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CAPÍTULO 2 - Tomada de decisão do consumidor Introdução.................................................................................................................................05 2.1. Definição da questão de decisão............................................................................................05 2.1.1. Reconhecimento do problema.............................................................................................06 2.1.2. Busca de informações.........................................................................................................06 2.1.3. Avaliação das alternativas..................................................................................................08 2.1.4. Decisão de compra............................................................................................................09 2.1.5. Comportamento pós-compra...............................................................................................10 2.2. O processo de decidir............................................................................................................11 2.2.1. A experiência de fazer compras............................................................................................13 2.2.2. Ambientes sociais e físicos...................................................................................................13 2.2.3. Fatores temporais...............................................................................................................15 2.2.4. Satisfação pós-compra........................................................................................................16 2.2.5. Descarte............................................................................................................................16 2.3. A decisão.............................................................................................................................17 2.3.1. Tomada de decisão familiar.................................................................................................20 2.3.2. Crianças como tomadores de decisão..................................................................................21 Síntese.......................................................................................................................................24 Referências.................................................................................................................................25 Sumário 05 No capítulo 2 vamos entender como se dá o processo de tomada de decisão e definir os comportamentos de compra. Além disso, iremos discutir o ato de comprar e descartar, bem como examinaremos situações em que tomamos decisões de compra com outras pessoas e com a família. É fato que todos os dias as pessoas consomem e que a tomada de decisão é parte central do comportamento do consumidor. Porém, as maneiras como as pessoas avaliam e escolhem os produtos variam, dependendo do gênero, idade, personalidade, classe social, grau de novidade ou risco. Quem já não ouviu falar que mulheres gastam mais que os homens? Ou que os homens são mais objetivos quando entram em uma loja de um shopping? Profissionais de marketing estão atentos nas variações dos padrões de consumo e no comportamento das pessoas na hora de comprar, assim, estratégias são elaboradas para atrair diferentes públicos em diferentes situações. Capítulo 2Tomada de decisão do consumidor Introdução 2.1 Definição da questão de decisão Figura 1: Perfil do consumidor. Fonte: www.shutterstock.com 06 Laureate- International Universities Ebook -Comportamento de compra e consumo e pesquisa de mercado Dependendo do que se compra, o processo de decisão pode ser automático, pouquíssima informação é necessária, ou um processo de decisão intensivo, em que várias informações são analisadas, para se escolher determinado objeto. Nos dias atuais, com a rapidez na obtenção das informações, muitas opções são colocadas na frente do consumidor, um fenômeno que pode ser chamado de hiperescolha do consumidor. Tantas alternativas estão disponíveis tornando o processo de escolha cansativo e diminuindo a disposição para a tomada de decisão inteligente. (SOLOMON, 2011). Quando uma pessoa decide comprar, por trás do ato existe uma série de etapas ou estágios que são percorridos. Alguns autores citam mais e outros menos estágios. Nós adotaremos que o processo decisório de consumo é composto de cinco etapas, conforme PINHEIRO, et al, 2006: 1. Reconhecimento do problema; 2. Busca de informações; 3. Avaliação de alternativas; 4. Decisão de compra; e 5. Comportamento pós-compra. O reconhecimento do problema pode ser definido como a percepção de que existe uma distância entre o estado real/atual e o estado ideal. Para passar de um estado para um outro, precisa-se gerar uma sensação de desconforto, a ponto de um problema ser resolvido, ou seja, uma ação de consumo impulsionada. O estado real é a qualidade do estado real do consumidor (reconhecimento de uma necessidade). O estado ideal é aquilo que o consumidor anseia (reconhecimento de uma oportunidade). A qualidade do estado real pode diminuir quando falta um produto, quando a compra é inadequada ou a compra gera uma nova necessidade. O estado ideal ocorre nas ocasiões em que o consumidor tem contato com produtos de melhor qualidade ou diferentes. A busca de informações é o processo pelo qual o consumidor começa a pesquisar, informações específicas, dados adequados, para tomar uma decisão. O