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Peça 5 Contestação Caso Concreto 7

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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA TRABALHISTA DE BELÉM/PA
Processo Nº...
BANCO DINHEIRO BOM S/A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº..., endereço eletrônico..., estabelecida na rua ..., nº..., bairro ..., cidade..., estado ..., CEP ..., assistida por seu advogado infra-assinado, procuração anexa, endereço eletrônico..., com escritório na rua..., nº..., bairro..., cidade..., estado..., CEP..., onde recebe intimações, com fulcro no art. 840, § 1º, da CLT c/c art. 319 do CPC/15, vem perante Vossa Excelência, tempestivamente, propor a presente
CONTESTAÇÃO
às alegações formuladas por PAULA, já qualificada nos autos do processo em epígrafe, pelas relevantes razões de fato e de direito, abaixo, expostos.
DO MÉRITO
 DO NÃO CABIMENTO DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
	A Reclamante foi contratada pela reclamada para exercer a função de gerente geral da agência de pequeno porte, atendendo apenas a cliente de pessoa física. Recebi R$ 8.000,00 (oito mil reais) mensais, além da gratificação de função no percentual de 50% a mais que o cargo efetivo.
	Alega a Reclamante que o Senhor João Petrônio percebia R$ 10.000,00 (dez mil reais), sendo gerente de agência de grande porte, atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas, e que por esse motivo ela teria direito às diferenças salariais e todos os seus reflexos em razão da equiparação salarial.
	Não assiste razão à Reclamante, uma vez, embora os dois empregados fossem gerentes, a reclamante não realizava exatamente as mesmas tarefas do paradigma. É importante que se enfatize que a autora era gerente geral de pequeno porte e administrava contas apenas de pessoas físicas. Diferentemente, o Senhor João Petrônio que era gerente de agência de grande porte e atendia a clientes pessoas jurídicas.
	Logo, em conformidade com o art. 461 da CLT, conjuntamente com a Súmula 6, III, do TST, não deve prosperar o pedido pleiteado pela Reclamante no pagamento de diferenças salariais e reflexos, devendo o processo ser extinto com resolução de mérito na forma do art. 487, I, do NCPC/2015.
1.2 	DO NÃO CABIMENTO DE HORAS EXTRAS E REFLEXOS
		
	A Reclamante declara que laborava das 8 (oito) às 20 (vinte) horas, de segunda à sexta-feira, com intervalo de 20 minutos, para repouso e alimentação, razão pela qual teria direito às horas extras e seus reflexos.
	Contudo, não cabe provimento ao pedido pleiteado pela Reclamante, uma vez que exerce cargo de gestão, como gerente geral de agência, que recebe gratificação de 50% (cinquenta por cento) a mais que o cargo efetivo e sua jornada de trabalho é estipulados na Súmula 287 do TST e regida pelo art. 224, § 2º da CLT, pois sua gratificação ultrapassa os 40% (quarenta por cento) estipulados pelo art. 62 da CLT.
	Esclarecida sua jornada de trabalho, também não que se falar em cabimento de horas extras e seus reflexos, já que sua gratificação que ultrapassa o terço legal, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, segundo os incisos IV e VII da referida Súmula citada acima.
		
1.3	 DO NÃO CABIMENTO DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA
Transferida de São Paulo para Belém, após 1 (um) ano de serviço, a Reclamante lá fixou residência com sua família, motivo que a leva a requerer o adicional de transferência.
Não cabe o pagamento do referido adicional posto que a transferência da Reclamante ocorreu de modo definitivo, já que informou que fixou residência em Belém com toda a sua família.
Vale esclarecer que o adicional de transferência só é devido nas transferências provisórias, como determina o art. 469, § 3º da CLT e a OJ 113, da SDI-1 do TST.
1.4	 DO NÃO CABIMENTO DA DEVOLUÇÃO DOS VALORES DO PLANO DE SAÚDE
	A Reclamante requer a devolução dos descontos relativos ao plano de saúde, quando assinou no ato de admissão, tendo inclusive, naquela oportunidade indicado dependentes.
	O ato da requerente ter assinado e concordado, previamente, com os descontos da assistência médica em sua folha de pagamento descaracteriza a devolução desses descontos, já que as Súmula 342 do TST não afronta a proibição no art. 462 da CLT.
	Por conseguinte, não cabe pretensão ao seu pedido.
1.5	 DO NÃO CABIMENTO DA MULTA DO ART. 477 DA CLT
	A Reclamante alega que foi notificada da dispensa no dia 06/02/2017, numa segunda-feira, e a Reclamada somente pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 6/02/2017, um dia após o prazo.
	O § 8º do referido artigo estipula o pagamento da multa se o empregador não observar o prazo de 10 (dez) dias, contados da data da notificação da dispensa, o que não ocorreu.
	Conforme estabelece o § 6º, alínea a, do mesmo artigo supracitado em epígrafe, e conforme contagem do prazo previsto pela OJ 162 da SDI-1 do TST, em que o cômputo do prazo exclui o dia da notificação da demissão e inclui o dia do vencimento, em obediência ao art. 132 do CC/2002, a Reclamada não violou o dispositivo legal, pois efetuou o pagamento no dia 16/02/2017, décimo dia após a notificação e data limite para compensar as verbas resilitórias. Do que se depreende o não cabimento ao pedido da Reclamante.
2.0– DOS PEDIDOS 
Em razão de tudo o que foi exposto, requer à Vossa Excelência:
A improcedência da equiparação salarial bem como o pagamento das diferenças salariais e reflexos, com base no art. 461 da CLT e Súmula 6, III do TST, dadas as diferenças apresentadas pela Reclamante e o paradigma; 
O não provimento das horas extras e os seus reflexos, já que sua gratificação ultrapassa o terço legal, conforme Súmula 287 do TST e seus incisos IV e VI c/c art. 224, § 2º da CLT ;
A improcedência do pagamento do adicional de transferência, pois o tipo que se configurou foi definitiva e não provisória, segundo o art. 469, § 3º da CLT e OJ 113 da SDI-1 do TST;
O indeferimento da devolução dos descontos relativos aos planos de saúde, uma vez que a Reclamante consentiu tais descontos em sua folha, conforme Súmula 342 do TST cc 462 da CLT;
O não provimento da multa do art. 477 da CLT, imposta à Reclamada, já que as verbas rescisórias foram pagas dentro do prazo legal estipulado no § 6º do referido artigo c/c a OJ 162 da SDI-1 do TST;
Impugnados os fatos invocados na reclamação trabalhista, que no mérito sejam julgados improcedentes os pedidos autorais.
3.0	 DAS PROVAS 
Requer, ainda, que sejam admitidas todas as provas de direito, testemunhal, documental e depoimento pessoal na amplitude do art. 369 do NCPC.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local ... e data ...
Nome do advogado ...
OAB / UF... nº...

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