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AÇÃO CIVIL PÚBLICA

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AÇÃO CIVIL PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apucarana 
2017 
 
2 
 
 
 
Sumário 
Conceito ................................................................................................................................................. 3 
Base legal .............................................................................................................................................. 4 
Legitimidade ........................................................................................................................................ 11 
Competência ....................................................................................................................................... 12 
Procedimento ...................................................................................................................................... 14 
Espécies............................................................................................................................................... 17 
Objetivos .............................................................................................................................................. 17 
Finalidade ............................................................................................................................................ 18 
Objetos ................................................................................................................................................. 18 
Sentença ou acórdão ......................................................................................................................... 19 
 
 
 
3 
 
Conceito 
 
A ação civil pública é o instrumento processual adequado conferido ao 
Ministério Público para o exercício do controle popular sobre os atos dos poderes 
públicos, exigindo tanto a reparação do dano causado ao patrimônio público por ato 
de improbidade, quanto à aplicação das sanções do artigo 37, § 4° 1, da Constituição 
Federal, previstas ao agente público, em decorrência de sua conduta irregular. 
Podemos definir também como sendo o instrumento processual adequado 
para reprimir e/ou impedir danos ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos 
de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e por infrações de ordem 
econômica, protegendo, assim, interesses da sociedade. 
E segundo John Rawls, a ação civil vem para “tentar” corrigir os defeitos da 
sociedade, as injustiças, que só poderão ser alcançadas com uma política que visam 
a Equidade, que significaria “uma busca corrente de justiça e imparcialidade da 
coletividade”. 
 
Origem 
De forma global, podemos dizer que a origem da ação civil pública vem dos 
Romanos, em sua época, eram bem avançados em termos de Diretos, onde o 
cidadão já detinha os direitos e poderes de agir a favor da coisa pública, no Brasil foi 
na década de 70, por influências de processualistas italianos. 
O tema ganhou bastante força na década de 70, devido a forte campanha 
popular para a preservação do meio ambiente, com grandes movimentos no Brasil e 
no mundo, assim gerando uma conscientização do problema ambiental, e do 
amparado ao consumidor, e inspirou a criação do instituto da “ação civil pública” 
Com a ampliação da incidência da proteção jurisdicional para outros 
interesses difusos, bem como a incidência da cautelar, a competência absoluta do 
local do dano, bem como a criminalização da conduta atacada na lei. Vindo a ser 
regulamentada pela Lei 7.347/85 2 do dia 24/07/1985. 
A origem da Ação Civil Pública enquanto forma jurídica é baseada às ideias 
da “class action”, difundidas na Rule 23 3 (Regra 23) do direito norte-americano, que 
se encontra na Lei 7.347, foi também mais tarde colocada no artigo 129, III, da 
Constituição Federal, que pressupõem o instrumento de tutela de interesses 
públicos. 
 
1 Constituição Federal Brasileira 1988 
2 Constituição Federal Brasileira 1988 
3 Federal Rule of EUA (1787) 
 
4 
 
O legislador brasileiro, então, inspirou-se nesse modelo para criar um instituto 
cujo seria a proteção, dos direitos difusos e coletivos, sendo como um “remédio” 
disponível a todos, tendo acrescentado, posteriormente, a ideia de defesa dos 
direitos individuais homogêneos. No direito brasileiro, a ação civil pública, se 
encontra na Constituição Federal de 1988. 
E com o passar do tempo a concepção da ação civil foi se modificando 
passando a também proteger um objeto de “bem maior” do que se pensou no ato de 
sua criação, com a contribuição do inciso IV do art.1º da lei 7347/85, que prevê o 
alcance da ação, “qualquer outro interesse difuso ou coletivo” além também do 
art.110 do Código do Consumidor. 
Base legal 
 
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985. 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o 
Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem 
prejuízo da ação popular, as ações de responsabilidade 
por danos morais e patrimoniais causados: 
l - ao meio-ambiente; 
ll - ao consumidor; 
III – a bens e direitos de valor artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico; 
IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo. 
V - por infração da ordem econômica; 
VI - à ordem urbanística. 
 VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos 
ou religiosos. 
 VIII – ao patrimônio público e social. 
 
