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METODOLOGIA CIENTÍFICA.METODOLOGIA CIENTÍFICA.METODOLOGIA CIENTÍFICA.METODOLOGIA CIENTÍFICA. AULA 1: METODOLOGIA CIENTÍFICA.AULA 1: METODOLOGIA CIENTÍFICA.AULA 1: METODOLOGIA CIENTÍFICA.AULA 1: METODOLOGIA CIENTÍFICA. A todo o momento nos interrogamos sobre o significado e a função da Metodologia Científica, bem como seu ponto de partida, que recai sobre atitudes que não são espontâneas à existência humana. Porém, dominar a linguagem não depende do desenvolvimento natural dos sujeitos, mas de habilidades e competências para uma postura reflexiva e crítica. Veja agora como esta disciplina está dividida: Metodologia Científica – Conhecimento e Método. Pesquisa – Leitura e Pesquisa. Regras – Como Fazer. Aplicação - IES e Projeto Pedagógico. Esta aula faz parte do primeiro bloco e visa uma maior aproximação da Metodologia Científica e do processo de desenvolvimento e aquisição do conhecimento. Você já ouviu falar em Metodologia Científica, mas será que sabe de fato o que é? Metodologia científicaMetodologia científicaMetodologia científicaMetodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer, de buscar o conhecimento. É uma forma de pensar para se chegar à natureza de um determinado problema, seja para explicá-lo ou estudá- lo. Para nós, método é um conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da verdade, no estudo de uma ciência, ou para alcançar determinado fim. E metodologia (do grego methodos + logia) significa o “estudo do método”. Quanto à palavra ciência, durante muito tempo ela serviu para indicar conhecimento em sentido amplo, genérico, como na expressão “tomar ciência”, cujo significado é “ficar sabendo”. Aos poucos, porém, como veremos, ganhou também sentido restrito, passando a designar o conjunto de conhecimentos precisos e metodicamente ordenados em relação a determinado domínio do saber. Metodologia significa, na origem do termo, estudo dos caminhos, dos instrumentos usados para se fazer ciência. É uma disciplina instrumental a serviço da pesquisa. Ao mesmo tempo visa conhecer caminhos do processo científico, também problematiza criticamente, no sentido de indagar os limites da ciência, seja com referência à capacidade de conhecer, seja com referência à capacidade de intervir na realidade. Após a leitura, podemos afirmar que: I. Metodologia científica é o estudo dos métodos de conhecer e de buscar o conhecimento; II. Metodologia científica é o estudo dos caminhos e dos instrumentos usados para se fazer ciência. Das alternativas acima: ( ) Apenas a I é verdadeira. ( ) Apenas a II é verdadeira. ( X ) Todas as alternativas são verdadeiras. ( ) Todas as alternativas são falsas. Todas as alternativas são verdadeiras. Metodologia Científica é o estudo dos métodos de conhecer e de buscar o conhecimento; é também o estudo dos caminhos e dos instrumentos usados para se fazer ciência. A metodologia científica está dentro de duas grandes áreas que se completam: - Epistemologia vem de episteme = termo grego que designa ciência; logia/logos = estudo. Também conhecida como Filosofia da Ciência, a área se ocupa da fundamentação da ciência. “A ciência sem a epistemologia – na medida em que tal seja imaginável – é primitiva e confusa.” - Albert Einstein. - Metodologia Científica Aplicada - A Metodologia Científica está destinada à pesquisa e à elaboração de trabalhos acadêmicos e científicos. E por que tenho que estudar Metodologia Científica? Se considerarmos o conhecimento e a verdade como algo dinâmico e histórico, encontraremos o ser humano como razão e fundamento desse saber. Assim, não será preciso mais fazer perguntas do tipo: por que tenho que estudar? Já que a resposta está na célebre frase de Descartes, “penso, logo existo”. Porque essa é a nossa essência. Aliás, muitos são os motivos para estudar Metodologia Científica. Vamos ver alguns deles: 1 - Porque o conhecimento científico não existe sem método, sem uma linguagem específica, ou um rigor próprio. 2 - Porque o maior desafio da Instituições de Ensino Superior está em desenvolver a postura de um pesquisador ao longo do processo educacional. 3 - Porque é preciso desenvolver a autonomia do pensamento, muito presente no meio acadêmico. No exercício profissional, o sucesso está intimamente relacionado à capacidade de planejar e de organizar o pensamento, muitas vezes adquirida por meio da busca do conhecimento, através das práticas de leitura e da participação das atividades acadêmicas. Ao ler as definições sugeridas para Metodologia Científica podemos perceber que todas mencionam a palavra conhecimento (capacidade de conhecer). O que significa conhecer?O que significa conhecer?O que significa conhecer?O que significa conhecer? Significa incorporar um conceito novo, ou original, sobre um fato ou fenômeno qualquer. Qual o valor do conhecimento para a vida humana? Qual o valor do conhecimento para a vida humana? Qual o valor do conhecimento para a vida humana? Qual o valor do conhecimento para a vida humana? É o resultado das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana. O conhecimento pode ser obtido de diversos modos, através do método científico, das hipóteses, das leis e teorias científicas, bem como por meio da pesquisa científica e da elaboração de trabalhos acadêmicos. Há muitas maneiras de estudar a realidade... No mundo acadêmico os modos de conhecer são classificados em: • Senso comum ou conhecimento empírico; • Conhecimento Científico; • Conhecimento Filosófico; • Discurso Religioso ou Conhecimento teológico. Leia a reportagem e responda. - Canja de Galinha não faz mal a ninguém, “especialmente quem está resfriado”, afirma Stephen Rennard, da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos. De acordo com as suas pesquisas, caldo de galinha e legumes ― cebola, cenoura, batata e nabo ― têm o poder de retardar o movimento dos neutrófilos, isto é, os glóbulos brancos (leucócitos) que, embora ataquem os germes invasores, também são responsáveis por grande parte dos sintomas do resfriado e da gripe. (...) Ele demonstrou também que a cisteína, um aminoácido que o frango libera durante o cozimento, é quimicamente muito similar à acetilcisteína, um fármaco habitualmente receitado em casos de bronquite (Revista Super Interessante. Setembro de 2000.) A reportagem aborda dois tipos diferentes de conhecimento. Quais são eles? ( X ) Senso comum ou conhecimento empírico. ( X ) Conhecimento Científico. ( ) Conhecimento Filosófico. ( ) Discurso Religioso ou Conhecimento teológico. Uma propaganda do canal Futura aborda o tipo de conhecimento do “e se fosse”, que questiona o pensamento. Que conhecimento seria esse? ( ) Senso comum ou conhecimento empírico. ( ) Conhecimento Científico. ( X ) Conhecimento Filosófico. ( ) Discurso Religioso ou Conhecimento teológico. Em Filosofia não estudamos dados ou fatos puramente exteriores, mas pensamentos. Portanto, o conhecimento filosófico não é um conhecimento ordinário, empírico, prático, mas uma interioridade. Como podemos definir o senso comum? Aquilo que assimilamos por tradição. Ideias que nos ajudam a interpretar a vida e a julgar certas situações. Na verdade, estamos mergulhados no senso comum, que geralmente se apresenta como um saber ingênuo, fragmentado e por vezes conservador. O senso comum pode ser caracterizado em: • Primário, simples e elementar. Nasce da tentativa do homem resolver seus problemas no dia a dia. • Ametódico porque não possui um método, ou seja, um procedimento, uma técnica. • Empírico, pois se baseia na experiência cotidiana comum. • Ingênuo ou acrítico, pois não se colocacomo problema e não se questiona enquanto saber. • Subjetivo, pois é relativo ao sujeito do conhecimento. É formado por juízos pessoais a respeito das coisas, ocorrendo o envolvimento emocional e valorativo de quem observa. O que podemos entender por Filosofia? Segundo Maria Lúcia Arruda Aranha e Maria Helena Pires Martins dizem que: “A filosofia é um modo de pensar que acompanha o ser humano na tarefa de compreender o mundo e agir sobre ele. Mais que postura teórica, é uma atitude diante da vida, tanto nas condições corriqueiras como nas situações-limites que exigem decisões cruciais.” (ARANHA; MARTINS, 2003, p. 81) Agora veja como essas autoras caracterizam o conhecimento filosófico: • Radical - Originada do latim radix, radicis significa raiz e, no sentido figurado, “fundamento”, “base”. A filosofia é considerada radical porque busca explicitar os conceitos que estão na base do pensar e do agir. Pensamento que investiga as raízes, os princípios que orientam nossa existência. • Rigorosa - O conhecimento filosófico pode ser rigoroso, pois o filósofo deve dispor de um método a fim de proceder com rigor na investigação. São vários métodos para proceder a investigações e desenvolver um pensamento rigoroso, fundamentado, coerente e expresso numa linguagem também rigorosa. Os conceitos devem ser claramente definidos. • Saber Conjunto - Ter como característica o Saber em conjunto. Significa que a filosofia é globalizante porque, ao examinar, observa os diversos aspectos de um problema e por visar o todo, ela se torna interdisciplinar. Você sabe o que significa a palavra religião? Enquanto o conhecimento científico se fundamenta na evidência dos fatos observáveis e a Filosofia na lógica