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RESUMO PROCESSO CIVIL III

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RESUMO PROCESSO CIVIL III
AULA 01 
PROCESSO NOS TRIBUNAIS: É a maneira que os processos chegam nos tribunais, são de 3 maneiras. 
1 – Via recurso
2 – Via remessa necessária 
3 – Via competência originária
O mais importante deles é o Via recurso, é a maneira mais simples que o processo chega ao tribunal. Recurso é ato processual voluntário que visa diante de um inconformismo com um prejuízo impugnar uma decisão. É um ato voluntário que depende da escolha da parte. O recurso existe pelo PRINCIPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO, que é principio intrísico constitucional, mas basicamente processual que diz que as partes terão direito depois de um julgamento monocrático, havendo uma revisão neste mesmo julgamento por um colegiado. Que seria no mínimo 3 desembargadores ou ministros, dependendo do tribunal, reverem essa decisão, realizarem uma revisão. Deixando assim de ser um juízo de um só Juiz, para uma revisão de mais de 2 juizes, isso é o principio do duplo grau de jurisdição. 
Temos a REMESSA NECESSÁRIA, ESTÁ NO Art.475 CPC, ele diz que as decisões só terão validades caso sejam confirmadas no tribunal, contra a fazenda publica, Estado, União, Municipios. Uma segunda chance para a Fazenda publica, ela tem todo direito de recorrer, caso não o faça, ainda assim a sentença não transitara em julgado. Por ser algo que é feito de oficio, por isso que ganha nome de remessa reexame necessário. 
COMPETENCIA ORIGINÁRIA quer dizer que uma competência deve ser determinada em sua origem, todo processo terá uma competência originária, normalmente a competência de um processo normal é na justiça de primeiro grau, a justiça comum, levando em consideração os juízes monocráticos, porém em determinadas situações em que você tem uma especialidade da matéria e da pessoa que se encontra em juízo, o legislador pensou que seria melhor que essa competência fosse transferida da justiça comum de primeiro grau, para começar diretamente em um tribunal, fazendo com que esse processo não seja protocolado em primeiro grau e sim diretamente em um tribunal. 
COMPETENCIA FUNCIONAL que seria basicamente o foro privilegiado, isso está no art 102 e 105 CF. Se alguém esta em algum cargo, os atos oriundos serão julgados por um juiz colegiado diretamente do tribunal. Isso por causa do ato do cargo a competência seria originária. 
A competência originária é atribuída ao órgão jurisdicional diretamente, para conhecer da causa em primeiro lugar; pode ser atribuída tanto ao juízo monocrático, o que é a regra, como ao tribunal, em algumas situações, como por exemplo, ação rescisória e mandado de segurança contra ato judicial. Enquanto que a competência derivada ou recursal é atribuída ao órgão jurisdicional destinado a rever a decisão já proferida; normalmente, atribui-se a competência derivada ao tribunal, mas há casos em que o próprio magistrado de primeira instancia possui competência recursal. 
AULA 02 – TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Meios de impugnações das decisões judiciais. Reformar decisões judiciais que contenha algum defeito, invalidar decisões judiciais que soam uma nulidade, decisão judicial que seja obscura, ela tem que ser esclarecida. Toda vez que se fala na interposição de um determinado recurso, nós vamos ter via de regra dois juízos que são feitos na analise desses recursos: UM JUIZO PREVIO QUE É CHAMADO DE JUIZO DE ADMISSIBILIDADE, e um juízo final que é chamado JUIZO DE MERITO, nessa analise de admissibilidade o juízo vai analisar primeiro se o juízo é cabível, se há previsão legal para aquele recurso naquele caso concreto, vai analisar se a parte recorrente contém interesse e legitimidade para recorrer, os recursos servem para quem perdeu. É necessário que tenha legitimidade, deve ter sido sucumbente, se não o todo, pelo menos em parte naquela decisão. 
Alem disso, tempestividade, nessa analise de admissibilidade, pra receber ou não o recurso, o que se vai verificar é se o recurso foi interposto no prazo previsto na legislação, cada recurso possui seu prazo especifico, e as partes devem obedecer esse prazo previsto na lei, e isso vai dizer sobre a tempestividade do recurso, se foi interposto no prazo correto ou não. 
Preparo do Recurso, ou seja, se foram pagas as custas processuais previstas na legislação pra aquele tipo de recurso, se todos esses itens foram analisados e forem considerados satisfeitos, ou seja o recurso é cabível, o recorrente tem interesse e legitimidade, o recurso é tempestivo, não há nenhum fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer, e foi feito os pagamentos das custas processuais, todos os requisitos estão satisfeitos, o recurso será recebido. Ela passou pelo juízo de admissibilidade, que é o juízo prévio, nós passamos então a verificar o juízo de mérito, que é aquele que vai analisar o conteúdo da decisão. No mérito ele pode ser provido ou desprovido. 
No mérito nós podemos fazer a alegação de dois argumentos básicos RUIM JUDICANDO e ERROR IN PROCEDENDO, no primeiro é quando se entende que o juiz decidiu mal uma determinada questão, há um vicio no conteúdo, no que tem haver com o mérito, dando assim o pedido de reforma, e na segunda tem haver quando há um vicio formal na decisão, não cumpriu todos os requisitos formais na construção da sua decisão. 
PRINCIPIOS: 
- PRINCIPIO DA CORRESPONDENCIA: Deve haver uma correspondência entre a decisão que eu quero atacar e o recurso que eu vou usar pra atacar essa determinada decisão. Pra cada tipo de decisão, um tipo de recurso diferente, e quando se fala de correspondência é exatamente isso, então nós sabemos que da sentença cabe a apelação, recurso de apelação então é recurso cabível contra uma sentença, esse é o principio da correspondência, pra cada tipo de decisão há um tipo de recurso. Por exemplo: DESPACHOS: Não são decisões interlocutórias, não tem conteúdo decisório, não são sentenças, não são acórdãos, são atos judiciais irrecorríveis, porque não tem conteúdo decisórios. 
- PRINCIPIO DA TAXATIVIDADE: Que diz que os recursos vão fixados em lei Federal. 
- PRINCIPIO DA UNICIDADE: regra geral vai caber um recurso de cada vez para cada decisão judicial. (regra geral)
- PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE: Possibilidade de embora tenha sido interposto um recurso ele possa ser admitido como se fosse outro recurso, mas isso não se da em qualquer momento. (não pode ter má fé da parte, não pode ter erro grosseiro).
- PRINCIPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS: Eu não posso reformar uma determinada decisão, contra a qual tenha sido interposto um recurso em desfavor daquele que recorreu. O Tribunal não pode aumentar a sentença antes tomada pelo réu, não pode piorar sua situação. 
- PRINCIPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: É aquele que oportuniza as partes a possibilidade das partes de buscar sempre um segundo grau de analise daquela questão. 
NOS CASOS DO PROCEDIMENTO DOS JUIZADOS ESPECIAIS CIVEIS, AS DECISÕES INTERLOCUTORIAS, QUE SÃO AQUELAS PROFERIDAS NO DECORRER DOS PROCESSOS, SÃO IRRECORRIVEIS. ISSO É UMA FORMA DE MITIGAR O PRINCIPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. 
EFEITOS DA PROPOSITURA DOS RECURSOS: São basicamente 3 efeitos dos recursos.
1 – Obstar a preclusão e formação da coisa julgada, enquanto ele não for julgado não vai acontecer a coisa julgada. 
2 – Devolutivo, ao interpor o recurso da sentença eu devolvo ao judiciário a apreciação daquela questão.
3 – Efeito suspensivo, a decisão não pode ser executada enquanto o recurso não tenha sido julgado.
Art 998 CPC – O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido, ou dos liticonsortis, desistir do recurso. Paragrafo Único: A desistência do recurso não impede a analise de questão cuja repercussão geral já tinha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recurso extraordinário ou especiais repetitivos.
Art 999 CPC – A renuncia do direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. 
RECURSO ADESIVO: Recurso adesivo é aquele que é interposto somente diante da conduta da parte contrária, ou seja, caso uma parte não tenha recorrido e a outra o tenhafeito, a parte omissa poderá aproveitar essa oportunidade para interpor seu recurso na modalidade adesiva. Essa possibilidade está prevista no art. 997 do NCPC
Art. 997.  Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com observância das exigências legais.
§ 1o Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o outro.
§ 2o O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
AULA 03 – EFEITOS DOS RECURSOS
- EFEITO DEVOLUTIVO: Por esse efeito, reabre-se a oportunidade de reapreciar e, novamente, julgar questão já decidida. Dessa forma, conclui-se que não se pode, logicamente, conceber um recurso que não restabeleça, no todo ou em parte, a possibilidade de rejulgamento. Por conta disso, esse é um efeito presente em todos os recursos. 
- EFEITO SUSPENSIVO: Refere-se ao impedimento da imediata execução do decisório impugnado. A nova legislação processual civil tratou esse efeito recursal como exceção, pelo fato de apenas o recurso de apelação possuir efeito suspensivo automático. Todavia, caso a imediata decisão produza efeitos que criem riscos de dano grave, de difícil ou impossível reparação e fique demonstrada a probabilidade de provimento do recurso, poderá o litigante requerer o efeito suspensivo. Vale frisar que, essa concessão, dependerá sempre da decisão do relator, caso a caso.
- EFEITO SUBSTITUTIVO: O efeito substitutivo é atribuído pelo art. 1.008 do CPC aos recursos em geral. Consiste ele na força do julgamento de qualquer recurso de substituir, para todos os efeitos, a decisão recorrida, nos limites da impugnação.
- EFEITO EXPANSIVO: É uma espécie de variação do efeito devolutivo do recurso. O efeito em tela delimita a área de cognição e decisão dos Tribunais Superiores, na espécie, consiste em reconhecer que a devolução operada pelo recurso não restringe às questões resolvidas na sentença, compreendendo também as que poderiam ter sido decididas, seja porque suscitadas pelas partes, seja porque conhecíveis de ofício.
- EFEITO TRANSLATIVO: Diz respeito à limitação de cognição do tribunal, salvo se tratar de matéria de ordem pública. Insta observar que as questões de ordem pública podem ser conhecidas pelo Tribunal ainda que não tenham sido reconhecidas objeto de recurso.
FUNÇÃO AMICUS CURIAE NO AMBITO RECURSAL: Positivou-se, no novo sistema processual civil, a figura do amicus curiae(amigo da corte), especificamente no art. 138 do NCPC do capítulo das modalidades de intervenção de terceiros, Nessa sistemática, o magistrado poderá, em razão da expressiva relevância da matéria, da especificidade do tema objeto da demanda ou da repercussão social da controvérsia, de ofício, a requerimento das partes ou do próprio terceiro interessado, admitir a participação no processo de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, cujo papel é municiar o julgador de elementos importantes, intimamente relacionados à demanda. A pertinência do ingresso desse terceiro interveniente sui generis se apresenta em razão do fornecimento de elementos consistentes de caráter fático, jurídico, político, cultural ou mesmo técnico, os quais podem fugir completamente ao próprio conhecimento do magistrado. Inúmeras são as questões demasiadamente entranhadas e complexas, não atribuíveis a peritos judiciais, que dependem de profissionais estranhos à lide para que sejam efetivamente compreendidas. 
Todavia, restou estabelecido que a decisão de deferimento ou indeferimento da participação do amicus curiae não desafiará recurso, o que denota a própria atipicidade do instituto, na medida em que o art. 1.015 do Novo CPC prevê, taxativamente, a hipótese de agravo de instrumento nos demais casos de admissão ou inadmissão de terceiros intervenientes. 
AULA 04 – RECURSOS EM ESPECIES: APELAÇÃO
- Art 1009 CPC Paragrafo: As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarazões. – Da sentença cabe apelação! Conceito de sentença: Os despachos proferidos em primeira instancia são irrecorríveis, porque os despachos são atos do juiz que não tem conteúdo decisório, as finalidades dos despachos é simplesmente dar andamento ao processo. Alem dos despachos é possível que o magistrado na primeira instância profira decisões interlocutórias e sentenças, para saber a diferença, é será sentença aquele ato decisório que borá fim ao procedimento de primeira instancia, seja um procedimento de conhecimento, ou de execução, mas a finalidade da sentença é por fim ao procedimento em primeira instancia. 
Enquanto que as decisões interlocutórias, o que não é sentença e tiver conteúdo decisório, vai ser decisão interlocutória.
A finalidade do recurso de apelação é impugnar todas as questões que forem decididas ao longo do procedimento, que não comportem recurso de Agravo de Instrumento. A finalidade do recurso de apelação é buscar a reforma da sentença de primeira instancia. 
Art 1009 paragrafo 2 – Se as questões referidas no parágrafo 1 forem suscitadas em contrarazões, o recorrente será intimado para, em 15 dias manifesta-se em respeito delas.