consumidor pode fazer uma pesquisa pré-compra para procurar informações específicas para responder ao problema específico. A pesquisa também pode acontecer a todo o momento, para uma simples atualização do que tem de novo no mercado, o que chamamos de pesquisa contínua. As pesquisas apresentam como características: 2.1.1 Reconhecimento do problema 2.1.2 Busca de informações 07 2.1.1 Reconhecimento do problema 2.1.2 Busca de informações PRÉ-COMPRA CONTÍNUA DETERMINANTES DETERMINANTES Envolvimento na compra Envolvimento com o produto. Ambiente do mercado. Ambiente do mercado. Fatores situacionais. Fatores situacionais. MOTIVOS MOTIVOS Tomar melhores decisões de compra Manter um banco de dados para uso futuro Experimentar prazer na busca RESULTADOS RESULTADOS Maior conhecimento do produto e do mercado. Maior conhecimento do produto e do mercado para futura eficiência de compra. Melhor decisão de compra. Influência pessoal. Maior satisfação com o resultado da compra Maior impulso para compra. Maior resultado com a pesquisa e com outros resultados. Depois de reconhecermos um problema (estágio 1) e começamos a buscar informações (estágio 2) podemos além de fazer uma pesquisa pré-compra, estimular a memória e tentar lembrar de alguma informação sobre produtos ou experiências de consumos semelhante anteriores. Essa pode ser chamada de pesquisa interna. Ocorre na maioria das vezes com aqueles produtos que compramos com frequência. Porém, pode acontecer de nossa experiência anterior ou o conhecimento de determinado produto ser insuficiente. Daí é necessária uma pesquisa externa que é feita por meio de fontes pessoais: parentes, amigos, vizinhos, etc.; fontes públicas: publicações especializadas, matérias comparativas, associações específicas; ou fontes de marketing: Test drive, demonstrações em shoppings, interação com vendedores, degustações. No capítulo anterior falamos sobre aprendizagem. Ela sempre estará presente quando o assunto é comportamento do consumidor. Observe que não será diferente, já que quando pesquisamos sobre algo, também aprendemos. Assim, quando procuramos informações sobre um produto estamos aprendendo sobre ele, ou seja, a aprendizagem é direcionada. Nossa busca foi para determinado produtoou serviço específico. Mas também adquirimos informações sobre um produto por meio de uma forma passiva, assistindo um comercial, lendo uma embalagem ou participando de uma demonstração no supermercado. Neste caso, estamos falando de uma aprendizagem incidental. A propaganda constante expõe os consumidores a estímulos condicionados que produzirão resultados quando associados a uma necessidade. A pesquisa online vem crescendo entre os consumidores, a ponto de influenciar a compra de mais da metade dos consumidores brasileiros, de acordo com pesquisas sobre marketing digital. Tabela 1: Pré-compra e contínua. Fonte: (SOLOMON, 2011). 08 Laureate- International Universities Ebook -Comportamento de compra e consumo e pesquisa de mercado No momento em que recorremos a sites de busca como Google, Bing e outros para buscarmos informações sobre produtos, estamos manifestando, na maioria das vezes, uma intenção de consumir. Desta forma, as empresas estão investindo pesado na internet como ferramenta estratégica de negócio tanto para divulgação da marca, como para disponibilizar informações dos produtos para os consumidores. Depois de o consumidor reconhecer o problema e buscar as informações, ele irá processar tudo aquilo que descobriu sobre o produto e avaliar com outros semelhantes. Quando avaliamos algo, escolhemos alguns fatores que orientarão a nossa escolha. A esses fatores damos o nome de critérios de avaliação do consumidor. Eles podem ser características objetivas ou subjetivas que são utilizadas para comparar alternativas diferentes. As alternativas que são conhecidas pelo consumidor são chamadas de conjunto evocado. Evocado quer dizer lembrado, reproduzidos pela memória. As alternativas que ele inclui para escolher formam o conjunto de consideração. As empresas de marketing maximizam esforços para que sua marca fique no conjunto de considerações dos consumidores logo que um produto novo é lançado, já que a rejeição a um produto descartará uma possível confiança do consumidor. Os consumidores são bombardeados com uma proliferação de recursos, logo, precisam concentrar as alternativas em algumas características dos produtos para depois escolher qual de fato irá consumir. Os critérios de avaliação irão ajudar na comparação das alternativas, dos atributos funcionais e dos atributos relativos à experiência. As características que realmente serão utilizadas na consideração das opções são denominadas atributos determinantes, isto é, são elas que determinarão a decisão. A avaliação das alternativas é um campo de pesquisa crescente entre os estudiosos de marketing, prova disso é o neuromarketing. O neuromarketing estuda o que acontece na mente do consumidor, as reações que acontecem no cérebro quando uma pessoa é exposta a imagens, marcas e propagandas. Os pesquisadores registram a atividade cerebral após determinado estímulo com Figura 2: Marketing digital. Fonte: www.shutterstock.com 2.1.3 Avaliação das alternativas 09 o objetivo de revelar quais estratégias de marketing são mais atraentes, estimulantes para o consumidor, de forma consciente ou inconsciente. As alternativas foram avaliadas, agora o consumidor precisa decidir. Mas antes de tomar a decisão de compra, três escolhas serão feitas: de quem e quando comprar e como pagar. Figura 3: Neuromarketing. Fonte: www.shutterstock.com O livro “A Lógica do Consumo: Verdade e Mentiras Sobre Por Que Compramos”, o autor é especialista em criação de marcas e foi considerado pela revista Time uma das cem pessoas mais influentes do mundo em 2009. É consultor de organizações como McDonald’s, Nestlé, Procter & Gamble, Microsoft, Walt Disney, Unilever e GlaxoSmithKline. O livro explica de forma clara o que é o neuromarketing, com base em uma pesquisa com mais de 2 mil voluntários. LINDSTROM, Martin. A Lógica do Consumo: Verdade e Mentiras Sobre Por Que Compramos. Editora Nova Fronteira. 