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RESUMO PROCESSO PENAL 2 av1

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RESUMO PROCESSO PENAL 2
AULA 01 – TEORIA GERAL DA PROVA
Provas são os elementos produzidos pelas partes do processo que visam auxiliar no convencimento do magistrado quanto a veracidade ou não das alegações formuladas, seja na inicial acusatória, seja na resposta a acusação. 
Objeto de prova para o processo penal são os fatos, a verdade ou a falsidade sobre tais fatos que interessam para a solução do processo. 
Diferente do que acontece do Processo Civil, no processo Penal, ainda que o acusado venha confessar a prática do delito, deve acusação comprovar o que fora narrado na inicial acusatória.
PRESUNÇÕES LEGAIS: São afirmações feitas pela própria lei, de que um fato é existente ou verdadeiro. Se subdividem em duas espécies: 
- PRESUNÇÕES ABSOLUTAS (IURIS ET DE IURI): Não admitem prova em contrário, como por exemplo: a inimputabilidade de um menor de 18 anos.
- PRESUNÇÕES RELATIVAS (IURIS TENTUM): São as que admitem provas em sentido contrário. Como por exemplo a imputabilidade do maior de 18 anos, a qual pode ser afastada mediante a apresentação de um laudo de sanidade mental.
Provas são os elementos de convicção produzidos em regra no curso do processo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa.
Por sua vez, os elementos de informação são aqueles produzidos ainda na fase investigatória, sem o crivo do contraditório e da ampla defesa.
- PROVA NOMINADA: É aquela prova prevista em lei
- PROVA INOMINADA: É aquela que não tem previsão no ordenamento jurídico, mas é admitida desde que licita e moralmente legitima. 
- PROVA EMPRESTADA: É aquela que foi produzida em um processo e pretende utiliza-la em outro. O transporte dessa prova emprestada devera ser realizado de forma documental. A prova emprestada terá o mesmo valor da prova originalmente produzida.
AULA 02 – PROVAS EM ESPÉCIE
- MEIOS DE PROVA: instrumentos ou atividades pelos quais os elementos de prova são introduzidos no processo. Ex. testemunha, documento, perícia.
 - INTERROGATORIO: Ato em que o acusado é ouvido sobre a imputação a ele dirigida. Tem dupla natureza jurídica ao interrogatório: é meio de prova, pois assim inserido no CPP e porque leva elemento de convicção ao julgador, é também meio de defesa, pois o interrogatório é o momento primordial para que o acusado possa exercer sua auto defesa, dizendo o que quiser, e o que entender que lhe seja favorável, em relação a imputação que lhe pesa, pode ser realizado a qualquer tempo. É permitida também a renovação do ato a todo tempo, de oficio pelo juiz ou a pedido das partes.
- CONFISSÃO: É de grande valor, e facilita no livre convencimento do juiz, no entanto, deve ser corroborada por outros elementos probatórios. 
- PROVA PERICIAL: São as que deixam vestígios (exame cadavérico), exame de corpo de delito, exame químico toxicológico. 
- EXAME DE CORPO DE DELITO: É a comprovação de vestígios materiais deixados pela ocorrência de uma infração penal.
- EXAME DE CORPO DE DELITO DIRETO E INDIRETO: Sendo possível o exame de corpo de delito direto, não se pode aceitar o indireto. Isso não significa que a denuncia, ou queixa não possa ser recebida, sem a juntada do auto de exame de corpo de delito direto. Pois a materialidade pode estar indicada por outras provas e o auto juntado ao processo. No Indireto as infrações as vezes não deixa vestígios, ou estes não são encontrados, desaparecem, não permanecem, impossibilitando o exame direto, como por exemplo o homicídio praticado por afogamento em auto mar em que o corpo da vitima não é encontrado, dispensa-se então a pericia fazendo-se a prova da materialidade do crime por meio indireto, em regra por testemunhas.
- DECLARAÇÕES DO OFENDIDO: Sempre que possível o juiz poderá proceder a oitiva do ofendido, por ser ele pessoa apta, em muitos casos, a fornecer informações essências em relação ao fato criminoso. Regularmente intimado, se não comparecer poderá ser conduzido coercitivamente. Sera ele indagado sobre as circunstancias da infração, se sabe quem é o autor e quais as provas que pode indicar.