5 
 
Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública 
para veicular pretensões que envolvam tributos, 
contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do 
Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza 
institucional cujos beneficiários podem ser 
individualmente determinados. 
 Art. 2º As ações previstas nesta Lei serão propostas no 
foro do local onde ocorrer o dano, cujo juízo terá 
competência funcional para processar e julgar a causa. 
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá a 
jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o 
mesmo objeto. 
 Art. 3º A ação civil poderá ter por objeto a condenação 
em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou 
não fazer. 
Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins 
desta Lei, objetivando, inclusive, evitar dano ao 
patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao 
consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, 
étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e 
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico. 
 Art. 5º Têm legitimidade para propor a ação principal e 
a ação cautelar: 
I - O Ministério Público; 
II - A Defensoria Pública; 
III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
 IV - A autarquia, empresa pública, fundação ou 
sociedade de economia mista; 
 
6 
 
 V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos 
termos da lei civil; 
 b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a 
proteção ao patrimônio público e social, ao meio 
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre 
concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou 
religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, 
turístico e paisagístico. 
§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo 
como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal da lei. 
§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras 
associações legitimadas nos termos deste artigo 
habilitar-se como litisconsortesde qualquer das partes. 
§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da 
ação por associação legitimada, o Ministério Público ou 
outro legitimado assumirá a titularidade ativa. 
 § 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser 
dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse 
social evidenciado pela dimensão ou característica do 
dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser 
protegido. 
 § 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os 
Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal e dos 
Estados na defesa dos interesses e direitos de que 
cuida esta lei. 
 § 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos 
interessados compromisso de ajustamento de sua 
conduta às exigências legais, mediante cominações, 
que terá eficácia de título executivo extrajudicial. 
Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor público 
deverá provocar a iniciativa do Ministério Público, 
 
7 
 
ministrando-lhe informações sobre fatos que constituam 
objeto da ação civil e indicando-lhe os elementos de 
convicção. 
Art. 7º Se, no exercício de suas funções, os juízes e 
tribunais tiverem conhecimento de fatos que possam 
ensejar a propositura da ação civil, remeterão peças ao 
Ministério Público para as providências cabíveis. 
Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado poderá 
requerer às autoridades competentes as certidões e 
informações que julgar necessárias, a serem fornecidas 
no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 1º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua 
presidência, inquérito civil, ou requisitar, de qualquer 
organismo público ou particular, certidões, informações, 
exames ou perícias, no prazo que assinalar, o qual não 
poderá ser inferior a 10 (dez) dias úteis. 
§ 2º Somente nos casos em que a lei impuser sigilo, 
poderá ser negada certidão ou informação, hipótese em 
que a ação poderá ser proposta desacompanhada 
daqueles documentos, cabendo ao juiz requisitá-los. 
Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas 
todas as diligências, se convencer da inexistência de 
fundamento para a propositura da ação civil, promoverá 
o arquivamento dos autos do inquérito civil ou das 
peças informativas, fazendo-o fundamentadamente. 
§ 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de 
informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se 
incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao 
Conselho Superior do Ministério Público. 
§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior do 
Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a 
promoção de arquivamento, poderão as associações 
legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, 
 
8 
 
que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados 
às peças de informação. 
§ 3º A promoção de arquivamento será submetida a 
exame e deliberação do Conselho Superior do 
Ministério Público, conforme dispuser o seu Regimento. 
§ 4º Deixando o Conselho Superior de homologar a 
promoção de arquivamento, designará, desde logo, 
outro órgão do Ministério Público para o ajuizamento da 
ação. 
Art. 10. Constitui crime, punido com pena de reclusão 
de 1 (um) a 3 (três) anos, mais multa de 10 (dez) a 
1.000 (mil) Obrigações Reajustáveis do Tesouro 
Nacional - ORTN, a recusa, o retardamento ou a 
omissão de dados técnicos indispensáveis à propositura 
da ação civil, quando requisitados pelo Ministério 
Público. 
Art. 11. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de 
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz determinará o 
cumprimento da prestação da atividade devida ou a 
cessação da atividade nociva, sob pena de execução 
específica, ou de cominação de multa diária, se esta for 
suficiente ou compatível, independentemente de 
requerimento do autor. 
Art. 12. Poderá o juiz conceder mandado liminar, com 
ou sem justificação prévia, em decisão sujeita a agravo. 
§ 1º A requerimento de pessoa jurídica de direito público 
interessada, e para evitar grave lesão à ordem, à saúde, 
à segurança e à economia pública, poderá o Presidente 
do Tribunal a que competir o conhecimento do 
respectivo recurso suspender a execução da liminar, em 
decisão fundamentada, da qual caberá agravo para uma 
das turmas julgadoras, no prazo de 5 (cinco) dias a 
partir da publicação do ato. 
 
