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Emanuelle Santiago SÍNTESE ENDÓGENA: Composto sintetizado pelo fígado, rins e pâncreas a partir dos AAs arginina, glicina e metionina. SÍNTESE EXÓGENA: também é encontrada da dieta mista, em especial peixe, carne e outros produtos animais. BIESEK, 2015. BIESEK, 2015. ABSORÇÃO: A Cr consumida é absorvida através da parede intestinal, atingindo posteriormente a corrente sanguínea. ARMAZENAMENTO: - 95% se encontra no músculo esquelético e 5 % nas cls do sangue, cérebro,músculo cardíaco, testículos e retina. - Atingido o citosol das células, a Cr é rapidamente fosforilada pela enzima creatina quinase. Com isso, 2/3 do total de Cr no músculo encontra-se na forma de fosfocreatina e o restante de creatina livre. BIESEK, 2015. EXCREÇÃO: - Ocorre conversão não enzimática da Cr a creatinina, formada, em grande parte, no músculo. - A Cr formada atinge a circulação, é filtrada pelos glomérulos renais e posteriormente excretada na urina. BIESEK, 2015. A energia fornecida ao ADP para formar ATP, durante e após exercício intenso é em grande parte dependente da quantidade da fosfocreatina (PCr) armazenada no músculo. BUFORD et al., 2007. A disponibilidade de PCr no músculo pode influenciar significativamente a quantidade de energia gerada durante breves períodos de exercício de alta intensidade. Foi levantada a hipótese de que o aumento do conteúdo de creatina muscular, através de suplementação com creatina, podem aumentar a disponibilidade de PCr permitindo uma taxa acelerada de resíntese do ATP durante e na sequência de exercício de alta intensidade e curta duração. BUFORD et al., 2007. Fosfato de creatina Creatina + β-hidroxi-β- metibutirato (HMB), Creatina + bicarbonato de sódio Creatina magnésio-quelato Creatina + glicerol Creatina + glutamina Creatina + β-alanina Creatina étil ester Creatina com extrato de cinnulina Formulações "efervescentes“ CREATINA MONOHIDRATADA Suplemento nutritivo ergogenico mais eficaz atualmente disponível aos atletas nos termos de aumentar a capacidade elevada do exercício da intensidade e a massa magra do corpo durante o treinamento. BUFORD et al., 2007. Três formulações alternativas de creatina mostraram-se promissoras (combinação de creatina / HMB, fosfato de creatina e creatina + glicerol) , mas no momento não existem evidências suficientes que justifiquem recomendação em vez de CM. BUFORD et al., 2007. Aumento da força • Exercícios de alta intensidade e curta duração o aumento dos estoques de fosfocreatina possibilita um maior tempo de execução (energia rápida por um tempo maior). Aumento do peso corporal • Quase todos os estudos indicam que a suplementação CM "adequada" aumenta a massa corporal de cerca de 1 a 2 kg na primeira semana de carga (retenção hídrica + MM) BUFORD et al., 2007. Aumento da MM • CM parece ser o suplemento nutricional mais eficaz atualmente disponível em termos de melhorar a MM e capacidade anaeróbica. • O aumento agudo na massa magra é devido a um aumento na água intracelular; entretanto, em combinação com o treinamento do exercício da resistência, o aumento na massa magra é relacionada a um aumento na massa do músculo TARNOPOLSKY, 2010; BUFORD et al., 2007. Fase de saturação: 0,3 g/kg/d divididos em 4 doses, durante 5 a 7 dias. (~ 20-25 g 4-5 x/d) Fase de manutenção: dose cai para 3-5 g/d em dose única. Parece ser o método mais rápido para aumentar as reservas de creatina muscular. A ingestão de quantidades menores de monohidrato de creatina (por exemplo, 2-3 g / d) na fase de saturação aumentará as reservas de creatina muscular ao longo de um período de 3-4 semanas, no entanto, os efeitos de desempenho deste método de suplementação são menos suportados. BUFORD et al., 2007. Único efeito colateral clinicamente significativo relatado na literatura : ganho de peso. Enquanto a creatinina