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PETIÇÃO INICIAL – aula 6 AO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DA CIRCUSCRIÇÃO DE DOURADOS/ MS Proc. nº... BERNARDO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico..., residente e domiciliado Rua, nº, Dourados/MS, por seu advogado... , OAB..., com endereço profissional Rua..., nº..., Cidade..., Bairro..., CEP..., para fins do artigo 77, inc. V, do CPC, vem a este juízo, propor AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS, pelo procedimento comum , em face de SAMUEL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico...,endereço eletrônico... , residente e domiciliado na Rua.., nº, Campo Grande/MS, DOS FATOS O réu, através de contrato, estava obrigado a restituir um cavalo manga-larga chamado “Tufão” no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) para o autor. O prazo fixado para a entrega desta prestação foi dia 02 de outubro de 2016, contudo o réu, agindo com desídia, não restituiu no período determinado gerando enorme lesão ao seu dono por estar longe de seu animal que tanto gostava e no mês de janeiro de 2017 o cavalo morreu em uma enchente causada por forte chuva, da qual o animal poderia estar protegido se estivesse com o seu dono. DOS FUNDAMENTOS O ato praticado entre o autor e o réu é um negócio jurídico previsto no art.104 CC, mais especificamente a obrigação de dar coisa certa prevista no art.233 CC, que traz consigo a obrigação de restituir coisa certa que quando perdida por culpa do devedor gera a obrigação de pagar o valor da coisa perdida, mais perdas e danos prevista pelo art.239 CC. A culpa prevista no art. 186 CC é gerada por um ato ilícito de omissão voluntária caracterizada pelo fato de o réu não ter restituído a coisa devida no prazo que fora acordado em contrato, gerando a obrigação de indenizar prevista no art.927 CC. As o dano material se deu causa pelo valor de mercado do animal que era de R$10.000,00 (dez mil reais) dado pela sua raça; O moral, e este dificilmente reparável, se dá pela produção de afeto entre o animal e seu dono ratificado pela doutrina de Maria Helena Diniz: “Os semoventes são bens que se movem de um lugar para outro por movimento próprio, como é o caso dos animais. Sua disciplina é a mesma dos bens móveis por sua própria natureza, sendo-lhes aplicáveis todas as suas regras correspondentes, ou seja, aquelas previstas no art. 82 do Código Civil de 2002.” E a jurisprudência da segunda turma recursal cível: Processo 71005052832 RS Orgão Julgador Segunda Turma Recursal Cível Publicação Diário da Justiça do dia 15/09/2014 Julgamento 10 de Setembro de 2014 Relator Ana Cláudia Cachapuz Silva Raabe Ementa RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. MORTE DE ANIMAL DE ESTIMAÇÃO. CACHORRO ATINGIDO POR FLECHADA DISPARADA PELO RÉU. DANO MORAL CONFIGURADO. DO PEDIDO Diante do exposto, o autor requeira esse juízo: a) A designação de audiência de conciliação/ mediação e citação do réu para comparecimento e oferecer resposta no prazo legal sob as penas da lei b) Seja julgado procedente o pedido condenando o réu ao pagamento de danos materiais no valor de 10.000,00 (dez mil reais); c) A condenação do réu ao pagamento de danos morais no valor de 27.000,00 (vinte e sete mil reais) e) Citação do réu para integrar a relação processual DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$30.000,00 (trinta mil reais). Nestes termos, Pede deferimento. Niterói, 17 e agosto de 2017 Nome do Advogado OAB/RJ
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