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História da Saúde no Brasil

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Do Brasil Colônia a 
Reforma Sanitária 
• O cuidado com a saúde dos habitantes da 
terra brasileira já existia desde muito antes 
da chegada dos portugueses 
 
• Os índios possuíam uma série de rituais e 
práticas curativas feitas em suas aldeias 
espalhadas por todo o território brasileiro –
RITUAL XAMÂNICO. 
A saúde antes do descobrimento 
• Desde o “descobrimento” o Brasil era 
utilizado pelos portugueses como mero 
“instrumento” de seus próprios interesses. 
• A princípio o Brasil era considerado o 
“paraíso terreno”, onde se encontrava apenas 
beleza, riqueza e os “índios” eram robustos e 
ágeis e desconhecedores das graves doenças 
que atacavam todo o continente europeu. 
 
A saúde no Brasil Colônia 
A assistência à saúde dispensada aos índios, 
escravos, portugueses era baseada 
 
• Nas ações de pajés 
• Na assistência dispensada pelos boticários – 
atuais farmacêuticos – que receitavam 
poções, remédios e fórmulas curativas. 
A saúde no Brasil Colônia 
• Os poucos médicos e cirurgiões que se 
instalaram no Brasil encontraram todo tipo de 
dificuldades para exercer a profissão. Além do 
imenso território e da pobreza da maior parte dos 
habitantes, o povo tinha medo de se submeter aos 
tratamentos baseados em purgantes e sangrias. 
 
• Em vez de recorrer aos médicos formados na 
Europa, a população colonial rica ou pobre, preferia 
utilizar os remédios recomendados pelos 
curandeiros negros ou indígenas”. 
 
 
A saúde no Brasil Colônia 
• A partir de 1808, ano em que a Corte 
Portuguesa chegou ao Brasil, para oferecer 
serviços médicos aos nobres, foram criadas 
as duas primeiras escolas de medicina do 
Brasil: o Colégio Médico-Cirúrgico em 
Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de 
Janeiro. 
A saúde no Brasil Colônia 
• Neste período histórico pouco foi feito para 
melhorar ou estruturar a saúde, que ficou 
reduzida apenas a ações que buscaram 
garantir condições mínimas de higiene para a 
cidade do Rio de Janeiro – capital do Império. 
A saúde no Brasil Imperial 
• Os últimos anos do império foram marcados por 
fatores de ordem econômica, social e política que 
geraram uma grave crise na Saúde Pública. 
• Nessa época, importantes personagens como os 
cientistas e sanitaristas surgiram com novos 
tratamentos que poderiam libertar o Brasil do 
rótulo das doenças da pobreza. 
• Daí por diante foram surgindo vários outros órgãos 
com a tentativa de cuidar da saúde pública. 
 
 
A saúde no Brasil Imperial 
• No começo do Brasil República, o Brasil foi 
comandado pelas oligarquias, ou seja, os 
estados mais ricos. 
• As oligarquias da República Velha buscavam o 
apoio da ciência para examinar os ambientes 
em termos físicos e sociais das populações 
urbanas. 
• Começaram as fortes intervenções 
higienistas, em especial em São Paulo 
A saúde no Brasil da República 
Velha 
• As fiscalizações ficaram muito mais rígidas. E 
tornou-se obrigatória a notificação oficial de 
todos os casos de doenças 
infectocontagiosas. 
 
• Além disso, as autoridades determinaram 
que somente médico com diploma pudesse 
cuidar dos enfermos. 
 
