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Direito Processual Civil 20

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CURSO DO PROF. DAMÁSIO A DISTÂNCIA
MÓDULO XX
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Procedimentos Especiais
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Procedimentos Especiais
1. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
1.1. Finalidade e Objeto
A ação de consignação em pagamento tem por finalidade obter a
liberação judicial de uma obrigação. Busca, dessa forma, duas situações
jurídicas: cumprir a obrigação e receber a quitação pelo cumprimento. 
Somente pode ser objeto da consignação em pagamento a obrigação de
pagar determinada quantia e a obrigação de entregar, excluindo-se a obrigação
de fazer. Quando se fala em obrigação de pagar uma quantia, deve-se destacar
duas situações distintas:
 quando esta quantia se relaciona a uma verba locatícia: a ação de
consignação de pagamento será aquela da Lei de Locação;
 quando esta quantia se relaciona a qualquer outra verba: a ação de
consignação em pagamento será aquela regida pelo Código de
Processo Civil.
O requisito específico da consignatória em pagamento é a mora do
credor somente poderá ser proposta a ação de consignação em pagamento
quando o credor estiver em mora. Considera-se o credor em mora quando sua
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ação ou omissão for considerada ilícita. Estando o devedor em mora,
dependendo do tipo da obrigação, o credor pode se recusar ao cumprimento da
obrigação. 
A doutrina, por muito tempo, considerou a consignação em pagamento
como sendo uma execução às avessas, impondo à consignatária os requisitos
da execução. O Superior Tribunal de Justiça e a doutrina atual, entretanto,
consolidaram entendimento em sentido diverso. Para que haja a consignação
em pagamento basta que o autor delimite a sua obrigação.
A ação de consignação em pagamento é um procedimento
especial,inserido no processo de conhecimento, havendo cognição exauriente;
portanto, admite discussão de toda matéria de fato e de direito. 
1.2. Hipóteses de Cabimento 
Pode-se dividir as ações de consignação em pagamento em dois grandes
grupos:
 Casos em que existe impossibilidade real de pagamento: situações em
que o devedor quer cumprir sua obrigação, mas este cumprimento
está obstaculizado, como, por exemplo, o credor se recusa a receber;
inércia do credor em obrigação querable; ausência do credor; credor
desconhecido; credor inacessível (essa inacessibilidade pode ser
material ou jurídica) etc. 
 Insegurança no cumprimento da obrigação: são hipóteses em que o
devedor, em tese, pode cumprir a obrigação; entretanto, existe o
fundado risco de que este cumprimento seja questionado no futuro,
como, por exemplo, se o credor se recusa a dar a quitação. Há o risco
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de o credor, no futuro, alegar que a dívida não foi quitada; fundado
receio de incapacidade do credor etc.
1.3. Condições da Ação de Consignação em Pagamento
1.3.1. Legitimidade 
A legitimidade ativa, em regra, pertence ao devedor. Entretanto, o
Código de Processo Civil dispõe que pode propor a consignatória o devedor ou
um terceiro. Este terceiro somente pode propor a consignatória se tiver um
interesse jurídico no cumprimento da obrigação, por exemplo, o cessionário de
uma obrigação.
Com relação à legitimidade passiva, a ação será proposta em face do
credor. Muitas vezes pode se ter um credor-réu não individualizado ou, ainda,
ser o fundamento da consignatória a dúvida a respeito de quem seja o credor.
1.4. Competência para Julgamento
A regra do sistema processual é de que a consignatória deverá ser
proposta no local do cumprimento da obrigação, excepcionando a regra geral
do Processo Civil (domicílio do réu). A posição dominante da doutrina é de
que essa regra excepciona, até mesmo, a eleição do foro, ou seja, ainda que as
partes tenham elegido um foro para dirimir as dúvidas, a consignatória deverá
ser proposta no local do cumprimento da obrigação. Isto se deve ao fato de a
consignatória ter por objeto o depósito judicial da obrigação.
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1.5. Procedimentos
1.5.1. Consignatória extrajudicial 
O Código de Processo Civil prevê (art. 890, § 1.º) que o devedor pode
depositar, perante uma instituição financeira oficial, o valor devido, caso em
que o credor será notificado por carta com aviso de recebimento para, no prazo
de 10 dias, levantar o dinheiro ou impugnar o depósito. Se levantar o dinheiro
ou permanecer inerte, considera-se quitada a obrigação. Caso ocorra
impugnação, o devedor deverá propor a ação de consignação em pagamento no
prazo de 30 dias (art. 890, § 3.º). 
A consignação extrajudicial tem caráter optativo, ou seja, se o devedor
quiser poderá propor diretamente a ação de consignação em pagamento. 
