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Relatório Sniff

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Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP
Departamento de Psicologia
Relatório Análise Experimental do Comportamento
Gabriel Teruo
Marco Antonio Parmejano
					
São José do Rio Preto - SP
2018
I – Introdução
A Análise do Comportamento é uma abordagem da Psicologia que busca compreender a relação do ser humano com o ambiente, por meio do condicionamento pavloviano, contingências de reforço e punição, papel do contexto, esquemas de reforçamento entre outros. Porém, é preciso entender que a Análise do Comportamento teve sua origem no Behaviorismo e que a mesma, por mais que possua estreita relação com a teoria behaviorista, diferem-se em diversas questões (Moreira & Medeiros, 2007).
Harzem e Miles (1978) defenderam a ideia de que o Behaviorismo possui diversos significados e que não existe apenas um behaviorismo, mas vários e que cada um possui uma ideia central. Entre eles, os autores destacam: a) metafísico (mente ou eventos mentais não existem; b) metodológico (se mente ou eventos mentais existem, não são objetos apropriados para o estudo científico); c) analítico (enunciados feitos com o intuito de referirem-se a mente ou eventos mentais tornam-se, quando analisados, enunciados acerca do comportamento). 
Em vista disso, percebe-se que o Behaviorismo é um tipo de filosofia da ciência do comportamento e não uma abordagem psicológica (Moreira & Medeiros, 2007). O próprio Skinner em seu livro Sobre o Behaviorismo afirma que “o behaviorismo não é uma ciência do comportamento humano, mas, sim, a filosofia dessa ciência” (p. 7). Dessa forma, a Análise do Comportamento emerge da posição behaviorista assumida por Skinner pela simples observação mais cuidadosa do comportamento humano (Todorov & Hanna, 2010). 
Concomitante a isso, a Análise do Comportamento se desenvolveu como uma linguagem da Psicologia, aperfeiçoando métodos tradicionais dessa área, abrindo novos campos de pesquisa e gerando tecnologias em uso pelo mundo todo (Todorov & Hanna, 2010). Dessa forma, é papel imprescindível da análise do comportamento entender como os homens agem sobre o mundo, modificam-no e como são modificados pelas consequências de sua própria ação, usando para isso de contingências e de relações funcionais (Skinner, 1957/1978; Todorov, 1989/2007).
Nível Operante
Nível operante consiste na linha de base de um operante, isto é, na taxa com que uma resposta ocorre antes de ser reforçada (Catania, 1999). Dessa forma, no nível operante, o objetivo consiste na observação de um comportamento específico do sujeito experimental, e o seu propósito é determinar a força da resposta de pressão à barra, antes que qualquer operação experimental seja introduzida e modifique esta força (Gomide, 1998). 
Essa primeira análise do repertório do indivíduo é essencial e tem como objetivo mensurar comportamentos emitidos pelo sujeito em seu primeiro contato com a Caixa de Skinner. Isso permite comparar mudanças comportamentais entre antes e depois do procedimento de modelagem, por exemplo, que segundo Moreira e Medeiros (2007) o sujeito usaria o reflexo, uma relação estreita entre estímulos e respostas. Para os mesmos autores, o nível operante permite ainda verificar se a modelagem será eficaz para estabelecer um novo comportamento no repertório do sujeito e se a consequência manterá em alta frequência desse comportamento.
Modelagem
Sabendo da grande importância da análise do comportamento do indivíduo para a compreensão e modificação do comportamento humano, Skinner propôs um modelo de comportamento que engloba a maioria das respostas do indivíduo, o comportamento operante, classificado como aquele em que o indivíduo produz consequências, modificações no ambiente e é afetado por elas (Catania, 1999). 
Assim sendo, Moreira e Medeiros (2007) considera que o comportamento aprendido para ser validado com plena segurança dos resultados obtidos precisa necessariamente ser medido antes de liberar o estímulo reforçador. O propósito desse experimento é o de o sujeito aprender tais comportamentos não estabelecidos, e que ao final, ele possa ser medido com fidedignidade e comparado em níveis operantes previamente avaliados.
