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24/05/2018
1
Tratamento dietético para pacientes com 
distúrbios intestinais
Profa. Dra. Ticihana R. Oliveira
Centro Universitário Estácio do Ceará
Curso de Nutrição
Disciplina: Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia I
� Os intestinos completam a digestão, absorvem seletivamente os 
produtos da hidrólise e excretam o que não é necessário ao organismo
Intestinos - revisão
Duodeno: Duodeno: Duodeno: Duodeno: 
Aminoácidos, ácidos graxos, 
monossacarídeos, dissacarídeos 
(lactose), Vit A e B, glicerol e cálcio
Duodeno: Duodeno: Duodeno: Duodeno: 
Aminoácidos, ácidos graxos, 
monoacilgliceróis, 
monossacarídeos, dissacarídeos 
(lactose), Vit A e B, glicerol e cálcio
Jejuno:Jejuno:Jejuno:Jejuno:
Proximal – Vit A e B, ácido fólico, 
ácido fólico, biotina, ácido 
pantotênico, zinco, potássio e cobre
Jejuno:Jejuno:Jejuno:Jejuno:
Proximal – Vit A e B, ácido fólico, 
ferro, lactose
Distal – dipeptídeos, isomaltose, 
maltose, trealose e sacarose
Jejuno inteiro – glicose, galactose, 
ác. ascórbico, aminoácidos, glicerol, 
ácidos graxos, monoacilgliceróis, 
ácido fólico, biotina, ácido 
pantotênico, zinco, potássio e cobre
Íleo:Íleo:Íleo:Íleo:
Inteiro – cloreto, sódio
Distal – B12 (fator intríseco), sais 
biliares 
Íleo:Íleo:Íleo:Íleo:
Inteiro – cloreto, sódio
K+, dissacarídeos, isomaltose, 
maltose, trealose e sacarose
Distal – B12 (fator intríseco), sais 
biliares 
Todo jejuno e íleo:Todo jejuno e íleo:Todo jejuno e íleo:Todo jejuno e íleo:
Vit B1, B2, B3, B6, D, E, K, iodo, cálcio, 
magnésio e fósforo
Todo jejuno e íleo:Todo jejuno e íleo:Todo jejuno e íleo:Todo jejuno e íleo:
Vit B1, B2, B3, B6, D, E, K, iodo, cálcio, 
magnésio e fósforo
Ceco: Ceco: Ceco: Ceco: 
Água e eletrólitos
Ceco: Ceco: Ceco: Ceco: 
Água e eletrólitos
Cólon transverso:Cólon transverso:Cólon transverso:Cólon transverso:
Água e biotina
Cólon transverso:Cólon transverso:Cólon transverso:Cólon transverso:
Água e biotina
24/05/2018
2
� Os fatores que regulam a função motora no intestino são:
Intestinos - revisão
Volume do conteúdo intestinal
Temperatura
Composição química dos alimentos
Atividade somática
Objetivos da dietoterapia
Normalizar o estado 
nutricional do indivíduo
Regularizar a função 
intestinal
Evitar e/ou minimizar 
os efeitos colaterais e as 
interações entre os 
nutrientes e os 
fármacos em uso
MICROBIOTA MICROBIOTA MICROBIOTA MICROBIOTA 
INTESTINAL INTESTINAL INTESTINAL INTESTINAL 
NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL 
Eficiência na 
mobilidade, 
função, 
digestão e 
absorção 
Síntese de AGCC
(butirato, propionato, acetato) 
Síntese de 
vitaminas B 
e K 
Biotransformação 
de esteroides e de 
ácidos biliares 
Auxilia na 
absorção de 
nutrientes 
Auxilia no efeito 
terapêutico: 
fitoterápicos e 
medicamentos 
Mantém a 
integridade 
da mucosa 
FUNÇÃO 
METABÓLICA E 
NUTRICIONAL
FERREIRA, 2003
24/05/2018
3
HIPERMEABILIDADE INTESTINAL
Estado de mudanças da qualidade e da quantidade da microbiota 
intestinal, da sua atividade metabólica e do seu local de distribuição, ou 
seja, aumento das bactérias patogênicas no intestino
GALLAND, 2008