Essa consignação extrajudicial somente é admitida quando houver uma
obrigação de pagar, ficando excluída a obrigação de entrega. E, ainda, apenas é
admissível quando se tratar de credor certo; não se admite, a título de exemplo,
a consignação extrajudicial quando o devedor tem dúvidas quanto à pessoa do
credor. 
Embora se trate de dispositivo do Código de Processo Civil, a
consignação extrajudicial é de direito material, ou seja, o Código está
regulando uma forma alternativa de cumprimento de obrigação. 
Obs.: admite-se a consignação extrajudicial para pagamento de aluguel,
visto ser uma norma puramente de direito material.
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1.5.2. Ação de consignação em pagamento
Como qualquer demanda, o primeiro ato será a petição inicial, que irá
submeter-se às regras dos arts. 282 e 283 do Código de Processo Civil. O
autor, na petição inicial, deve justificar porque está propondo a ação de
consignação em pagamento e, ainda, deve individualizar o bem a ser
consignado. Por força de lei, admite-se a consignatória judicial de obrigações
alternativas. Neste caso, o autor está se colocando à disposição para cumprir a
obrigação, podendo o réu optar pela obrigação, não havendo a necessidade da
individualização do bem. Proposta a demanda, o juiz, admitindo a inicial, deve
determinar que o bem seja depositado. 
Há duas exceções a este depósito prévio:
 quando o devedor tiver proposto a consignação extrajudicial
(neste caso, o depósito já ocorreu); 
 quando se tratar de obrigação alternativa (há necessidade de
que o réu escolha o bem a ser depositado).
Depositado o bem, o réu é citado para responder, salvo no caso de
obrigação alternativa, onde o réu é citado para escolher. O prazo para esta
escolha é de cinco dias, desde que o contrato não disponha em sentido diverso.
Se o réu não indicar o bem, o direito de indicação passa a ser do autor.
Admite-se, em ação de consignação em pagamento, a reconvenção, visto
que, embora sendo um procedimento especial, a partir da defesa segue-se o
procedimento ordinário. Ao contestar, o réu poderá alegar uma das matérias
dispostas no próprio Código. Este elenco é meramente exemplificativo, ou
seja, o réu poderá alegar toda matéria de fato e de direito, seja processual ou
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material. A única restrição que o Código de Processo Civil faz é que,se o réu
alegar insuficiência do depósito, ele deve informar qual o valor devido.
Caso haja alegação de insuficiência do depósito, o réu poderá levantar o
valor já depositado e o autor terá 10 dias para complementar. Nas obrigações
em que a mora do devedor produz rescisão contratual o autor não poderá
complementar o depósito.
A partir daqui seguem-se as regras do procedimento ordinário, com
exceção da sentença. Se a demanda versar sobre insuficiência do depósito,
caso o juiz entenda que o depósito não foi integral, sempre que possível, ele
condenará o autor ao pagamento da diferença.
O Código autoriza a consignação de prestações periódicas, ou seja, o
autor poderá propor uma única ação e, no decorrer da demanda, poderá
depositar as parcelas em juízo no prazo de cinco dias do vencimento da
parcela. Poderá inclusive consignar até a sentença, visto que, tecnicamente, os
depósitos posteriores serão analisados somente pelo tribunal.
No caso de dúvida quanto aos credores, o juiz profere uma decisão
declarando que o devedor cumpriu a obrigação, seguindo o processo entre os
sujeitos que, teoricamente, seriam os pretensos credores.
1.5.3. Diferenças entre a consignação em pagamento no Código
de Processo Civil e na Lei de Locação
 A consignação em pagamento, na Lei de Locação, deve ser proposta
no local do imóvel ou do foro eleito no contrato.
 No Código de Processo Civil, o autor é intimado para depósito no
prazo de cinco dias, e na Lei de Locação este prazo é de 24 horas.
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 No Código de Processo Civil a complementação, no caso de
insuficiência, se dá em 10 dias, e na Lei de Locação este prazo é de
cincodias.
 No Código de Processo Civil, se o réu alega insuficiência de depósito
e o autor não complementa, o juiz, entendendo que o depósito é
realmente insuficiente, condena o autor na diferença, e na Lei de
Locação o réu deverá ingressar com reconvenção.
 No caso de prestações periódicas, na Lei de Locação, os depósitos
deverão ser efetuados no dia do vencimento da parcela, e no Código
de Processo Civil os depósitos podem ser efetuados em até cinco dias
após o vencimento das parcelas.
 A apelação, na Lei de Locação, não tem efeito suspensivo.