Para Skinner (1974) na ocasião em que o comportamento operante ocorre, ele próprio e suas consequências estão inter-relacionados. Como resultado de seu lugar nessa contingência, um estímulo presente quando uma resposta é reforçada adquire certo controle sobre tal resposta.
Dessa forma, o processo de modelagem ocorre através do reforçamento de toda resposta que se aproxime do comportamento desejado. Para Moreira e Medeiros (2007) a modelagem tem por instrumentos dois métodos, o reforçamento diferencial e aproximações sucessivas. Deste modo, o reforço diferencial consiste em reforçar algumas respostas que obedecem a um critério e em não reforçar outras respostas similares. Aproximações sucessivas consistem no processo de aperfeiçoamento das respostas rumo ao comportamento alvo, isto é, a mudança gradual nos requisitos de exigência do comportamento almejado. 
Extinção e Recuperação
Após um comportamento ser instaurado no repertório do organismo, alcançando alta frequência nas taxas do responder frente a um estímulo reforçado, diz-se que o indivíduo foi modelado. Caso o estímulo que eliciava respostas comportamentais seja suspenso, independentemente do motivo, a probabilidade desse comportamento ocorrer diminui, ou seja, a frequência do comportamento retorna aos níveis operantes (Moreira & Medeiros, 2007). 
Catania (1999) define extinção como a ação de suspender o reforço, retomando o comportamento a seus níveis prévios como resultado dessa operação. O mesmo autor acrescenta que o retorno do comportamento aos níveis anteriores do reforço comprova que os efeitos do reforço são temporários. Sendo assim, as taxas do responder são mantidas apenas enquanto o reforço estiver sendo aplicado e não depois que é suspenso. “Assim, a redução no responder durante a extinção não é um processo especial que requeira um tratamento separado, é uma das propriedades do reforço” (p. 92).
É importante destacar que o processo de extinção é longo e pode se estender por muitas horas (Milenson, 1967 citado em Moreira & Vermes, 2015). Skinner (2003) afirma que este processo ocorre de maneira mais lenta que o de condicionamento operante e depende de como foi a história de condicionamento deste comportamento. "A uma longa história de reforço, segue-se uma extinção procrastinada (...). É preciso conhecer a história de reforçamento" (p. 77).
Assim sendo, Milenson (1967 citado em Moreira & Vermes, 2015) descreve que o processo de extinção envolve três partes: a) declínio gradual e irregular na taxa de respostas e aumento progressivo de períodos sem emissão da resposta operante que havia sido reforçada; b) aumento na variabilidade de topografia e magnitude da resposta; c) quebra gradual da relação de contingência entre o operante e o reforçador. 
Moreira e Medeiros (2007) acrescentam que a extinção produz outros três efeitos importantes no início do processo: a) aumento da frequência da resposta no início do processo de extinção; b) aumento na variabilidade da topografia da resposta; c) eliciação de respostas emocionais.
No que tange a recuperação de comportamentos extintos, as discussões em torno do tema são longas. De uma forma geral, recuperação consiste no ressurgimento da força do comportamento (Moreira & Medeiros, 2007). No passado, quando se iniciavam os estudos do comportamento, acreditava-se que a recuperação do comportamento extinto significava que o responder, de algum modo, estava o tempo todo no repertório comportamental, mas inibido. (Reid, 1958). Contudo, tal concepção explica a extinção em termos fictícios, na medida em que afirma que a resposta teria sido inibida, mas não conseguia explicar o que produziu essa inibição (Catania, 1999).
Com os estudos de Thorndike em relação à punição, esse percebeu que a punição era um procedimento ineficaz. Segundo ele, a punição nãodeveria ser levada a sério para manejo de comportamento, porque ela podia suprimi-lo apenas temporariamente (Catania, 1999). Assim, o comportamento seria recuperado assim que o estímulo aversivo fosse eliminado. Essa forma de enxergar a punição é limitada, pois seguindo essa lógica, o reforço também deveria ser considerado ineficaz (Catania, 1999).