faz parte de TFG e deve ser excretada pelos rins, não há evidência que sustente a noção de que a ingestão normal de creatina (<25 g / d) em adultos saudáveis causa disfunção renal. Utilizar outros exames além da creatinina sérica para avaliar função renal!!!! THOMAS et al., 2016; TARNOPOLSKY, 2010; BUFORD et al., 2007. Suplementação com creatina não resulta em desidratação e nem alterações hepáticas !!!! Cerca de 5% de todos os indivíduos experimentam algum mal-estar gastrointestinal: não dissolução da creatina , sua tomada com o estômago vazio. THOMAS et al., 2016; TARNOPOLSKY, 2010. Pode ser encontrada em café, chá, refrigerantes, bebidas energéticas e chocolate. BIESEK, 2015. A cafeína é rapidamente absorvida através do TGI, e move-se através das membranas celulares, com a mesma eficiência que é absorvida e distribuída aos tecidos. A cafeína (1,3,7-trimethylxanthine) é metabolizada pelo fígado e através de resultados enzimáticos de ação em três metabolitos: paraxantina, teofilina e teobromina. GOLDSTEIN et al., 2010. ALTIMARI, et al., 2001. Níveis elevados podem aparecer na corrente sanguínea dentro de 15-45 min do consumo, e as concentrações máximas são evidentes pós ingestão uma hora. Devido à sua solubilidade em lípideos, a cafeína também atravessa a barreira sangue-cérebro sem dificuldade. Enquanto isso, a cafeína e os seus metabolitos são excretados pelos rins, com cerca de 3-10% expulso do corpo inalterado na urina. GOLDSTEIN et al., 2010. A cafeína atravessa facilmente a barreira hemato-encefálica, bem como membranas celulares de todos os tecidos do corpo, por isso é extremamente difícil de determinar em que o sistema em particular (isto é, músculo esquelético ou sistema nervoso) a cafeína tem o maior efeito. GOLDSTEIN et al., 2010. 1º. Como tem estrutura parecida com a adenosina, se liga a receptores da adenosina (inibe liberação de neurotransmissores) no cérebro, músculo esq., coração e adipócitos bloqueando-os. Adenosina deixa sua ação inibitória e por isso a cafeína atua como estimulante do SNC. 2º. Ação direta no músculo esquelético. GOLDSTEIN et al., 2010. Estimulo a lipólise • ⬆AG livres contribuindo para maior oxidação de gorduras e conseqüentemente reduzindo oxidação de CHOs exercendo papel poupador de glicogênio e conseqüentemente reduzindo fadiga e melhorando desempenho Aumenta secreção de endorfinas • Suas propriedades analgésicas pode levar a⬇na percepção da dor GOLDSTEIN et al., 2010. Promove uma resposta termogênica • Ocorre aumento do gasto energético subsequente à ingestão de cafeína Promove liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) • Responsáveis por efeitos como vasodilatação, glicogenólise e broncodilatação GOLDSTEIN et al., 2010. Melhora a resistência • Estudos indicam que a ingestão de cafeína (por exemplo, 3-9 mg / kg tomada 30 - 90 minutos antes do exercício) pode poupar o uso de carboidratos durante o exercício e, assim, melhorar a resistência a capacidade de exercício. Promoção da vigília • Reduz percepção de fadiga GOLDSTEIN et al., 2010. Promove liberação de Ca 2+ do retículo sarcoplasmático • Pode levar a uma contractura muscular com concentrações suprafisiológicas (⬆força muscular). THOMAS et al., 2016. Tem sido amplamente sugerido que o consumo de cafeína induz um estado agudo de desidratação. Embora possa haver um argumento para a cafeína induzida diurese em repouso, a literatura não indica qualquer efeito negativo significativo da cafeína sobre a perda de suor e, portanto, equilíbrio fluido durante o exercício que afetaria negativamente o desempenho. GOLDSTEIN et al., 2010. Mais potente quando consumida em estado anidro (cápsula / comprimido, pó), em comparaçãocom o café. Maioria dos estudos utilizou um protocolo onde a cafeína é ingerida 60 min antes do desempenho para assegurar a absorção optima; No entanto, também foi