2. AÇÃO DE DEPÓSITO
2.1. Introdução
A matéria vem regulada pelos arts. 901 a 906 do Código de Processo
Civil. A palavra "depósito" advém do Latim depositum, que significa
confiança. O depósito é o contrato por meio do qual um dos contraentes
(depositário) recebe do outro (depositante) um bem móvel, obrigando-se a
guardá-lo, temporária e gratuitamente, para restitui-lo quando lhe for exigido. 
Temos cinco modalidades de depósito:
 Depósito voluntário ou convencional: resulta da vontades das partes;
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 Depósito necessário: se divide em depósito legal (que decorre de
lei) ; depósito miserável (calamidade pública); e depósito do
hoteleiro;
 Depósito irregular: é aquele que incide sobre bens fungíveis;
 Depósito judicial: realizado pelo juiz;
 Depósito mercantil.
2.2. Legitimação 
O legitimado ativo é o que entregou a coisa para depósito,
independentemente de ser o proprietário.
O legitimado passivo é o que tem dever legal e convencional de devolver
a coisa depositada.
A ação pode ser proposta contra pessoa física ou jurídica. Se proposta
contra pessoa jurídica, a prisão recai sobre o gerente que se coloca na posição
de depositário.
2.3. Procedimento
Petição inicial: além dos requisitos do art. 282 do Código de Processo
Civil, deve a petição inicial descrever minuciosamente a coisa depositada,
indicando o local onde se encontra depositada e sua estimativa de valor. Aliás,
este último requisito é fundamental para que o réu possa depositar o valor. O
art. 902 exige que a petição inicial contenha a prova literal do depósito, isto é,
o documento que comprove o depósito. Caso não exista a prova documental do
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depósito, o procedimento especial não poderá ocorrer, devendo a parte
ingressar com uma ação sob o rito ordinário. A petição inicial já pode conter o
pedido de prisão.
Defesa: uma vez citado, o réu pode:
 Entregar a coisa ao depositante e ser condenado nas verbas de
sucumbência.
 Consignar a coisa em juízo; nesse caso, pode contestar e discutir o
mérito sem a possibilidade de prisão.
 Depositar o equivalente da coisa em dinheiro; aqui também o réu
pode discutir o mérito e contestar, sem o risco da prisão.
 Simplesmente contestar; o réu pode alegar nulidade ou falsidade do
título e a extinção da obrigação correndo, porém, o risco de prisão.
 Reconvir e excepcionar.
 Por fim, o réu pode permanecer inerte e sofrer os efeitos da revelia.
Sentença: a sentença tem um caráter condenatório e executivo. O juiz
determina que o réu, em 24 horas, entregue a coisa ou o equivalente em
dinheiro. O juiz, na sentença, deve fixar o valor correto, quando há dúvida
sobre o mesmo.
Prisão civil: é uma forma de impor ao réu o cumprimento da obrigação.
O Texto Constitucional, no art. 5.º, inc. LXVII, autoriza tal prisão. Portanto,
não cumprindo o réu a ordem de entregar a coisa, o juiz aguarda o pedido
expresso do autor, para, depois, decretar a prisão. O prazo máximo de prisão é
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de um ano, mas cessa imediatamente se a coisa for encontrada. A ordem de
prisão pode ser suspensa durante a fase recursal.
3. AÇÃO DE ANULAÇÃO E SUBSTITUIÇÃO DE TÍTULO AO
PORTADOR
3.1. Introdução
A matéria vem tratada nos arts. 1.505 a 1.511 do Código Civil e arts. 907
a 913 do Código de Processo Civil. Diz o art. 1.505: "O detentor de um título
ao portador, quando dele autorizado a dispor, pode reclamar do respectivo
subscritor, ou emissor, a prestação devida. O subscritor, ou emissor, porém,
exonera-se, pagando a qualquer detentor, que esteja ou não a dispor do título".
O art. 1.506 dispõe que a obrigação subsiste ainda que o título tenha entrado
em circulação contra a vontade do próprio emissor. Por conseguinte, torna-se
importante o remédio da anulação e substituição do título ao portador, para
evitar o enriquecimento indevido.
3.2. Legitimidade e Tutela
O credor é o legitimado ativo, por ter perdido, ou por ter sido
injustamente desapossado do título. Pode ter ocorrido, ainda, a destruição
parcial do título.
Entre as pretensões dedutíveis temos: 
 Anulação e substituição do título: o próprio art. 1.509 do Código
Civil menciona que o credor pode impedir que o pagamento ocorra
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ao ilegítimo detentor. A ação visa anular o título primitivo. Como
dispõe o art. 908 do Código de Processo Civil, o autor exporá, na
petição inicial, a quantidade, a espécie, o valor nominal do título e os
atributos que o individualizem, a época e o lugar em que o adquiriu,
as circunstâncias em que o perdeu e quando recebeu os últimos juros
e dividendos, requerendo: I – a citação do detentor e, por edital, de
terceiros interessados para contestarem o pedido; II – a intimação do
devedor para que deposite em juízo o capital, bem como os juros ou
dividendos, e para que não pague a terceiros enquanto não for
resolvida a ação; III – a intimação da Bolsa de Valores, para
conhecimento de seus membros, a fim de que estes não negociem os
títulos.