Esquemas de Reforço
Além da modelagem, outra forma de selecionar respostas são os Esquemas de Reforçamento. Sabe-se que é o reforço a consequência responsável por aumentar a frequência dos comportamentos e mantê-los no repertório comportamental do organismo. Para Catania (1999) é importante analisar os efeitos dos esquemas de reforços para entender quais arranjos de respostas serão reforçados dentro de uma classe operante. Acontece que existem esquemas diferentes: o Contínuo e o Intermitente. 
No esquema de reforçamento contínuo toda resposta é seguida por um reforçador (Moreira & Medeiros, 2007). Reforçar um esquema de reforçamento contínuo é altamente producente na modelagem de um comportamento novo. Para isso reforçam-se todas as respostas que se aproxima da desejada, até que chegue à resposta em questão, também reforçada, e faça parte do repertório comportamental. 
No esquema de reforçamento intermitente a característica primordial é que nem todas as respostas serão reforçadas, em outras palavras, apenas alguns comportamentos serão seguidos por reforço (Moreira & Medeiros, 2007). Sendo assim, o esquema de reforçamento intermitente se subdivide em quatro tipos principais: razão fixa, razão variável, intervalo fixo e intervalo variável. 
Moreira e Medeiros (2007) descrevem que essa subdivisão se dá em dois âmbitos distintos: a) de acordo com o número de respostas para cada reforçador (esquemas de razão) ou tempo entre reforçadores (esquemas de intervalo); b) número de respostas ou tempo é sempre o mesmo (razão fixa ou intervalo fixo) ou muda de reforçador para reforçador (razão ou intervalo variável).
Diferentemente do que ocorrem com os esquemas de reforço contínuo, os esquemas de reforçamento intermitente são mais eficazes para a manutenção do comportamento, uma vez que são mais difíceis de serem extintos. O motivo para isso se dá ao fato de que por serem facilmente manipulados enquanto quantidade de respostas e tempo, o indivíduo reforçado por este esquema aprendeu que o “reforço nem sempre vem”, fazendo que haja maior persistência (Moreira & Medeiros, 2007).
II – Método
2.1 Procedimentos realizados pelos experimentadores
	A observação foi realizada no Laboratório de informática da FAMERP por meio do programa virtual Sniffy Pro 3.0 Rato Virtual como exemplo de que o comportamento pode ser controlado, modificado ou extinto. O presente trabalho tem por objetivo aplicar na prática todo o conteúdo aprendido em sala de aula. 
	 Dessa forma, o trabalho se embasou na observação do nível operante, treino ao comedouro, modelagem, esquemas de reforço, extinção e recuperação. Com os dados coletados, foram realizados gráficos que demonstraram os diferentes níveis de comportamento obtidos em cada sessão. 
	Nível Operante
	A duração da aula foi de 1 hora e 40 minutos, realizada em uma sexta-feira, a partir das 10h10min. Inicialmente, verificou-se a aparelhagem (teste da barra e saída de alimento). Em um determinado momento, após entrega das folhas de registro, o cronômetro foi iniciado juntamente com a observação e o registro. Nenhuma resposta foi reforçada com água ou comida, pois o objetivo neste momento foi apenas a observação dos operantes do sujeito.
	Anotava-se na folha de registro comportamentos de interesse, que são: limpar-se, quando o sujeito experimental esfrega as patas dianteiras na cabeça e focinho, sendo a cada esfregada registrada uma nova ocorrência; pressionar a barra, quando ocorrer de o sujeito experimental apenas tocar a barra com uma ou duas patas dianteiras; levantar, quando o sujeito levanta o corpo nas patas traseiras aproximando o focinho do teto ou do topo das paredes da caixa; farejar, quando o sujeito aproxima o focinho, enrugando-se sobre o piso, as paredes, a barra e/ou sobre o bebedouro. Os comportamentos foram registrados no intervalo de 20 minutos e nessa prática os dois experimentadores foram observadores, ou seja, os dois realizaram o registro. 
	Modelagem
A duração da aula foi de 1 hora e 40 minutos, realizada em uma sexta-feira, a partir das 10h10min. O primeiro exercício de modelagem foi treinar o Sniffy a usar o alimentador através da associação do som da barra com as pelotas de comida. Para isso, o programa foi configurado da seguinte forma: clicar no menu Windows, na seção Mind Windows e na janela Operant Associations. 