Se além das questões relativas á sentença, que o recorrente quer atacar por meio da apelação, existirem outras questões que tenham sido decididas anteriormente sobre ais quais não cabia fazer recurso de agravo de instrumento, o recorrente vai poder manifestar essas questões todas, no recurso de apelação. E ele pode fazer isso nas suas razões, assim também como o recorrido pode fazer isso nas suas contrarazões. Então é possível que o recorrido nas suas contrarazões, peça para o tribunal reanalizar determinadas questões que já haviam sido decididas em decisões interlocutórias no decorrer do procedimento em primeira instancia, só que considerando que ai tem um pedido novo nas contrarazões, por força do principio do contraditório, obviamente a obrigação de se dar a outra parte, ou seja, a parte que apelou, a oportunidade de se manifestar a respeito dessas novas alegações que o recorrido trouxe nas suas contrarazões. Então é fundamental que nesse caso se respeite o principio do contraditório. 
Quem tem legitimidade para recorrer? Art 996 O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado, e pelo MP, como parte ou fiscal da ordem publica. Paragrafo Único: Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida a apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.
É necessário ter sempre a figura da sucumbência. Esse alguém que foi vencido pode ser uma das partes, o MP, ou um terceiro interessado. 
O conteúdo que pode ser objeto de impugnação por meio de um recurso de apelação, podemos alegar questões relativas a erros relativos a questões processuais e questões relativas a analises de méritos. Imagina se uma determinada sentença tenha sido prolatada por um juiz de 1 instancia, se o magistrado ao fundamentar a sua decisão não tenha seguido as orientações do artigo 489 CPC, a sua decisão vai ser considerada nula, e neste caso estamos diante de um erro improcedendo, que é o erro na forma da decisão e nós podemos atacar isso a partir do recurso de apelação. É possível também que errores ejudicando, quando se tem uma analise que se entenda equivocada feita pelo magistrado na suadecisão. Então se considerar que a decisão foi equivocada no âmbito do direito material, a parte pode alegar isso como error in judicando, um erro na analise no mérito da demanda. É possível que tenha os dois erros, mas isso vai depender muito do caso concreto. 
Recurso Adesivo (Apelação adesiva): A parte que resolveu não apelar, no prazo de 15 a contar da ciência que teve da sentença, mas ao tomar conhecimento de que a outra parte apresentou recurso de apelação, a parte que a principio não desejava recorrer, pode apresentar uma apelação adesiva. Ou seja ela não tinha intenção de recorrer, mas ao tomar conhecimento que a outra parte resolveu apelar, ela decide fazer o mesmo. Ela fica subordinada, a apelação principal. Se a apelação principal não for admitida, não passar pelo principio da admissibilidade, ela também não será admitida.
Interposição da Apelação: Prazo de 15 dias. Os prazos processuais só serão contados em dias úteis, contados da data da ciência da sentença, que se da a partir da data da publicação no diário oficial. Geralmente, a interposição de um recurso de apelação se da por meio de duas petições, uma petição primeira de apresentação em que vai haver as qualificações das partes, e uma segunda petição em que são apresentadas ao tribunal as razões do recurso de apelação. E se da dessa forma porque a interposição do recurso de apelação não é diretamente no tribunal, e sim no juízo Acór, o juízo de primeira instância, aquele juízo que proferiu a decisão, é ali que vai ser protocolado o recurso de apelação, depois ele é remetido ao tribunal (2 instancia). Uma vez que o recurso é interposto, vai determinar a intimação do apelado para que ele possa apresentar as suas contrarazões, com 15 dias para apresentar. Respeito ao contraditório. 
Depois disso, uma vez que foi encerrada a fase de intimação das partes pras contrarazões, ou pra simples manifestação, o juiz de 1 instância vai determinar a remessa dos autos para o tribunal, afim de que se dê o processamento da apelação em 2 grau. Remetido para o tribunal, o tribunal então vai fazer a distribuição daquele recurso de apelação, vai sortear um relator, um desembargador que vai ser o relator. Esse desembargador relator, tem a possibilidade de proferir uma decisão monocrática, pra resolver aquele caso, ou mesmo fazer julgamento e mérito dos recursos no caso previstos no art 932, incisos 3 ao 5. Ele pode decidir, sem submeter ao plenário. Se o relator analisando o disposto, e entender que não é o caso de proferir uma decisão monocrática, que é o caso de levar isso ao colegiado, então ele vai construir o seu voto, vai submeter isso a camara que ele compõe o tribunal, e ai o presidente da camara, vai marcar um dia pra julgamento em sessão publica daquele caso. Dai o relator vai apresentar o seu relatório, as partes vão fazer as suas sustentações orais, e na sequencia os outros 2 julgadores votam afim de o caso ser julgado. Esse é o procedimento do recurso de apelação. 
EFEITOS: O efeito de praxe, vai obstar a preclusão e a coisa julgada. O efeito suspensivo. Ver Art 1012 CPC. (Há algumas exceções.)
A apelação devolvera ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. 
AULA 05 – AGRAVO DE INSTRUMENTO / AGRAVO INTERNO
ART 1015 NCPC – Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
1 – Tutelas provisórias.
2 – Mérito do processo.
3 – Rejeição da alegação de convenção de arbitragem.
4 – Incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
5 – Rejeição do pedido de gratuidade da Justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação.
6 – Exibição ou posse de documento ou coisa.
7 – Exclusão de litisconsorte.
8 – rejeição do pedido de limitação do litisconsorte.
9 – Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros.
10 – Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos da execução.
11 – Redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373 parágrafo 1.
Essas são as hipóteses básicas de cabimento do agravo de instrumento. 
Os: Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença, ou de cumprimento de sentença no processo de execução ou no processo de inventário.
- Hipóteses de cabimento devera ser verificado no Art. 1015 CPC, o que não contiver no art 1015, deverá ser verificado na legislação processual, se há alguma outra lei processual ou mesmo algum outro dispositivo, que disponha sobre o cabimento de agravo de instrumento. Se não houver, não será cabível o Agravo, então a decisão interlocutória proferida na 1 instancia devera aguardar ate uma eventual interposição de um recurso de apelação, caso a parte deseje poderá impugnar aquela decisão interlocutória como preliminar de um recurso de apelação. 
Decisões que envolvam o mérito do processo, é possível que algumas decisões interlocutórias tenham um condão de analisar o mérito do processo, a parte vai poder impugnar por meio de Agravo de Instrumento pq vai demandar uma apreciação imediata.