A saúde no Brasil da República 
Velha 
• Nos institutos pesquisas, muitos médicos 
atuavam ao mesmo tempo como cientistas e 
como sanitaristas. Ex.: Oswaldo Cruz, Emilio 
Ribas e Vital Brasil 
• Seus discípulos realizavam pesquisas 
laboratoriais e, paralelamente, faziam 
arriscadas viagens pelo interior do Brasil, 
oferecendo soluções práticas para os 
problemas sanitários das regiões visitadas 
A saúde no Brasil da República 
Velha 
• Rio de Janeiro - capital do país era atacada 
anualmente por epidemias de febre amarela e 
varíola 
• 1902 - reformas urbanas e de saneamento 
debelando as epidemias e, com a chegada de 
Oswaldo Cruz ao Instituto Soroterápico Federal, as 
campanhas sanitárias propunham-se a erradicar as 
doenças, acabando com o ciclo epidêmico das 
principais moléstias. 
A saúde no Brasil da República 
Velha 
• 1904 - um novo surto de varíola atingiu o Rio 
de Janeiro e foi aprovada a obrigatoriedade da 
vacinação antivariólica em todo o país, porém 
uma grande massa tomou o centro da capital e 
marchou contra essa medida, episódio 
conhecido como Revolta da Vacina 
• 1906 - a febre amarela e a peste haviam sido 
controladas, e mais uma vez, Oswaldo Cruz foi 
escolhido para chefiar a saúde na capital 
A saúde no Brasil da 
República Velha 
• 1907 – O foco de Oswaldo Cruz voltou-se 
para a tuberculose. 
• As ações do Estado sempre estiveram 
voltadas às grandes cidades, deixando à 
margem o interior do país 
• A partir de 1910, o Instituto Oswaldo Cruz, 
antigo Instituto Soroterápico Federal, 
começou a publicar os problemas sociais e as 
moléstias do interior 
A saúde no Brasil da República 
Velha 
• Em 1917 - primeira greve em São Paulo e a criação 
de Postos de Profilaxia Rural, na periferia do Rio de 
Janeiro e dos Serviços de Medicamentos Oficiais, 
que fabricavam vermífugos e sais de quinino, 
dentro dos Institutos Oswaldo Cruz e Butantã. 
• 1919 – foi criado o Departamento Nacional de 
Saúde Pública (DNSP)para saneamento rural e as 
inspetorias de Higiene Industrial e Alimentar e de 
Profilaxia da Tuberculose, 
A saúde no Brasil da República 
Velha 
• Com a chegada de Getúlio Vargas à presidência da 
República em 1930, a valorização dos sertanejos 
teve seu declínio 
• Suas medidas de governo para a saúde eram 
baseadas em dois pilares: saúde pública e medicina 
previdenciária, com o aumento da oferta de 
serviços para o operariado e a criação das Caixas de 
Aposentadoria e Pensões (CAPs) em 1923 
• Em 1930 instituiu-se o Ministério de Educação e 
Saúde Pública (MESP) 
A saúde no Brasil da Era 
Vargas 
• Em 1933 o governo modificou as CAPs para os 
Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), que 
agora congregavam os trabalhadores por categorias 
profissionais, como bancários, comerciários, 
ferroviários, portuários, estivadores, etc. 
• Esses IAPs não cumpriram seu papel, pois a 
assistência era limitada aos trabalhadores formais e 
sindicalizados, excluindo os desempregados, 
subempregados e trabalhadores rurais, 
marginalizados da assistência de saúde do Estado. 
A saúde no Brasil da Era 
Vargas 
• No período getulista houve uma complexa estrutura 
de saúde pública com separação clara entre a 
saúde pública, destinada a erradicar as doenças e 
epidemias entre pobres, crianças e idosos e a 
assistência médica previdenciária, voltada 
exclusivamente aos trabalhadores formais 
enfermos, impossibilitados de trabalhar. 
• Esse panorama distanciou a saúde pública da 
previdenciária, o que determinou o crescimento da 
assistência médica individual e monopolista. 
• . 
A saúde no Brasil da Era 
Vargas 
• Em 1945 o Exército e seu alto comando depuseram 
Vargas, mas se mantiveram os direitos trabalhistas 
conquistados com Getúlio. 
• A saúde pública passou a ser ditada por um plano 
elaborado chamado Plano Salte (Saúde, 
Alimentação, Transporte e Energia), que priorizava 
recursos para o setor de transporte. Durante esse 
governo provisório o sanitarismo campanhista, 
centralizador e autoritário alcançou seu auge 
• Em 1953 - criação de um Ministério da Saúde 
A queda do Estado Novo e 
o sanitarismo 
• A partir de 1946 uma nova visão da previdência 
social incluiu na legislação trabalhista e 
previdenciária as assistências médica, 
previdenciária e hospitalar, incorporando também 
os aposentados e pensionistas, o que eliminava o 
argumento de que a assistência médica e hospitalar 
não seria da alçada previdenciária. 
A queda do Estado Novo e 
o sanitarismo 
• Em 1950 - a 2ª Conferência Nacional de Saúde 
discutiu as condiçõesde higiene e segurança no 
trabalho, a prestação de assistência médica-
sanitária e preventiva aos trabalhadores e 
gestantes, limitando-se aos representantes técnicos 
com o intercâmbio entre governo e estados. 
• Na saúde pública, observou-se o sanitarismo 
desenvolvimentista, com a ideia de que uma 
população depende do grau de desenvolvimento 
econômico atingido. 
A saúde no Retorno de 
Vargas 
• A expansão dos serviços médico-hospitalares às 
comunidades rurais ficou limitada aos rearranjos 
institucionais. 
• A previdência social continuava beneficiando os 
segurados e suas famílias, aposentados e 
pensionistas. 
A saúde no Retorno de 
Vargas 
• Em 1956, criou-se o Departamento Nacional de 
Endemias Rurais (DNERu), órgão que deveria 
controlar os setores responsáveis pelo combate, 
erradicação e controle de doenças específicas, com 
técnicos polivalentes, capazes de imunizar, 
organizar, orientar e trabalhar de maneira mais 
econômica e com maior rendimento 
• No que tange à previdência social, Juscelino pouco 
alterou as políticas anteriores 
A saúde no governo de 
Kubitschek 
• Em 1960 no fim do governo JK, a crise econômica 
era visível, com inflação acima do esperado, dívida 
externa e salários baixos. 
• O ministro da saúde Souto Maior apresentou um 
conceito ampliado de saúde na busca da 
consolidação de uma política sanitária. Para ele, a 
saúde da população dependia das condições de 
trabalho, a doença estava relacionada à pobreza e a 
reforma deveria ser feita nas estruturas sociais com 
a melhoria da distribuição de renda. 
A saúde no governo de 
Jânio Quadros 
• Após o conturbado mandato de Jango a revolta 
popular atingiu o governo e os militares viram o 
momento certo para depor o presidente e 
assumirem o governo, regime chamado por muitos 
de ditadura militar que começou em 1964 e 
perdurou por 21 anos. 
• A Saúde Pública no Brasil durante o regime militar 
começou com um processo de mudança que criou 
as primeiras bases para o surgimento do Sistema 
Único de Saúde (SUS), na década de 1990. 
A saúde na ditadura militar 
• Com o fortalecimento do Ministério da Saúde, o 
DNERu criado no período anterior foi substituído, 
em 1970, pela SUCAM (Superintendência de 
Campanhas de Saúde Pública), que tinha como 
principal função o controle permanente das 
endemias existentes no Brasil. 
 