 Reivindicação do título: o título pode estarna posse de terceiro por
perda por parte do credor, ou por injusto desapossamento. É uma
ação reivindicatória. Qualquer um pode ser legitimado passivo.
 Substituição de título parcialmente destruído: como a presença física
do título é fundamental, se o título foi parcialmente destruído precisa
ser substituído por um íntegro, para gerar eficácia. Aqui o legitimado
passivo é o devedor, porque pode ser necessária a emissão de novo
título.
4. AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS
4.1. Introdução
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A obrigação de prestar contas surge toda a vez que alguém tem
ingerência sobre bens de terceiros, visando demonstrar lisura na interferência
do patrimônio de outro para que não haja enriquecimento indevido.
A ação de prestação de contas tem por objetivo extinguir a obrigação de
prestar contas, verificando saldo existente. Pode ter iniciativa tanto por parte
daquele a quem cabe prestar como de quem tem o direito de exigir a prestação.
Tais contas devem seguir sempre a forma de escrituração contábil,
acompanhada de documentos justificativos. 
4.2. Ação de Exigir Contas
Determina o art. 914, inc. I, do Código de Processo Civil, "a ação de
prestação de contas competirá a quem tiver: I o direito de exigi-las”. Ocorre
na hipótese de não-prestação voluntária por parte do obrigado, impondo ao
titular o direito de exigir. Ocorre, por exemplo, no caso de tutela.
4.2.1. Procedimento
Na primeira fase o juiz deve verificar a obrigação de prestar contas. Por
conseguinte, a petição inicial deve conter, além dos requisitos do art. 282,
menção à origem da obrigação, se legal ou contratual. Deve também conter
prova de que o réu teve bens do auto em administração.
Respostas do réu: o réu tem cinco dias para responder:
 O réu pode permanecer inerte: nesse caso, o juiz julga procedente o
dever e manda o réu prestar as contas em 48 horas, sob pena de o
autor fazê-lo em 10 dias.
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 Apresentação das contas: o réu pode apresentar as contas e encerra-
se a primeira fase. O autor será intimado para, em cinco dias,
manifestar-se; caso o autor se mantenha inerte ou concorde, as contas
serão aprovadas. Caso o autor impugne as contas, pode desenvolver-
se a dilação probatória, inclusive com perícia e audiência, decidindo
o juiz sobre as contas.
 Apresentação das contas e contestação: o réu pode, simultaneamente,
apresentar as contas e contestar, alegando, por exemplo, que as
contas não foram exigidas previamente. 
 Contestação com negativa da obrigação de prestar contas: caso o réu
não apresente as contas, mas conteste, negando sua obrigação de
prestá-las, teremos o rito ordinário para que a sentença reconheça ou
não a obrigação. O juiz, julgando procedente, reconhece que o réu
tem obrigação de prestar contas, devendo a sentença condenar o réu a
prestá-las no prazo legal. Cumprindo o réu a determinação de
apresentar contas, deverá o autor se manifestar em cinco dias. Não
apresentando o réu as contas, poderá o autor fazê-lo em 10 dias.
4.3. Ação de Prestar Contas
Visa liberar o obrigado, garantindo-lhe a quitação e declaração, por
sentença, de que não lhe remanesce nenhuma obrigação.
4.3.1. Procedimento
Além dos requisitos do art. 282 do Código de Processo Civil, o autor
precisa demonstrar a sua obrigação de prestar contas; aliás, sua causa de pedir
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para prestar contas, juntando, inclusive, os documentos do contrato ou do ato
jurídico que criou a obrigação. Deve, ainda, esclarecer o porquê da propositura
da ação, já que as contas não lhe foram exigidas. 
Respostas do réu:
 Aceitar as contas: reconhece a procedência do pedido e a lide é
antecipadamente julgada, extinguindo-se o processo com julgamento
do mérito (art. 269, inc. II, do CPC). 
 Revelia: o juiz julga as contas, muito embora o juiz não esteja
vinculado a fazê-lo, seguindo o rito ordinário.
 Contestação: caso o réu conteste, quer na questão principal das
contas, quer em quaisquer outras questões, o procedimento é o
ordinário, com julgamento antecipado da lide, ou com a produção de
provas.
Sentença: o saldo credor deverá ser declarado na sentença, conforme
expressa determinação do art. 918: "O saldo credor declarado na sentença
poderá ser cobrado em execução forçada”.
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