O prazo é o mesmo de 15 dias Art 1003 parágrafo 5.
Formalidades está previsto no Art 1016 CPC: O agravo de instrumento será dirigido diretamente ao tribunal competente por meio de petição com os seguintes requisitos:
1 – O nome das partes.
2 – A exposição do fato e do Direito
3 – As razões do pedido de reforma ou da invalidação da decisão e o próprio pedido.
4 – O nome e o endereço completo dos Advogados constantes do processo.
Art 1017 Como formar (Documentos que são indispensáveis), Obrigatoriamente com copia da petição inicial, cópia da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. È obrigatório, sem isso o recurso de agravo não será admitido. É possível informar outros documentos que estão nos autos e que acha importantes, neste caso são documentos facultativos. Acompanhara a petição com as devidas custas processuais, caso não seja beneficiário da gratuidade de justiça. 
A tramitação se dá por recebido o agravo de instrumento no tribunal e distribuído imediatamente, e se não for o caso de aplicação do art 932 incisos 3 e 4, o relator no prazo de 5 dias, poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir em antecipação de tutela total ou parcial, a pretensão recursal, comunicando ao juiz sua decisão. De regra o recurso de agravo de instrumento não tem efeito suspensivo. 
Art 995 CPC– Efeito suspensivo: Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso. A eficácia da decisão recorrida, poderá ser suspensa por decisão do relator, se da imediata produção dos seus efeitos, houver risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso. Nesses casos o relator pode conceder efeito suspensivo ao recurso, que de regra não tem efeito suspensivo, neste caso o agravo de instrumento. 
-AGRAVO INTERNO: art 1021 CPC– Contra a decisão proferida pelo relator caberá agravo interno, para o respectivo órgão colegiado, observadas quanto ao processamento, ás regras do regimento interno do tribunal. 
Enquanto que o agravo de instrumento recai sobre uma decisão interlocutória, proferida pelo juízo da primeira instancia, o chamado Agravo Interno é interposto contra uma decisão proferida pelo relator do recurso, e quem vai julgar o agravo interno vai ser o órgão colegiado que aquele relator compõe. Ele serve pra atacar uma decisão monocrática. O agravo interno também tem o prazo de 15 dias, para agravar e para as contrarazões. 
AULA 06 – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Embargos de declaração ou embargos declaratórios é um tipo de recurso usado em processos judiciais para pedir ao juiz que esclareça alguns pontos de uma decisão dada por ele. Os embargos de declaração podem ser usados quando há alguma dúvida, omissão ou contradição na decisão tomada do juiz ou do Tribunal.Pelo pedido de embargos de declaração o juiz também pode fazer alguma alteração na decisão.
O recurso está previsto no art. 1022 do Código de Processo Civil
Normalmente o prazo para o uso dos embargos de declaração é de 5 dias, de acordo com o Código de Processo Civil (lei nº 13.105/15). O prazo para que o juiz julgue os embargos também é de 5 dias.
É importante saber que o objetivo principal dos embargos de declaração não é mudar a decisão tomada pelo juiz. O objetivo é esclarecer algum aspecto da decisão que não ficou muito claro.
Mas existem alguns casos em que, se houver a comprovação de uma omissão ou esquecimento, pode ocorrer a modificação no conteúdo da decisão e novas informações podem ser acrescentadas à sentença.
Nesse caso o recurso é chamado de embargos de declaração com efeitos infringentes ou de efeito modificativo. Os casos em que existe a possibilidade de usar este instrumento são:
Obscuridade
A obscuridade acontece quando a decisão não é feita de maneira clara e objetiva. Nesse caso, a falta de clareza na decisão pode fazer com ela não seja bem compreendida.
Contradição
A contradição se aplica quando a decisão apresentar pontos que não estejam de acordo entre si ou se a conclusão não for compatível com a fundamentação legal da sentença. Ou seja, o que foi dito na sentença não está de acordo com a lei usada para o caso.
Omissão
A omissão pode acontecer de duas maneiras. No primeiro caso o juiz pode deixar de analisar alguma questão que foi apontada por uma das partes do processo. No segundo caso o juiz não decide sobre fatos que ele tem o dever de se decidir.
Erro material
Os embargos de declaração também podem ser usados em casos onde seja possível o juiz fazer a correção de erros materiais e inexatidões na decisão.
Podem ser erros materiais: erros na digitação, erro no nome das partes ou no cálculo de valores. O erro material não altera o conteúdo da decisão, apenas corrige pequenas falhas que não afetam o conteúdo do que foi decidido.
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL: É o recurso cabível contra decisão denegatória de habeas corpus ou mandado de segurança, proferida em segunda instância ou por Tribunal Superior. Portanto, pode ser interposto perante o Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça. A interposição do recurso deverá ser endereçada ao Presidente do Tribunal que proferiu a decisão denegatória. As razões recursais deverão estar anexadas à petição de interposição, devendo ser dirigidas ao STF ou STJ, conforme o caso. O prazo para a interposição do recurso ordinário constitucional contra denegação de habeas corpus será de cinco dias, e contra denegação de mandado de segurança, de quinze dias.
AULA 7 – RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO
O presente artigo trata de procedimentos dos recursos especial e extraordinário, modificados pelos artigos 1.029 a 1.041, no novo Código de Processo Civil. Esses recursos servem para garantir uma segurança no sistema jurisdicional e não simplesmente para resolver um caso concreto. Tanto o recurso especial quanto o recurso extraordinário, não cabe o reexame de fatos ou reexame de provas. Nesses casos, a questão a ser envolvida tem que ser necessariamente uma questão de direito. O novo Código de Processo Civi lalterou o procedimento e até mesmo algumas questões relativas ao recurso especial e ao recurso extraordinário no que diz respeito ao prequestionamento, isso porque atualmente o prequestionamento por mais que esteja no âmbito constitucional, deriva da noção de causas decididas no artigo 102 inciso III, assim como o artigo 105 inciso III da Constituição da República. Estabelece, ainda, a necessidade de que para apreciar um recurso especial ou um recurso extraordinário, há necessidade de existir uma causa decidida em única ou última instância de tal forma que somente será possível esse recurso após a decisão da instância de origem, daí tem-se o pré-questionamento, ou seja, a matéria tem que ter sido suscitada e julgada pelo tribunal de origem para que haja a possibilidade dos recursos.