• Em 1975 - foi criado o Sistema Nacional de Saúde, 
instituindo um sistema de assistência à saúde com 
validade para todo o território nacional 
A saúde na ditadura militar 
• A previdência social passou para o comando total 
do governo federal e os seus beneficiários passaram 
a ter além das aposentadorias e pensões o direito à 
assistência médica. 
• O dinheiro público foi usado para a construção de 
hospitais particulares em todo o país, com foco nos 
médicos, remédios e hospitais que prevalece até os 
dias atuais. 
• Para controlar todo esse sistema, foi criado em 
1978 o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência 
Médica da Previdência Social). 
A saúde na ditadura militar 
• Regime burocrático autoritário 
• Retirada dos trabalhadores do jogo político 
• Aumento de cobertura, incorporando, 
precariamente, trabalhadores rurais e 
empregadas domésticas 
• Criação de fundos financiamento dos 
programas sociais (FGTS, PIS/PASEP, 
FINSOCIAL) e privatização dos serviços sociais. 
 
A saúde na ditadura militar 
•1970-1985- início da luta pela 
democratização. 
•Movimentos sociais somavam-se a 
experiências no seio de prefeituras 
oposicionistas. 
•O resgate da dívida social passou a ser tema 
central da agenda da democracia 
A saúde na ditadura militar 
•Década de 80- intensificou-se a demanda 
pela construção de uma nova ordem 
institucional democrática -> Assembleia 
Nacional Constituinte 
 
 
•1988 – Constituição Federal que 
representava uma profunda 
transformação no padrão de proteção 
social do povo brasileiro – conformação 
do estado democrático de direitos 
A Reforma Sanitária Brasileira 
•Movimento organizado solidamente desde 
meados dos anos 70, com a participação de 
intelectuais, profissionais dos sistemas de 
saúde, parcela da burocracia e organizações 
populares e sindicais 
A Reforma Sanitária Brasileira 
Tinha como proposições concretas: 
• A saúde como direito de todo cidadão, 
independente de ter contribuído, ser trabalhador 
rural ou não trabalhador. 
•As ações de saúde deveriam garantir o acesso da 
população às ações preventivas e/ou curativas e 
deveriam estar integradas em um único sistema 
•A descentralização da gestão, tanto 
administrativa, como financeira 
•O controle social das ações de saúde. 
Lutar pela garantia do direito 
universal à saúde e 
construção de um sistema 
único e estatal de serviços 
Objetivo 
A Reforma Sanitária Brasileira 
•Aconteceu no periodo de 17 a 21 de março de 
1986 
•Fou um marco do Movimento Sanitário Brasileiro 
•Reuniu mais de 5.000 pessoas na maior 
participação popular da história dos movimentos 
sociais 
•Gerou o documento da Reforma Sanitária, que 
definiu as estratégias a serem defendidas na 
Constituinte de 1988 
A 8a Conferência Nacional 
de Saúde 
A 8a Conferência Nacional 
de Saúde 
•Conceito ampliado da saúde 
•Reconhecimento da saúde como direito 
de cidadania e dever do Estado 
•Defesa de um sistema único, de acesso 
universal, igualitário e descentralizado 
de saúde 
Princípios 
A 8a Conferência Nacional 
de Saúde e o conceito de saúde 
“Em seu sentido mais abrangente, a saúde é 
resultante das condições de alimentação, 
habitação, educação, renda, meio-ambiente, 
trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, 
acesso e posse da terra e acesso a serviços de 
saúde. 
É, assim, antes de tudo, o resultado das formas de 
organização social da produção, as quais podem 
gerar grandes desigualdades nos níveis de vida”

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