DISBIOSE INTESTINALDISBIOSE INTESTINALDISBIOSE INTESTINALDISBIOSE INTESTINAL
24/05/2018
4
DISBIOSE
Idade
PUJOL, 2011
AVALIAÇÃO 
NUTRICIONAL
DIAGNÓSTICO
EXAMES LABORATORIAISEXAMES FÍSICO
24/05/2018
5
TRATAMENTO
• Açúcar, alimentos alergênicos, aveia, carnes vermelha e 
frango, doces, enlatados, farinha refinada, frituras, frutas 
cítricas, glúten, gorduras hidrogenadas (trans), laticínios, 
leguminosas, manteiga e margarina, mel, oleaginosas, 
ovos, produtos de padaria, refrigerantes, trigo, sementes, 
vísceras
• Automedicação 
Durante 7 dias, no 
mínimo, NÃO serão 
permitidos os 
seguintes alimentos:
• Aditivos alimentares e produtos industrializados, cafeína, 
gorduras hidrogenadas, corantes, embutidos (nitrato de 
potássio, glutamato monossódico) adoçantes artificiais
Não devem ser 
consumidos:
• Arroz, milho, quinoa, raízes, frutas não ácidas, peixe, 
tapioca, cereal de arroz, chás prescritos
Alimentos 
permitidos
PROBIÓTICO
No mínimo de 
108/g
RDC 398/89 (ANVISA,BRASIL, 1989)
24/05/2018
6
PROBIÓTICO
No mínimo de 
108/g
PREBIÓTICO
INULINA
Alho; Alho Poró; 
Cebola; chicória; 
Aspargo; Inhame; 
Alcachofra; tomate; 
batata yacon; 
Banana; Trigo; 
cevada; centeio
6 a 12g
24/05/2018
7
Glutamina
� Repara a mucosa intestinal.
� Prepara o intestino para a ação do probiótico.
� 5 a 10g/dia, por no mínimo 30 dias
Ômega - 3
� Fortalece sistema imunológico
� 1 a 3g/dia, por no mínimo 30 dias
FERRAZ, 2017
1. REMOVER
- Patógenos
- Alérgenos alimentares
- Xenobióticos
3. RECOLOCAR
- Ácido clorídrico 
(HCl)
- Enzimas digestivas
2. 
REINOCULAR
- REINOCULARMOS + 
RECOLOCARMOS
- Probióticos e 
Prebióticos
4. REPARAR
- Nutrientes 
essenciais à saúde 
dos tecidos
epiteliais e mucosos 
↓
Auxiliam na 
restauração
da função celular 
(dieta pouco 
irritativa, 
hipoalergênica).
4R
Remover: otimizar a função gastrintestinal
Recolocar: otimizar a função de digestão
Restabelecer: equilibrar a microbiota
Reparar: recuperar a mucosa gastrintestinal Insitute for Functional Medicine; 
Centro Brasileiro de Nutrição Clínica Funcional, 2008
24/05/2018
8
Doença CelíacaDoença CelíacaDoença CelíacaDoença Celíaca
Espru não tropical, espru celíaco, enteropatia induzida por glúten
Síndrome de má absorção
Resposta de hipersensibilidade à 
gliadina (porção ptn do glúten)
� Doença celíaca ou enteropatia sensível ao glúten
� Doença imunológica intestinal
Resposta imune 
inadequada –
células T
Peptídeos do TRIGO, 
CENTEIO e CEVADA
CITOCINAS 
Pró-inflamatórias
RESPOSTA INFLAMATÓRIA 
(Síntese de anticorpos 
antigliadina, transglutaminase e 
endomísio)
ATROFIA DA MUCOSA INTESTINAL
(achatamento das vilosidades e hipertrofia das 
criptas, com menor superfície de absorção
Doença Celíaca - Fisiopatologia
Cascata
24/05/2018
9
ATROFIA DA MUCOSA INTESTINAL 
proximal e média do intestino delgado 
DISSACARIDASES
PEPTIDASES
CARREADORES NECESSÁRIOS PARA TRANSPORTE 
DE NUTRIENTES
SECREÇÕES REDUZIDAS DAS VESÍCULAS BILIARES
Doença Celíaca - Fisiopatologia
ATROFIA DA MUCOSA ENTERAL 
MACRONUTRIENTES
MICRONUTRIENTES
Doença Celíaca - Fisiopatologia
24/05/2018
10
Obrigatório (lei federal nº 10.674, de 
16/05/2003) nos rótulos de todos os 
alimentos industrial –
“presença ou não de glúten?”
