejadores de uma situação excepcional devem ser necessariamente posteriores à publicação do edital do certame público; b) Imprevisibilidade: a situação deve ser determinada por circunstâncias extraordinárias, imprevisíveis à época da publicação do edital; c) Gravidade: os acontecimentos extraordinários e imprevisíveis devem ser extremamente graves, implicando onerosidade excessiva, dificuldade ou mesmo impossibilidade de cumprimento efetivo das regras do edital; d) Necessidade: a solução drástica e excepcional de não cumprimento do dever de nomeação deve ser extremamente necessária, de forma que a Administração somente pode adotar tal medida quando absolutamente não existirem outros meios menos gravosos para lidar com a situação excepcional e imprevisível. De toda forma, a recusa de nomear candidato aprovado dentro do número de vagas deve ser devidamente motivada e, dessa forma, passível de controle pelo Poder Judiciário.
(...)
Pois bem, segundo o entendimento de alguns doutrinadores e jurisprudências de nossos Tribunais Superiores, podemos apontar algumas aplicações práticas do princípio da proteção à confiança legítima, vejamos:
Manutenção de atos inválidos, relativizando-se a legalidade estrita, não perdendo de vista aqui a questão da presunção de legitimidade do ato administrativo e da teoria da aparência;
Dever de nomear candidatos aprovados dentro do número de vagas anunciadas no edital, bem como, convocá-los de forma efetiva;
Responsabilidade pré-contratual do Estado;Dever de conceder autorização para quem se enquadra na mesma situação de outros autorizados;
Dever de pagamento por execução de contrato administrativo verbal (Vide Ementa abaixo transcrita).
RECURSO ESPECIAL Nº 317.463
RELATOR : MIN. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA
RECORRENTE : VEGA SOPAVE S/A 
RECORRIDO : MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
 
EMENTA: ADMINISTRATIVO. OBRAS EMERGENCIAIS. CONTRATO COM A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. DECLARAÇÃO DE NULIDADE. ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. DIREITO À INDENIZAÇÃO.
 
1. A eventual declaração de nulidade do contrato administrativo não tem o condão de exonerar a Administração Pública do dever de indenizar as obras já realizadas, desde que (1º) tenha ela, Administração, auferido vantagens do fato e (2º) que a irregularidade não seja imputável ao contratado. 
2. Reconhecido nos autos que as obras foram não apenas orientadas, acompanhadas e incentivadas pelo município, como também resultaram no seu interesse exclusivo, não há como negar o direito à indenização pleiteada. 
3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, provido. 
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