- ACAREAÇÃO: É o ato processual que se coloca frente a frente duas ou mais pessoas que fizeram declarações divergentes sobre o mesmo fato. Pode ser realizada sobre acusados entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acusado ou testemunha, ou entre vitimas.
- PROVA DOCUMENTAL: Considera documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papeis, públicos ou particulares. Instrumentos é o documento constituído especificamente para servir de prova para o ato ali representado, por exemplo, a procuração, que tem a finalidade de demonstrar a outorga de poderes. Os documentos podem ser públicos ou particulares.
- PROVA TESTEMUNHAL: A testemunha ocular, aquela que presenciou os fatos, tem maior valor que a circunstancial, que sobre o fato repassado por terceira pessoa. São características das provas testemunhal, a oralidade, objetividade, e retrospectividade. Estabelece o art 202 do CPP que toda pessoa poderá ser testemunha, dizendo a verdade sobre aquilo que lhe foi perguntado, ou seja, que assume o compromisso de dizer a verdade, sob pena de ser processada pelo crime de falso testemunho. 
- NUMEROS LEGAL NOS PROCEDIMENTOS ORDINÁRIO, SUMÁRIO, SUMARISSIMO E JURI: Procedimento ORDINÁRIO quando a pena máxima for igual ou maior que 4 anos, neste procedimento as partes poderão arrolar até 8 testemunhas. Procedimento SUMÁRIO quando a pena em abstrato for superior a 2 anos e inferior a 4 anos, pode ser arroladas até 5 testemunhas. Procedimento SUMARISSÍMO é o procedimento para infrações penais de menor potencial ofensivo cujas as penas máximas em abstrato não ultrapassem 2 anos e a competência desde juizado seja o JECRIM, este procedimento não está previsto no CPP e sim na lei 9099/2015, caso seja infrutífera a conciliação, será oferecida a denuncia aqui feita de forma oral, neste procedimento o numero de testemunhas não esta fixado em lei, sendo adotado até 5 testemunhas em casos mais complexos, pode vir a ser aceito ate 8 testemunhas, há correntes que dizem que por este ser um procedimento mais célere o numero Maximo deva ser 3 testemunhas. TRIBUNAL DE JURI, na fase de acusação e instrução preliminar, 8 testemunhas, no rito sumario e e plenário do tribunal de júri, 5 testemunhas.
- AULA 03 CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURISDICIONAIS
- ATOS PROCESSUAIS: Quando os atos juridicos são praticados para criar, modificar, ou extinguir direitos processuais, temos então os atos processuais. Exemplo: é o que ocorre com o oferecimento da denuncia, depoimento das testemunhas, a sentença do Juiz..
- OS ATOS DECISÓRIOS: É ato praticado pela jurisdicional. Atos como decisões e despachos de expedientes.
- SENTENÇA: É a decisão definitiva e terminativa do processo, acolhendo ou rejeitando a imputação formulada pela acusação. Cuida-se da sentença em sentido estrito, entretanto toda a decisão que afasta a pretensão punitiva do Estado é, igualmente sentença, embora em sentido Iato (como a que julga extinta a punibilidade do réu).
- SENTENÇA ABSOLUTÓRIA: Quando não acolhem a pretensão punitiva, não impondo qualquer sanção ao acusado. As absolutórias se subdividem em: PRÓPRIAS: Quando não acolhem a pretensão punitiva, não impondo qualquer sanção ao acusado. IMPRÓPRIAS: É quando o Juiz reconhece não ter havido crime, por ausência de culpabilidade aplica-se uma medida de segurança, uma espécie de sanção penal, cuja a finalidade não é castigar, mas cura-lo, pois trata-se de um doente mental.
- SENTENÇA CONDENATÓRIA: Na sentença condenatória alem do relatório, fundamentação e dispositivo, quando houver condenação o juiz deve observar o art387 CPP e deixar claro as circunstancias agravantes ou atenuantes, bem como todas as demais circunstancias existentes para a aplicação da pena. A aplicação da pena deve decorrer da analise conjunta de todas as circunstancias do delito. O juiz também decidira fundamentamente sobre a manutenção ou se for o caso, imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar.