– resguardar o direito à saúde dos celíacos
Doença Celíaca – Informação nutricional
Doença hereditária
(desenvolvimento fortemente associado – 90 a 95% dos casos 
– ao haplótipo DQw2 do HLA no cromossomo 6)
+
Fatores ambientais (exposição ao glúten)
Ex: prolaminas (frações de glúten - nocivas); gliadinas α, β, γ e 
Ω (trigo); hordeínas (cevada), secalinas (centeio), avidinas 
(aveia)
• Errôneo – sintomatologia confusa com Síndrome do Intestino Irritável 
ou outros distúrbios do TGI
• Associada com dermatite herpetiforme e outras doenças autoimunes 
(tireoidite e diabetes tipo 1)
• Pesquisa IgA – pesquisadas primeiramente no teste sorológico
• PadrãoPadrãoPadrãoPadrão----ouro ouro ouro ouro – Biópsia da mucosa intestinal (biópsia jejunal)
Doença Celíaca – Diagnóstico
A Dermatite Herpetiforme , ou doença de 
Duhring-Brocq, é uma doença cutânea 
crônica e benigna que se caracteriza por 
uma sensação de queimadura intensa e 
coceira. Uma dieta sem glúten pode ajudar 
a controlar a presença de erupções 
cutâneas presentes na Dermatite 
Herpetiforme As pernas, as 
nádegas, os joelhos 
e os ombros.
24/05/2018
11
Osteomalácia
OsteopeniaArtrite
Parestesias
Cãimbras
musculares
Fraqueza
Náuseas
Esteatose hepática
Dermatite 
herpetiforme
Ulcerações aftosas 
orais recorrentes
Anemia ferropriva
Alterações na 
menstruação
Sintomas 
neurológicos
Doença Celíaca – Sinais e sintomas
Diarreia Perda de peso
Astenia
(fraqueza orgânica/debilidade)
A doença celíaca é, talvez, a única doença entre transtornos GI em que a 
DIETADIETADIETADIETA constitui o elemento essencial do tratamentoelemento essencial do tratamentoelemento essencial do tratamentoelemento essencial do tratamento
PRIMÁRIO
Exclusão de trigo, centeio, cevada, aveia e 
derivados para o resto da vida (dieta isenta de 
glúten)
Contaminação de aveia e derivados com grãos
(difícil de controlar)
Substituição: 
Milho, batata, arroz, soja, tapioca, araruta, mandioca, 
quinoa, amaranto e trigo sarraceno
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Remoção do glúten da dieta é a prevenção do desenvolvimento 
tardio de neoplasias malignas (linfoma de cél T do intestino 
delgado, ca de esôfago e orofaringe)
24/05/2018
12
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Alimentos proibidos Alimentos proibidos Alimentos proibidos Alimentos proibidos 
(obviamente contém glúten)(obviamente contém glúten)(obviamente contém glúten)(obviamente contém glúten)
Alimentos permitidos Alimentos permitidos Alimentos permitidos Alimentos permitidos 
(obviamente isentos de glúten)(obviamente isentos de glúten)(obviamente isentos de glúten)(obviamente isentos de glúten)
Alimentos que precisam explicitar Alimentos que precisam explicitar Alimentos que precisam explicitar Alimentos que precisam explicitar 
que são isentos de glúten no rótuloque são isentos de glúten no rótuloque são isentos de glúten no rótuloque são isentos de glúten no rótulo
Pão e farinha de trigo, centeio, 
cevada e aveia
Leite e outros laticínios Salsichas, patês, pasta de queijo, carnes 
para lanche, carnes e aves enlatadas
Bolos, doces, biscoitos, tortas ou 
outros alimentos feitos com 
essas farinhas
Arroz, milho, painço, trigo 
sarraceno e qualquer alimentos 
feito com essas farinhas
Alimentos industrializados que podem 
conter farinhas de cereais como 
aditivos, espessantes ou aromatizantes
Massas italianas (espaguete, 
macarrão...), sêmola de trigo
Qualquer tipo de carne fresca, 
peixes ou frutos do mar e ovos
Bebidas alcoólicas derivadas de cereais 
(uísque, vodka)
Produtos industrializados com 
essas farinhas (flan, creme, 
sorvete, geleia...)