9 
 
§ 2º A multa cominada liminarmente só será exigível do 
réu após o trânsito em julgado da decisão favorável ao 
autor, mas será devida desde o dia em que se houver 
configurado o descumprimento. 
Art. 13. Havendo condenação em dinheiro, a 
indenização pelo dano causado reverterá a um fundo 
gerido por um Conselho Federal ou por Conselhos 
Estaduais de que participarão necessariamente o 
Ministério Público e representantes da comunidade, 
sendo seus recursos destinados à reconstituição dos 
bens lesados. 
§ 1o. Enquanto o fundo não for regulamentado, o 
dinheiro ficará depositado em estabelecimento oficial de 
crédito, em conta com correção monetária. 
 § 2o Havendo acordo ou condenação com fundamento 
em dano causado por ato de discriminação étnica nos 
termos do disposto no art. 1o desta Lei, a prestação em 
dinheiro reverterá diretamente ao fundo de que trata o 
caput e será utilizada para ações de promoção da 
igualdade étnica, conforme definição do Conselho 
Nacional de Promoção da Igualdade Racial, na hipótese 
de extensão nacional, ou dos Conselhos de Promoção 
de Igualdade Racial estaduais ou locais, nas hipóteses 
de danos com extensão regional ou local, 
respectivamente. 
 Art. 14. O juiz poderá conferir efeito suspensivo aos 
recursos, para evitar dano irreparável à parte. 
Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em julgado 
da sentença condenatória, sem que a associação autora 
lhe promova a execução, deverá fazê-lo o Ministério 
Público, facultada igual iniciativa aos demais 
legitimados. 
 
10 
 
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, 
nos limites da competência territorial do órgão prolator, 
exceto se o pedido for julgado improcedente por 
insuficiência de provas, hipótese em que qualquer 
legitimado poderá intentar outra ação com idêntico 
fundamento, valendo-se de nova prova. 
 Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação 
autora e os diretores responsáveis pela propositura da 
ação serão solidariamente condenados em honorários 
advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da 
responsabilidade por perdas e danos. 
 Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá 
adiantamento de custas, emolumentos, honorários 
periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação 
da associação autora, salvo comprovada má-fé, em 
honorários de advogado, custas e despesas 
processuais. 
 Art. 19. Aplica-se à ação civil pública, prevista nesta 
Lei, o Código de Processo Civil, aprovado pela Lei nº 
5.869, de 11 de janeiro de 1973, naquilo em que não 
contrarie suas disposições. 
Art. 20. O fundo de que trata o art. 13 desta Lei será 
regulamentado pelo Poder Executivo no prazo de 90 
(noventa) dias. 
Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses 
difusos, coletivos e individuais, no que for cabível, os 
dispositivos do Título III da lei que instituiu o Código de 
Defesa do Consumidor 
Art. 22. Esta lei entra em vigor na data de sua 
publicação. Art. 23. Revogam-se as disposições em 
contrário. 
 
11 
 
Legitimidade 
 
A legitimidade da ação civil pública é conhecida através do artigo 5º da lei 
7.347/85, onde esta será ativa e passiva, bem como partes de uma ação comum, 
sendo a parte ativa o autor e a passiva, o réu. 
Quando o assunto é quem é legitimado para instaurar umaação civil pública, 
encontra-se um olhar mais estrito em relação a quem poderá ser qualificado para 
este feito. De acordo com o artigo acima citado, poderão ser responsáveis pela 
proposição da ação civil pública: o Ministério Público; a Defensoria; a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os municípios; a autarquia, empresa pública, fundação 
ou sociedade de economia mista; e associação (vide condições). 
A ação civil pública ganhou força com a promulgação da lei 8.078/90 e há 
uma relação intensa da lista de legitimados com os objetivos da criação deste tipo 
de remédio constitucional. Em 1985, quando a lei 7.347 foi criada, notou-se a 
necessidade de um dispositivo efetivo que tivesse o foco nos danos que fossem 
causados ao consumidor, ao meio ambiente, aos bens com valor artístico, histórico, 
paisagístico, estético, turístico e, com a promulgação do Código de Defesa do 
Consumidor, os interesses difusos e coletivos. 
Portanto é notável que, há a necessidade que as partes legitimadas não 
sejam restritas, o que justifica a ampla possibilidade de autores de ação civil pública. 
Este tipo de remédio constitucional, carrega consigo a legitimação 
extraordinária, que significa que o titular do direito, não necessariamente será o 
autor da ação que recorre. Sendo assim, o papel do ministério público é essencial 
pois, em geral, os assuntos tratados pela ação civil pública abordam danos 
causados à população. 
Além disso, é possível observar que, instituições privadas são legitimadas 
para serem o polo ativo da ação, considerando os objetivos da mesma, é justificável 
que estas instituições sejam litisconsortes com órgãos públicos. É importante 
ressaltar que as associações só serão possíveis autores quando: estiverem 
constituídas há pelo menos um ano de acordo com a lei cível e que as suas 
finalidades sejam correspondentes às finalidades dispostas no código. De acordo 
com o artigo 5º da lei 7.347/85, inciso V, alínea “a” e “b”: 
 