2008. NÃO DEIXE DE LER... 2.1.4 Decisão de compra 10 Laureate- International Universities Ebook -Comportamento de compra e consumo e pesquisa de mercado De quem comprar A escolha do fornecedor depende de alguns fatores como: reputação da empresa, alguma experiência passada do consumidor em comprar com este fornecedor, localização e política de troca. Na maioria das vezes quando o consumidor percebe uma necessidade e planeja comprar, ele faz a avaliação do produto simultaneamente com a avaliação da empresa fornecedora do bem. Quando comprar Vários fatores determinam o quando comprar, por exemplo, uma promoção, um desconto, um vendedor persuasivo, o ambiente da loja, circunstância financeira, variação do dólar, etc. Como pagar Diversas são as formas de pagamentos oferecidas ao consumidor nos dias de hoje. É possível comprar à vista, parcelar, financiar, negociar juros. O importante é que a forma de pagamento influência o ato de comprar ou não comprar. As compras online revolucionaram a forma de consumo, inclusive facilitando as formas de pagamento e a busca por ofertas e promoções. Após a compra do produto a questão é: a expectativa foi satisfeita? O produto atendeu a necessidade ou não? Nestes casos os profissionais de marketing precisam saber se o problema está na expectativa elevada do consumidor ou uma deficiência no produto, já que se a expectativa for alta demais, é possível que a propaganda tenha aumentado as qualidades do produto. A experiência pós-compra é muito importante para a percepção de valor, afetando as formas de comunicação de marketing e o comportamento do consumidor, caso a compra se repita. A satisfação faz com que o consumidor volte e indique o produto. Consumidores insatisfeitos não voltam a comprar e comentar sobre o produto de forma negativa para toda sua rede de relacionamentos. Por isso, muitas empresas estão centralizando seus esforços no comportamento pós-compra do consumidor, visando reter o cliente. (PINHEIRO et al, 2006). Isso se dá por meio de pesquisas de satisfação, números telefônicos de atendimento, setores de troca e devolução tão empenhados como quando se vende e equipes de atendimento específicas. Tudo isso para construir um relacionamento com o cliente pós-compra, satisfatório. 2.1.5 Comportamento pós-compra O artigo “Compreendendo o arrependimento no processo de tomada de decisão do consumidor”, o autor Leonardo Nicolao, fala sobre o “arrependimento” no processo de tomada de decisão de compra. Parte da análise de relatos de consumidores arrependidos e da revisão da literatura sobre o assunto. Um artigo interessante para analisar a percepção entre a expectativa do que será entregue e o que realmente foi. Disponível em: < http://www.anpad.org.br/diversos/trabalhos/EnANPAD/enanpad_2002/MKT/2002_ MKT1640.pdf> acesso em: 21 jul 2015 NÃO DEIXE DE LER... 11 2.1.5 Comportamento pós-compra Aprendemos sobre as cinco etapas que orientam o consumidor na decisão de compra. Porém, muitas vezes, dependendo do tipo de envolvimento, o consumidor pode pular alguns estágios e ir direto à compra. Por que isso? Porque em alguns casos a compra não representa um nível de envolvimento alto, por exemplo, comprar uma goma de mascar numa loja de doces. Neste caso, a compra acontece quase que por impulso, sem qualquer engajamento por parte do consumidor. Quando a compra representa um alto envolvimento, três características estão presentes, na maioria das vezes: o produto a ser comprado é relativamente caro; a opção de compra pode ter consequências sérias e o produto ou serviço poderia refletir na imagem social. (PINHEIRO, et al. 2006). Se ao menos uma dessas três características estiver presente, o processo de decisão do consumidor não ocorrerá por impulso, já que informações serão analisadas, as qualidades dos produtos serão consideradas e o envolvimento será maior com a decisão decompra. De acordo com o envolvimento do consumidor, podemos classificar as decisões em três níveis de complexidade: decisões de rotina, decisões limitadas e decisões estendidas ou ampliadas. 1. Decisões de rotina: basicamente são aquelas decisões que tomamos quase que diariamente, onde pouco esforço é demandado e quase não buscamos informações sobre o produto e raramente precisamos avaliar alternativas e o valor do produto é baixo, por exemplo, comprar um creme dental no supermercado. 2. Decisões limitadas: é o tipo de decisão que precisamos de alguma informação ou opinião para avaliar alternativas. O produto já apresenta vários atributos que interferem na escolha. A decisão pode ser limitada pelo pouco tempo que se tem para decidir ou para empregar esforços. Por exemplo, escolhermos um restaurante para um jantar romântico. 