Tapioca, soja Molhos para carne (molho de soja)
Molhos para saladas, mostarda, catchup, 
molho de tomate...
Alimentos maltados (ex: leite 
maltado)
Frutas, vegetais, batatas Nenhum produto com vestígio de glúten
Bebidas contendo cereais 
(cerveja, cerveja sem álcool)
Manteiga, margarina, óleos e outras 
gorduras
Sopas instantâneas ou enlatadas e 
caldos em cubos
Sal, pimenta, vinagre Café ou chá instantâneo
Café com grãos moídos, chá e 
infusões de ervas
Balas e achocolatados
Bolos e doces sem as farinhas 
proibidas
Em geral, todo alimento enlatado
Óstia de comunhão
SECUNDÁRIO
NA PRESENÇA DE SINTOMAS:
•Restrição também de 
lactose/polióis (retorno 
gradual) – sacarose talvez útil
•Reposição de líquidos e 
eletrólitos - diarreia grave
Na má-absorção persistente:
•Suplementação de vitaminas e 
minerais 
•TCM
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
24/05/2018
13
Melhora histológica e 
clínica após a retirada do 
glúten da dieta
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Melhora clínica evidente: depois de 1 ou 2 semanas
Recuperação completa: vários meses
Causa do fracasso do tratamento: 
Remoção incompleta do glúten na dieta
VCTVCTVCTVCT: necessidades p/equilíbrio do EN
PTN: PTN: PTN: PTN: Hiperprotéica Suplementação (micro): Suplementação (micro): Suplementação (micro): Suplementação (micro): complementar 
principalmente com Mg, Ca, Vit lipossolúveis, Fe, 
Ác Fólico, Tiamina, B12 e outras do complexo B
Monitorar tempo de protrombina: prolongado – vitamina K
↓ ^ibra insolúvel e caldos _ricos em purina`, fontes de enxofre, 
fermentadores, extremos de T°C
Fracionamento ↑Fracionamento ↑Fracionamento ↑Fracionamento ↑
Volume Volume Volume Volume ↓
Vitaminas A e E e TCM -
esteatorréia
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Líquidos: Líquidos: Líquidos: Líquidos: prevenir a 
desidratação
24/05/2018
14
Intolerância a LACTOSE e a FRUTOSE?
Dieta baixo teor de LACTOSE e FRUTOSE
REINTRODUÇÃO LACTOSE E SACAROSE: na ausência de diarreia
Doença Celíaca – Tratamento Dietoterápico
Ler RÓTULOSLer RÓTULOSLer RÓTULOSLer RÓTULOS
Doença Celíaca – Informações Nutricionais
24/05/2018
15
Doenças Inflamatórias Intestinais Doenças Inflamatórias Intestinais Doenças Inflamatórias Intestinais Doenças Inflamatórias Intestinais ---- DIIDIIDIIDII
Duas formas mais comuns:
1)Retocolite ulcerativa inespecífica (RCUI)
2)Doença de Crohn (DC)
Retocolite Ulcerativa Inespecífica e Doença de Crohn
Definição:Definição:Definição:Definição:
São doenças crônicas (TGI) multifatorial São doenças crônicas (TGI) multifatorial São doenças crônicas (TGI) multifatorial São doenças crônicas (TGI) multifatorial ---- origem desconhecidaorigem desconhecidaorigem desconhecidaorigem desconhecida
Predisposição genética + resposta imune anormal/auto-imune na 
parede intestinal + microflora + desencadeamento 
ambiental/infeccioso
Grau de severidade: duração, gravidade e localização são 
importantes para o tratamento
24/05/2018
16
–––– RCUIRCUIRCUIRCUI
–––– DCDCDCDC
– Complicação grave (DII)- estenose (estreitamento da estrutura tubular)
Localizada no cólon descendente, no sigmóide e no reto 
Contínua; mucosa + submucosa
Sintomas + comuns: Sintomas + comuns: Sintomas + comuns: Sintomas + comuns: diarréia mucossanguinolenta, dor e cólica, mal 
estar, fraqueza, febre, perda de peso, alterações hemoeletrolíticas e 