Dessa forma, todas as vezes que o Sniffy se aproximar do comedouro, uma pelota de alimento será emitida pressionando a barra do teclado. Conforme esse processo ocorre, ao lado da tela do computador aparece um gráfico Operant Associations que prescreve o nível de associação som-comida de Sniffy. Após certo nível de associação, Sniffy estará pronto para ser modelado.
Depois do processo de associação som-comida, iniciaram-se os reforçamentos com pelotas de alimento todas as vezes que Sniffy se aproximou da barra. Após a ocorrência frequente do comportamento de aproximação do comedouro, aperfeiçoou-se o comportamento por meio de reforço diferencial, reforçando somente quando Sniffy se levantou sob duas patas na parede detrás da caixa. Conforme o tempo passou, Sniffy somente recebia pelotas de alimento quanto mais próximo estivesse da barra. Por fim, a modelagem foi interrompida e o comportamento de pressionar a barra foi alcançado e frequentemente repetido.
Extinção e Recuperação
	A duração da aula foi de 1 hora e 40 minutos, realizada em uma terça-feira, a partir das 10h10min. O primeiro exercício foi configurar o programa para extinção, da seguinte forma: a) clicar no Open no menu File para abrir o arquivo contendo o exercício em que Sniffy foi condicionado a apertar a barra; b) clicar no menu Experiment e escolher o comando Design Operant Conditioning; c) marcar o botão Extinction e clicar em Apply.
a) b) 
c)
Após esse exercício, o programa foi novamente configurado, como feito anteriormente, apenas mudando de Extinction para Continuous e o reforço passou a ser liberado novamente com a pressão à barra. Por meio de aproximações sucessivas e reforço diferencial, Sniffy foi modelado novamente a pressionar a barra e receber pelotas de alimento, recuperando o comportamento anterior.
Esquemas de Reforço – Razão Variável (VR)
 A duração da aula foi de 1 hora e 40 minutos, realizada em uma sexta-feira, a partir das 10h10min. O primeiro exercício da aula de esquemas de reforço foi dividir a sala em dois grupos: o lado esquerdo do laboratório faria experimentos de FR e VI e o lado direito, VR e FI. Dessa forma, os experimentadores deste relatório estavam posicionados do lado direito da sala e, portanto, fizeram experimentos de VR e FI.
Para começar a aula, os experimentadores optaram por testar primeiro a Razão Variável (VR). Em vista disso, o programa foi configurado da seguinte maneira: foi aberto um programa salvo no qual Sniffy havia sido condicionado a pressionar a barra, clicando no menu File e em seguida no Open. Após isso, clicaram-se no menu Experiment e escolheram o comando Design Operant Conditioning. Ao abrir o comando, marcaram-se sob Reinforcement Schedule, as alternativas Variable e Responses. Na caixa de texto foi digitado 5 e clicado em Apply.
Para a extinção do esquema de reforço Razão Variável, o procedimento foi clicar no menu Experiment e escolher o comando Design Operant Conditioning. Ao abrir o comando, marcar a opção Extinction, em seguida clicar em Apply.
Para a recuperação, o procedimento foi o mesmo citado acima, com a diferença de que ao abrir o comando, clicou-se em Variable, e o comando já havia salvado as informações do procedimento. 
Esquemas de Reforço – Intervalo Fixo (FI)
A duração da aula foi de 1 hora e 40 minutos, realizadaem uma sexta-feira, a partir das 10h10min. O segundo momento da aula foi testar o Sniffy em Razão Variável (VR). Em vista disso, o programa foi configurado da seguinte maneira: foi aberto um programa salvo no qual Sniffy havia sido condicionado a pressionar a barra, clicando no menu File e em seguida no Open. Após isso, clicaram-se no menu Experiment e escolheram o comando Design Operant Conditioning. Ao abrir o comando, marcaram-se sob Reinforcement Schedule, as alternativas Fixed e Seconds. Na caixa de texto foi digitado 5 e clicado em Apply.