12 
 
“V - a associação que, concomitantemente: 
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei 
civil; 
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao 
patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à 
ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos 
raciais, étnicos ou religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, 
histórico, turístico e paisagístico.” 
 
O Ministério Público, de acordo com o parágrafo primeiro da lei acima citada, 
atuará como fiscal da lei caso não esteja no polo ativo da ação, ou seja, o MP 
mostra-se essencial ainda que não participe do processo de maneira direta, sendo o 
inspetor de todas as movimentações. 
No §3º prevê-se a possibilidade de desistência da parte autora da ação 
sendo, nessa situação, a responsabilidade de assunção do feito do Ministério 
Público, ou de qualquer um dos outros legitimados para a sua continuidade. Nota-se, 
portanto, a relevante importância do interesse público nesta ação, sendo protegido e 
resguardado a todo momento. 
O litisconsórcio entre as partes será admitido, sendo ele entre órgãos públicos 
e associações. Ele será facultativo entre Ministérios Públicos da União, Distrito 
Federal e dos Estados na defesa dos direitos tratados pela lei, regidos no artigo 1º, 
incisos I, II, III, IV, V, VI e VII. 
Competência 
 
De acordo com a Lei 7.347 de 24 de Julho de 1985, a qual disciplina a ação 
civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio-ambiente, ao 
consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico (VETADO) e dá outras providências. 
Em relação à competência para julgamento da ação civil pública, traz em seu 
artigo segundo: As ações previstas nesta Lei serão propostas no foro do local onde 
 
13 
 
ocorrer o dano, cujo juízo terá competência funcional para processar e julgar a 
causa. 
Parágrafo único A propositura da ação prevenirá 
a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente 
intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o 
mesmo objeto. 
Art. 4o Poderá ser ajuizada ação cautelar para 
os fins desta Lei, objetivando, inclusive, evitar danos ao 
patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao 
consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, 
étnicos ou religiosos, à ordem urbanística ou aos bens e 
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e 
paisagístico. 
A Lei n. 8.078/90 do código de Defesa do Consumidor, também traz em seu 
art 93 Ressalvada a competência da Justiça Federal, é competente para a causa a 
justiça local: 
I – no foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer 
o dano, quando de âmbito local; 
II – no foro da Capital do Estado ou no do Distrito 
Federal, para os danos de âmbito nacional ou regional, 
aplicando-se as regras do Código de Processo Civil aos 
casos de competência concorrente. 
A competência em ações civis públicas é do juiz do local onde ocorreu ou 
deva ocorrer o dano, pois a ação civil pública também pode ser utilizada de forma 
preventiva. 
A jurisprudência fixará como foro competente aquele capaz de possibilitar 
celeridade no julgamento, de acordo com a facilidade da instrução do processo, 
proximidade com a vítima como facilidade de obtenção de provas, perícias, outras. 
A competência para apreciar a ação civil pública pertence ao local onde 
ocorreu o dano ou houver a ameaça de dano, no caso de ação cautelar. 
Essa competência deve ser classificada como absoluta, não podendo ser 
flexibilizada pelo interesse das partes litigantes. (Agra, Walber de Moura, 2014). 
 Na ação de proteção ao meio ambiente deverá ser levado em conta as 
indicações demonstradas após o estudo do impacto ambiental, com 
 
