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pratica simulada III semana 10

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA 
CRIMINAL DO JURI DA COMARCA DE___ 
 
 
Processo nº XXXX 
 
 
 
JERUSA, devidamente qualificada nos autos do processo em 
epigrafe, inconformada com a respeitável decisão de pronúncia, vem por seu 
advogado in fine, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência interpor 
 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 
 
Com fulcro no artigo 581 IV do Código de Processo Penal. 
 
 
Requerer a Vossa Excelência, que seja recebido e processado o 
presente recurso e que seja exercido o juízo de retratação com fulcro no artigo 
589 do Código de Processo Penal, para modificar a decisão de pronúncia. 
 
Caso Vossa Excelência, mantenha a r. decisão de pronúncia, após a 
juntada das contrarrazões do Ministério Público, sejam os autos encaminhados 
ao Egrégio Tribunal de Justiça. 
 
Nestes termos, 
Pede Deferimento 
Local, 09 de agosto de 2016. 
Advogado 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
 
 
RAZÕES 
 
RECURSO EM SENTIDO ESTRITO 
 
RECORRENTE: JERUSA 
 
RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO. 
 
PROCESSO N° XXXX 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
COLENDA CÂMARA 
 
ILUSTRES SENHORES JULGADORES 
DOUTO PROCURADOR DE JUSTIÇA 
 
Em que pese o notável saber jurídico do Juiz de Direito da ___ Vara Criminal 
do Júri da Comarca ___, a respeitável decisão de pronúncia, não deve 
prosperar, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
 
I- DOS FATOS 
 
JERUSA, atrasada para importante compromisso profissional, dirigia 
seu carro bastante preocupada, mas respeitando os limites de velocidade. Em 
uma via de mão dupla, JERUSA decide ultrapassar o carro à sua frente, o qual 
estava abaixo da velocidade permitida. Para realizar a referida manobra, 
entretanto, Jerusa não liga a respectiva seta luminosa sinalizadora do veículo 
e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir, DIOGO, motociclista que, em 
alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto da via. Não obstante a 
presteza no socorro que veio após o chamado da própria JERUSA e das 
demais testemunhas, DIOGO falece em razão dos ferimentos sofridos pela 
colisão. 
Instaurado o inquérito policial, após o curso das investigações, o 
Ministério Público ofereceu denúncia em face da acusada pela suposta prática 
de crime de homicídio doloso simples, na modalidade de dolo eventual 
tipificado no art. 121 do CP C/C art. 18, I parte final ambos do Código Penal. 
 Diante da denúncia, e, após regular instrução criminal, o Douto 
Magistrado deste juízo, proferiu decisão de pronúncia da acusada pelo crime 
apontado na inicial acusatória, que, data vênia, deve ser reformada conforme 
fundamentos abaixo aduzidos. 
 
II- DO DIREITO 
 
Em primeiro lugar, a acusada não agiu com dolo em sua conduta, uma 
vez que além de diligenciar socorro prestativo à vítima, o acidente ocorreu 
nestas circunstâncias por imprudência do motociclista que estava em alta 
velocidade, não sendo previsível ou não tendo assumido o risco de tal fato a 
acusada, cuja conduta se amolda ao crime de homicídio culposo na direção de 
veículo automotor, tipificado no art. 302 do CTB, razão pela qual, deve ser 
desclassificado o crime de homicídio doloso, tipificado no art. 121 caput do CP, 
para o supracitado crime. 
 
Nesta mesma esteira, não se verifica o dolo na conduta da acusada, 
pois mesmo que se admita configurar o dolo eventual, este exige além da 
previsão do resultado, que o agente assuma o risco de ocorrência do mesmo, 
consoante ao art. 18, I parte final, do CP, que adotou a teoria do 
consentimento, não encontrando tal hipótese, contudo, suporte na realidade 
destes autos. 
 
Em segundo lugar, consequentemente à desclassificação de crime 
acima fundamentada, não é competente para julgar a acusada o Tribunal do 
Júri, nos termos do art. 74 §1º do CPP, havendo os autos de ser remetidos 
para juiz de Direito da Vara Criminal, na forma do art. 419 do CPP, que 
expressamente prevê esta hipótese. 
 
 
 
III- DO PEDIDO 
 
Ante ao exposto requer: 
 
A) Que seja conhecido e provido o presente recurso em sentido estrito, 
para que desclassifique a conduta da recorrente para aquela prevista no 
artigo 302 CTB e consequentemente os autos sejam remetidos à livre 
distribuição para uma das Varas Criminais da Comarca ______, para o 
devido processamento e julgamento do feito, nos termos do artigo 419 
do CPP. 
 
 
Nestes termos 
 
Pede Deferimento 
Local, 12 de agosto de 2016 / pois dia 11 cai no domingo 
Adv. 
OAB/UF

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