desnutrição
Pode atingir qualquer parte do TGI (boca ao ânus) sendo mais 
comum no íleo distal e cólon
Sintomas + comuns: Sintomas + comuns: Sintomas + comuns: Sintomas + comuns: diarréia episódica, dor abdominal pós-
prandial e periumbilical, febre baixa, perda de peso, anorexia
RCUI e DC - Características
Doença de Doença de Doença de Doença de CrohnCrohnCrohnCrohn
• Ferro
• Folato
• Vitamina B12
RCUIRCUIRCUIRCUI
• Ferro
RCUI e DC – Deficiências Nutricionais
24/05/2018
17
APÓS VÁRIOS ANOS COM EXACERBAÇÕES 
CÍCLICAS HÁ PERDA SIGNIFICATIVA DA 
FUNÇÃO DO TGI
IMPORTÂNCIA DA DIETOTERAPIA - PREVENÇÃO
RCUI e DC - Prevenção
DIIDIIDIIDII
 Intolerâncias alimentares
 Diarréia e dor abdominal
 Febre
 Perda de peso, desnutrição
 Deficiência de crescimento
 Manifestações extra-intestinais
MANIFESTAÇÕES CLÍNICASMANIFESTAÇÕES CLÍNICASMANIFESTAÇÕES CLÍNICASMANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
24/05/2018
18
• Corticosteróides (Ca e PTN)
• Sulfassalazina (folato)
• Coletiramina (gorduras e vitaminas)
Interações drogas-nutrientes
• Sepse, febre, fístula
• Aumento do turnover celular
• Repleção das reservas orgânicas
• Terapia com esteróides (catabolismo proteico)
Aumento nas necessidades 
nutricionais
DII - Fatores relacionados à deficiência nutricional
• Anorexia, náuseas, vômitos – dietas restritas
• Dor abdominal e diarreias
Diminuição da ingestão 
alimentar
• Diminuição da área absortiva (doença, ressecções)
• Supercrescimento bacteriano
• Deficiência de sais biliares
Má absorção
• Enteropatia perdedora de proteínas
• Fístulas: perda de eletrólitos, minerais e traços
• Sangramento GI
Aumento das perdas 
intestinais
 Imunossupressão
 Osteopenia
 Comprometimento da cicatrização
 Risco cirúrgico aumentado
 Transporte deficiente das drogas
 Redução do trofismo da mucosaintestinal
DII – Consequências da nutrição insuficiente
24/05/2018
19
Recuperar e/ou manter o 
estado nutricional
Adequação da ingestão de 
nutrientes
Manter o crescimento em 
crianças
Diminuir a atividade e 
aumentar o tempo de remissão 
da doença
DII – Objetivos da dietoterapia
Aplicar as recomendações nutricionais adequadas de acordo com o tipo 
de doença e grau de atividade
– Perda de peso? (Corticosteróides – edema → retenção hídrica)
– Hipoalbuminemia (processo inflamatório)
– Anemia? (níveis de Fe, Ác. Fólico, B12), Ca
– Taxa de crescimento de crianças
DII – Avaliação Nutricional
24/05/2018
20
 Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)
25 a 30 kcal/kg/dia
1-1,5g (até 2g para desnutridos)/Kg PIPIPIPI/dia
Hipolipídica < 20% VCT (↓ sais biliares → diarreia)
VCTVCTVCTVCT
PTNPTNPTNPTN
LIPLIPLIPLIP
DII – Recomendações Nutricionais
Fase agudaFase agudaFase agudaFase aguda – Ø lactose; Ø mono/dissacarídeos 
(↑osmolaridade)
↑^ibra solúvel (AGCC – colonócitos), ↓insolúvel (diarreia)
CHOCHOCHOCHO
NE 
NP
Fase remissãoFase remissãoFase remissãoFase remissão
– alimentação 
anti-
fermentativa
Evoluir 
progressiva-
mente o teor 
de fibras
CHOCHOCHOCHO
DII – Recomendações Nutricionais
VO
24/05/2018
21
 Tratamento Nutricional (LAMEU, 2005)
 F. solúvel: F. solúvel: F. solúvel: F. solúvel: AGCC – substrato p/colonócitos; absorção de Na e H2O; 
estímulo enzimas de reparo; ++ butirato → inibe f. nuclear kappa-
β (++RCUI)
 Probióticos: Probióticos: Probióticos: Probióticos: inflamação x microflora 