3. Decisões estendidas ou ampliadas: são as decisões em que as cinco etapas ocorrem para decidir sobre a compra. Além disso, são demandados esforços e tempo em conseguir informações, avaliar as alternativas. Os produtos têm muitos atributos, o envolvimento do consumidor é maior e o investimento também. Esse tipo de decisão não é a maioria das decisões do dia a dia, não são decisões rotineiras. Por exemplo, a compra de um carro, uma casa. 2.2 O processo de decidir 12 Laureate- International Universities Ebook -Comportamento de compra e consumo e pesquisa de mercado O processo de decidir sofre a interferência de alguns fatores, como o motivo por que queremos realizar a compra e como nos sentimos no ambiente físico. Sendo assim, os profissionais de marketing para aproveitar esses fatores, criam esforços para que coincidam com situações nas quais os consumidores sejam mais propensos a comprar. Já vimos que o ato de comprar envolve diferentes fatores, inclusive fatores emocionais. O humor do consumidor irá impactar no que ele irá sentir ao comprar. Dependendo do estado emocional o consumidor poderá reagir de forma positiva ou negativa ao ambiente de consumo. O julgamento sobre produtos ou serviços é afetado dependendo do estado de felicidade, prazer ou excitação. Figura 2: Marketing digital. Fonte: www.shutterstock.com 2.2.1 A experiência de fazer compras Figura 5: Experiência de compras. Fonte: www.shutterstock.com 13 2.2.1 A experiência de fazer compras Quando estamos de bom humor, avaliamos melhor um produto. Quando estamos numa loja com clima agradável nos desperta uma reação positiva, bem como quando estamos mais animados, tendemos a prestar mais atenção aos detalhes de uma propaganda. Sendo assim, a experiência de comprar pode ser algo estimulante ou entediante, é uma experiência social, uma atividade que pode ser feita por razões funcionais ou hedônicas. (SOLOMON, 2011). Os shoppings tornaram-se experiências sociais, já que substituíram as praças ou feiras de bairro onde as pessoas da comunidade se encontravam. Viraram ponto de encontro e lazer já que representam um ambiente seguro, controlado e rico em estímulos. Veja o caso da Starbucks, cujo foco é valorizar a experiência do consumidor em sair de casa, não apenas para tomar um café, mas estar num ambiente aconchegante, tipo uma sala de estar com atendimento especial. Um ambiente conveniente para trabalho e lazer. A meta da Starbucks é se tornar o terceiro lugar onde a pessoa queira passar a maior parte do tempo, além da casa e do trabalho. Para isso, equipou sua loja com um design e decoração agradáveis, boa música, bons cafés e WI-FI grátis. O que a rede pretende com tudo isso? É fazer com que o cliente se sinta à vontade, que a experiência não seja só de tomar um café, mas que seja algo aconchegante para trabalhar, conversar e relaxar. Aspectos como o ambiente social e físico podem alterar a forma pela qual as decisões são tomadas, além de afetar os motivos para usar e avaliar os produtos. O ambiente social inclui as outras pessoas que estão presentes quando se decide comprar. Em alguns casos, a ausência de outros consumidores (frequentadores de um ambiente) funciona como um aspecto positivo, um atrativo para o produto. Por exemplo, um hotel em que se tem privacidade para descanso. Em outros casos, a falta de frequentadores pode dar um caráter negativo, desmotivando o consumo. A presença de um grande número de pessoas num ambiente de consumo aumenta níveis de excitação alterando a intensidade da experiência. Uma aglomeração, por exemplo, ocasiona um estado psicológico negativo, algo desagradável para o consumidor. Pensando nesse tipo de impacto, alguns estabelecimentos determinam algumas normas sociais, tipo vestimenta, presença de seguranças na entrada, limite de público e outros. O ambiente físico como decoração, cor, som, temperatura e odor do ambiente interfere no consumo. Uma loja com design estimulante proporciona que o consumidor permaneça mais tempo. Cores claras transmitem sensação de amplitude e serenidade, já cores vivas, provocam excitação. A luminosidade dentro de provadores de roupas interfere na quantidade de itens adquiridos. Tudo é pensado pelos designers de interiores para favorecer o consumo. O tempo é um recurso escasso nos dias de hoje. Por ser algo valioso, o consumidor leva em conta esse aspecto no processo de decisão de comprar ou não. 2.2.2 Ambientes sociais e físicos 2.2.3 Fatores temporais 14 Laureate- International Universities Ebook -Comportamento de compra e consumo e pesquisa de mercado Os fatores temporais que influenciam o processo de compra são: a quantidade de tempo disponível do consumidor, hora do dia, tempo de atendimento e tempo de espera. Decidir como distribuir o tempo é algo pessoal, varia de pessoa para pessoa. Sendo assim, os profissionais de marketing fazem uso desse recurso para criar oportunidades de venda, criando mais opções para as pessoas gastarem o seu tempo. De acordo com os estudiosos o tempo pode ter quatro dimensões: social, temporal, de planejamento e policrônica. (SOLOMON, 2006). Na dimensão social os indivíduos dividem o tempo para si, para a família, para o trabalho e para a sociedade. A dimensão temporal diz respeito à associação que as pessoas dão ao tempo, como presente, passado, futuro. A dimensão de planejamento refere-se ao estilo de administração do tempo. E a dimensão policrônica é estilo de atitude em relação ao tempo, como por exemplo, a pessoa ser centrada em uma atividade ou executar várias atividades ao mesmo tempo. A importância do fator temporal no processo decisório é de fácil compreensão quando falamos das filas. Filas de espera representam um incômodo, um obstáculo para o consumidor. As filas podem variar entre as tradicionais, aquelas em que as pessoas aguardam umas atrás das outras ou as remotas, em que as pessoas aguardam no