Para a extinção do esquema de reforço Razão Variável, o procedimento foi clicar no menu Experiment e escolher o comando Design Operant Conditioning. Ao abrir o comando, marcar a opção Extinction, em seguida clicar em Apply.
Para a recuperação, o procedimento foi o mesmo citado acima, com a diferença de que ao abrir o comando, clicou-se em Fixed, e o comando já havia salvado as informações do procedimento. 
2.2 Características dos sujeitos experimentais
	Os experimentos apresentados neste relatório foram todos realizados no programa Sniffy, o Rato Virtual versão pro 3.0, desenvolvido pelos pesquisadores Tom Alloway, Greg Wilson e Jeff Graham. Foi criado com o objetivo de reduzir custos das universidades, uma vez que o conjunto Rato-Caixa possui um alto valor e de difícil custeio e por questões éticas de repetição de experimentos, cujos resultados podem ser previstos com confiança por meio do Software (Alloway, Wilson & Graham, 2017).
	
4 
 
2.3 Caracterizações do ambiente da experimentação
	O ambiente consiste numa sala de formato retangular, possuindo uma porta, além de 12 mesas com dois computadores (total de 24 computadores) em cada uma e cadeiras para os experimentadores. Nos experimentos, somente oito computadores são utilizados, visto que sete são utilizadas por duplas e um para o trio de alunos. A iluminação e temperatura são artificiais, sendo uma dada temperatura fixada em 24ºC produzida por dois aparelhos condicionadores de ar. Nessa aula, alunos, de ambos os sexos, constantemente realizavam experimentos. O docente possui um computador com o programa instalado no qual, por meio de um aparelho multimídia, projeta no quadro para facilitar o ensino dos processos.
III – Objetivos
	Nível Operante
Este primeiro exercício tem como objetivo registrar todos os comportamentos executados pelo sujeito experimental Sniffy: limpar-se, tocar a barra, andar, erguer-se e farejar antes da inserção do reforço. Dessa forma, esse experimento visa avaliar e anotar o número de comportamentos previamente selecionados que o Sniffy apresenta antes de qualquer reforço emitido pelo experimentador.
Modelagem
Neste experimento, os pesquisadores objetivam aplicar as técnicas de modelagem no Sniffy e observar os resultados apresentados. Dessa forma, usando de reforçamento diferencial e de aproximações sucessivas, esperam condicionar o rato a pressionar a barra e receber alimento, em uma alta frequência.
Extinção e Recuperação
A extinção tem por objetivo central retirar o estímulo reforçador do comportamento de pressionar a barra, ou seja, o rato passa a não receber alimento todas as vezes que a barra for comprimida. Dessa forma, espera-se que com isso o Sniffy volte ao nível operante observado no início do experimento.
Com relação à recuperação do comportamento, após o Sniffy estar em nível operante quanto à resposta de pressão à barra, será novamente dado o reforço todas as vezes que o rato fizer pressão sobre a barra. Portanto, com esse experimento, a expectativa é a de que o Sniffy condicione mais rápido que de início, conforme aponta a literatura.
IV - Representação dos resultados e Discussão
	Nível Operante
A frequência acumulada em 20 minutos de cada um dos operantes foi: 30 respostas de andar, 114 de limpar-se, 24 de erguer-se, 251 de farejar, 03 de pressionar a barra. O gráfico a seguir aponta o número de registro para cada comportamento no intervalo de tempo citado.
	Modelagem
Antes de iniciar o processo de modelagem, o primeiro estágio foi condicionar o Sniffy na associação do som da barra com comida. Para isso, usou-se do método de Condicionamento Clássico descoberto por Ivan Pavlov. Para que isso acontecesse, os experimentadores precisaram emparelhar alguns estímulos, como o som da barra pressionada (estímulo neutro) com a apresentação de pelotas de alimento (estímulo incondicionado). Feito isso, após um tempo de 22 minutos, Sniffy finalmente aprendeu que o som da barra (estímulo condicionado) significava oferta de alimento e, portanto, deveria se alimentar (resposta condicionada). O gráfico a seguir apresenta o nível de associação som-comida.