demonstrado que a cafeína pode melhorar o desempenho quando consumidos 15-30 min antes do exercício. GOLDSTEIN et al., 2010. A cafeína é eficaz para melhorar vários tipos de desempenho quando consumida em doses baixas a moderadas (~ 3-6 mg / kg); Não há mais benefícios quando consumidos em dosagens mais elevadas (≥ 9 mg / kg). GOLDSTEIN et al., 2010. Comitê Olímpico Internacional tinha cafeína na lista de substâncias proibidas com concentrações urinárias superiores a 12 mg / l consideradas uma infração de doping. Entretanto, a Agência Mundial Antidoping (AMA) a retirou subsequentemente em 2004. A AMA não considera substância proibida, mas em vez disso o incluiu como parte do programa de vigilância que serve para estabelecer padrões de uso indevido na competição atlética. GOLDSTEIN et al., 2010. Pode ser considerada segura para indivíduos saudáveis, mas a tolerância individual varia e assim, pode haver efeitos adversos. Consumo excessivo : rubor facial, ansiedade, nervosismo, tremor das mãos, insônia, e até mesmo, arritmias cardíacas e perda de memória. Pode haver aumento da produção de calor em repouso, aumentando a temperatura corporal, podendo prejudicar desempenho se altas temperaturas. BIESEK, 2015. CUIDADO SE HAS !!! AA condicionalmente essencial. É o AA mais abundante no plasma e tecidos. Representa cerca de 20% do total de AA livres no plasma. BIESEK, 2015. Mais importante AA energeticamente. Muitas vezes a suplementação oral falha em aumentar a cc de glutamina, pois enterócitos consomem a maior parte dela. Ainda assim, suplementação exógena parece poupar glutamina endógena. BIESEK, 2015. Importante para crescimento e manutenção das células. Atua como precursor de nucleotídeos : síntese protéica • As pirimidinas se unem às purinas para formação das moléculas de DNA e RNA. • DNA e RNA catalisam uma série de reações químicas fundamentais nas células para síntese de proteínas. Serve como substrato energético para proliferação celular. BIESEK, 2015. Participa do equilíbrio ácido-básico nos rins como mais importante substrato p/amoniogênese • Auxilia na remoção dos metabólitos da atividade física (p.ex. amônia) No fígado e músculo esquelético pode servir como substrato gliconeogênico • Pode participar da síntese de glicogênio hepático e muscular, promovendo recuperação pós-exercício mais efetiva. BIESEK, 2015. Importante veículo de transporte de N e C entre os diversos tecidos do organismo. Reforçar o sistema imune • Usada como combustível para células do sistema imune. Avidamente consumida pelas células de divisão rápida: enterócitos, células tumorais e fibroblastos. BIESEK, 2015. Ação anticatabólica Fonte de energia em situações de elevada demanda energética Síndrome do over training: Sinais e sintomas resultantes do excesso de treinamento + recuperação inadequada. BIESEK, 2015. Fadiga Irritabilidade Distúrbios do sono Depressão ⬇Desempenho ⬆Incidência de infecções do trato respiratório (possivelmente devido à inibição do sistema imunológico) Treinamento exaustivo + Períodos insuficientes de recuperação Alteração dos processos de produção e liberação da glutamina pelos músculos esqueléticos ⬇Disponibilidade de glutamina para cls do sistema imunológico Imunossupressão : ⬆ risco de infecções BIESEK, 2015. Após sessão de exercício prolongado e intenso, o sistema imunológico pode permanecer deprimido por um período de 3 a 72h, considerado o mais crítico: “janela aberta”. BIESEK, 2015. Suplementos são quase somente encontrados na forma de L- Glutamina, o AA isolado. A outra forma é a Glutamina Dipeptídeo (L-alanil-L-glutamina) que não é usado como fonte energética para os enterócitos, sendo mais bem disponibilizada no sangue. Encontra-se em pó e em cápsulas. Dose de L-glutamina recomendada: 5 a 20g. Para reforço imunológico pode-se ingerir qualquer horário do dia. Para aumentar o