telefone ou na internet. Analisando pelo ponto de vista do marketing, as empresas devem evitar as filas por cinco razões: o custo da espera tende a aumentar; a vida moderna reduz a tolerância à espera; a satisfação do consumidor é cada vez mais central; o tempo se tornou um dos maiores fatores de competitividade; na maioria das empresas, a fila não é um problema resolvido. (KOSTECKI, 1996). Além disso, as filas podem gerar stress e ansiedade com o tempo de espera. O incômodo pode surgir da sensação de perda de tempo e também da incerteza sobre a duração da espera. Esse incômodo reflete de forma de agir do consumidor que pode avaliar negativamente um produto ou serviço simplesmente pela sensação negativa que foi desencadeada pela espera, assim como, pode desistir da compra. Figura 6: Tempo disponível do consumidor, hora do dia, tempo de atendimento e tempo de espera. Fonte: www. shutterstock.com 15 Um dos objetivos numa relação de consumo é manter o cliente satisfeito. A sensação que o consumidor sente após o ato de comprar influenciará seu comportamento futuro.Como já vimos, satisfação de compra é o resultado da diferença entre desempenho percebido pelo comprador e suas expectativas anteriores de compra de determinado produto ou serviço. (KOTLER, 2000). Outra definição estabelece que satisfação é a atitude geral sobre um produto ou serviço após a sua aquisição e uso. É o julgamento de avaliação posterior à compra, resultante de uma compra específica. (MOWEN e MINOR, 2003). A satisfação pós-compra se dá no momento em que após a compra, o consumidor efetivamente poderá evidenciar o desempenho daquilo que foi comprado. As definições descrevem tanto aspectos cognitivos quanto emocionais da satisfação, que nada mais é que um sentimento que surge como resultado da avaliação subjetiva de que a alternativa escolhida atende ou excede as expectativas. (SOLOMON, 2011). O objetivo da análise pós-compra é ponderar a solução escolhida em relação ao problema inicial. E isso acontece em quatro estágios: 1. O consumidor confirma sua decisão; 2. Avalia sua experiência; 3. Conclui se ficou satisfeito ou insatisfeito; e, 4. Formula uma resposta futura, que pode estar direcionada ao abandono, à reclamação ou à lealdade ao produto, serviço ou fornecedor. A satisfação pós-compra direciona as intenções futuras dos consumidores e determinam a 2.2.4 Satisfação pós-compra Figura 7: Satisfação do cliente. Fonte: www.shutterstock.com 16 Laureate- International Universities Ebook -Comportamento de compra e consumo e pesquisa de mercado confiança e o comprometimento do cliente, ou seja, o consumidor terá a tendência a ser leal, quando se sentir satisfeito. A lealdade é a resposta comportamental resultante de um processo elaborado sobre uma ou mais opções alternativas. O cliente com uma atitude positiva apresenta um comprometimento profundo (vínculo emocional), pretendendo recomprar o produto ou a marca. Os tipos de lealdade podem ser classificados de acordo com a sua intensidade: lealdade verdadeira, lealdade falsa, lealdade latente e sem lealdade. Lealdade verdadeira é a atitude favorável e consistente. A lealdade falsa, (ou espúria) o cliente compra, mas não possui preferência pela marca. Isto significa que outros fatores estão influenciando a compra deste consumidor. Estas pessoas estão mais propensas a trocar de fornecedor em face de melhores alternativas. Na lealdade latente, o cliente demonstra baixo nível de recompra. Por fim, no comportamento sem lealdade, os indivíduos demonstram baixa atitude (não há preferência) e baixo comportamento (a compra não é regular). A formação da lealdade é composta por quatro fases: fase cognitiva, o consumidor processa informações a respeito do produto. Fase afetiva, a satisfação e a atitude positiva, têm influência na formação da lealdade. A fase conativa é a intenção de recompra do consumidor por meio de um processo de aprendizagem. A fase da ação a lealdade é inercial, sustentada pela inércia e custos perdidos. (OLIVER, 1999). Apesar de, a satisfação não ser o único componente da lealdade do consumidor, ela é um dos mais importantes, já que garante uma boa imagem para o produto ou serviço e garante, na maioria das vezes, a recompra e fidelização do cliente. Depois do consumo ou do uso, o produto precisa ser descartado. Algumas pessoas se apegam tanto a um produto que apresentam dificuldades para descartá-los. O descarte muitas vezes é necessário quando o produto já cumpriu sua função ou já atendeu o problema o seu objetivo. Preocupações com o meio ambiente mais as necessidades de conveniência tornaram o descarte dos produtos algo importante a ser considerado pelo consumidor. Nessa etapa, as opções apresentadas são o descarte sumário, remarketing ou reciclagem. 