O recurso
O Recurso, inserido no Título II do Novo CPC, é um meio de recorrer a uma decisão desfavorável, porém, “não impede a eficácia da decisão, salvo disposição legal em sentido diverso” (art. 995, CPC). O recurso é o remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo a reforma, a invalidação e esclarecimento ou a integração de decisão que se impugna e tem como fundamento a revisão de decisão desfavorável e também evitar injustiças na decisão proferida por um juiz. Segundo a doutrina majoritária, a natureza jurídica do recurso, nada mais é que o desdobramento do direito inicialmente exercido que se fez fazer o processo.
Com base no código de processo civil, os recursos podem-se diferenciar em duas categorias: Os recursos ordinários e os recursos extraordinários lato sensu. Este tem por objetivo impedir que as decisões contrariem a constituição Federal ou as leis Federais, preservando e mantendo a uniformidade de suas interpretações. Já aquele, permite o reexame, pelo tribunal, da decisão desfavorável que foi proferida, ou seja, serve para discutir a correção ou a justiça da decisão.
Os recursos extraordinários lato sensu são: o recurso extraordinário, o recurso especial e os embargos de divergências, que serão sempre julgados pelo Supremo Tribunal Federal. O Julgamento de um recurso extraordinário ou de um recurso especial constitui uma oportunidade para que o STF ou o STJ apliquem adequada interpretação ao direito, reduzido o grau de indeterminação.
Recurso Extraordinário e Recurso Especial
Os recursos têm por finalidade a defesa do direito objetivo Constitucional e Infraconstitucional, ou seja, o recurso especial na defesa imediata de Lei federal, mediatamente em defesa do direito objetivo e o recurso extraordinário na defesa imediata da Constituição Federal, mediatamente em defesa do direito objetivo.
Cabimento dos Recursos
O legislador constituinte, objetivando a criar instrumentos para a tutela do ordenamento jurídico constitucional e infraconstitucional, fez inserir na competência de específicos órgãos jurisdicionais a tarefa de apreciar o recurso extraordinário e o recurso especial. Por um lado, atribuiu ao Supremo Tribunal Federal a competência para o julgamento do recurso extraordinário, ficando responsável em oferecer a interpretação mais adequada e justa do texto constitucional, conforme o art. 102, III, a a c, da Constituição Federal de 1988. Por outro lado, atribuiu ao Superior Tribunal Federal a competência de cunho infraconstitucional, permitindo-se componha a estrutura do poder judiciário pátrio para fornecer interpretação correta das regras do direito federal, conforme o art. 105, III, a a c, da Constituição Federal de 1988.
Pressupostos de Admissibilidade dos Recursos
Um ponto relevante no novo código de processo civil trata-se do fim do duplo juízo de admissibilidade, que acaba com a necessidade de análise no juízo de origem dos recursos especiais e extraordinários, justificado pelo fato histórico de as partes sempre interporem agravos e os recursos seguiam para a instância superior de uma forma ou outra.
Interposição dos Recursos
Inseridos no novo código de processo civil, a partir do artigo 1.029 até o artigo 1.041, “o recurso extraordinário e o recurso especial, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão: I - a exposição do fato e do direito; II - a demonstração do cabimento do recurso interposto; III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.” Isso transcreve que, tanto em questão de recurso extraordinário quanto em recurso especial, a parte tem o ônus de caracterizar os fatos do caso, não podendo discutir a existência ou a inexistência dos fatos em recurso extraordinário e em recurso especial (Súmula 279 do STF, e Súmula 7 do STJ).
O recurso extraordinário e o recurso especial devem ser redigidos mostrando argumentativamente que a interpretação dada pela decisãorecorrida não é a mais adequada, porque viola a Constituição ou a legislação federal. (MARONI. 2015. P. 547). O recorrente tem o ônus de apontar na decisão recorrida a questão constitucional ou federal que entende equivocada, além disso, pode demonstrar nas suas próprias razões por que motivos o STF ou o STJ devem conhecer dos recursos.
Efeito suspensivo dos Recursos
Conforme disposto no art. 1.029, § 5º do novo código de processo civil, há a previsão expressa do requerimento de concessão de efeito suspensivo ao recurso extraordinário ou ao recurso especial.
Efeitos
Com o novo diploma legal, em relação aos efeitos, o recurso extraordinário, em regra, continua a ser recebido, somente no efeito devolutivo, de forma a impedir a execução provisória do acórdão recorrido.
AULA 08 RECURSOS EXCEPCIONAIS / RECURSOS REPETITIVOS / JULGAMENTO POR AMOSTRAGEM / EMBARGOS DE DIVERGENCIAS
RECURSO EXCEPCIONAL: é o remédio processual que a lei coloca à disposição das partes, do Ministério Público ou de um terceiro, a fim de que a decisão judicial possa ser submetida a novo julgamento, por órgão de jurisdição hierarquicamente superior, em regra, àquele que a proferiu. 
RECURSO REPETITIVO: O recurso repetitivo é um dispositivo jurídico que representa um grupo de recursos que possuem teses idênticas, ou seja, têm fundamento em idêntica questão de direito.  
Quando um recurso é classificado como repetitivo, seu processo fica suspenso no tribunal de origem até o pronunciamento definitivo do STJ sobre a matéria. A suspensão é certificada nos autos. 
PROCEDIMENTOS
O presidente ou vice-presidente do tribunal de origem escolherá um ou mais recursos para representar a controvérsia, admitindo-o como recurso representativo de controvérsia.
O andamento dos demais recursos será suspenso, e se encaminhará o “recurso representativo (ou recursos) de controvérsia” ao STJ para julgamento.
Os recursos suspensos assim permanecerão até o pronunciamento definitivo do STJ sobre o “recurso representativo de controvérsia”.  
O ministro relator do processo no STJ poderá determinar a suspensão dos recursos especiais nos tribunais de segunda instância, caso verifique que há jurisprudência dominante sobre a controvérsia ou que a matéria já está afeta ao colegiado (art. 543-C, § 2º, do Código de Processo Civil).   
Caso o recurso esteja suspenso, o acompanhamento processual deve ser feito pelo recurso representativo da controvérsia. A consulta é feita na página do Tribunal (www.stj.jus.br), pelo seguinte caminho: “Consultas”, “Recursos Repetitivos”.
