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Negócio Jurídico - resumo

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Negócio Jurídico
1 - Conceito: Ato jurídico com finalidade negocial, tendo como intuito criar, modificar, conservar ou extinguir direitos.
2 - Requisitos de existência: 
2.1 - Manifestação da vontade: Deve ser feita de forma exteriorizada, não cabendo neste caso a reserva mental por se tratar de forma interna e de difícil apuração, sendo possível de três formas:
2.1.1 - Expressa: Ocorre de forma clara através da fala, gestos ou sinais, sem a necessidade de ser feita por escrito, porém não podendo deixar margens para duvida.
2.1.2 – Tácita: Decorrente de atitude tomada pela parte que de a entender sua vontade, tendo como exemplo a oferta de uma casa em que a pessoa que foi ofertada se muda ao imóvel, demonstrando assim seu interesse.
2.1.3 – Presumida: Esta hipótese sempre será decorrente de lei, como exemplo o pagamento da ultima parcela de um financiamento onde à presunção da extinção da divida, salvo prova em contrario (art. 539 e 1807 do Código Civil).
2.1.4 – Observações: A reserva mental do artigo 110 do código civil só terá validade se dela o destinatário tinha conhecimento. 
2.2 – Finalidade negocial: A finalidade é o que diferencia o negocio jurídico do fato jurídico estrito senso, onde as partes têm como intuito criar, modificar, conservar ou extinguir direitos, sendo que a falta de pelo menos um desses requisitos acarreta no fato jurídico estrito senso. 
2.2.1 – Criar: fazer algo novo, tendo como exemplo a concepção de um contrato de compra e venda de um automóvel, anteriormente inexistente.
2.2.2 – Modificar: Mudar algo já existente, tendo como exemplo a alteração de clausulas em um contrato de aluguel.
2.2.3 – Conservar: Manter do jeito que se encontra, tendo como exemplo a manutenção de um contrato estendendo seu prazo de duração.
2.2.4 - Extinguir: Terminar, dar por encerrado, tendo como exemplo o pagamento da ultima parcela de uma divida encerrando assim o vinculo de compromisso entre as partes na questão de pagamento pré ordenado.
2.3 – Idoneidade do Objeto: Para que o objeto seja idôneo é necessário que ele se enquadre as situação em que as partes estão se de acordo, como exemplo a constituição de um hipoteca, deve ter como garantia um objeto imóvel.
3 - Requisitos de Validade: São os requisitos que garantem a validade do negocio jurídico, sendo que na falta de um deles o fato não produz os efeitos que deveria, se tornando assim nulo ou anulável (art. 104 do Código Civil).
3.1 – Agente Capaz: A capacidade decorre da aptidão legal de intervir como declarante ou declaratório em negócios jurídicos, sendo nestes casos a capacidade de Fato/de Direito (Art. 5 do Codigo Civil).
3.1.1 – Relativamente Incapaz: Podem participar de um negocio jurídico, sendo suprida sua incapacidade através da participação conjunta de seus representantes que o assistem no ato.
3.1.2 – Absolutamente Incapaz: Podem participar de um negocio jurídico, sendo suprida sua incapacidade através da representação feita pelos seus representantes, tutores ou curadores de forma completa, nem ao menos fazendo parte do negocio.
3.1.3 – Observação: Não confundir incapacidade com falta de legitimação, enquanto uma é a inaptidão para exercer os atos da vida civil, a falta de legitimação é a incapacidade para a prática de determinados atos estipulados de forma especifica.
3.2 – Objeto licito, possível, determinado ou determinável: Trata a respeito do conteúdo do negócio.
3.2.1 – Objeto licito: É aquele que não é contrario a lei, a moral e aos bons costumes.
3.2.2 – Objeto possível: É aquele que para a situação especifica possa ser adquirido, em caso contrario gera nulidade do negocio. 
3.2.2.1 – Impossibilidade Física: Emana de leis físicas ou naturais, devendo ser absoluta, atingindo a todos, indistintamente, observado que a impossibilidade relativa, que atinge o devedor, mas não outras pessoas não constituem obstáculo ao negócio jurídico (art. 106 do Codigo Civil).
3.2.2.2 – Impossibilidade Jurídica: Ocorre quando o ordenamento jurídico proíbe, expressamente, negócios a respeito de determinado bem, tendo como exemplo a herança de pessoa viva (art. 426 do Codigo Civil).