de seus enunciados, o conhecimento teológico se preocupa com a revelação divina O conhecimento teológico ou religioso passa necessariamente por representações abstratas que influenciam as ações no mundo da vida, bem como conferem sentido às angústias e inquietações da consciência. Neste ponto não só representa uma explicação sobre a origem de todas as coisas como desvela o modo de determinada cultura entender e interpretar a sua própria existência. O Conhecimento Científico está estritamente ligado a Ciência. Mas afinal, o que é Ciência? Ciência é um saber racional e objetivo, que se atém aos fatos podendo transcendê-los. A Ciência depende da investigação metódica o que a torna analítica e requer exatidão e clareza na busca e aplicação de leis, podendo se usar de predições úteis, porém verificáveis. Quais as características do conhecimento científico? • Saber racional que obedece a regras, leis, princípios e se contrapõe ao saber ilusório, às emoções e às crenças; • Saber lógico e sistemático porque as ideias formam uma ordem coerente; • Saber verificável e metódico, pois é passível de exame para ter sua pretensão confirmada ou não. Para tanto segue uma técnica, um procedimento. AULA 2: CONHECIMENTO.AULA 2: CONHECIMENTO.AULA 2: CONHECIMENTO.AULA 2: CONHECIMENTO. “É certamente prejudicial para as almas tornar uma heresia acreditar no que é provado.” - Galileu Galilei. A RAZÃO.A RAZÃO.A RAZÃO.A RAZÃO. O que podemos entender pelo termo razão? O termo racional vem da palavra razão e pode ter várias acepções como: razão humana, razão particular, razão universal, razão divina etc. Cada adjetivo adicionado ao termo altera o sentido do conceito razão. Pressupondo que razão e intelecto se equiparam e considerando a ideia de razão como uma faculdade humana, podemos nos questionar: E racionalidade? O que é? Racionalidade liga-se à ideia de racional, compreendendo dessa maneira que o ser humano é um ser racional, que os meios que utilizam são racionais, que o mundo é racional, ou seja, acreditamos que o ser humano e o mundo são inteligíveis, suscetíveis de serem entendidos. Galileu, por exemplo, acredita que o homem e o mundo são inteligíveis e suscetíveis de entendimento ao tentar refutar uma das ideias de Aristóteles. SISTEMÁTICO.SISTEMÁTICO.SISTEMÁTICO.SISTEMÁTICO. O que significa Sistemático? O termo sistemático liga-se à ideia de sistema, que denota o sentido de um todo organizado, interconectado em suas partes. Uma pesquisa, por exemplo, segue um método sistemático porque é um processo de construção do conhecimento a partir de objetivos gerais e específicos que visam alcançar algum fim. Cada etapa da pesquisa dever estar interconectada formando um sistema coerente de procedimentos e ideias, constituindo, assim, um todo organizado. Pode-se notar que a intenção de Galileu era remontar um cenário, dentro de um sistema, que desmistificasse os feitos de Aristóteles baseado nos fatos. É interessante observar que, ao falarmos em termos como racional e sistema, nos vinculamos ao sentido de método. O MÉTODO.O MÉTODO.O MÉTODO.O MÉTODO. E o que seria Método? A palavra método vem do grego μέθοδος (méthodos) ― caminho para chegar a um Zim. Nossos dicionários definem método como o conjunto de procedimentos para atingir um objetivo, ou seja, uma maneira ordenada e sistemática de agir. Portanto, Metodologia é um conjunto de métodos. Por isso, nos acostumamos a dizer que uma pessoa é metódica quando segue um método de trabalho ou quando se preocupa com os detalhes. O QUE É O MÉTODO CIENTÍFICO?O QUE É O MÉTODO CIENTÍFICO?O QUE É O MÉTODO CIENTÍFICO?O QUE É O MÉTODO CIENTÍFICO? “Trata-se de um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõe problemas científicos e colocam-se à prova as hipóteses científicas.” (BUNGE apud LAKATOS, 2000, p. 44) O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Na maioria das disciplinas científicas, o método científico consiste em juntar evidências observáveis, empíricas (baseadas apenas na experiência) e mensuráveis e analisá-las com o uso da lógica. Isso aconteceu no experimento que acabamos de ver. Nele se tornou observável a mudança do estado da água de sólido para líquido e depois para gasoso por meio do calor do fogo. Usou-se, então, a lógica aplicada à ciência, como defendem muitos autores. No sentido literal, a Metodologia representa o estudo dos métodos e, especialmente, do método da ciência, que se supõe universal. Mas você já analisou por que o método é tão importante? Veja, então, a sua utilidade: • Ajuda a compreender o processo de investigação; • Possibilita a demonstração; • Disciplina suas ações; • Ajuda a perceber erros; • Auxilia as decisões do cientista. O método é, então, um plano de ação, em que a técnica utilizada é o modo ou a maneira de realizar a atividade pretendida, permitindo que o procedimento escolhido ocorra de maneira hábil e, se possível, perfeita. CURIOSIDADE: Você sabia que o método científico pode ser visto como a ISO 9000 da ciência? “Não diz se o produto serve, não diz se o achado científico é importante, apenas diz que o processo de busca seguiu as regras do jogo. A evidência foi corretamente coletada, os procedimentos estatísticos e o tratamento dos dados são apropriados.” (CASTRO, 2006, p.59). O método científico pode se sustentar em dois procedimentos: Método Dedutivo - Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será verdadeira. Toda a informação contida na conclusão já estava presente nas premissas. Método Indutivo - Se todas as premissas forem verdadeiras, a conclusão será provável. A conclusão apresenta informação que não estava presente nas premissas. Até aqui estudamos duas abordagens importantes para o método científico: a abordagem dedutiva (dependente da lógica) e a indutiva(dependente da experiência empírica). Se por um lado podemos criticar o método dedutivo por não ampliar o conhecimento, por outro podemos apontar que ele nos traz um conhecimento provável, pois somente um exame de todos os elementos garantiria uma indução perfeita. Neste caso, se algumas induções não se confirmam, deve-se buscar os elementos que resultaram em erro, não abandonando a investigação. No método dedutivo, partimos de uma ideia geral para uma especifica. Já no método indutivo, partimos de experiências específicas para alcançarmos uma regra geral. Método hipotéticoMétodo hipotéticoMétodo hipotéticoMétodo hipotético----dedutivo.dedutivo.dedutivo.dedutivo. Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se submeter ao critério da falseabilidade. Popper dizia que qualquer enunciado que só tenha termos observacionais poderia dizer mais do que se pode ver. Quer dizer que, se o cientista seguir rigorosamente cada fase desse método e, ao final, constatar que sua hipótese deve ser refutada, como no caso do líquido do copo que deixa de ser água, poderá encontrar argumentos científicos suficientes para formular críticas às teorias existentes e seus paradigmas. Essas teorias foram consideradas como ponto de partida para novas pesquisas. Toda hipótese contém uma predição, ou seja, uma suposição e precisa passar pelo falseamento. O cientista testará sua hipótese, analisará os resultados para alcançar a confirmação de sua suposição ou refutá-la. Se a hipótese não for corroborada, poderá, a partir dos dados obtidos, construir nova hipótese. Atenção: as hipóteses científicas não podem ser vistas como verdades absolutas, mas, sim, como explicações plausíveis. AULA 3: METODOLOGIA APLICADA À PESQUISAAULA 3: METODOLOGIA APLICADA À PESQUISAAULA 3: METODOLOGIA APLICADA À PESQUISAAULA 3: METODOLOGIA APLICADA À PESQUISA Segundo Eva Maria Lakatos (1992, p. 43), a pesquisa pode ser considerada um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. Significa muito mais do que apenas procurar a verdade: é encontrar respostas para questões propostas, utilizando métodos científicos. Podemos, assim, indicar três elementos que caracterizam a pesquisa: • o levantamento de algum problema; • a solução à qual se chega; • os meios escolhidos para chegar a essa solução, como os instrumentos científicos e os procedimentos adequados. Começamos a refletir sobre pesquisa e agora chegou a hora de defini-la: A pesquisa... • é uma atividade essencial da ciência; • possibilita uma aproximação e o entendimento da realidade investigada; • é um processo permanentemente inacabado; • fornece informações para uma intervenção no real. E quanto ao termo pesquisa científica, do que se trata? Se trata do tipo de pesquisa que objetiva contribuir para o desenvolvimento do conhecimento humano em todas as áreas, sendo sistematicamente planejada e executada segundo critérios rigorosos de processamento das informações. Uma pesquisa será considerada científica, se for objeto de investigação planejada, desenvolvida e redigida conforme as normas metodológicas consagradas pela ciência. De acordo com Antônio Carlos Gil, duas são as razões para se fazer uma pesquisa: As razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de conhecer, são comuns nas dissertações de mestrado, nas monografias, nos artigos e nos trabalhos de conclusão de curso, em que a pesquisa é voltada para fins de conhecimento. Já as razões de ordem prática, como próprio título diz, vêm do desejo de conhecer com vistas a fazer algo, que muitas vezes pode vir a ser útil e beneficiar a própria sociedade. É importante destacar que a possibilidade de êxito na tarefa de pesquisa depende das razões e motivações do pesquisador. Curiosidade, criatividade, integridade intelectual, atitude autocorretiva, sensibilidade social, imaginação disciplinada, perseverança, paciência e confiança na experiência são ações e atitudes que devem ser incorporadas à pessoa que for ou estiver no papel de pesquisador. Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil.Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil.Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil.Fazer pesquisa não é uma tarefa fácil. É preciso ter planejamento e considerar aspectos como classificação, abordagem, objetivo e procedimentos, pois estes delimitam a busca do que se pretende pesquisar. CLASSIFICAÇÃO.CLASSIFICAÇÃO.CLASSIFICAÇÃO.CLASSIFICAÇÃO. PESQUISA PURA - Conhecida também por básica ou teórica, a Pesquisa Pura objetiva gerar novos conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista. Envolve verdades e interesses universais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador. Exemplo: A origem do universo. PESQUISA APLICADA - É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais. Exemplo: A busca de uma vacina contra a AIDS. ABORDAGEM.ABORDAGEM.ABORDAGEM.ABORDAGEM. QUALITATIVA - Neste enfoque não há medição numérica, como nas descrições. Seu propósito está em reconsiderar ou reconstruir a realidade observada. Assim, considera a existência de uma relação dinâmica entre mundo real e o sujeito. É descritiva e utiliza o método indutivo. O processo é o foco principal. QUANTITATIVA - Neste tipo de pesquisa temos a coleta e a análise de dados para dar conta das questões que envolvem a pesquisa. Ela utiliza métodos estatísticos e traduz em números opiniões e informações para classificá-los e organizá-los. OBJETIVOS.OBJETIVOS.OBJETIVOS.OBJETIVOS. Quanto aos objetivos, a pesquisa pode ser: DESCRITIVA - A pesquisa descritiva tem como objetivo principal descrever as características de algum fenômeno observado, descobrir a frequência com que ocorre, sua relação e sua conexão com outros fenômenos. Esta modalidade é típica das ciências humanas e sociais. Neste tipo de pesquisa, o estudante deve observar, registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos variáveis, sem manipulá-los. Veja alguns exemplos: • características de um grupo social; • nível de atendimento de determinada empresa prestadora de serviço; • levantamento de opiniões, atitudes e crenças de um segmento da sociedade; • pesquisas eleitorais que apontam a preferência político-partidária de determinados grupos etc. EXPLORATÓRIA - A pesquisa exploratória é considerada o passo inicial de qualquer pesquisa. Trata-se de uma observação, ou seja, consiste em recolher e registrar os fatos da realidade, com o objetivo de proporcionar maior familiaridade com o problema para torná-lo mais explícito ou viabilizar a construção de uma hipótese. Neste modelo temos a possibilidade do aprimoramento de ideias. Geralmente, neste tipo de pesquisa, há o levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que experimentaram situações que estejam sendo pesquisadas e análise de exemplos. A pesquisa bibliográfica e o estudo de caso são exemplos de pesquisas exploratórias. EXPLICATIVA - Aqui o objeto é identificar os fatores que determinam ou contribuem para a ocorrência dos fenômenos. Neste modelo temos um efetivo aprofundamento de conhecimentos, porque se busca entender ou explicar as razões das coisas ― fato que amplia o entendimento. Nada impede que uma pesquisa explicativa seja a continuação de uma pesquisa descritiva ou exploratória. Nas ciências naturais, por exemplo,utiliza-se o método experimental. Nas ciências sociais utilizam- se outros métodos, tais como o fenomenológico e dialético, além de exigir elevado grau de controle. PROCEDIMENTOS.PROCEDIMENTOS.PROCEDIMENTOS.PROCEDIMENTOS. Pesquisa bibliográficaPesquisa bibliográficaPesquisa bibliográficaPesquisa bibliográfica - É uma etapa fundamental em todo trabalho científico que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho. Consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas à pesquisa. Levando em consideração que bibliografia é o conjunto dos livros escritos sobre determinado assunto, por autores conhecidos e identificados ou anônimos, a pesquisa bibliográfica é o exame de uma bibliografia para levantamento e análise do que já se produziu sobre o assunto que assumimos como tema da pesquisa científica. Primárias - Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. Secundárias - Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância. Pesquisa documentalPesquisa documentalPesquisa documentalPesquisa documental - Trata-se de uma pesquisa realizada através de certos documentos como: documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos, ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc. Para Antônio Carlos Gil (1991), a pesquisa documental assemelha-se muito à pesquisa bibliográfica, mas possui uma diferença: “A diferença está no fato de a bibliográfica utilizar fundamentalmente as contribuições dos diversos autores sobre determinado assunto. A documental utiliza materiais que não receberam o tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados.” Pesquisa de campo Pesquisa de campo Pesquisa de campo Pesquisa de campo ---- É a investigação empírica, isto é baseada na experiência, realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionamentos, testes e observações. Segundo Antônio Joaquim Severino, na pesquisa de campo “o objeto é abordado em seu próprio meio. A coleta de dados é feita nas condições naturais em que os fenômenos ocorrem, sendo assim diretamente observados.” (2007, p. 123). Pesquisa histórica Pesquisa histórica Pesquisa histórica Pesquisa histórica ---- Você já reparou que os filmes de época exigem um estudo histórico prévio? Detalhes como vestuário, comportamento, linguajar, arquitetura, papel de cada personagem etc. são detalhes levantados por meio da pesquisa histórica, pois é ela que descreve o que já aconteceu, sob a forma de investigação, registro, análise e interpretação de fatos ocorridos no passado, para poder compreender o presente. Os dados podem ser coletados por meio das: Fontes primárias - Quando o investigador foi o observador direto dos eventos ou utiliza materiais de primeira mão. Fontes secundárias - Quando os eventos foram observados e reportados por outras pessoas e não diretamente pelo investigador. Neste caso, os dados exigem cuidadosa e objetiva análise a fim de avaliar sua autenticidade e relevância. Pesquisa comparada Pesquisa comparada Pesquisa comparada Pesquisa comparada ---- A pesquisa comparada procura estabelecer semelhanças e diferenças entre situações, fenômenos e coisas, por meio de relações entre os elementos que são comparados. Um bom exemplo de pesquisa comparativa está nos levantamentos sobre os aparelhos tipo smartphones, sempre realizados quando há lançamentos de novos modelos e tecnologias. Estudo de CasoEstudo de CasoEstudo de CasoEstudo de Caso - É o estudo restrito a uma ou poucas unidades entendidas, como uma pessoa, uma família, um produto, uma empresa, um órgão, uma comunidade ou um país. O Estudo de Caso constitui-se em uma metodologia de ensino participativa, voltada para o envolvimento do aluno. Há Estudos de Casos, por exemplo, que apresentam situações em que empresas e pessoas reais precisam tomar decisões sobre um determinado dilema. A condução do método envolve um processo de discussão, em que alunos devem se colocar no lugar do tomador de decisão, gerar e avaliar alternativas para o problema, e propor um curso de ação. Com a globalização, a internet se tornou uma grande fonte de pesquisa. Nela encontramos muitas informações através dos sites de busca. Por isso, ao se fazer a opção de utilizar a internet como fonte de pesquisa é importante se preocupar em buscar informações apenas em sites confiáveis. As informações extraídas da internet podem ajudar muito na elaboração da pesquisa. Contudo, é preciso ter atenção quanto à propriedade intelectual do material que se está utilizando. Em qualquer situação é importante respeitar as regras de utilização das informações disponíveis. Nunca utilize informações de outros sem fazer referência à fonte. Além disso, observe se as informações postadas na Web são verdadeiras e revise o texto, adaptando o conteúdo para o público do seu trabalho. AULA 4: DIFERENTES TÉCNICAS DE ESTUDOAULA 4: DIFERENTES TÉCNICAS DE ESTUDOAULA 4: DIFERENTES TÉCNICAS DE ESTUDOAULA 4: DIFERENTES TÉCNICAS DE ESTUDO Vamos ver um passo a passo de como escolher um livro... 1. Título Observe o título e o subtítulo, se houver. Na maioria das vezes, ele indica o assunto e, às vezes, até a intenção do autor. 2. Orelha Se o livro apresentar “orelhas”, faça a leitura da informação trazida nelas. Na que acompanha a capa, geralmente encontramos uma apreciação da obra feita por alguém de prestígio. 