JULGAMENTO POR AMOSTRAGEM: Com o advento da Lei 11. 672/2008, fora acrescentado ao Código de Processo Civil, o artigo 543-C, que se destina a tratar dos processos e de seus respectivos julgamentos dos recursos especiais conhecidos como repetitivos, ou seja, processos que possuem uma mesma questão de direito. Para estes recursos repetitivos, dão-se o mesmo regramento contidos no art. 543-B, do CPC, devendo ser analisada a sua repercussão geral, nos termos do Regimento do Superior Tribunal de Justiça, bem como o controle da decisão do Presidente e do seu Vice Presidente do TJ, que determina o sobrestamento dos recursos que não possuem qualquer semelhança com os que forem selecionados para a amostragem. 
EMBARGOS DE DIVERGENCIAS: o recurso de embargos de divergência foi criado com a finalidade de uniformizar a jurisprudência interna do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal[1]. No Superior Tribunal de Justiça, o recurso de embargos de divergência é cabível quando o acórdão de Turma ou de Seção divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, ou seja, de Turma, da Seção ou da Corte Especial. No Supremo Tribunal Federal, os embargos de divergência são cabíveis quando o acórdão divergir do julgamento de Turma ou Plenário. A previsão específica dos embargos de divergência encontra-se nos artigo 1.043 e 1.044 do atual Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015).
No Superior Tribunal de Justiça, o acórdão embargado deve ser proferido em recurso especial. No Supremo Tribunal Federal, o acórdão embargado deve ser proferido em recurso extraordinário. A jurisprudência de ambos os tribunais também aceita a interposição de embargos de divergência quando o acórdão tiver sido proferido em agravo regimental (interposto contra decisão monocrática em recurso especial ou em recurso extraordinário) ou em agravo contra decisão que nega a admissibilidade ao recurso especial ou ao recurso extraordinário.
Os embargos de divergência servem para impugnar decisão colegiada e não cabem embargos de divergência contra decisão singular de Ministro Relator[2]. "Portanto, pode-se concluir que os embargos de divergência não são cabíveis contra decisão monocrática. Por conseguinte, o recurso de embargos de divergência apenas encontra cabimento para impugnar as manifestações colegiadas".
No Superior Tribunal de Justiça e no Supremo Tribunal Federal, o acórdão paradigma pode ter sido proferido em qualquer tipo de recurso ou ação de competência do respectivo tribunal superior (STF.
O recurso de embargos de divergência é cabível se ambos os acórdãos tiverem julgado o mérito ou se um dos acórdãos não tiver sido admitido, mas houver apreciado a controvérsia. Também serve para sanar desarmonia tanto de direito material quanto de direito processual.
Não cabem embargos se a jurisprudência do plenário ou de ambas as turmas estiver firmada no sentido da decisão embargada, salvo o disposto no art. 103 do Regimento Interno do STF (revisão de jurisprudência).
São incabíveis embargos de divergência contra acórdão da mesma Turma, exceto se houver modificação de mais da metade dos julgadores.
O prazo para interposição dos embargos de divergência é de 15 dias úteis (Artigo 1003, § 5º, do Novo Código de Processo Civil).
INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETENCIA: Não há Estado Constitucional e não há mesmo Direito no momento em que casos idênticos recebem diferentes decisões do Poder Judiciário. Insulta o bom senso que decisões judiciais possam tratar de forma desigual pessoas que se encontram na mesma situação.”1 E é em razão disso, que objetivando assegurar que demandas de semelhante natureza tenham desfechos similares, o Novo Código de Processo Civil, em seu artigo 947, contemplou o “Incidente de Assunção de Competência”, ao dispor:
Art. 947. É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
§ 1º Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado que o regimento indicar.
§ 2º O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência originária se reconhecer interesse público na assunção de competência.
§ 3º O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese.
§ 4º Aplica-se o disposto neste artigo quando ocorrer relevante questão de direito a respeito do qual seja conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do tribunal.
A assunção de competência consiste no deslocamento da competência funcional de órgão fracionário que seria originariamente competente para apreciar o recurso, processo de competência originário ou remessa necessária, para um órgão colegiado de maior composição, devendo a lide ser isolada e envolver situação de relevante questão de direito com repercussão social. O acórdão proferido pelo órgão colegiado consubstanciará em um precedente que vinculará todos os órgãos daquele tribunal, que diante de outro caso igual não poderão decidir de maneira diversa.
INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE – CF ART 97: Somente se podedeclarar a inscontitucionalidade de uma lei, pelo voto da maioria absoluta do membro do tribunal ou do seu órgão judicial. Ate se tem que ser admitida pela maioria absoluta dos membros.
Caracteristicas: Ele é um instrumento da regra de instrumento do plenário, estabelece uma regra de competência funcional que tem natureza absoluta, gerando nulidade absoluta do processo, serve ao controle difuso de constitucionalidade, aplica-se a todos os tribunais. Pode ser suscitado em qualquer causa que tramite no tribunal. Ela é uma etapa da construção da decisão. 
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS: Novidade do novo CPC! É um incidente processual destinado a através do julgamento de um caso piloto estabelecer um precedente dotado de eficácia vinculante capaz de fazer com que casos idênticos recebam dentro dos limites das competência territorial do tribunal, soluções idênticas sem com isso esbarrar nos entraves típicos do processo coletivo. 
Natureza jurídica de incidente processual, ocorre em um processo já existente. Com isso supera uma problemática em um processo coletivo. É cabível quando houver simultaneamente efetiva repetição de processos que contenham controvérsias sobre a mesma questão unicamente de direito. E tem que haver risco de ofensa a isonomia e a segurança jurídica. Não tem caráter preventivo, tem que haver efetiva repetição de processo já, não se pode imaginar que vai haver. Não será admitivo se já houver recurso especial que foi admitido e esta pendente de julgamento, deve aguardar o julgamento do STF , STJ e então aplicar a tese que vai ser firmada no STJ ou no STF. As partes e o MP podem fazer a instauração por petição ou oficio. Competencia é dirigida ao presidente do tribunal, e ele encaminha ao órgão competente do julgamento do incidente.
RECLAMAÇÃO: A ideia básica fundamental da Reclamação é a proteção:
Preservação da competência do próprio tribunal: Supremo, STJ, TSE.
Preservação da autoridade das decisões dos tribunais superiores.
Neste sentido, segue o texto do Novo Código de Processo Civil que diz respeito a Reclamação:
ARTIGO 988 Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para:
I – preservar a competência do tribunal;
II – garantir a autoridade das decisões do tribunal;
III – garantir a observância de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de constitucionalidade;
IV – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e de precedente proferido em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência.
§ 1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir.
§ 2º A reclamação deverá ser instruída com prova documental e dirigida ao presidente do tribunal.