- SENTENÇAS EXECUTÁVEIS: A sentença executável, ocorredesde o momento que são prolatadas podendo de imediato ser executada; Já a sentença não executável é aquela em que foi prolatada mas tem como de imediato produzir seus efeitos, não podendo ser executada.
- SENTENÇAS CONDICIONAIS: Quando proferidas por colegiados. (Subjetivamente Plurimas).
- SENTENÇAS SIMPLES: Quando proferidas apenas por um juízo monocraticamente. 
- SENTENÇAS SUBJETIVAMENTE COMPLEXAS: São decisões resultante de mais de um orgão
- CORRELAÇÃO ENTRE ACUSAÇÃO E SENTENÇA:
- DECISÕES DEFINITIVAS: É a sentença. É a decisão terminativa do processo e definitiva quanto ao mérito, abordando a questão relativa quanto a pretensão punitiva do Estado, para julgar procedente ou improcedente a imputação.
- DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS SIMPLES E MIXTAS: (Não julgam o mérito), com carga decisória podendo extinguir ou não o processo, com tudo sem resolução do mérito principal. Decisão interlocutória SIMPLES é aquela decisão que ela não encerra nem o processo, nem sequer uma fase do procedimento, apenas decide decisões a cerca da regularidade do processo, do andamento do processo, a decisão de receber a denuncia, a decisão de prisão...As decisões interlocutórias MIXTAS NÃO TERMINATIVAS é aquela decisão que encerra uma fase do procedimento, exemplo: a decisão de pronuncia. Decisões MIXTAS TERMINATIVAS decisão que extingue o processo, porem sem julgar o mérito. Exemplo a decisão que rejeita denuncia...
Os efeitos da sentença absolutória estão previstos no parágrafo único do art. 386
Artigo 91 – efeitos da condenação.
- AULA 04 ATOS DE COMUNICAÇÃO PROCESSUAL
- CITAÇÃO: É o ato pelo qual o réu toma ciência dos termos da acusação, sendo chamado a responde-la e a comparecer aos atos do processo. Funciona como um mixto do contraditório e da ampla defesa. É ato essencial ao processo, sua ausência gera nulidade. Não existe no processo penal a citação por AR ou por telefone. 
- CITAÇÃO PESSOAL: Tambem denominada Real, Essa citação deve ser feita na pessoa do acusado, ainda que o acusado outorgue poderes especiais a um advogado. No caso de pessoa jurídica a citação deve ser feita ao representante legal. O inimputável deve ser citado na pessoa do curador. Constitui a regra do processo penal.
- CITAÇÃO POR CARTA PRECATÓRIA: Quando o réu estiver fora do território da jurisdição do juiz processante.
- CITAÇÃO DO MILITAR: Devera ser feita por intermédio do chefe do respectivo serviço. Devendo o militar ser requisitado quando estiver fora de sua sede.
- REU PRESO: Citação pessoal, com a comunicação da audiência ao diretor do estabelecimento. 
- FUNCIONARIO PUBLICO: Citação pessoal, com comunicação ao chefe da repartição. 
- CARTA ROGATORIA: Se o réu estiver no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, com suspensão da prescrição ate o seu efetivo cumprimento. Se estiver em local não sabido, será citado por edital.
- CITAÇÃO POR EDITAL: É realizada quando o réu não é encontrado. É preciso esgotar os meios de localização. 
- CITAÇÃO FICTA OU PRESUMIDA: Que se realiza por meio de citação por hora certa ou por edital, configura exceção, somente sendo realizada quando não for possível efetivar pessoalmente.
- CITAÇÃO POR HORA CERTA: Se o oficial de justiça verificar que o réu se oculta para não ser citado, deve certificar a ocorrência e proceder a citação com hora certa, nos termos do art 252 e 254 do NCPC.
- REVELIA: A revelia penal não implica presunção de veracidade dos fatos contidos na peça acusatória. Como decorrência do principio da verdade real, a acusação continua a ter o ônus da prova em relação ao fato imputado ao réu. O processo segue a revelia = O processo segue mesmo sem o acusado comparecer. Não esquecer que a revelia causa a quebra da fiança.
- EFEITOS DA CITAÇÃO: Tem por finalidade completar, a relação jurídica processual e seguira sem a presença do acusado, que citado ou intimado pessoalmente para qualquer ato, deixar de comparecer sem motivo justificado, ou no caso de mudança e residência, não comunicar o novo endereço ao juízo. 