desempenho físico: jejum, antes e após o exercício e, antes de dormir. BIESEK, 2015. Não há efeito adverso relacionado ao uso da glutamina. Suplementação não recomendada para pessoas com problemas renais. Altas doses (>= 20g) podem gerar diarréia. BIESEK, 2015. O óxido nítrico é um gás naturalmente presente no organismo e possui arginina como seu precursor, que também é a maneira pela qual é feita a suplementação. Arginina é um aminoácido condicionalmente essencial. BIESEK, 2015. Síntese: - Endógena: nos rins a partir de L-ornitina e da L-citrulina. - Exógena: carnes, grãos e peixes. BIESEK, 2015. Modula resposta inflamatória Auxilia no processo de cicatrização Dilatação dos vasos sanguíneos: principal ação • Permite maior chegada de sangue no músculo durante o exercício: + força. Promove Angiogênese (= Síntese de novos vasos sanguineos) BIESEK, 2015. Detoxificação da amômina • Exerce um papel integral no metabolismo do nitrogênio como um intermediário na síntese da uréia. Reparo tecidual • Estimula o fluxo sanguíneo pela síntese de NO. Sistema endócrino • Estimula a liberação de catecolaminas, insulina, glucagon e hormônio do crescimento. BIESEK, 2015. Fornecimento de energia • Atua como intermediária na síntese de creatinina e CP. Sistema imunológico • Parece melhorar a função dos neutrófilos, além de promover capacidade bactericida de macrófagos de ratos ao sustentar a síntese de NO. BIESEK, 2015. Pouco se sabe a respeito dos efeitos da suplementação com Arg como recurso para aumento das cc fisiológicas de NO em humanos. Possíveis efeitos ergogênicos: - Efeito agudo, que resultaria em aumento da capacidade de realizar exercício. - Efeito crônico, que resultaria em aumento da estimulação da síntese protéica muscular (efeito anabólico). BIESEK, 2015. Encontrado em cápsulas, mas aparece na composição de diversos suplementos. Nem todos os produtos do mercado que supostamente auxiliariam na liberação de NO, apresentam Arg em sua composição. Doses estudadas: 500 mg a 30 g/dia, por períodos entre 3 a 80 dias. BIESEK, 2015. Altas dose (a partir de 9 g) : náusea, desconforto intestinal e diarréia (por > produção de NO pelo trato gastrintestinal e atrapalhar a absorção de outros AAs básicos da dieta, como lisina e histidina). Pelo fato da produção excessiva de NO ser destrutiva às cls, não é aconselhável administrar Arg isolada a pacientes com infecções severas, inflamações ativas e doenças auto-imunes. Estudos recentes mostram que a ingestão de L-arginina nãos traz os efeitos maléficos do NO como radical livre, pois a L-arginina também é deslocada para outras funções, como a produção de proteína. Atenção!!! Pessoas com pressão baixa ou que utilizam medicações hipotensivas. Altimari, L.R.; Cyrino, E.S.; Zucas, S.M.; Okano, A.H.; Burini, R.C. Cafeína: ergogênico nutricional no esporte. Rev. Bras. Ciên. e Mov. 9 (3): 57-64, 2001. BIESEK, S.; ALVES, L. A.; GUERRA, I. Estratégias de nutrição e suplementação no esporte. 3 ed. Barueri, SP: Manole, 2015. Buford TW, Kreider RB, Stout JR, et al. International Society of Sports Nutrition position stand: creatine supplementation and exercise. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2007;4:6. doi:10.1186/1550-2783-4-6. Goldstein ER, Ziegenfuss T, Kalman D, et al. International society of sports nutrition position stand: caffeine and performance. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 2010;7:5. doi:10.1186/1550-2783-7-5. Tarnopolsky MA. Caffeine and creatine use in sport. Ann Nutr Metab. 2010;57 Suppl 2:1-8. Thomas D.T., Erdman K.A., Burke, L.M. (2016). Position of the Academy of Nutrition and Dietetics, Dietitians of Canada, and the American College of Sports Medicine: Nutrition and Athletic Performance. Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, 116(3), 501-28.
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