§ 3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que possível.
§ 4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela correspondam.
§ 5º É inadmissível a reclamação proposta após o trânsito em julgado da decisão.
§ 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a reclamação.
Apresentados os dispositivos que norteiam este sistema estudado, tece-se sobre as características objetivas do instituto à saber.
A Reclamação do Novo Código Civil, cumpre salientar não é recurso, tem caráter de natureza incidental, depende de um processo em curso, de uma decisão viciada, que ofendeu a competência ou decisões dos tribunais.
O manejo deste instituto pode ocorrer simultaneamente ou concomitante a qualquer outro recurso, independente, sendo plausíveis os dois, sabendo que o tribunal trabalhará, terá atividade e apenas finalidade de tirar a eficácia e caçar os efeitos da decisão proferida; jamais "rejulgar", não pode julgar nada; somente anular, ou seja, se acolher, da provimento ao pedido e caça a decisão reclamada.
Concluir-se-á que a aplicação dessa lei, auxiliará as decisões que ofender os tribunais pois estará agasalhada pela reclamação
AÇÕES POSSESSÓRIAS: As ações possessórias são aquelas que visam a assegurar a posse, independentemente de qual direito real tenha lhe dado causa. Tais direitos reais são protegidos por meio das chamadas ações petitórias, ou seja, aquelas que têm a propriedade ou outro direito real como fundamento. Trata-se de ação de procedimento especial, abordada no Novo CPC em seus artigos 554 a 568, que nos traz as peculiaridades de cada uma das ações, bem como as características em comum. O artigo 558, do referido diploma, dispõe que se proposta a possessória dentro de ano e dia, será regida pelo procedimento especial, considerada neste prazo posse de força nova. Passado o prazo indicado, a chamada força velha, o procedimento será comum, conforme parágrafo único do mesmo artigo.
São consideradas ações possessórias: as ações de reintegração, de manutenção e o interdito proibitório. A ação de reintegração de posse caberá quando houver esbulho à posse, ou seja, perda total da posse, razão pela qual o possuidor terá direito a ser reintegrado. A ação de manutenção caberá quando houver à posse turbação, ou seja, quando existir um impedimento ao exercício pleno da posse pelo possuidor. Já o interdito proibitório deverá ser proposto quando houver ameaça à posse, um risco iminente, seja de esbulho ou turbação.
Como principais características estão a fungibilidade e o caráter dúplice das ações possessórias. A fungibilidade vem disposta no artigo 554 do CPC, autorizando ao juiz que conheça do pedido e outorgue a proteção legal caso uma ação seja proposta em vez de outra, ou pela impossibilidade de se identificar o esbulho ou a turbação, ou até mesmo pela mudança fática no momento da decisão. Quanto ao caráter dúplice, nos traz o artigo 556 que o réu, na contestação, alegando ofensa à posse, realizará pedidos em face do autor, inclusive indenização pelos danos que entender sofridos.
Embora se trate de tema não controvertido, já pacificado, o estudo das possessórias é bastante interessante, não só por ter grande relevância trazida pelo CPC, como também por se tratar de questão de fácil visualização no dia-dia. Em comparação ao CPC de 1973 não houve mudanças, mantendo o legislador o mesmo procedimento. Mas as peculiaridades mantidas, seja da fungibilidade, seja do caráter dúplice, visa garantir a razoável duração do processo, tornando o processo efetivamente mais rápido, evitando a necessidade de propositura de uma nova ação.
USUCAPIÃO: A usucapião, também conhecida como prescrição aquisitiva, é uma forma originária de aquisição da propriedade. Consiste em uma posse prolongada no tempo de um bem móvel ou imóvel, acompanhada de certos requisitos e restrições estabelecidos pela lei[1].
Quanto aos bens imóveis, a legislação prevê algumas espécies de usucapião: ordinária, extraordinária, especial urbana, especial rural, e especial coletiva, algumas modalidades previstas no código civil e outras no Estatuto das Cidades.
No tocante ao tratamento dado a essa ação, o Código de Processo Civil de 1973 a previu como um procedimento especial, nos arts. 941 a 945, sob o título “Da ação de usucapião de terras particulares” estabelecendo os elementos essenciais da petição inicial a fim de atender aos requisitos do direito material.
Contudo, o Novo Código de Processo Civil não previu a usucapião entre as espécies de procedimento especial, o que não quer dizer que o procedimento deixou de existir. O novo código tratou o assunto ao longo de todo seu texto, estabelecendo apenas os requisitos essenciais, ainda, nas disposições transitórias, foi mais além, estabelecendo uma nova espécie de procedimento, a usucapião extrajudicial.
Por isso, o presente estudo destina-se a apontar o procedimento da ação de usucapião e as inovações que o Novo CPC trouxe para o instituto em nível extrajudicial.
O Novo Código deProcesso Civil não previu a ação de usucapião dentre os procedimentos especiais, o que não significa que esse procedimento específico deixou de existir no Código, haja vista a existência dos requisitos no direito material. Alguns institutos necessários foram previstos ao longo do texto do CPC, o que será analisado a partir de agora.
Em relação à citação, o novo Código dispôs no Art. 246, § 3º que “Na ação de usucapião de imóvel, os confinantes serão citados pessoalmente, exceto quando tiver por objeto unidade autônoma de prédio em condomínio, caso em que tal citação é dispensada”.
Nesse ponto, o novo CPC resolveu a questão de unidade autônoma de prédio em condomínio. Havia discussão se haveria necessidade de citação dos condôminos quando o objeto da Usucapião fosse de um apartamento, havia quem exigisse a citação dos confinantes do mesmo andar, outros alegavam que a citação deveria ser do condomínio, contudo, na doutrina e na jurisprudência já prevalecia o entendimento de que o título da usucapião seria apenas aplicável a terras particulares, sobre as quais pairasse dúvida quanto às divisas que poderiam ser questionadas pelos confinantes, porém, ao se tratar de uma unidade autônoma já delimitada, não haveria porque exigir que o condomínio ou os condôminos fosse chamados ao processo, uma vez que não haveria interesse de modificar as divisas já determinadas e definidas pela construção do prédio.
O procedimento da ação de usucapião, como rito especial, não foi reproduzida no Novo Código de Processo Civil.
Alguns atos processuais foram reproduzidos ao longo do texto do NCPC como a citação e a publicação do edital.