- INTIMAÇÃO: Pela intimação se do conhecimento da pratica dos atos processuais realizados e serem realizados no processo. Despacho, decisão ou sentença, referindo-se a um ato já praticado, ou seja, um ato pretérito.
- NOTIFICAÇÃO: É a ciência que é dada ao interessado de seu dever ou de seu ônus de praticar um ato processual ou de adotar determinada conduta. Refere-se a um ato futuro.
- CONTAGEM DE PRAZOS: No prazo Penal conta o dia inicial e exclui o final, se o crime foi cometido em 03/01/2010, o prazo decadência de 06 meses ira expirar em 02/07/2010, Subtrai um dia na contagem. No prazo processual penal, exclui o dia inicial e conta o dia final, se o MP dói intimado da sentença absolutória em 03/12/2009, o prazo para apelação (5 dias), terá inicio em 04/12/2009 (dia seguinte) e ira expirar em 08/12/2009. CONTAGEM NORMAL. Os prazos tem a características de CONTINUOS onde não serão interrompidos na sua duração e PEREMPTORIOS são improrrogáveis (exceção artigo 798 Inc 3 CPP e a sumula 310 do STF).
QUANDO O PRAZO TERMINAR EM DOMINGO OU FERIADO, SERA CONSIDERADO PRORROGADO ATE O DIA UTIL IMEDIATO. NO PROCESSO PENAL CONTAM-SE OS PRAZOS DA DATA DA INTIMAÇÃO E NÃO DA DATA DA JUNTADA AOS AUTOS. 
- PRAZOS COMUNS: São aqueles que correm para ambas as partes ao mesmo tempo.
- PRAZOS PARTICULARES: Correm apenas para uma das partes
- PRAZOS PROPRIOS: São aqueles prazos dentro do quais a parte deve realizar o ato processual e se não observadas, haverá tão só a conseqüência de natureza processual no que se refere ao arrolamento das testemunhas.
- PRAZOS IMPROPRIOS: São os impostos aos juízes e seus auxiliares que descumpridos, trarão conseqüências disciplinares, e não processuais.
- PRAZOS LEGAIS: É o prazo estabelecido em lei.
- PRAZOS JUDICIAIS: É o prazo estabelecido pelo Juiz.
- AULA 05 PROCEDIMENTO COMUM ORDINARIO E SUMÁRIO
- PROCESSO COMUM ORDINARIO: É o rito padrão utilizado no processo penal, possui as seguintes fases: 
1 – oferecimento da denuncia ou queixa. Recebimento ou rejeição pelo juiz.
2 – Citação do réu
3 – Resposta a acusação
4 – Absolvição sumária
5 – Audiencia de instrução e julgamento
6 – Denuncia, queixa, rejeição liminar.
7 – Possibilidades de rejeição liminar
PRETIÇÃO INEPTA - CPP - Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol das testemunhas.
PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS: Enquanto as condições da ação se referem ao exercício da ação penal (direito de exigir o pronunciamento jurisdicional no campo penal), e que, inexistentes, levam à carência do direito da ação, existem outras condições, denominadas de pressupostos processuais, que dizem respeito à existência do processo e à validade da relação processual. A teoria dos pressupostos processuais nasceu com o reconhecimento do processo como relação jurídica pública, autônoma da relação de direito material. Inexistindo diferença de natureza entre a ação penal e ação civil, os pressupostos para a constituição e regular desenvolvimento do processo devem ser os mesmos em ambas
PRESSUPOSTOS DE EXISTENCIA: Subjetivos: • sujeitos do processo – autor, réu e juiz (capacidade de ser parte). • jurisdição – Juiz/ órgão investido de jurisdição. Objetivos: • pedido – diz respeito ao ato inicial de introduzir um pedido, uma demanda ao Poder Judiciário.
PRESSUPOSTOS DE VALIDADE: Subjetivos: • capacidade processual – capacidade de estar em juízo. • capacidade postulatória - aptidão para requerer, exigir, perante os órgãos investidos da jurisdição alguma providência. • competência e imparcialidade do juiz. competência é uma parcela da jurisdição, ditada por lei, que define a jurisdição, a autoridade de cada órgão judicante; ela determina os limites dentro dos quais pode o juiz legalmente julgar. imparcialidade está ligada a impedimentos e a casos em que o juiz é suspeito, porser amigo ou inimigo de uma das partes. (art. 564, I, CPP).