14 
 
responsabilidade civil objetiva, exigindo a comprovação das condutas que deram 
causa ao resultado do dano, ou seja, o nexo de causalidade. 
 Ações contra danos de valores artísticos, históricos e turísticos, independem 
de o bem possuir o tombamento, como também o seu ajuizamento não impede que 
sejam realizadas novas ações de natureza diversa. 
Acontecendo dano em mais de uma comarca, onde há mais de juízo 
igualmente competente, a determinação da competência será o da prevenção. Em 
casos em que ocorrer interesse ou intervenção da União à ação deverá ser proposta 
pela Vara Federal correspondente aquela localidade, deixando de prevalecer nesse 
caso a competência do local do dano. 
Ação civil pública de natureza eleitoral, o julgamento se dá por competência 
da Justiça Eleitoral. Porém se a ação for ajuizada em desfavor do prefeito municipal 
por ato administrativo que causou danos ao patrimônio público, à competência é da 
Justiça Comum. 
 Trata-se de competência absoluta, apesar de ser territorial, pois, na Ação 
Civil Pública, o critério utilizado (local do dano) tem o objetivo de garantir a 
efetividade da jurisdição. 
A competência na ação civil pública é qualificada, no artigo segundo da Lei 
7.347/85, como funcional. Competência ratione loci, ou seja, do local do dano, do 
lugar da coisa, da realização ou da execução do fato, normalmente essas 
características implicariam em competência relativa. Porém, por ser funcional, a 
competência é absoluta. E por ser absoluta, a competência não pode ser modificada 
pela vontade das partes ou por fatos processuais, por ser de acordo com o interesse 
público. 
Procedimento 
 
A Ação Civil Pública, assim como todas as demais ações propostas em juízo, 
deve seguir o rito processual, ou seja, a sequência de atos processuais, 
ordenadamente encadeados, vistos da perspectiva externa, sem qualquer 
preocupação com o seu destino. (PACELLI, 2011, p. 657). 
Arruda Alvim,na sua Obra Comentários ao Código de Processo Civil, define o 
procedimento como o modo e a forma como se movem os atos processuais. O 
 
15 
 
próprio Código de PROCESSO Civil prevê duas espécies de procedimento, sendo 
elas, procedimentos comuns e procedimentos especiais. 
Em face do Novo Código de Processo Civil, deixou de existir a subdivisão dos 
processos comuns em rito ordinário e rito sumário. 
Art. 318 - Aplica-se a todas as causas o 
procedimento comum, salvo disposição em contrário 
deste Código ou de lei. 
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-
se subsidiariamente aos demais procedimentos 
especiais e ao processo de execução. 
O procedimento comum, por ser o padrão, aplica-se de forma subsidiária aos 
procedimentos especiais, segundo essa perspectiva apresentada pelo art. 318 em 
seu parágrafo único. 
A sequência lógica prevista pelo Novo CPC define o procedimento comum 
como: 
1° - Petição Inicial 
2° - Audiência de Conciliação ou Mediação 
3° - Contestação (com preliminares e mérito) 
4° - Réplica 
5º - Saneamento 
6º - Audiência de Instrução e Julgamento 
7º - Sentença 
 
A sumarização do procedimento ordinário promoveu a disseminação dos 
interesses e direitos através de medidas antecipatórias de caráter provisório, que 
são formas de tutela de urgência em vigor na maioria dos sistemas jurídicos de 
tradição civil. O art. 6º do Novo CPC define que 
 
Art. 6º Qualquer pessoa poderá e o servidor 
público deverá provocar a iniciativa do Ministério 
Público, ministrando-lhe informações sobre fatos que 
constituam objeto da ação civil e indicando-lhe os 
elementos de convicção. 
 
 
16 
 
Os Arts. 8º e 9º e respectivos parágrafos, em suma, definem 
especificadamente os processos ao quais a Ação Civil Pública deve seguir: 
 
Art. 8º Para instruir a inicial, o interessado 
poderá requerer às autoridades competentes as 
certidões e informações que julgar necessárias, a serem 
fornecidas no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 1º O Ministério Público poderá instaurar, sob 
sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de 
qualquer organismo público ou particular, certidões, 
informações, exames ou perícias, no prazo que 
assinalar, o qual não poderá ser inferior a 10 (dez) dias 
úteis. 
§ 2º Somente nos casos em que a lei impuser 
sigilo, poderá ser negada certidão ou informação, 
hipótese em que a ação poderá ser proposta 
desacompanhada daqueles documentos, cabendo ao 
juiz requisitá-los. 
Art. 9º Se o órgão do Ministério Público, 
esgotadas todas as diligências, se convencer da 
inexistência de fundamento para a propositura da ação 
civil, promoverá o arquivamento dos autos do inquérito 
civil ou das peças informativas, fazendo-o 
fundamentadamente. 
§ 1º Os autos do inquérito civil ou das peças de 
informação arquivadas serão remetidos, sob pena de se 
incorrer em falta grave, no prazo de 3 (três) dias, ao 
Conselho Superior do Ministério Público. 
§ 2º Até que, em sessão do Conselho Superior 
do Ministério Público, seja homologada ou rejeitada a 
promoção de arquivamento, poderão as associações 
legitimadas apresentar razões escritas ou documentos, 
que serão juntados aos autos do inquérito ou anexados 
às peças de informação. 
§ 3º A promoção de arquivamento será 
submetida a exame e deliberação do Conselho Superior 
 