3. Ficha Catalográfica Em seguida, leia a ficha catalográfica e verifique as qualificações da obra e do autor. Atente-se para a data da publicação e certifique-se de que é a versão mais atualizada. A ficha de catalogação para publicação, ou Ficha Catalográfica, tem suas origens nas fichas de papel dos catálogos de consulta de acervo de bibliotecas. As fichas eram criadas em cópias para serem colocadas nos livros e nos catálogos em gavetas. Havia tantas fichas quanto houvesse catálogos de busca: por título, por autor, por assunto. Convenções de padronização determinaram regras diversas, tal como qual entrada deve ser a primária ou como referir-se às informações da obra na ficha. A Biblioteconomia é a área responsável por esse tipo de informação. No Brasil, a entidade mais frequentemente associada à catalogação é a Câmara Brasileira do Livro, CBL, em um serviço totalmente online. 4. Sumário Verifique o sumário. Nesta parte você encontrará uma divisão em tópicos de como o livro foi organizado. Muitas vezes é ele que nos dá a dica de que o livro traz exatamente o assunto que estamos pesquisando. 5. Prefácio Se possível, leia a introdução ou o prefácio, se houver. Neste, o autor apresenta a metodologia usada e os objetivos do trabalho realizado ou até mesmo um resumo do livro. 6. Orelha Na “orelha” que acompanha a contracapa é comum encontramos informações sobre o autor do livro e suas obras publicadas. 7. Contracapa A contracapa ajuda muito na nossa escolha. Ela costuma conter um texto de apresentação, a sinopse, ou mesmo um trecho do livro, dando uma espécie de amostra do que vamos encontrar nele. Bem, já sabemos a importância da leitura, já sabemos identificar as partes do livro que nos ajudam a escolhê-lo, agora vamos aprender algumas técnicas de estudo, baseadas obviamente na leitura, que nos ajudarão a organizar as ideias encontradas nos textos e, melhor ainda, nos ajudarão a recuperar essas ideias quando mais precisarmos delas. Você lembra que na aula 3 vimos que a pesquisa bibliográfica é a etapa fundamentaldo trabalho científico? É ela que influenciará toda pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho. FICHAMENTO. Pois bem, essa é a fase que consiste no levantamento, seleção, fichamento e arquivamento de informações relacionadas ao que se pretende estudar. O fichamento, por exemplo, configura um aperfeiçoamento da pesquisa bibliográfica, porque contém comentários pessoais sobre a leitura e algumas citações-chave. Ou seja, trata-se de uma técnica de estudo que ajuda na organização do conhecimento. Agora, você terá a oportunidade de conhecer, através do Banco Internacional de objetos educacionais do MEC, tudo sobre fichamento. 1. Quando utilizar os fichamentos. O fichamento é uma prática de redação que ajuda organizar estudos e pesquisas de forma mais efetiva. Agrega em suas características o resumo do documento ou texto consultado, sua referência, sua localização física e metodologia de arquivamento para posterior recuperação de todas estas informações. O fichamento é um meio de desenvolver as técnicas de redação como resumo e resenha dependendo de sua finalidade. Auxilia a treinar a elaboração de referências, redação científica (resumo e resenha), identificação de assuntos, pesquisa em centros de informação e bibliotecas e práticas de arquivamento. Os fichamentos feitos em meio acadêmico e em sala de aula, não necessitam da metodologia para armazenamento, sendo assim não precisam conter o local da obra (a não ser que seja pedido) e o espaço para identificação da ficha. As técnicas empregadas para o fichamento científico utilizado em meio acadêmico é muito semelhante à redação de resumos e resenhas científicas. Já os fichamentos para fins de pesquisa e estudo levam mais em consideração identificar o assunto do que foi fichado logo no início da ficha, assim como seu código de armazenamento que pode ser numérico, alfabético ou alfanumérico e a localização física da obra original. O meio mais utilizado para armazenagem das fichas é em papel, porém existem programas que auxiliam na confecção e armazenagem eletrônica de fichamentos. Neste módulo não vamos focar no meio físico utilizado para a armazenagem do fichamento e sim nas suas técnicas e regras de elaboração. Para diferenciar as regras de um fichamento científico e o utilizado para estudo e pesquisas veremos como elaborar a redação de cada um e como estruturar a apresentação e disposição das informações em um fichamento. É importante na prática de fichamentos seguir os conselhos de Medeiros (2000) que diz: "... a prática eficaz do fichamento assusta o estudante que depara pela primeira vez com a metodologia; a prática contínua, no entanto, poderá levá-lo a alterar ponto de vista e julgamento, fazendo-o perceber que o pequeno trabalho inicial reverte-se em ganho de tempo futuro, quando precisar escrever sobre determinado assunto. Não se recomenda, porém o armazenamento de assuntos pelos quais não se tem nenhum interesse" (MEDEIROS, 2000, p. 97). 2. Como elaborar fichamentos. 2.1. Elaboração do texto. A montagem e elaboração do texto de um fichamento dependerão do seu tipo. Para cada tipo de fichamento é necessário empregar diferentes regras devido a suas características. O fichamento inicia com a escolha do seu tipo que pode ser: de transcrição ou citação, de resumo ou conteúdo e de comentário ou crítico. Após escolher o tipo de fichamento deve-se inserir o assunto geral do fichamento e caso deseje o assunto mais específico também de forma que facilite o aprendizado e a localização posterior do livro ou documento. Identificado o tipo de fichamento e os assuntos da ficha é inserida a referência bibliográfica. As regras para elaboração de referências se encontram na norma NBR/ABNT 6023 (2002). Basicamente os itens que compõem a referência bibliográfica são: • Autor • Título • Local da edição • Editora • Data e número de páginas O fichamento de resumos ou conteúdo utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo Resumo: quando utilizar e como elaborar. O fichamento de comentário ou crítico utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo, assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um resumo que podem ser revisadas no módulo Resenha: quando utilizar e como elaborar. Terminado o texto do fichamento, caso a finalidade deste seja para estudo ou pesquisa utiliza a identificação da ficha que pode ser alfabético, numérico ou alfanumérico, conforme facilitar a busca posterior pelas fichas. Geralmente os fichamentos acadêmicos não necessitam da identificação de tipo, assunto geral e assunto específico. O tipo de fichamento mais utilizado em sala de aula é o de comentário ou crítico. Para averiguar o modo correto em que estes elementos são dispostos na referencia e possíveis informações adicionais, deve ser consultada a norma NBR/ABNT 6023 (2002). Para o fichamento de transcrição ou citação utilizam-se no início e no final do texto as aspas, pois o fichamento de transcrição é a passagem do texto original diretamente para a ficha. Segundo Medeiros (2000) de três formas é realizado o fichamento de transcrição que são os seguintes: • Fichamento de transcrição sem cortes • Fichamento de transcrição com corte intermediário de algumas palavras (utiliza reticências "..." para indicar a omissão das palavras); • Fichamento de transcrição com corte de parágrafo intermediário (utiliza um traço contínuo, ou pontilhados para indicar a omissão dos parágrafos) 2.2 Estrutura do documento. Modelo de estrutura para fichas de arquivamento pessoal (fichamento para estudos e pesquisas). RESENHA. Segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a resenha apresenta um conteúdo crítico sobre determinada obra. Sua importância está em desenvolver a capacidade de proferir juízos críticos sobre a leitura: Resenha (...) é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo e na crítica, formulando, o resenhista, um conceito sobre o valor do livro. (...) a resenha em geral é feita por cientistas que, além do conhecimento sobre o assunto, têm capacidade de juízo crítico. Também pode ser feita por estudantes; neste caso, como um exercício de compreensão e crítica. Para iniciar- se nesse tipo de trabalho, a maneira mais prática seria começar por resenhas de capítulos. Etapas para elaborar uma resenha •Situar as ideias do autor no contexto geral de seu próprio pensamento; •Situar o autor em um contexto mais amplo, mostrando o sentido de sua perspectiva e destacando os pontos importantes ou originais de seu pensamento; •Desvelar os pressupostos que aparecem e que justificam a posição assumida pelo autor; •Comparar as ideias do texto com ideias afins; •Crítica: formular um juízo crítico, uma avaliação, uma tomada de posição. O que uma resenha deve conter? • Referência da obra; • Informações sobre o autor; • Nome do resenhista e titulação; • Perspectiva teórica da obra; • Breve síntese e principais argumentos do autor; • Reflexão crítica da obra. No caso da técnica de estudo da resenha, elaboramos uma análise interpretativa. Como você já percebeu, o resenhista precisa ter conhecimentos na área. Você deve iniciar-se na prática, começando pela elaboração de resumos para, pouco a pouco, adquirir habilidades para vir a elaborar uma resenha. Como vimos lá no início da aula, muitos acreditam que os jovens não leem mais por causa dos avanços tecnológicos e isso teria causando um empobrecimento da linguagem. Acreditam também que essa preguiça esteja afetando a qualidade dos trabalhosacadêmicos devido ao uso excessivo de obras de terceiros sem as devidas referências, já que é muito mais fácil “copiar e colar” do que criar. E, convenhamos, quem não lê não escreve bem e prefere “roubar” as palavras dos outros. É óbvio que a tecnologia ajuda na busca de informações. Porém, quando encontramos o que queremos, o nosso problema está apenas parcialmente resolvido, pois é preciso saber apresentar suas descobertas. Será por meio das técnicas de estudo vistas nesta aula — fichamento, resumo e resenha — que você terá meios para desenvolver um texto que apresente as ideias pesquisadas para seus possíveis leitores. BIBLIOGRAFIA.BIBLIOGRAFIA.BIBLIOGRAFIA.BIBLIOGRAFIA. ECO, Umberto. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1994. FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. HUHNE, L. M. Metodologia científica. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 2000. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI Marina de Andrade. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004. LAVILLE, Christian: DIONE, Jean. Construção do Saber: manual de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artes médicas, 1999. MACHADO, Ana Maria. Como e porque ler os clássicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002. RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 2002. SANTOS, G. R. C. M.; MOLINA, N. L.; DIAS, V. F. Orientações e dicas práticas para trabalhos acadêmicos. Curitiba: IBPEX, 2007. SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007 AULA 5: PLANEJAMENTO E TIPOS DE TRABALHO CIENTÍFICOAULA 5: PLANEJAMENTO E TIPOS DE TRABALHO CIENTÍFICOAULA 5: PLANEJAMENTO E TIPOS DE TRABALHO CIENTÍFICOAULA 5: PLANEJAMENTO E TIPOS DE TRABALHO CIENTÍFICO.... A primeira fase de qualquer trabalho de pesquisa é a definição do que será estudado. Se o tema da pesquisa não for estabelecido pelo professor, você terá liberdade para fazê-lo. Porém, você deve ter cautela ao escolher o assunto que pretende investigar, porque essa flexibilidade pode te colocar em uma enrascada. Pensamos logo em escolher um tema de nosso interesse pelo nosso gosto, não é mesmo? Algo sobre o qual queremos saber mais e achamos atraente. Mas isso pode não ser nada produtivo. Ao escolher um tema, devemos levar em consideração, por exemplo, se há uma bibliografia considerável sobre o assunto, se esta é fácil de ser encontrada, se estamos seguros para desenvolver os argumentos etc. Não podemos escolher algo sobre o qual não conseguiremos falar, não é verdade? Isso, sem dúvida, comprometerá o desenvolvimento do trabalho. Antes de iniciar uma pesquisa você deverá seguir os seguintes passos: 1. Escolha do tema.1. Escolha do tema.1. Escolha do tema.1. Escolha do tema. O que vou pesquisar? A inspiração para o tema pode vir de um aspecto ou uma área de interesse de um assunto que se deseja provar ou desenvolver. A vivência diária, as questões polêmicas, reflexão, leituras, debates, discussões também nos servem como fontes de assuntos. 2. Originalidade2. Originalidade2. Originalidade2. Originalidade.... Precisa ser original? Originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo que este não seja inédito. 3. Revisão de Literatura3. Revisão de Literatura3. Revisão de Literatura3. Revisão de Literatura.... Se o tema não é inédito, quem já pesquisou algo semelhante? É importante saber quem já pesquisou o assunto escolhido e que contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão. Para isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise publicações na área. Depois liste os argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para apoiar suas ideias. Essa revisão da literatura o ajudará até mesmo a organizar a estrutura do trabalho. 4. Justificativa4. Justificativa4. Justificativa4. Justificativa.... • Por que estudar esse tema? • Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionará? • Qual a importância profissional e cultural da pesquisa? As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o tema escolhido. 5. Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras5. Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras5. Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras5. Formulação do problema: levantamento das questões norteadoras.... Que questões estou disposto a responder? Deve-se definir claramente o problema, apresentá-lo no formato de perguntas e delimitá-lo em termos de tempo e espaço. 6. Determinação de objetivos.6. Determinação de objetivos.6. Determinação de objetivos.6. Determinação de objetivos. O que pretendo alcançar com a pesquisa? É importante formular um único objetivo geral que apresente o propósito da pesquisa. Os objetivos específicos representam a divisão do objetivo geral em outros menores. EXEMPLO: TemaTemaTemaTema: Liderança autoritária e a motivação Problematização:Problematização:Problematização:Problematização: Como a liderança autoritária pode comprometer a motivação dos funcionários da Empresa XYZ? Objetivo GeralObjetivo GeralObjetivo GeralObjetivo Geral: Investigar como o estilo de liderança autoritária compromete a motivação dos funcionários na Empresa XYZ. Objetivos específicos: Objetivos específicos: Objetivos específicos: Objetivos específicos: Definir o conceito de liderança autoritária; Descrever alguns exemplos de liderança autoritária na Empresa XYZ; Definir o conceito de motivação; Analisar a relação entre liderança e motivação nas organizações. Você percebeu que os objetivos específicos desdobram o objetivo geral da pesquisa? Que estão inseridos nesse contexto maior? Você observou também que o objetivo geral expressa exatamente o que se pretende provar a partir da problematização do tema? Por meio da pesquisa e da dedicação você delimitará facilmente tanto o objetivo geral quanto os específicos. Planejar e pesquisar são o lemaPlanejar e pesquisar são o lemaPlanejar e pesquisar são o lemaPlanejar e pesquisar são o lema.... Seguindo os passos que acabamos de analisar fica fácil perceber como é importante fazer um planejamento do trabalho, não é mesmo? Então, antes de iniciar qualquer trabalho acadêmico, dedique-se ao planejamento, procure traçar o caminho mais eficiente para ficar claro o que se pretende com ele. Esse planejamento o ajudará a encontrar um tema interessante e sem obstáculos que comprometam a sua pesquisa. Assim, você caminhará com mais segurança ao realizar o trabalho, aumentando inclusive as chances de terminá-lo no prazo sem passar apertos, já que tem uma boa ideia de quanto tempo precisará dedicar a cada fase da pesquisa. Vale o esforço! O planejamento ainda contribui para a escolha de um tema que pode levar seu trabalho a ter uma aplicação prática. O que é uma bela recompensa, não é mesmo? Prepare-se bem e você economizará tempo mais tarde e não terá a chance de escolher um tema improdutivo. Tenha certeza! Depois de escolhido o tema, deve-se pensar no problema a ser estudado. Sabemos que o mais comum ao ouvirmos a palavra problema é pensarmos em obstáculo, contratempo, situação difícil, conflito, não é? Mas, no nosso caso, o problema é científico e significa assunto controverso, isto é, refletir sobre um assunto que ainda não foi satisfatoriamente respondido, em qualquer campo de conhecimento. Este problema, então, faz de um tema um objeto de pesquisas científicas ou discussões acadêmicas, em qualquer domínio do conhecimento. A clareza na formulação do problema científico refletirá na formulação dos objetivos e, consequentemente, no sucesso de sua pesquisa. Por que elaborar problemas científicos?Por que elaborar problemascientíficos?Por que elaborar problemas científicos?Por que elaborar problemas científicos? Problematizar consiste em formular questões sobre o tema, ou seja, apresentar um questionamento que envolve o tema da pesquisa. É preciso esclarecer, portanto, que não se trata de uma simples pergunta, mas de um enunciado construído pela observação e investigação a partir de leituras aprofundadas sobre o tema escolhido. Essa tarefa envolve habilidades do pesquisador, o domínio do assunto, bem como a bibliografia disponível. Veja estes três exemplos: PROBLEMAS DE ENGENHARIA. “Como fazer para melhorar os transportes urbanos?” “Como aumentar a produtividade no trabalho?” PROBLEMAS DE VALOR. “Os pais devem dar palmadas nos filhos?” “Qual a melhor técnica para a propaganda?” PROBLEMA CIENTÍFICO. Um problema é considerado de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis, podem ser observadas e manipuladas. “Em que medida a escolaridade determina a preferência político-partidária?” Aqui temos duas variáveis relacionando-se: Variável 1: escolaridade Variável 2: preferência político-partidária OBSERVAÇÃO:OBSERVAÇÃO:OBSERVAÇÃO:OBSERVAÇÃO: As variáveis podem ser de três tipos: • IndependenteIndependenteIndependenteIndependente.... Variável que influencia, determina ou afeta outra variável, dando a condição ou a causa para certo resultado, efeito ou consequência. Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”. • DependenteDependenteDependenteDependente.... Consiste nos valores a serem explicados ou descobertos, em virtude de serem influenciados, determinados ou afetados pela variável independente. Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”. • IntervenienteIntervenienteIntervenienteInterveniente.... É aquela que em uma sequência causal se coloca entre a variável independente e a dependente, tendo como função ampliar, diminuir ou anular a influência de uma sobre a outra. Exemplo: “A liderança autoritária influencia na motivação dos colaboradores.” Dos problemas às hipótesesDos problemas às hipótesesDos problemas às hipótesesDos problemas às hipóteses.... Ao seguirmos a ordem das razões, podemos afirmar que a formulação de uma hipótese de pesquisa decorre da problematização. As hipóteses são as possíveis respostas encontradas para o problema formulado. A problematização requer possibilidades de respostas, que compõem alternativas que devem ser consideradas e examinadas. Exemplo de hipótese: Tema:Tema:Tema:Tema: mortalidade infantil Problematização:Problematização:Problematização:Problematização: em que medida o fenômeno da mortalidade infantil está relacionado à desnutrição da criança? Agora que já sabemos como começar, vamos ver os tipos de trabalhos acadêmicos mais comuns. RELATÓRIO.RELATÓRIO.RELATÓRIO.RELATÓRIO. O Relatório é a parte final de uma pesquisa. Seu objetivo consiste em dar ao leitor o resultado completo do estudo, apresentando fatos, dados, procedimentos utilizados, resultados obtidos, chegando a certas conclusões e recomendações (RAMPAZZO, 2005). O Relatório está estruturado em: Elementos préElementos préElementos préElementos pré----textuais:textuais:textuais:textuais: Capa e Folha de rosto. Elementos Elementos Elementos Elementos textuais:textuais:textuais:textuais: Introdução: escolha do assunto, delimitação, justificativa e objetivos; Revisão da bibliografia: apresentação da pesquisa bibliográfica sobre o assunto; Metodologia: procedimentos empregados para obtenção dos dados; Conclusão: análise e interpretação dos dados. Elementos pósElementos pósElementos pósElementos pós----textuaistextuaistextuaistextuais:::: Lista de referências usadas no texto. As referências devem ser elaboradas conforme as normas da ABNT. COMUNICAÇÃO CIENTÍFICA OU PAPERCOMUNICAÇÃO CIENTÍFICA OU PAPERCOMUNICAÇÃO CIENTÍFICA OU PAPERCOMUNICAÇÃO CIENTÍFICA OU PAPER.... Segundo a ABNT (1989), paper é um pequeno artigo científico elaborado sobre determinado tema ou resultados de um projeto de pesquisa. É utilizado nas comunicações em congressos e reuniões científicas, sujeitos à sua aceitação por julgamento. A finalidade de um paper é formar um problema, estudá-lo, adequar hipóteses, cotejar dados, prover uma metodologia própria e, finalmente, concluir ou eventualmente recomendar. Por ser bastante técnico, o paper pode conter fórmulas, gráficos, citações e pés de página, anexos, adendos e referências. A última coisa que se destaca neste tipo de trabalho é a opinião do autor. Por isso, em um paper, o julgamento de quem o escreveu é velado e tem a aparência imparcial e distante, não deixando transparecer tão claramente as crenças e as preferências do escritor. Conforme Carmo-Neto (1996), os dados de um paper são geralmente experimentais, mensuráveis objetivamente. Mesmos os mais intuitivos ou hipotéticos sempre imprimem certo aspecto científico e quase sempre são formados a partir de uma metodologia própria para aquele fim. SEMINÁRIO.SEMINÁRIO.SEMINÁRIO.SEMINÁRIO. É um procedimento didático que consiste em levar o aluno a pesquisar a respeito de um tema, a fim de apresentá-lo e discuti-lo cientificamente. Poderá funcionar com um só grupo ou dividir-se em subgrupos, dedicando cada um deles ao estudo de aspectos particulares de um mesmo tema ou temas diferentes de uma disciplina. Cada integrante terá uma tarefa individualizada. Neste caso, a exposição poderá ficar a cargo de um representante do grupo ou poderá haver a apresentação de cada integrante individualmente. Para a dinâmica desta atividade em grupo, Eva Maria Lakatos (2004) sugere que o trabalho seja organizado com os seguintes participantes: O Coordenador - É representado pelo professor. É ele que propõe os temas, indica a bibliografia inicial, estabelece a agenda de trabalho e fixa a duração das apresentações. O Organizador – É representado por um integrante do grupo. Este ficará responsável pelas reuniões, coordenará as etapas da pesquisa e poderá designar tarefas para cada componente do grupo. O Relator – É o componente responsável pela exposição dos resultados dos estudos do grupo, porém não é o único a falar em sala de aula. O Secretário - É o integrante designado pelo professor para anotar as conclusões finais, após os debates. Os Comentadores - São os escolhidos pelo professor para o aprofundamento crítico do tema. Devem estudar com antecedência o tema a ser apresentado com o intuito de fazer críticas adequadas à exposição, antes da discussão e por ocasião do debate com os demais participantes. Os Debatedores - São todos os alunos da classe. Participam fazendo perguntas, pedindo esclarecimentos, colocando objeções, reforçando argumentos ou dando alguma contribuição. Etapas do Seminário.Etapas do Seminário.Etapas do Seminário.Etapas do Seminário. O coordenador propõe o estudo, indicando a bibliografia mínima. Ele também formaliza os grupos e escolhe a figura do comentador e do secretário. O grupo formado escolherá o organizador e decidirá o número de relatores. Após esta etapa inicial, o grupo organizará reuniões sucessivas, sob a orientação do organizador para: • Determinar o tema central (“o fio condutor”); • Dividir o tema central em tópicos; • Analisar o material coletado; • Sintetizar as ideias dos diferentes autores, divididas sob a forma de introdução (breve exposição do tema central), desenvolvimento (explicação, discussão e demonstração), conclusão (síntese de toda a reflexão) e referências (de acordo com as normas da ABNT). Depois do que analisamos,podemos concluir que a atividade doDepois do que analisamos, podemos concluir que a atividade doDepois do que analisamos, podemos concluir que a atividade doDepois do que analisamos, podemos concluir que a atividade do seminário se resume em:seminário se resume em:seminário se resume em:seminário se resume em: • Reunião da classe sob a orientação do coordenador; • Apresentação dos resultados da pesquisa do(s) relator(es), em aula; • Após a exposição, intervenção do comentador com os subsídios e críticas; • Participação da classe nas discussões e debates, através de indagações, sugestões e/ou dúvidas; • Para finalizar, o coordenador do seminário faz uma síntese e encaminha para as conclusões finais, fazendo a avaliação do seminário. ANTEPROJETO DE PESQUISAANTEPROJETO DE PESQUISAANTEPROJETO DE PESQUISAANTEPROJETO DE PESQUISA.... Trata-se de um documento temático que apresenta de maneira concisa o conteúdo de um projeto de pesquisa. É um estudo preparatório, esboço ou conjunto dos estudos preliminares, que irá constituir, depois das necessárias alterações, as diretrizes básicas do projeto definitivo. Um anteprojeto de pesquisa divide-se em: Elementos préElementos préElementos préElementos pré----textuais:textuais:textuais:textuais: Folha de rosto e Sumário. Elementos Elementos Elementos Elementos textuais:textuais:textuais:textuais: Introdução: enunciar e delimitar o tema; objetivo geral; justificativa do estudo e bibliografia disponível; Metodologia: elaborar o esquema de trabalho: coleta e tratamento de dados e método de pesquisa adotado; Embasamento Teórico: é a parte da pesquisa em que o estudante apresenta os autores que serão utilizados na pesquisa e seus principais conceitos; Cronograma: se refere às etapas da pesquisa e ao lapso de tempo que cada uma exige. Elementos pósElementos pósElementos pósElementos pós----textuaistextuaistextuaistextuais:::: Lista de referências. As referências devem ser elaboradas conforme as normas da ABNT. Observação: A capa é um elemento pré-textual opcional. BIBLIOGRAFIA: ELL, Judith. Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em educação, saúde e ciências sociais. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. FACHIN, O. Fundamentos de metodologia. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. FRANCO, Jeferson Cardoso. Como elaborar trabalhos acadêmicos nos padrões da ABNT: aplicando recursos de informática. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2006. JACOBINI, Maria Letícia de Paiva. Metodologia do trabalho acadêmico. Campinas: Alínea, 2006. KAHLMEYER-MERTENS, R. et al. Como elaborar projetos de pesquisa: linguagem e método. Rio de Janeiro: FGV, 2007. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia Científica. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. MAIA, Paulo Leandro. O a b c da metodologia: métodos e técnicas para elaborar trabalhos científicos (ABNT). 2. ed. São Paulo: LEUD, 2008. RAMPAZZO, Lino. Metodologia Científica: para alunos dos cursos de pós-graduação e pós- graduação. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005. AULA 6AULA 6AULA 6AULA 6: : : : ESTRUTURA E FORMATAÇÃO. Evitando o caos.Evitando o caos.Evitando o caos.Evitando o caos. Imagine se cada aluno que produzisse um trabalho acadêmico o organizasse como bem entendesse? Imagine-se fazendo uma pesquisa e encontrando os livros organizados de formas diferentes: uns começando pelo desenvolvimento, seguido da conclusão e terminando com a introdução; outros começando pela conclusão, seguida da introdução e do desenvolvimento. Que confusão, não é mesmo? É para dar uma sequência lógica, evitar o caos e, claro, a perda de tempo, que organizamos a ordem do texto. Aprendemos isso nas aulas de redação, lembra? Primeiro, vem a introdução, depois, o desenvolvimento e, por último, a conclusão. Essa ordem se estende a outras produções textuais, inclusive os trabalhos acadêmicos. E é disso que vamos tratar nessa aula: estrutura, formatação e organização de nossas produções científicas. E sabe quem dita as regras? Vamos descobrir! A famosa ABNT.A famosa ABNT.A famosa ABNT.A famosa ABNT. Fundada em 1940, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. Mas você deve estar se perguntando: no que ela interfere no meu trabalho acadêmico? Algumas normas da ABNT servem de padrão para as instituições de ensino no que diz respeito à apresentação de trabalhos acadêmicos e científicos. Por isso, quando não houver especificação por parte da instituição quanto à normatização de um trabalho científico, adote as normas da ABNT. Vamos começar pela estrutura. Muitos dos trabalhos acadêmicos são compostos pelos chamados elementos pré-textuais, textuais e pós-textuais que nos ajudam a organizar o conteúdo. Esses elementos devem apresentar uniformidade gráfica e seguir a seguinte estrutura: Você reparou que alguns elementos foram classificados como obrigatórios? Pois, então, veja quais são as partes que não podem faltar no seu trabalho: Obrigatórios: Obrigatórios: Obrigatórios: Obrigatórios: • Capa • Folha de rosto • Folha de aprovação • Resumo na língua vernácula • Resumo na língua estrangeira • Sumário OpcionaiOpcionaiOpcionaiOpcionais:s:s:s: • Lombada • Ficha catalográfica • Errata • Agradecimento • Dedicatória • Epígrafe • Lista de Ilustrações • Lista de tabelas • Lista de abreviaturas e siglas • Lista de símbolos O que é Formatação?O que é Formatação?O que é Formatação?O que é Formatação? Entende-se por formatação a ação de dar forma, de organizar a disposição dos elementos visuais em um arquivo gráfico ou de texto. É a formatação, portanto, que nos ajudará a dar a forma mais apropriada, segundo a ABNT, aos nossos trabalhos acadêmicos e projetos. Ela nos auxiliará a adaptar o conjunto de características visuais próprias do texto ― como o itálico, o sublinhado, o negrito, o tamanho de fonte, o espaço de linhas etc. ― ao padrão estabelecido. Formatação de trabalhos acadêmicos e científicos.Formatação de trabalhos acadêmicos e científicos.Formatação de trabalhos acadêmicos e científicos.Formatação de trabalhos acadêmicos e científicos. Observe agora alguns dos itens mais importantes a serem considerados na formatação de um trabalho acadêmico: FonteFonteFonteFonte ---- Recomenda-se utilizar em todo o trabalho a fonte Arial ou Times New Roman, normal, tamanho 12. A utilização do itálico é feita apenas nas palavras em outro idioma. Nas legendas das tabelas, figuras, ilustrações, citações longas e nos textos das notas de rodapé o tamanho da fonte a ser utilizada é 11. EspaçoEspaçoEspaçoEspaço ---- O espaçamento a ser adotado é o de 1,5 cm nas entrelinhas, com recuo de primeira linha do parágrafo (1,25 cm – corresponde a 1 tab.) e texto justificado. Nas citações com mais de três linhas, nas legendas das tabelas, figuras e ilustrações o espaçamento é simples. Observe ainda o espaço simples nas referências bibliográficas, colocadas em ordem alfabética por sobrenome do autor, alinhadas à margem esquerda e separadas entre si por dois espaços simples. MargemMargemMargemMargem - Segundo as normas da ABNT o papel deve ser branco, com formato A4 (21,0 cm x 29,7cm). As páginas devem apresentar margem esquerda e superior de 3,0 cm, direita e inferior de 2,0 cm. Capa Capa Capa Capa - A capa é elemento obrigatório em alguns tipos de trabalho acadêmico, apresenta uma formatação específica e deve conter os elementos essenciais para identificação do autor do trabalho (ABNT, NBR 14724). A ABNT normatiza queseja usada a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 14, e o espaço entre as linhas deve ser simples. Sua capa deverá conter as seguintes informações na ordem sugerida: 1º - Identificação da Instituição de Ensino Superior - IES (caixa alta); 2º - Identificação do curso (caixa alta); 3º - Tipo de trabalho (caixa alta); 4º - Nome do acadêmico (caixa alta); 5º - Título do projeto (caixa alta); 6º - Cidade, ano (caixa alta). Folha de rostoFolha de rostoFolha de rostoFolha de rosto - A folha de rosto é um complemento da capa e deve apresentar a identificação da disciplina em que o trabalho será apresentado, bem como o curso, a instituição de ensino, o aluno e o professor orientador. Na hipótese de dissertações de mestrado e teses de doutorado, no verso da folha de rosto, deve constar a ficha catalográfica. Quanto a numeração das páginas, vale ressaltar que todas as folhas a partir da folha de rosto devem ser contadas, mas a numeração começa a partir da primeira parte textual (introdução). O número deve estar expresso em algarismo arábico, fonte 11, no canto superior da folha. 1º - Nome do acadêmico (caixa alta); 2º - Título do trabalho (caixa alta); 3º - Nota indicativa do tipo de trabalho em recuo esquerdo de 8 cm, espaço simples, alinhamento justificado e fonte 12. Inserir a seguinte nota: (Tipo de trabalho) apresentado à disciplina de (nome da disciplina), do (nome do curso), da (nome da Instituição de ensino). Professor(a) Orientador(a): nome completo do professor. 4º - Cidade, ano. SumárioSumárioSumárioSumário ---- Para muita gente, fazer sumário no Word é um martírio. Ele nunca fica conforme o esperado quando criado manualmente. Quando utilizamos a função automática do Word, ou não saímos do canto ou o resultado foge totalmente aos requisitos normativos, não é mesmo? Para esclarecer as dúvidas sobre Sumário, assista aos vídeos disponíveis no YouTube. CitaçõesCitaçõesCitaçõesCitações - Entende-se por citação a menção de uma informação extraída de outra fonte. A citação pode ser: Citação direta Citação direta Citação direta Citação direta ---- é a transcrição ou a cópia, no corpo do seu trabalho, de um texto, um parágrafo, uma frase ou uma expressão, usando exatamente as mesmas palavras usadas pelo autor da obra pesquisada. 1.1. Citação Direta de Até Três Linhas1.1. Citação Direta de Até Três Linhas1.1. Citação Direta de Até Três Linhas1.1. Citação Direta de Até Três Linhas – deve ser inserida no parágrafo,entre aspas duplas. Há duas maneiras possíveis: 1ª.1ª.1ª.1ª. Trazemos o autor para o corpo do trabalho, empregando termos como: segundo, de acordo com, afirma, relata, conceitua, descreve etc.,seguido do nome e sobrenome do autor, e, entre parênteses a data da obra consultada, vírgula, e o número da página consultada: O rondel compõe-se de duas quadras e de uma quintilha. Segundo Manoel do Carmo (1919, p.215), "presta-se o rondel aos conceitos galantes e madrigalescos, às gentilezas amorosas e aos sentimentos delicados". ► Lá na bibliografia: CARMO, Manoel do. Consolidação das Leis do Verso, São Paulo Duprat, 1919, p.215. 2ª.2ª.2ª.2ª. Trazemos a citação para o corpo do trabalho, e informamos ao final da citação (entre parênteses) o autor, a data e a página, estes virgulados. Veja o exemplo: "Presta-se o rondel aos conceitos galantes e madrigalescos, às gentilezas amorosas e aos sentimentos delicados." (Manoel do Carmo, 1919, p.215). ► Na bibliografia idem a 1ª. Observações:Observações:Observações:Observações: 1ª. Havendo mais de um autor, observam-se os mesmos procedimentos, apenas ressaltando o nome dos autores na ordem em que aparecem na obra consultada. 2ª. Não precisamos atribuir crédito a informações contidas em enciclopédias, dicionários e informações históricas de conhecimento comum. 1.2. Citação até Três1.2. Citação até Três1.2. Citação até Três1.2. Citação até Três Linhas pelo SistemaLinhas pelo SistemaLinhas pelo SistemaLinhas pelo Sistema NuméricoNuméricoNuméricoNumérico - nesse sistema, a fonte da qual foi extraída a citação é indicada em nota de rodapé, no final da página, ou do artigo. A numeração no texto da citação deve ser feita de maneira única e consecutiva para todo o trabalho ou para cada capítulo. Deve ser feita, de preferência, com os números situados um pouco acima da linha de texto (sobrescrito) e ao final da citação. As outras opções são: colocar o número entre parênteses (1) ou entre colchetes [1]. A indicação dos dados, no rodapé, deverá estar situada na margem inferior da página, separadas do texto por um traço contínuo (3 cm, no máximo) a partir da margem esquerda. As notas devem ser digitadas dentro das margens do texto, com a mesma fonte, porém em tamanho menor: Sobre a oração principal, ratificamos as palavras do professor Celso Cunha: "Tal classificação tem o inconveniente de se basear em dois critérios; ou melhor, de fazer predominar o critério semântico sobre o sintático”¹¹¹¹. ou: sintático" (1) [1]. Lá no rodapé: _________________ ¹ CUNHA, Celso. Gramática do Português Contemporâneo, São Paulo, Cultrix, 1970, p. 401. Quando várias notas de rodapé se referem a uma mesma obra e mesmo autor, a partir da segunda nota, deve ser usada a expressão [idem], ou sua abreviação [id.] (= mesmo autor) e [ibidem] (= mesma obra). A expressão [idem] substitui só o autor e não as diferentes obras. Outra maneira de não repetir a referência da obra é usar [op.cit.], que é abreviação de opus citatum, (= obra citada). _______________ 2 Idem, Ibidem, p. 190. 3 Idem, op. cit., p. 190. A utilização desse sistema não dispensa a apresentação da lista de referências bibliográficas ao final do trabalho. 