- PROCESSO COMUM SUMÁRIO: O procedimento sumario será adotado quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for inferior a 4 anos de pena privativa de liberdade.
Recebimento da denúncia ou queixa (PROCEDIMENTO SUMÁRIO)
Oferecida a denúncia ou a queixa, o juiz poderá recebê-la ou rejeitá-la liminarmente. Para rejeitá-la deverá verificar um dos quesitos exigidos nos incisos do artigo 395, sendo estes:
ser a denúncia manifestamente inepta;
faltar algum pressuposto processual ou condição para exercício da ação penal; ou
faltar justa causa para o exercício da ação penal.
Recebendo a denúncia ou queixa, o juiz deverá ordenar a citação do acusado para responder a acusação, por escrito, no prazo de 10 dias. Sendo a citação realizada por edital, o prazo começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. Na resposta, o acusado irá arguir preliminares e alegar tudo que interessar à sua defesa, assim como irá oferecer documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, sendo no máximo 5, requerendo sua intimação quando necessário. Não apresentando a resposta no prazo, o juiz deverá constituir um defensor para que a ofereça em seu lugar e conceder vista dos autos por 10 dias.
Absolvição Sumária (julgamento antecipado pro reo)
O juiz absolverá sumariamente o acusado, conforme estabelece o artigo 397, após o recebimento de sua resposta, quando verificar:
existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato;
existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade;
que o fato narrado evidentemente não constitui crime;
extinta a punibilidade do agente.
Citação e Interrogatório
Recebida a denúncia ou queixa, o juiz designará dia e hora para audiência, ordenando a intimação do acusado, de seu defensor, do MP e se for o caso, do querelante e do assistente. No caso do acusado preso, deverá ser requisitado para comparecer ao interrogatório e sua apresentação deverá ser providenciada pelo Poder Público.
O juiz que presidir a instrução deverá proferir a sentença, em decorrência do recém adotado princípio da identidade do juiz no processo penal.
Embora haja certa discussão acerca da constitucionalidade do instituto, hoje é admitida a citação por hora certa, que deverá ser observada quando o oficial de justiça perceber que o réu está se ocultando dolosamente para não ser citado.
Com o novo procedimento, o processo inicia-se com a citação do acusado e não mais com o recebimento da denúncia ou da queixa, como era observado anteriormente. Isto posto, só pode falar em perempção do momento da citação em diante, e não mais antes dessa.
Audiência de Instrução e Julgamento 
Deve ocorrer uma audiência una que abrangerá todas as etapas para a realização completa da instrução e essa audiência deve ser realizada a tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição de testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nessa ordem, com exceção das testemunhas que morarem fora da jurisdição do juiz que deverão ser inquiridas pelo magistrado do lugar de sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória com prazo razoável. Essa carta precatória não suspenderá a instrução criminal. Findo o prazo estabelecido para o cumprimento da carta precatória pode ser procedido o julgamento.
Nessa audiência também deverá proceder-se os esclarecimentos dos peritos, se as partes assim requererem previamente, às acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e, por fim, procedendo-se os debates. Todas as provas deverão ser produzidas nessa audiência, desde que o juiz as considere relevantes, pertinentes e de possível apresentação imediata, ou seja, não protelatórias. Nenhum ato deverá ser adiado, salvo quando imprescindível a prova faltante, determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer. Havendo ou não a suspensão da audiência, a testemunha que comparecer será inquirida.
No debate serão oferecidas as alegações finais orais por 20 minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 minutos. Se houver mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual. E o assistente do MP, por sua vez, terá direito à manifestação por 10 minutos, após a manifestação do primeiro, prorrogando-se por igual período o tempo da manifestação da defesa. Logo após os debates o juiz proferirá sentença.
O juiz terá 30 dias para concluir o processo, independente de o réu estar solto ou preso.
Relatório 
Do ocorrido em audiência será lavrado termo em livro próprio, assinado pelo juiz e pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes nela apresentados. Sempre que possível, o registro dos depoimentos do investigado, indiciado, ofendido e testemunhas será feito pelos meios ou recursos de gravação magnética, estenotipia, digital ou técnica similar, inclusive audiovisual, destinada a obter maior fidelidade das informações. No caso de registro por meio audiovisual, será encaminhado às partes cópia do registro original, sem necessidade de transcrição.