17 
 
do Ministério Público, conforme dispuser o seu 
Regimento. 
§ 4º Deixando o Conselho Superior de 
homologar a promoção de arquivamento, designará, 
desde logo, outro órgão do Ministério Público para o 
ajuizamento da ação. 
Espécies 
A ação civil pública tem por objetivo cessar ou impedir os bens jurídicos que 
tutela no Art. 1 da lei 7347 de 1985, portanto possui duas espécies: preventiva ou 
repressiva. 
Conforme disposto no Art. 3 da mesma lei “A ação civil poderá ter por objeto a 
condenação em dinheiro ou o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer”. A 
Ação civil pública tem natureza indenizatória, fazendo o réu da ação pagar pelos 
danos causados ao bem objetivado, ou de cessar a atividade danosa, sendo assim 
considerada repressiva, pois tem o objetivo de reprimir o dano já causado ao 
patrimônio. 
Preventiva no sentido de que a ação pode ser proposta mesmo somente 
diante da ameaça a um direito, por exemplo, se uma empresa tem uma atividade 
que pode ser lesiva ao meio ambiente e pode eventualmente causar algum dano 
substancial a este, a ação movida contra esta terá objetivo de prevenir o dano, 
fazendo cessar tal atividade. 
Objetivos 
 
Segundo posição doutrinária e jurisprudencial, a ACP intentada pelo 
Ministério Público não deve ser utilizada somente para o ressarcimento de danos ao 
erário, pois isso não se amolda às suas finalidades sociais. 
Luís Roberto Barroso (2003, p. 223) acentua que “a alternatividade que o 
dispositivo enseja não impede a cumulação, numa mesma ação, dos pedidos de 
prestar ou não algum fato e de indenizar em certa quantia de dinheiro”. 
 
18 
 
Além dos fins previstos na Lei de Ação Civil Pública, outras normas preveem 
o emprego dessa ação para o alcance de diferentes formalidades. 
O CDC estabelece a utilização da ACP para a invalidação de cláusulas 
abusivas (Lei 8.078/90, artigo 51, §4°). Essa providência é de caráter constitutivo, 
pois cria situação jurídica nova. 
Finalidade 
O interesse defendido na ação é o da proteção jurisdicional ao meio 
ambiente; consumidor; bens e direito de valor histórico, artístico, estético, turístico e 
paisagístico; qualquer outro interesse ou direito difuso coletivo ou individuais 
homogêneos; bem como a defesa da ordem econômica. 
Entende-se por interesses difusos a espécie do gênero interesses meta 
individuais – interesses coletivos lato sensu – e ocupam o topa da escala da 
indivisibilidade e falta de atributividade a um determinado indivíduo ou grupo 
determinado, sendo a mais ampla síntese dos interesses de uma coletividade, 
verdadeiro amálgama de interesses em torno de um bem da vida. 
Objetos 
 
Busca defender um dos direitos resguardados pela Constituição Federal e leis 
especiais, podendo ter por fundamento a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, bem como o ato ilegal lesivo à coletividade sendo responsabilizado o 
infrator que lesa: meio ambiente, consumidor, bens e direitos de valor artístico, 
interesses coletivos e difusos. 
Entende melhor por interesses coletivos, àqueles que são comuns à 
coletividade, desde que presente o vínculo jurídico entre os interessados, como o 
condomínio, a família, o sindicato entre outros. Por outro lado, os interesses são 
chamados de difusos quando, muito embora se refiram à coletividade, não obrigam 
juridicamente as partes envolvidas, por exemplo, a habitação, o consumo, entre 
outros. 
 
19 
 
Sentença ou acórdão 
 
A ação civil pública se apresenta como uma das ações coletivas previstas no 
ordenamento jurídico, visando a tutela de direitos de interesses da coletividade, 
sendo visto com um instrumento processual constitucional, destinados à proteção de 
direitos, coletivos e difusos, sendo um instituto legal, onde uma de suas funções 
institucionais do Ministério Público é a promoção da ação civil pública, visando a 
proteção social, meio ambiente entre outros interesses. 
 