3.2.3 – Objeto Determinado ou Determinável: O objeto deve ser determinado ou determinável (indeterminado relativamente ou suscetível de determinação no momento da execução), admitindo assim a venda de coisa incerta, indicada ao menos pelo gênero e pela quantidade (art. 243 do Codigo Civil), que será determinada pela escolha, bem como a venda alternativa, cuja indeterminação cessa com a concentração (art. 252 do Codigo Civil).
3.3 – Forma: O negocio jurídico se apresenta prescrita ou não defesa em lei, entendendo como suas ramificações:
3.3.1 – Forma livre: Se entende que seria qualquer meio de manifestação não disposto em lei, observado também o fato de que a mesma não deve ser proibida por esta.
3.3.2 – Forma especial ou solene: É aquela que tem a forma prescrita em Lei, sendo exigido que o ato seja praticado com observância de determinada solenidade, tendo por finalidade assegurar a autenticidade dos negócios, demonstrar a seriedade do ato e facilitar a sua prova, esta se dividindo em mais algumas ramificações: 
3.3.2.1 – Forma Única: É aquela em que o ordenamento jurídico estabelece um único meio de sua realização, como exemplo temos o artigo 108 do Codigo Civil que estabelece a necessidade de escritura pública nas alienações imobiliárias.
3.3.2.2 – Forma Múltipla ou Plural: É aquela em que o ordenamento jurídico estabelece permite a formalização do negócio por diversos modos, podendo o interessado optar validamente por qualquer um deles, tendo como exemplo o art. 1609 do Codigo Civil, que dispõe sobre o reconhecimento voluntário dos filhos.
3.3.2.3 – Observações: Há de ressaltar a distinção entre a forma ad solemnitatem e ad probationem tantum, onde na primeira se da por fazer parte do ato em si, já à outra se destina somente a facilitar posterior prova do ato. 
4 – Disposições Gerais: Vide artigos 104 a 114 do Codigo Civil.
 
Da condição, do termo e do encargo
1 – Da condição: É uma cláusula acessória, resultante da vontade das partes, que suspende o efeito ou determina a resolução de um negócio jurídico, mediante a ocorrência de um acontecimento futuro e incerto, tem como exemplo a promessa que o pai faz à filha e ao futuro genro, de doação de uma casa se eles efetivamente se casarem, ou então a promessa de montar o escritório de advocacia caso o filho seja aprovado no exame da OAB.
1.1 - Classificação das condições: As condições podem ser classificadas quanto à natureza, quanto à possibilidade, quanto à licitude.
1.1.1 – Condições necessárias e voluntarias: Condições necessárias são aquelas em que o evento futuro e incerto não resulta da vontade das partes, mas da própria natureza do direito, exemplo disso é aquele em que o filho será herdeiro do pai se não morrer antes dele, essa condição de não morrer antes do pai, é da própria essência do direito à herança, não se tratando de cláusula derivada exclusivamente da vontade da parte, condições necessárias juridicamente não são condições, visto que o artigo 121 do Código Civil estabelece que só se considera condição a cláusula que deriva exclusivamente da vontade das partes. 
1.1.2 – Condições possíveis e impossíveis: Condições possíveis são aquelas cujo evento futuro e incerto pode ser realizado ou concretizado, não existindo obstáculo de ordem natural ou legal que o impeça de ocorrer, impossíveis são as que não podem se realizar pela característica física ou jurídica da obrigação.
1.1.3 – Condições Licitas e Ilícitas: São licitas todas as condições não contrarias a lei, a ordem publica e aos bons costumes, ilícitas são as que contrariam tais princípios.
1.1.4 – Condições casuais, potestativas e mistas:
1.1.4.1- Casuais: Quando o evento futuro e incerto for totalmente independente da vontade das partes, mas sim do acaso, sendo que nenhuma das partes tem poder para interferir, seja para determinar seja para impedir a realização ou o implemento da condição, tendo comoexemplo um agricultor que se compromete a vender sua fazenda para o proprietário vizinho se no ano seguinte houver período de longa estiagem, a condição de chover ou não constitui um evento natural sobre o qual ninguém tem poder para interferir. 
1.1.4.2 – Potestativas: São aquelas cujo implemento do evento futuro e incerto depende da vontade das partes, essa dependência da vontade das partes pode ser total ou absoluta, ou relativa.
1.1.4.3 – Mista: São as condições que dependem da vontade de um dos contratantes e de uma terceira pessoa determinada, neste caso a eficácia da liberalidade fica dependendo de uma circunstância que não está apenas na vontade do beneficiário, mas também de terceira pessoa.