Fundamentado nisso, a segunda parte do experimento é a modelagem em si, na qual o objetivo principal era que Sniffy adotasse o comportamento condicionado de pressionar a barra. Posto isso, o processo de modelagem iniciou-se fornecendo alimento, isto é, reforço positivo todas as vezes que Sniffy chegasse perto do comedouro, processo conhecido por reforço diferencial. Passado um tempo, os experimentadores começaram a reforçar todas as vezes que o rato ficasse em pé na parte de trás da caixa, depois para quando ficasse em pé próximo a barra, até que, por meio de repetidas aproximações sucessivas, o Sniffy aprendeu a pressionar a barra. 
Os resultados obtidos comprovam que é possível selecionar certos comportamentos no indivíduo e condicioná-lo a repeti-los com maior frequência. No caso do Sniffy, o aprendizado foi relativamente curto e, cerca de nove pressionadas por minuto, os experimentadores deixaram por conta do rato as pressões à barra. O gráfico adiante expressa o repertório comportamental do Sniffy na modelagem em relação ao nível operante
	É possível observar um aumento exorbitante no comportamento de pressionar a barra quando comparado ao nível operante, demonstrando com precisão que houve de fato o condicionamento do Sniffy. O gráfico seguinte foi retirado do próprio Software e ilustra o comportamento de pressão a barra e recebimento do reforço. A curva ascendente demonstra o comportamento de pressionar e as linhas tracejadas transversais apontam o momento exato de recebimento do reforço.
	
	Extinção e Recuperação
	O processo de extinção ocorre quando os reforçadores de uma determinada resposta são retirados, diminuindo a probabilidade de um comportamento ocorrer (Moreira & Medeiros, 2007). Dessa forma, no caso do Sniffy a extinção se deu pela remoção do alimento que funcionava como estímulo reforçador para o ato de pressionar a barra. 
	Em vista disso, o reforço não será mais emitido ao Sniffy até que sua frequência de resposta chegue ao nível operante. O gráfico a seguir mostra o comportamento do Sniffy logo após extinção do reforço.
Por meio do gráfico acima é possível discutir dois importantes pontos do comportamento de extinção. Logo após a remoção do reforço, observa-se um aumento significativo do comportamento de pressão à barra, indicando um aumento na frequência das taxas do responder, até que tal comportamento começa a diminuir, chegando a níveis operantes.
Por fim, observa-se um fator chamado “resistência à extinção”, que pode ser definido como o tempo ou o número de vezes que o indivíduo emite uma resposta após a suspensão do reforço (Moreira & Medeiros, 2007). Neste caso, Sniffy não teve problemas em resistir à extinção, pois em poucos minutos, chegou a níveis operantes.
Em relação à recuperação Sniffy mostrou-se relativamente rápido para o condicionamento. Assim que os experimentadores liberaram o reforço para pressão à barra, o rato, em nível operante, apertou e logo adquiriu frequência nesse comportamento. O gráfico indica como foi o processo de recuperação.
Esse gráfico revela que o processo de aquisição do comportamento de pressão à barra pós-extinção é mais rápido que a evolução do condicionamento sem aprendizado prévio e, portanto, a recuperação do comportamento extinto acontece em tempo mais curto.
Esquemas de Reforço – Razão Variável (VR)Nos esquemas de razão variável, uma única resposta é reforçada dentro de um intervalo de tempo, que varia de uma ocorrência a outra. Dessa forma, em um VR a apresentação de um reforço depende da emissão de um número variável de respostas, independentemente da passagem do tempo (Catania, 1999). Neste caso, o Sniffy foi submetido a um esquema de razão variável de cinco respostas de pressão à barra (VR-5) e observou-se o gráfico que está logo abaixo.
A observação do gráfico revela um comportamento de repetidas pressões à barra no intuito de receber o alimento. Isso se deve ao fato de que não existe, neste caso, um reforço em tempo determinado ou dentro de uma sequência. Por conseguinte, observam-se os momentos em que o reforço é dado e os espaços entre um e outro revelam a inconstância do estímulo reforçador. 