Sua legitimidade é classificada como extraordinária, onde a lei autoriza que 
um terceiro defenda direitos pertencentes a outrem. Visto assim que o Ministério 
Público tem a legitimidade para criar ações civis públicas, mesmo quando não for 
parte no processo deverá obrigatoriamente atuar como FISCAL DA LEI. Mas vale 
ressaltar que se a associações abandonar a causa ou mesmodesistir, será da 
responsabilidade do Ministério Público assumir a continuidade da demanda, 
ferramenta está que pode ser realizada por qualquer outro legitimado ativo. 
 
A ação civil pública é uma demanda civil utilizada para a proteção de direitos 
supra individuais, e, por isso mesmo, segue uma disciplina própria que é a que 
resulta da combinação da LACP com o Título III do CDC. [...] se houver lacuna ou 
conflito neste sistema, a solução deverá ser buscada no Código de Processo Civil, 
observando-se uma interpretação dos dispositivos que sejam atinentes à tutela 
coletiva (efetividade e instrumentalidade).1 
 
Vendo que assim o inquérito civil, é o instrumento do qual o Ministério 
Público, busca provas probatórias para se embasar em uma futura ação civil pública. 
 
O inquérito civil é uma ferramenta, um instrumento (sem fim em si mesmo) 
não jurisdicional (administrativo) ” [...], colocado “à disposição do parquet, voltado à 
coleta de elementos para a formação de convicção deste órgão com vistas a 
eventual propositura de ação civil pública para defesa de direitos supra individuais. 
”2 
 
 
20 
 
O inquérito civil, tem como objetivo colher provas e elementos que justifiquem 
a ação, uma terminada as diligências, e assim constatado a prática de atos dolosos 
aos bens tutelados, caberá ao Ministério Público ou outro legitimado fazer o uso das 
provas colhidas dando assim início a ação, porém ao final dos inquéritos concluir a 
inexistência de fundamentos para o ajuizamento da ação civil pública, será o mesmo 
arquivado. 
 
Na ação civil pública a sentença é preponderantemente condenatória, visando 
a reparação patrimonial e moral da outra parte, sendo que o responsável pelos 
danos aos bens tutelados pode ser condenado a pagar uma quantia considerável 
em dinheiro, a sentença faz a coisa julgada material com eficácia, salvo no caso de 
sentença de improcedência por insuficiência de provas, podendo assim ser objeto de 
uma nova ação. 
 
Um caso de grande repercussão que tivemos conhecimento, no qual gerou 
uma ação civil pública, foi o rompimento da barragem do fundão da empresa 
Samarco, na unidade de Germano, em Mariana/MG, o rompimento ocorreu no dia 
05 de Novembro, no qual 19 pessoas desapareceram, 18 corpos haviam sido 
identificados, entres eles estavam moradores da região e funcionárias da empresa, 
um total de 32,6 milhões de m³ de rejeitos de lama desceu de Fundão, atingindo o 
município de Mariana situado apenas 8 quilômetros de distância. 
 
A onda de lama atingiu comunidades como, como Paracatu de Baixo e 
Camargos, e as cidades de Barra Longa, Rio Doce e Santa Cruz do Escalvado e 
cidades do Leste de Minas, como Governador Valadares. A lama também chegou ao 
Espírito Santo, levada pelo Rio Doce, afetando Regência, Linhares, Baixo Gandu e 
Colatina, causando destruição por onde passou e vitimando vários inocentes. 
 
Um plano de emergência foi criado pela empresa Samarco, tendo amenizar 
os danos causados, tendo como um dos focos o impacto ambiental, fazendo 
regularmente o monitoramento da qualidade da água e programas de revegetação 
emergencial, no campo social a empresa Samarco focalizou no atendimento 
 
21 
 
emergencial as comunidades, como moradia, renda e apoio psicossocial, visto que 
as mesmas perderam tudo com o rompimento. 
 
Já na parte estrutural das outras barragens, depois do acidente a empresa 
buscou novos monitoramentos nas barragens remanescentes, e obras de reforço 
estrutural, visando assim não ocorrer outro rompimento, acompanhado de perto por 
órgãos fiscalizadores, como IBAMA, DNPM (Departamento Nacional de Produção 
Mineral) e os governos mineiros e capixaba. 
 