2.2.5 Descarte Figura 8: Sustentabilidade. Fonte: www.shutterstock.com 17 2.2.5 Descarte A preocupação com a sustentabilidade fez com que o problema de descarte do produto se tornasse objeto de discussão. Bens de consumo como eletrodomésticos, automóveis, computadores e embalagens possuem baixo custo e acelerada obsolescência, gerando ciclo de vida dos produtos cada vez mais curtos. Os valores residuais dos bens após seu desgaste são inexpressivos, o que não estimula o comércio de bens usados a ponto de influenciar o comportamento do consumidor no ciclo de vida do bem. Nos dias atuais, o consumidor deve assumir um papel responsável nesse ciclo do produto, escolhendo de forma consciente o que irá consumir. (SMANIOTTO, 2005). O descarte pode ser feito de forma temporária ou permanente e as razões para a substituição do produto podem ocorrer desde uma mudança no ambiente ou mudanças na imagem do consumidor. Os consumidores estão cada vez mais preocupados com o meio ambiente, crescendo o consumo de produtos ecologicamente corretos a ponto de influenciar as políticas públicas. Empresas que não se adequarem às questões ambientais sobre o descarte dos seus produtos tendem a perder a sintonia com o consumidor, impactando na decisão de compra e no posicionamento da marca no mercado. O consumidor atual está preocupado com questões ambientais exigindo das empresas e dos governos soluções cada vez mais responsáveis. Isso se reflete na busca de informações dos produtos antes da compra, no descarte dos produtos após a vida útil do bem. Preocupar-se com a vida útil do bem e com o descarte de seus produtos, tem feito com que as empresas assumam uma posição estratégica frente aos concorrentes. Observe que o processo de tomada de decisão é individual. A pessoa percebe a existência de um problema, busca as informações, avalia as alternativas e escolhe o produto. Esse processo já é bastante complexo, conforme aprendemos. Porém, em certas situações, o processo de tomada de decisão não é individual, e sim, coletivo. NÃO DEIXE DE VER... Dirigido por Andrew Stanton, no filme “Wall – E”, tudo começa a partir de uma Terra inóspita e entulhada de lixo, uma visão que já de início surpreende. Nele vive o pequeno robô Wall-E, que tem por missão compactar o lixo existente. Tendo apenas a companhia de uma barata, Wall-E é bastante curioso e coleciona diversos objetos que encontra durante o trabalho, que indicam que neste mesmo planeta um dia já houve vida. Ele leva uma vida solitária, até surgir Eva, um moderno robô que passa a vasculhar todo o planeta. Para saber mais não deixe de ver o filme. Disponível em: < http://www. adorocinema.com/filmes/filme-123734/criticas-adorocinema/> acesso em: 21 jul 2015 2.3 A decisão 18 Laureate- International Universities Ebook -Comportamento de compra e consumo e pesquisa de mercado Tomada de decisão coletiva acontece quando mais de uma pessoa está envolvida no processo de compra de produtos ou serviços que vários consumidores irão utilizar. (SOLOMON, 2011). Compradores organizacionais são pessoas que tem a responsabilidade de comprar bens e serviços em nome de empresas para revenda, distribuição ou para uso em processos de fabricação. São eles que decidem quais itens comprar e de quem comprar, movimentando trilhões de dólares anualmente. Motivo pelo qual os profissionais de marketing começaram a analisar o comportamento deste consumidor. Assim como o consumidor individual, o comprador organizacional tem que trabalhar com expectativas quanto ao fornecedor, quanto ao clima da empresa em que trabalha e as próprias expectativas em relação ao seu desempenho. O processo de aprendizagem em relação ao processo de compra é compartilhado e a memória organizacional é influenciada pelas crenças de mercado. Figura 9: Decisão coletiva. Fonte: www.shutterstock.com Você conhece o Marketing B2B ou industrial? É o nome comercial para compras organizacionais. Para produzirem bens para o mercado consumidor, as empresas compram e vendem umas para as outras, esse comércio entre empresas é denominado business to business.Os vendedores nesse segmento são muito mais técnicos e buscam resultados efetivos e práticos. A decisão de compra neste mercado sofre várias influências nos âmbitos ambientais, organizacionais, interpessoais e individuais, visto que na empresa os compradores devem estar totalmente envolvidos neste processo, sendo que estes precisam analisar as propostas dos demais concorrentes para que se possa definir a melhor escolha do fornecedor de acordo com os requisitos determinantes como preço, qualidade, pontualidade, instalações, confiança e credibilidade para que a compra seja efetuada de forma satisfatória. VOCÊ O CONHECE? 19 Pois bem, vamos elencar algumas diferenças entre a tomada de decisão individual do consumidor e a tomada de decisão organizacional. A tomada de decisão organizacional (SOLOMON, 2011): • Normalmente envolvem muitas pessoas que efetivam a compra, de forma direta e indireta e pessoas que utilizarão o bem ou serviço que será adquirido; • Os produtos a serem comprados muitas vezes precisam seguir normas e especificações técnicas, exigindo conhecimento sobre o produto ou serviço; • Os compradores são profissionais e as decisões baseiam-se em experiências anteriores e análise de cuidados das alternativas; • A carreira do comprador depende da sua capacidade de discernimento; • O montante de dinheiro envolvido é grande, o que confere aos compradores uma grande influência sobre os vendedores; • O marketing business-to-business envolve uma ênfase maior no pessoal do que nas propagandas; • A negociação exige mais contato face-a-face. O fato de existirem diversas diferenças, não quer dizer que as semelhanças não ocorram. O aspecto emocional também está presente. Os compradores organizacionais guiam suas decisões com base em fatores como preferência, lealdade à marca e relações de longo prazo com fornecedores e estímulos internos e externos. Estímulos internos incluem as características psicológicas do comprador, por exemplo: experiência, disposição e treinamento. Já os estímulos externos referem-se à organização para qual se trabalha ambiente econômico e social. Podemos incluir os estímulos culturais, onde são efetivados os negócios, como país, idioma, moeda, etc. A tomada de decisão de um comprador organizacional pode ter três dimensões estratégicas, dimensões