A obrigatoriedade de apresentação de planta deixou de existir, o que consolidou os entendimentos jurisprudências que diziam que a apresentação de croquis assim como de memoriais descritivos poderiam substituir a exigência das plantas desde que o imóvel estivesse bem determinado e delimitado.
A intervenção obrigatória do MP também deixou de ser um requisito, uma vez que o Novo Código estabeleceu novas hipóteses de intervenção ministerial no art. 178. Em resumo, o órgão somente se manifestará em ações de usucapião onde não esteja configurado interesse individual disponível.
O legislador esqueceu de prever a intimação das Fazendas Públicas para manifestarem seu interesse na ação. Assim, sendo esta necessária, por interpretação analógica, deve-se aplicar o art. 216-A §3º que prevê tal exigência.
Quanto às leis extravagantes, agora deve-se observar o procedimento comum do novo CPC e não o sumário como elas estabeleciam.
O Novo CPC previu um novo tipo de procedimento da usucapião, o extrajudicial. Foi introduzido o art. 216-A na Lei de registros Públicos.
O procedimento precisa ser realizado pelo interessado por meio de advogado. O artigo lista uma série de documentos que devem ser apresentados para que seja possível o registro ou a realização de matrícula do imóvel.
Esse novo instituto deixa a desejar quando estipula a necessidade de manifestação expressa dos confiantes, o que pode inviabilizar o instituto. Contudo, caso seja encontrados problemas práticos, espera-se que o CNJ aperfeiçoe o instituto e permita sua viabilidade.
O instrumento extrajudicial não inviabiliza o procedimento judicial, caso necessário.
EMBARGOS DE TERCEIRO: Embargos de terceiro é remédio processual que a lei põe `a disposição de quem, não sendo parte no processo, sofre turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial.
Assim, embargos de terceiro é a “ação proposta por terceiro em defesa de seus bens contras execuções alheias”. Os embargos de terceiro subordinam-se a dois requisitos. O primeiro é a existência de medida executiva em processo alheio. O segundo é o atingimento de bens de quem tenha direito ou posse incompatível com a medida.
Assim, cumpre ao embargante comprovar que não é parte da execução nem seus bens se acham legalmente alcançáveis pela atividade executiva alheia. Diante disso, o terceiro esbulhado ou turbado judicialmente poderá se defender tanto pela via dos embargos de terceiro como do mandado de segurança. Mas, se o terceiro já opôs embargos, faltar-lhe-á interesse de agir para justificar a impetração de mandado de segurança contra o mesmo ato judicial. Os embargos de terceiro constituem uma nova ação e uma nova relação processual. Há, porém, um vínculo de acessoriedade entre os embargos e o feito onde ocorreu o esbulho judicial sobre bens do estranho ao processo.
Por essa razão, o art. 1.049 do Código Civil dispõe que os embargos são distribuídos por dependência ao mesmo juiz que ordenou a apreensão.
INVENTARIO E PARTILHA: Para abrir o processo de inventário, o interessado, em primeiro lugar, deverá contratar um advogado ou um defensor público, pois, neste caso, as partes não podem agir em juízo sem a assistência de um profissional legalmente habilitado. Art. 611. O processo de inventário e de partilha deve ser instaurado dentro de 2 (dois) meses, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos 12 (doze) meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício ou a requerimento de parte.
Art. 615. O requerimento de inventário e de partilha incumbe a quem estiver na posse e na administração do espólio, no prazo estabelecido no art. 611.
Parágrafo único. O requerimento será instruído com a certidão de óbito do autor da herança.
O desatendimento do prazo poderá acarretará a imposição de multa por lei estadual e, por conseqüência, onerará os herdeiros.
"Não é inconstitucional a multa instituída pelo estado-membro, como sanção pelo retardamento do início ou da ultimação do inventário." (Súmula 542 do STF).
Outros interessados também têm legitimidade concorrente para requerer a abertura do inventário, contudo, se nenhum deles o requerer no prazo legal o Juiz determinará a abertura do inventário de ofício.
Art. 616. Têm, contudo, legitimidade concorrente:
I – o cônjuge ou companheiro supérstite;
II – o herdeiro;
III – o legatário;
IV – o testamenteiro;
V – o cessionário do herdeiro ou do legatário;
VI – o credor do herdeiro, do legatário ou do autor da herança;
IX – o administrador judicial da falência do herdeiro, do legatário, do autor da herança ou do cônjuge ou companheiro supérstite.
VII – o Ministério Público, havendo herdeiros incapazes;
VIII – a Fazenda Pública, quando tiver interesse;
Não se pode esquecer que o juiz pode, inclusive, determinar o início do inventário mesmo que nenhum interessado o requeira.
É oportuno registrar que, da mesma forma que a escritura pública é o instrumento legal para a transferência de bens imóveis entre vivos, no caso de herança, o documento legal para a transferência dos bens do falecido para os herdeiros é o formal de partilha, originado do processo de inventário.
Dos documentos necessários
Para o processamento do inventário são necessários vários documentos, dentre eles, as seguintes certidões: de óbito do autor da herança; de casamento, se for o caso; de nascimento dos filhos; as negativas de débitos, das esferas federal, estadual e municipal, além do recolhimento do ITCMD (imposto), procuração, e os comprovantes de propriedade dos bens etc..
Do foro competente
Como a sucessão se abre no lugar do último domicílio do falecido, é nesse domicílio que deve ser ajuizado o inventário. Se ode cujus, ou seja, o falecido, o morto, o autor da herança teve mais de um domicílio, será competente o último, segundo a lei.
Se o falecido não tinha domicílio certo, será competente o do lugar da situação dos bens e, se não possuía domicilio certo, mas bens em lugares diferentes, competente será o juízo do lugar em que o óbito se deu.
Ressalte-se, outrossim, que as partes (herdeiros ou interessados) não podem escolher outro foro.
Todos os bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança tenha morrido ou domiciliado no estrangeiro, devem ser inventariados e partilhados no Brasil.
A norma também rege o inventário e partilha de bens de estrangeiros, quando situados no Brasil.
Art. 23. Compete à autoridadejudiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I – conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II – em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III – em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional
Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro.
Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente:
I – o foro de situação dos bens imóveis;
II – havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; III – não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio.
O pedido de inventário e partilha dos bens deve ser apresentado ao juiz do lugar da última residência do falecido, via petição inicial, dentro de até 60 dias depois do seu falecimento, sob pena de multa pela demora.
Quem deve requerer a abertura do inventário e a partilha é a pessoa que estiver na posse e administração dos bens que o falecido deixou.

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