Diferenças do procedimento sumário e ordinário
Sumário:
Pena máxima inferior a 4 anos; 
Prazo de 30 dias para conclusão do processo; 
Arrolamento de no máximo 5 testemunhas por parte;
Não há previsão de requerimento de diligências e nem de memoriais.                                  
Ordinário:
Pena máxima igual ou superior a 4 anos;
Prazo de 60 dias para conclusão o processo;
Arrolamento de no máximo 8 testemunhas por parte;
Há previsão de requerimento de diligências e de memoriais.   
- DISTINÇÃO ENTRE PROCESSO E PROCEDIMENTO: PROCESSO: É o procedimento pela o qual se manifesta a jurisdição, tendo sempre a finalidade de alcançar um provimento final, que solucionara a controvérsia e cumprirá os objetivos de concretização do Direito e pacificação social. PROCEDIMENTO: Rito processual. Mera sequencia de atos processuais, ordenadamente encadeados, vistos da perspectiva externa, sem qualquer preocupação com seu destino. O processo é entendido como conteúdo e o procedimento como sua embalagem. 
AULA 06 – PROCEDIMENTO SUMARISSÍMO
- CONCEITO DE INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: O Juizado Especial Criminal tem competência para o processo das infrações penais de menor potencial ofensivo, que são as contravenções penais e os crimes que a lei comine pena máxima, não superior a um ano, excluindo os casos em que a lei preveja procedimento especial. 
- COMPETENCIA E CAUSAS DECLINADORAS: Quando existe a possibilidade de causa de aumento que torne a pena superior a dois anos, esta é excluída da competência do Juizado. 
- TERMO CIRCUNSTANCIADO: O artigo 69 da Lei 9.099/95 dispensou a instauração de inquérito policial para o procedimento no Juizado Especial Criminal, para que assim, as questões sejam apuradas com mais celeridade. No lugar do inquérito policial, é usado o termo circunstanciado, que tem o mesmo objetivo do inquérito policial, mas de maneira menos formal e minuciosa. No termo deve haver a qualificação do autor da infração, qualificação da vitima, a maneira como os fatos se deram, a qualificação das testemunhas, bem como o resumo dos que presenciaram, os exames requisitados, e a assinatura de todos que participaram da elaboração do termo. O termo devera ser anexado a folhas de antecedentes e encaminhado a secretaria do Juizado, que providenciara a intimação para a audiência então agendada.
- AUDIENCIA PRELIMINAR: Devem estar presentes na audiência o Juiz e o conciliador, o representante do MP, o autor da infração e seu defensor e a vitima. Depois de feita a composição, será homologada pelo magistrado, reduzida a termo e valera como titulo executivo. O MP poderá se manifestar e requerer o arquivamento, se não existir indícios suficientes de autoria e de materialidade ou propor pena de multa ou restritiva de direitos, caso presentes requisitos legais necessários. Casoo infrator aceite a proposta do MP, será homologada pelo Juiz. Na hipótese de não ser realizado acordo civil, não implicara no reconhecimento de culpa do autor. Porem, se o infrator não houver comparecido a audiência, se não estiverem presentes os requisitos da transação ou se o infrator tiver recusado a proposta,o MP devera apresentar denuncia oral, proseguindo para a instrução criminal de acordo com o rito sumaríssimo.
- ATOS PROCESSUAIS FORMADORES DESTA FASE: Os procedimentos se dividem em termo circunstanciado, audiência preliminar, rito sumaríssimo, recurso e execução.
- RECURSOS: Se a denuncia ou queixa for rejeitada, poderá ser interposto o recurso em sentido estrito, por meio de petição ou termo. Por outro lado, o recurso cabível em sentenças de mérito é a apelação. O julgamento será realizado por turmas recursais compostas por 3 juizes em exercício no primeiro grau de jurisdição. Os embargos de declaração poderá ser interpostos para 5 dias após a ciência da decisão, por escrito ou oral. Sera cabível também, o recurso extraordinário, quando a decisão de primeira ou segunda instancia contrariar dispositivo da Constituição Federal.

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