que estão relacionadas com o esforço cognitivo que será demandado: as informações devem ser reunidas antes da tomada de decisão; todas as alternativas possíveis devem ser consideradas e o comprador precisa estar familiarizado com a compra. O processo de decisão de compra organizacional apresenta oito estágios que são os seguintes: reconhecimento do problema, descrição geral da necessidade, especificação técnica, identificação de fornecedores, solicitação da proposta, seleção do fornecedor, especificação rotineira do pedido, revisão e desempenho. (KOTLER e ARMSTRONG, 2003). A maioria das empresas possui um centro que administra as decisões de compras e que é composto de várias funções e níveis. Os participantes do processo decisório são representados por sete papéis que influenciam na decisão de compra: os iniciadores, usuários, influenciadores, compradores, decisores, aprovadores e os filtros internos. 20 Laureate- International Universities Ebook -Comportamento de compra e consumo e pesquisa de mercado Um dos grupos mais influenciadores no processo de tomada de decisão é a família. O tipo, tamanho e composição da família interferem no tipo das decisões de consumo. Da mesma forma que ocorre com o tomador de decisão organizacional, a decisão familiar também não é individual. Papéis assumidos pelos membros da família durante o processo de compra não são excludentes, podem ser desempenhados ou acumulados por mais de um membro da estrutura familiar. NÃO DEIXE DE VER... Dirigido por F. Gary Gray, o filme “A Negociação – Justiça a Qualquer Preço (The Negotiator) ”, traz Danny Roman (Samuel L. Jackson) um policial especialista em lidar com sequestradores, quando os reféns têm risco eminente de vida. Mas a situação se inverte quando seu parceiro assassinado e ele se torna o principal suspeito. Pouco antes da morte a vítima tinha lhe contado que os quase dois milhões de dólares do fundo de pensão, que tinham sido desviados, era uma armação de gente do seu próprio departamento. Tentando provar sua inocência ele, em uma atitude desesperada, invade a direção dos Assuntos Internos e faz cinco reféns, se tornando um sequestrador e exigindo como negociador Chris Sabian (Kevin Spacey), um policial desconhecido, pois se não pode confiar nos amigos, um estranho a pessoa ideal. Apesar dele conhecer todas as técnicas de invasão em casos de sequestro, seu tempo curto, pois precisa descobrir a verdade rapidamente, já que do lado de fora os envolvidos no esquema de corrupção estão prontos para invadir o local, não para salvar os reféns e sim para matá-lo. Disponível em: < http://megafilmeshd.net/a-negociacao-justica-a-qualquer- preco/> acesso em: 21 jul 2015 2.3.1 Tomada de decisão familiar Figura 10: Decisão familiar. Fonte: www.shutterstock.com 21 2.3.1 Tomada de decisão familiar Os papéis são: • Iniciador: aquele que reconhece uma necessidade não atendida e dispara o processo de compra; • Influenciador: busca as informações para que a necessidade seja satisfeita; • Decisor: irá decidir sobre a alternativa escolhida; • Comprador: interage com o vendedor e compra o produto; • Consumidor: é o usuário final do produto ou serviço; • Avaliador: fará a avaliação do produto no que diz respeito à satisfação da necessidade. (PINHEIRO et al, 2006). Dependendo da dinâmica familiar, do padrão econômico, social, cultural, educacional, o comportamento de compra e a tomada de decisão serão diferentes. As necessidades e gastos de uma família são afetados principalmente pelo número de filhos e quantas pessoas trabalham fora. Os profissionais de marketing aplicam o conceito de ciclo de vida familiar para avaliar o tipo de preferências, necessidades de cada família. Por exemplo, um casal sem filhos tende a gastar mais em jantares do que depois do nascimento de um filho. Uma pessoa num ciclo de vida familiar com mais idade tende a gastar mais com entretenimento, do que uma pessoa num ciclo familiar em faixa mais baixa. Os tipos de decisão familiar são: decisão consensual – os membros da família concordam a respeito de uma compra, discordando apenas em como ela será realizada. Decisão de compra por acomodação – os membros têm diferentes preferências ou prioridades e não chegam a um consenso quanto à compra. Existe um conflito entre a necessidade e as preferências da família. Os conflitos na família em relação à tomada de decisão ocorrem de acordo com a importância ou novidade da decisão ou em relação a opiniões fortes sobre boas ou más alternativas (SOLOMON, 2011). Os fatores podem ser: uma necessidade interpessoal de um membro da família; envolvimento e utilidade do produto, ou seja, o quanto o produto irá satisfazer os interesses de certo membro; responsabilidade: quem na família irá se comprometer em longo prazo com a decisão; poder: grau de influência de determinado membro exerce sobre os demais. Entender quem toma as decisões na família é de suma importância para os profissionais de marketing, já que eles precisam saber a quem irão se dirigir para influenciar uma escolha, se será direcionada àquele que representa o papel financeiro na família, se é àquele que tem maior responsabilidade no controle da casa. Atualmente, as crianças são consideradas consumidores de quase todo o tipo de produtos e serviços. Sendo assim, as empresas direcionam suas estratégias para atrair o mini consumidor. 