1.3. Citação com mais de Três Linhas1.3. Citação com mais de Três Linhas1.3. Citação com mais de Três Linhas1.3. Citação com mais de Três Linhas – deve ser destacada, pulando-se uma linha para iniciar a transcrição da citação, com recuo maior da margem esquerda, com tamanho da fonte menor que a utilizada no texto, sem aspas e crédito(s) do(s) autor(res) ao final da citação. Para reiniciar o texto normal, pula-se outra linha: É assim que podemos acompanhar Henry Edmond ao longo de toda a sua vida e que Hamlet poucas horas passará conosco. Em um dia de leitura podemos viver anos e anos da existência das personagens de uma ficção. Nas poucas horas que dura uma tragédia, pouco mais viveremos que os derradeiros momentos do herói. (SIMÕES, João Gaspar. Ensaio sobre a Criação no Romance, Rio, 1944, p.14) 1.4. Citação com Trechos Omitidos1.4. Citação com Trechos Omitidos1.4. Citação com Trechos Omitidos1.4. Citação com Trechos Omitidos - trechos dispensáveis ao entendimento da citação podem ser omitidos, desde que não alterem o argumento do autor; para isso utilizamos colchetes e reticências [...] a fim de indicar a omissão. Do mesmo modo, se a supressão ocorrer no início ou no final da citação: "Em suma, constituem diversos momentos do movimento dramático [...] fases de ação, são eles mesmos ações". (SIMÕES, João Gaspar. Ensaio sobre a Criação no Romance, Rio, 1944, p. 393) 2. Citação indireta 2. Citação indireta 2. Citação indireta 2. Citação indireta ---- É a transcrição livre do texto, isto é, usamos nossas próprias palavras para expor a idéia do autor. Podemos, ainda, se o trecho for muito longo, interpretar a idéia do autor e fazermos uma síntese. Nesse tipo de citação, não se utiliza as aspas; mas o autor, a fonte e a data de publicação devem ser citados. Não é obrigatório colocar o número de páginas, mas se o fizer deve repetir em todas as outras citações: Como lembra Martins (1984), o futuro desenvolvimento da informação está cada dia mais dependente de um plano unificado de normalização. 3. Informações adicionais3. Informações adicionais3.Informações adicionais3. Informações adicionais 1ª.1ª.1ª.1ª. No caso de citações de periódicos informamos o sobrenome e o nome do autor. O título do artigo e o subtítulo (se houver). O nome da revista ou jornal, local, volume, número páginas, mês abreviado e ano: MURICI, Andrade. Letras e Artes, Suplemento Literário de A Manhã, Rio, p. 6, 20-7-1952. 2ª.2ª.2ª.2ª. Acréscimos e/ou comentários, quando necessários à compreensão de algo dentro da citação, aparecem entre colchetes [*]: "Enok [considerado o rei do besteirol] divulgou sua mais recente obra [de humor] na livraria..." 3ª.3ª.3ª.3ª. Para se destacar palavra, frases, em uma citação, usa-se o grifo em negrito ou itálico; havendo, porém, a necessidade se colocar ao final da citação, a expressão (grifo nosso), [grifo nosso] ou (grifo do autor), [grifo do autor]: Ela diz que contraiu o vírus através de uma transfusão, em uma entrevista coletiva.em uma entrevista coletiva.em uma entrevista coletiva.em uma entrevista coletiva. [grifo meu] 4ª.4ª.4ª.4ª. Quando se tratar de dados obtidos através de informação verbal (palestras, debates, comunicações, etc.), indicar entre parênteses a expressão "informação verbal", mencionando-se os dados disponíveis somente em nota de rodapé: No texto: A Biblioteca Setorial de Educação informa que está revisando as orientações para elaboração de trabalhos acadêmicos (informação verbal). Referência bibliográficaReferência bibliográficaReferência bibliográficaReferência bibliográfica ---- Referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de suporte. Referências Bibliográficas: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5p. _______. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. 3p. _______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento. Rio de Janeiro, 2002. 3p. _______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 3p. ______. NBR 14724: Informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 7p.RAMPAZZO, Lino. Metodologia Científica: para alunos dos cursos de pós- graduação e pós-graduação. 3. ed. São Paulo: Loyola, 2005. AULA 7AULA 7AULA 7AULA 7: : : : CITAÇÃO. Qual é o propósito de um texto científico?Qual é o propósito de um texto científico?Qual é o propósito de um texto científico?Qual é o propósito de um texto científico? Segundo Azevedo (1997, p. 109), “o propósito de um texto científico é comunicar os resultados e as ideias a que se chegou, após a coleta e análise dos dados”. Porém, é muito comum recorrer às palavras dos próprios autores quando queremos escrever sobre nossas pesquisas. Muitas vezes, recorremos a citações ou porque não conseguimos superar a fala do autor ou porque queremos intencionalmente mostrar ao nosso leitor como ele abordou o assunto. Antes de tudo...Antes de tudo...Antes de tudo...Antes de tudo... Em um trabalho cuidadoso, você deve ler diferentes autores sobre o assunto a ser pesquisado e, assim, organizar o pensamento, fundamentando as ideias antes de iniciar a redação do trabalho. Nesse aspecto, o fichamento bibliográfico e o de leitura configuram fases imprescindíveis para a elaboração de seu trabalho acadêmico. Somente após uma leitura cuidadosa, você poderá destacar as citações-chave que utilizará, caso seja necessário. Mas o que significa citar? Como devo organizar uma citação? As citações são trechos transcritos ou informações extraídas de publicações consultadas e devem ser inseridas em um texto com a finalidade de esclarecer ou complementar as ideias. Em todas as hipóteses, a fonte deve ser mencionada. Segundo ABNT, citação é a “menção a uma informação extraída de outra fonte”. (NBR 10520:2002). Elas estão divididas em três tipos: Citação direta Citação direta Citação direta Citação direta ---- As citações diretas são aquelas que copiamos, sem mudar nada, do texto original que consultamos. Como esclarece João Bosco Medeiros (2003, p. 187), é a referência a uma obra colhida de outra fonte “para esclarecer, comentar, ou dar como prova uma autoridade no assunto”. É importante observar que este tipo de citação só se justifica quando o pensamento expresso pelo autor consultado é efetivamente significativo, claro e necessário à exposição, pois excessos de citações diretas, tabelas, gráficos, podem acarretar prejuízo à estratégia de comunicação, comprometendo o trabalho. Citação indiretaCitação indiretaCitação indiretaCitação indireta - As citações indiretas apresentam formatação diferente por tratar-se de textos baseados na obra de um autor consultado e não uma cópia de suas palavras. Nesta hipótese, então, não é necessário o emprego das aspas duplas, porque a citação indireta mantém a ideia original do texto lido, mas é reescrita por quem está elaborando o trabalho. A citação indireta é também denominada paráfrase e, segundo a ABNT (NBR 10520:2002), configura uma transcrição livre do texto do autor. João Bosco Medeiros (2003) esclarece que a citação indireta pode configurar um resumo, comentário de uma ideia, ou expressar o mesmo conteúdo, mas utilizando outras palavras. E explicar as ideias que encontramos no texto original é muito mais produtivo do que apenas reproduzi-las, não é mesmo? Por isso, parafrasear é muito melhor do que a citação direta. Veja um exVeja um exVeja um exVeja um exemplo:emplo:emplo:emplo: Israel Belo de Azevedo (1997) esclarece que toda palavra tem um peso de acordo com sua capacidade de sintetizar uma ideia de maneira clara e concisa. No exemplo acima vemos que a ideia de Israel Belo de Azevedo foi apresentada e que foi informado o ano em que encontramos a publicação dela. Porém, o trecho que contém o conceito foi reescrito por quem está elaborando o trabalho. Assim, não houve a necessidade de utilizar as aspas duplas. O conteúdo original foi reelaborado e, por isso, não se usam as aspas. Essa é uma forma também de você explicar ao seu leitor, com as suas palavras, a ideia do autor que você estudou. Citação da citaçãoCitação da citaçãoCitação da citaçãoCitação da citação - Em algumas leituras verificamos que o autor apresenta uma citação direta ou indireta de outro autor, certo? E essa citação não é perfeita apenas para o autor que estamos lendo, ela é perfeita para nós também. Só que, na maioria das vezes, não temos acesso à obra que esta sendo citada por ele. Como resolver isso? Estamos diante de uma citação da citação que exige o uso da expressão apud que significa citado por. Alguns autores denominam a citação da citação como citação dependente, porque o autor escolhido para citação não foi lido diretamente, mas tomado por empréstimo de outro autor. Não abuse deste recurso. Ele é apenas uma solução emergencial. Devemos sempre que possível recorrer à obra original. Atenção!Atenção!Atenção!Atenção! Segundo a ABNT (NBR 10520:2002), quando os dados forem obtidos em palestras, debates, seminários etc., deve-se indicar entre parênteses a expressão “informação verbal” e depois mencionar os dados disponíveis, em nota de rodapé. Além disso, para enfatizar trechos da citação direta, deve-se destacá-los indicando esta alteração em relação ao original com a expressão grifo nosso entre parênteses, após a referência da citação, ou grifo do autor, caso o destaque tenha sido feito pelo próprio autor da
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