Mas para o Ministério Público que acompanhou todos os procedimentos, após 
o rompimento da barragem, e depois de diligências no sentido de colher provas do 
porque aquele acidente havia ocorrido, chegou a conclusão de ter havido 
negligência da empresa Samarco, onde uma das provas colhidas foi o relatório que 
a FEAM (Fundação Estadual de Meio Ambiente) apresentou, declarando que 
chegou a recomendar para a Samarco a necessidade de se fazer reparos na 
estrutura da barragem do fundão. 
 
As responsabilidades pelo acidente serão divididas entre esferas, 
Administrativa (multa), Civil (indenizações) e penal (crime), a justiça determinou o 
bloqueio de R$ 300 milhões da empresa para os ressarcimentos, tendo como 
intenção do Ministério Público que a empresa repare completamente o dano 
causado pela lama, com ações essas de limpeza, resgate de animais, reconstrução 
de casas, depois será apurados indenizações por danos coletivos e individuais. 
 
A primeira decisão efetiva que condenou a mineradora depois de quase 1 ano 
e 6 meses do rompimento da barragem determinou que fosse paga indenizações as 
famílias que perderam algum ente valores estes que chegaram até a R$ 200 mil. 
 
Infelizmente não foi possível pegar o processo da empresa Samarco, segue 
em anexo alguns dados do processo obtidos no site TJMG no qual informa que o 
mesmo teria sido arquivado, ao ser procurado no site DJMG foi possível ter acesso a 
decisões proferidas em ações trabalhista e artigos sobre o desastre. 
 
 
22 
 
Ao ser realizada uma pesquisa no site Jusbrasil.com, foi encontrado um 
acórdão para as vítimas do desastre, residentes no município de Tumiritinga, onde 
segue em anexo. 
 
REFERÊNCIAS 
 
MEIRELLES, Hely Lopes. Mandado de Segurança, ação popular, ação civil pública, 
mandado de injunção e habeas data. 18ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008. 
RODRIGUES, Marcelo Abelha. Ação Civil Pública. In: DIDIER JR., Fredie (org). 
Ações Constitucionais. 3. ed. Salvador: Ed. Jus Podivm, 2008. 
Notas [1] LACP – Lei de Ação Civil Pública [2] CDC - Código de Defesa do 
Consumidor 
MILARÉ, Édis. A ação civil pública após 20 anos: efetividade e desafios / 
coordenador Édis Milaré. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2005. 
 
BARROSO, Luís Roberto, Interpretação e aplicação da Constituição, 2003. Os 
princípios específicos e instrumentais à interpretação constitucional são os da 
supremacia, presunção de constitucionalidade, interpretação conforme a 
Constituição, unidade, razoabilidade-proporcionalidade e efetividade. 
 
BRASIL. Código de processo civil Código de Processo Civil. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5869.htm>. Acesso em 10 de set. De 2017. 
rafaeldurigao.jusbrasil.com.br/artigos/180316667/acao-civil-publica 
 
AGRA, Walber de Moura Curso de direito constitucional/Walber de Moura Agra. – 
8.a ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2014. 
 
Disponível em <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7347orig.htm> acesso em: 12 set 
2017. 
Disponível em: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/81222-cnj-servico-entenda-a-
diferenca-entre-acao-popular-e-acao-civil-publica>. Acesso em 14 set. 2017. 
 
23 
 
Disponível em: http://ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=18689>. Acesso em 14 
set. 2017. 
Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/diarios/DJMG/2017/08/18>. Acesso em 
14 set 2017. 
Disponível em <www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8078.htm> acesso em 13 set 
2017. 
Disponível em: https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/445257613/conflito-de-
competencia-cc-10184150029538004-mg/inteiro-teor-445257627?ref=juris-tabs.>. 
Acesso em 14 set. 2017. 
Disponível em: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/rompimento-de-
barragens-em-mariana-perguntas-e-respostas.html>. Acesso em 14 set. 2017. 
Disponível em: http://www.samarco.com/rompimento-da-barragem-de-fundao/>. 
Acesso em 14 set. 2017. 
Disponível em <jus.com.br/artigos/31156/a-competencia-na-acao-civil-publica-proposta-por-autarquia-federal> acesso em 13 set 2017. 
Disponível em: 
http://domtotal.com/direito/uploads/pdf/c99d721166e7d96dcc4c85f98b42abfa.pdf 
https://jus.com.br/artigos/348/legitimidade-na-acao-civil-publica 
Lei nº 7.347 de julho de 1986 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7347orig.htm

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