1.1.5 – Condição suspensiva: É aquela que subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto, somente produzindo efeito se ocorrer o evento futuro e incerto, não prejudica a existência e nem a validade do negócio jurídico, mas apenas suspende a produção de efeitos, a eficácia, há de se ver também que em sua pendência não se tem direito adquirido (vide artigo 130 do Codigo Civil), no implemento se adquire e na frustração se extingue.
1.1.6 – Condição resolutiva: O negócio jurídico efetivado mediante condição resolutiva produz efeitos imediatamente, sendo que nessa espécie é a ineficácia do negócio que está subordinada, sendo que na pendência da condição, há direito adquirido, com o implemento da condição extingue-se o direito, com a frustração da condição resolutiva, com a impossibilidade de se implementar a condição, o negócio jurídico passa a ser puro e simples, incondicional, desaparecendo apenas a condição.
2 – Do termo: O termo é um acontecimento futuro e certo, que marca o início da produção dos efeitos de um negócio jurídico, ou determina a cessação da produção dos efeitos, havendo como exemplo uma data no calendário e a morte de uma pessoa são exemplos de termo.
2.1 – Termo Inicial: Dies a quo, é acontecimento futuro e certo que marca o início da produção dos efeitos de um ato ou negócio jurídico, em razão da certeza da ocorrência do evento futuro, o termo inicial não suspende a aquisição do direito, mas apenas o seu exercício, a teor do disposto no art. 131 do Código Civil.
2.2 – Termo final: Dies ad quem, é o evento futuro e certo determina a extinção dos efeitos de um negócio jurídico, operando a sua extinção, cabendo a observação a respeito da disposição do art. 135 do Código Civil que “Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas às condições suspensiva e resolutiva”. 
2.3 – Termo certo: É aquele em que se sabe o exato momento em que se verificará ou ocorrerá o evento futuro, tendo como exemplo uma data do calendário ou um evento que se comemora sempre na mesma data, como o natal, a certeza é dupla, compreendendo a ocorrência e a respectiva data. 
2.4 – Termo incerto: É aquele em que somente se tem certeza da ocorrência futura, mas não se sabe quando o fato se verificará efetivamente, como a morte de uma pessoa.
2.4.1 – Observações sobre a morte: Embora seja de ocorrência certa para todas as pessoas, sendo incerto apenas o momento da ocorrência, dependendo da forma como ela é inserida no negócio jurídico, pode caracterizar termo ou condição. Se alguém se compromete a alugar ou vender um imóvel somente depois da morte do atual ocupante, trata-se de termo. Por outro lado, se um pai efetuar a doação de um apartamento para a sua filha, mas estipular que se a filha morrer antes do pai o imóvel reverterá à propriedade do doador, a hipótese será de condição, porque não é certo que a filha morrerá antes do pai. A condição aí posta seria da espécie resolutiva.
2.5 – Prazo: É o intervalo entre o termo inicial e o termo final. É o espaço de tempo que intermedeia entre o dies a quo e o dies ad quem. É também o espaço de tempo que se situa entre a declaração de vontade e o termo inicial, conta-se o prazo por unidade de tempo, trazendo o Código Civil regras para a contagem do prazo em horas, dia, mês e ano, como se pode inferir do art. 132 e parágrafos. Como regra geral, para a contagem dos prazos, se não houver disposição legal ou contratual em sentido contrário, computam-se os prazos excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento, Somente se conta em dias úteis quando houver expressa disposição (legal ou contratual) nesse sentido. 
2.5.1 – Negocio jurídico sem prazo: Se não houver prazo assinalado, eles são exeqüíveis de imediato, segundo o artigo 134, do Código Civil, salvo as exceções consignadas no artigo, diversidade do lugar do pagamento e dependência de tempo para efetuá-la.
3 – Encargo: É a clausula acessória, em regra, aderente a atos de liberalidade como a doação ou o testamento, que impõem um ônus ou uma obrigação a pessoa natural ou jurídica contemplada pelos referidos atos.
3.1 – Efeitos: O encargo não suspende a aquisição, nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no ato, Gera uma declaração de vontade qualificada ou modificada que não pode ser destacada do negócio jurídico, daí sua compulsoriedade, sendo assim se a pessoa foi beneficiada com uma doação ou legado, deverá cumprir o encargo, sob pena de se revogar a liberalidade. Sua impossibilidade física ou jurídica leva a considerá-lo como não escrito (art. 137 do Codigo Civil), libertando o ato negocial de qualquer restrição.

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