Foi realizado, dentro do mesmo experimento, um aumento da razão de comportamentos para o estímulo reforçador, começando na VR-5, passando pela VR-10, VR-20, VR-35 e chegando à VR-50. Esse percurso foi necessário porque da VR-5 à VR-50 diretamente, a resposta de pressionar a barra foi extinta e, portanto, foi preciso os passos intermediários. O gráfico abaixo mostra uma VR-50.
Percebem-se duas situações importantes nesse gráfico: em relação a VR-5, na VR-50 a resposta de pressão à barra é maior, demonstrado pela angulação das linhas. Outro ponto é o número de reforços que tende a ser mais espaçado que na VR-5.
A extinção do esquema de razão variável tende a ser diferente de uma extinção do comportamento operante. Observe o gráfico abaixo que descreve uma extinção de VR-5.
Esse gráfico revela uma extinção prolongada e de alta resistência, como mostram a angulação das linhas. Isso se deve ao fato de que no esquema de reforço de razão variável o estímulo reforçador não possuir um padrão, dificultando ao indivíduo saber quando ele aparece. Sendo assim, o comportamento de pressionar a barra é mais frequente e difícil de ser extinto devido à inconstância do reforço. 
Esquemas de Reforço – Intervalo Fixo (FI)
No esquema de intervalo fixo uma resposta só é reforçada depois de um tempo decorrido desde o último reforçamento. Dessa forma, o período entre um reforçador e o outro é sempre o mesmo para todos os reforçamento (Moreira & Medeiros, 2007). O gráfico a seguir exemplifica esse esquema de intervalo fixo em cinco segundos (FI-5).
A observação do gráfico aponta um reforço constante de acordo com a pressão à barra pelo Sniffy em intervalos de cinco segundos. Para observar outros pontos no comportamento do rato os experimentadores aumentaram o intervalo de modo gradual, até chegar em 50 segundos (FI-50). O resultado é mostrado no gráfico abaixo.
A observação atenta do gráfico acima revela dois pontos chaves do esquema de intervalo fixo: o primeiro são os períodos sem pressão à barra, devido ao intervalo de 50 segundos que procede após o reforço. O segundo é o fato do comportamento de pressão à barra aumentar próximo do fim do intervalo, quando o Sniffy estará recebendo o reforço.
O processo de extinção em um FI é semelhante à extinção no condicionamento operante, pois no FI o reforço é dado em intervalos de tempo fixos. No caso de o reforço não for cedido dentro daquele intervalo, o rato entre em níveis operantes mais rapidamente que no caso da VR. Observe o gráfico. 
V – Referências Bibliográficas
Alloway, T., Wilson, G., & Graham, J. (2017). Sniffy, o rato virtual: versão pro 3.0. São Paulo: Cengage. 
Catania, A. C. (1999). Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição (4ª ed). Porto Alegre: Artmed.
Gomide, P. I. C. (1998). Análise Experimental do Comportamento. Curitiba: UFPR. 
Harzem, P., & Miles, T. R. (1978). Conceptual issues in operant psychology. Chichester: Wiley.
Moreira, B. M., & Medeiros, D. A. de (2007). Princípios básicos de análise do comportamento. Porto Alegre: Artmed. 
Moreira, F. R., & Vermes, J. S. (2015). Extinção operante e suas implicações: uma análise do uso em um episódio do programa Supernanny. Perspectivas em análise do comportamento, 6, 99-118.
Reid, R. L. (1958). The role of the reinforcer as a stimulus. British Journal of Psychology, 49, 202-209.
Skinner, B. F. (1974). Sobre o behaviorismo (Introdução, p. 7). São Paulo: Cultrix.
Skinner, B. F. (1978). O comportamento verbal (M. P. Villalobos, Trad.). São Paulo: Cultrix. (Trabalho original publicado em 1957)
Todorov, J. C. (1989). A psicologia como estudo de interações. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 5, 325-347. (Trabalho republicado em 2007, Psicologia: Teoria e Pesquisa, 23, 57-61).
Todorov, J. C., & Hanna, E. S. (2010). Análise do comportamento no Brasil. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 26, 143-153.

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