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Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito da … Vara Criminal da Comarca de Macapá Relaxamento de prisão João, nacionalidade …, estado civil …, profissão …, residente no endereço …, vem, por seu advogado, requerer o relaxamento da prisão em flagrante, com fundamento no artigo 5º, LXV, da Constituição Federal, pelas razões a seguir: : I. DOS FATOS No dia 12 de junho de 2016, ao desembarcar no aeroporto da cidade de Macapá, o requerente foi à esteira de bagagens e retirou uma mala de cor preta, idêntica à sua. Entretanto, ao chegar no saguão do aeroporto, ele foi surpreendido por agentes de segurança, que, após confirmarem que a mala pertencia a outra pessoa, prenderam-no em flagrante pelo crime de furto. Após ser ouvido, o delegado de polícia lavrou auto de prisão em flagrante em seu desfavor. Ademais, a autoridade policial negou-lhe o pedido de comunicação da prisão aos seus familiares, pois mora na cidade de Goiânia, e não é possível realizar ligações interurbanas do telefone da delegacia. O requerente está preso há quarenta e oito horas, e, até o momento, o juiz competente, o Ministério Público e a Defensoria Pública não foram comunicados da prisão. II. DO DIREITO Portanto, Excelência, é inegável que a prisão em flagrante do requerente é ilegal. Como se percebe na descrição dos fatos, ele imaginou que estava pegando a sua mala, e não a de outra pessoa. Destarte, agiu em erro de tipo, nos termos do artigo 20 do Código Penal. Além disso, a autoridade policial não comunicou o fato à família do preso, em violação ao art. 306, caput, do Código de Processo Penal. O juiz competente e o Ministério Público também não foram comunicados, com prevê o mesmo dispositivo, e não houve encaminhamento de cópia do auto de prisão em flagrante à Defensoria Pública, como determina o art. 306, § 1º, do Código de Processo Penal. Por fim, o delegado de polícia também agiu em oposição ao art. 306, § 1º, do Código de Processo Penal ao não encaminhar o auto de prisão em flagrante ao juiz competente no prazo de 24 (vinte e quatro) horas. III. DO PEDIDO Diante do exposto, requer seja reconhecida a ilegalidade da prisão em flagrante e imposto o seu relaxamento, com fundamento no artigo 5º, LXV, da Constituição Federal. Ademais, pede a expedição de alvará de soltura. Pede deferimento. Macapá, data…. Advogado…. No dia 12 de junho de 2016, João, ao desembarcar no aeroporto da cidade de Macapá, foi à esteira de bagagens e retirou uma mala de cor preta, idêntica à sua. Entretanto, ao chegar no saguão do aeroporto, João foi surpreendido por agentes de segurança, que, após confirmarem que a mala pertencia a outra pessoa, prenderam-no em flagrante pelo crime de furto. Após ouvir o preso, o delegado de polícia lavrou auto de prisão em flagrante, e João foi recolhido. A autoridade policial negou-lhe o pedido de comunicação da prisão aos seus familiares, pois João mora na cidade de Goiânia, e não é possível realizar ligações interurbanas do telefone da delegacia. João está preso há quarenta e oito horas. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na qualidade de advogado de João, redija a peça cabível, exclusiva de advogado, no que tange à liberdade de seu cliente, questionando, em juízo, eventuais ilegalidades praticadas pela Autoridade Policial, alegando para tanto toda a matéria de direito pertinente ao caso.
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