2.3.2 Crianças como tomadores de decisão 22 Laureate- International Universities Ebook -Comportamentode compra e consumo e pesquisa de mercado As crianças que estão cada vez mais bem informadas em função do acesso à internet e à televisão, consumindo o que lhes agrada. Muitas vezes decidem a compra, já que acompanham os pais no momento da compra. O grau de influência que alguns pais têm é fator que deve ser levado em consideração no estudo do relacionamento entre as crianças e os pais na hora da compra. Alguns pais são mais influenciáveis que outros. Através dos sentidos, as crianças têm seu primeiro contato com o mundo do consumo. Depois, por meio dos gestos, palavras e ações elas começam a pedir produtos e associá-los à satisfação. Com o passar do tempo, já decidem o que querem consumir, participando do processo de tomada de decisão. Os estágios de desenvolvimento da criança como consumidor são (KARSAKLIAN, 2004): • Observação; • Pedidos; • Seleção; • Compras assistidas; • Compras independentes. Os pais são os primeiros a socializarem os filhos ao comportamento de consumo, depois vem a influência da escola, os amigos, a televisão, etc. Segundo alguns estudiosos do comportamento infantil, o fato de a criança exigir um produto não o torna um consumidor. É preciso que a criança saiba o valor do dinheiro e o preço dos produtos. Figura 11: Crianças tomadoras de decisão. Fonte: www.shutterstock.com 23 Mas, essa opinião não é unânime. O consumo infantil muda de acordo com a idade da criança, já que suas aptidões cognitivas e seus recursos financeiros aumentam de acordo com o seu desenvolvimento. As fases do consumo infantil são divididas em três: crianças de 0 a 6 anos, de 7 a 11 anos e de 12 a 14 anos. (LE BIGOT, 1980). Mesmo que as crianças morem em lugares diferentes do mundo e sejam de diferentes classes sociais, todas são idênticas e apreciam os mesmos produtos. Assim como os adultos são induzidos a comprar, as crianças também são. Estratégias como o uso de personagens, embalagens coloridas, atrativas têm alto poder de envolvimento ao consumo. O poder de decisão das crianças ultrapassa o universo de brinquedos e guloseimas, influenciando as decisões de compra de toda a família. Desta forma, os profissionais de marketing precisam estar constantemente informados com as mudanças que ocorrem nas famílias e como isso tem afetado as relações das crianças com o mundo e o consumo. Figura 12: Consumo infantil. Fonte: www.shutterstock.com NÃO DEIXE DE VER... O documentário “Criança, A Alma do Negócio”, analisa os efeitos que a mídia de massa e da publicidade tem em relação às crianças e como essa indústria descobriu que elas são o melhor alvo para a venda um produto. Além de ouvir as crianças, o filme conversa com os pais, que relatam a influência que seus filhos têm no consumo dentro de casa e como esse comportamento tem ligação direta com as propagandas e, são ouvidos especialistas da área comportamental. Veja o trailer em: https://www.youtube. com/watch?v=lZ-Aoohqx2M, aproveite para assistir o documentário completo. 24 Laureate- International Universities Ebook -Comportamento de compra e consumo e pesquisa de mercado Neste capítulo entendemos o complexo processo de tomada de decisão do consumidor, variando de segmento para segmento e de perfil para perfil – nada muito óbvio – mas muito interessante. Analisamos as etapas da tomada de decisão que o consumidor passa no momento que sente a necessidade até comprar o produto/serviço. Abordamos o reconhecimento do problema; a busca de informações; avaliação das alternativas; decisão de compra e o comportamento pós compra. Em seguida, explicitamos como se dá o processo de decisão e os diversos fatores físicos, ambientais, sociais, temporais envolvidos, bem como a satisfação pós-compra. Além disso, tratamos da preocupação com o descarte dos produtos depois do seu consumo. Hoje em dia, como o descarte de produtos se tornou cada vez maior, a preocupação do que fazer com o produto após o seu uso virou tema de pesquisa para os profissionais de marketing e criação de linhas de produtos sustentáveis. Por fim falamos sobre a tomada de decisão em seus diferentes aspectos: organizacional, familiar e infantil. Vale ressaltar também a diferença entre vendas ao consumidor (Business to Consumer - B2C) mais emocionais e vendas organizacionais (Business to Business - B2B) mais técnicas. SínteseSíntese 25 KARSAKLIAN, Eliane. Comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2004. KOSTECKI, M. Waiting lines as a marketing issue. European Management Journal, v. 14, p. 295-303, 1996. KOTLER, Philip. Administração de marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall, 2000. KOTLER, Philip. ARMSTRONG, Gary. Princípios de marketing. 9. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. LE BIGOT, J. Y. The economic influence of young people in France…its philosophical implications. Esomar – children and young people. Viena, 1980. MINCIOTTI, S. A. Comportamento do consumidor: o grande desafio de marketing. Revista IMES, nº 12, maio/agosto, 1987. MOWEN, John C e MINOR, Michael S. Comportamento do Consumidor. São Paulo: Prentice Hall, 2003. OLIVER, R. L. Whence consumer loyalty? Journal of Marketing, 1999. PINHEIRO, R. M, et al. Comportamento do consumidor e pesquisa de mercado. 3 ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. SOLOMON, M. C. Comportamento do Consumidor - Comprando, possuindo e sendo. Série Marketing. 9. Porto Alegre: Bookman, 2011. SMANIOTTO, Silvana. Estudo sobre a separação de lixo para a coleta seletiva de resíduos sólidos no bairro de Canasvieiras (Florianópolis), 2005, 60 f, Monografia de Especialização, Universidade do Estado de Santa Catarina. ReferênciasBibliográficas
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