“Bifidobacterium”/“Lactobacillus” (competição MO patogênicos); 
↓permeabilidade; ↓atividade da doença; evita recidivas
DII – Recomendações Nutricionais
Nutrientes específicosNutrientes específicosNutrientes específicosNutrientes específicos
ativador ++ de linfócitos T
3 – 5g/dia - ↓RI - ++ na RCUI
Vias de administração: Vias de administração: Vias de administração: Vias de administração: 
TNE TNE TNE TNE –––– dieta elementar/semidieta elementar/semidieta elementar/semidieta elementar/semi----elementarelementarelementarelementar– absorção nos 100cm de 
delgado; sem translocação bacteriana 
TNP TNP TNP TNP ---- enteral = secreção hormonalenteral = secreção hormonalenteral = secreção hormonalenteral = secreção hormonal
ARGININA
AG ω3
DII – Recomendações Nutricionais
 Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)
24/05/2018
22
 Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)Tratamento Nutricional (CUPPARI, 2014)
–––– Vias de administração: Vias de administração: Vias de administração: Vias de administração: 
TNE TNE TNE TNE –––– dieta elementar/semidieta elementar/semidieta elementar/semidieta elementar/semi----elementar elementar elementar elementar –
< oferta de alérgenos; custo, atividades normais 
NPTNPTNPTNPT
� ↓palatabilidade (sonda necessário → complicações: RGE, 
osmolalidade)
� ++ coadjuvante na fase aguda (se ↓ tolerância/contra-indicação 
de TNE: > 500ml)
� complicações mecânicas, metabólicas, infecciosas
DII – Recomendações Nutricionais
Tratamento Nutricional (LAMEU, 2005)
VCT manutenção: VCT manutenção: VCT manutenção: VCT manutenção: 25 - 35 kcal/kg de PI
VCT ganho ponderal : VCT ganho ponderal : VCT ganho ponderal : VCT ganho ponderal : 45 Kcal/kg de PI
Proteína: Proteína: Proteína: Proteína: 1,2 a 1,5 g/kg de PI
Micronutrientes: Micronutrientes: Micronutrientes: Micronutrientes: suplementação medicamentosa –
B12B12B12B12 (acometido ressecamento de íleo distal) 
CaCaCaCa - 1,5-2g (corticóide)
VitVitVitVit DDDD medir e suplementar (2500-5000 UI/dia se SIC)
DII – COMPLICAÇÕES
SÍNDROME DO INTESTINO CURTO
A síndrome do intestino curto 
(SIC) é um estado clínico de
má-absorção intestinal 
secundário à perda da 
superfície mucosa
funcionante, em 
consequência de ressecção 
cirúrgica (ex. doença de
Crohn), derivações do 
trânsito intestinal, como no 
caso de fístulas
e cirurgia bariátrica, ou por 
perda das células mucosas 
(enterócitos)
devido a infecção, isquemia, 
quimio e/ou radioterapia.
24/05/2018
23
Obrigada!
� V.M.B., sexo masculino, 2 anos completos de idade, Peso = 10 kg e
Comprimento = 82 cm e bastante ativo.
� A mãe percebeu manchas na pele e esteatorréia, sendo estas cada vez
mais frequentes. Dermatologista prescreveu tratamento para dermatite,
mas sem solução do problema.
� O pediatra prescreveu alguns exames bioquímicos confirmando a
doença celíaca após biopsia intestinal.
� Você como nutricionista da criança, prescreve um tratamento
dietoterápico para doença baseado no seu recordatório.
Estudo de caso - DC
24/05/2018
24
� Recordatório Alimentar 24h:Recordatório Alimentar 24h:Recordatório Alimentar 24h:Recordatório Alimentar 24h:
Café da manhã: Pão carioca com margarina + Vitamina de fruta com 
Farinha Láctea e açúcar.
Lanche da Manhã: Salada de frutas com leite condensado.
Almoço: Arroz, Feijão, Macarrão, Frango cozido e Brócolis. 
Sobremesa: Flan de baunilha
Lanche da Tarde: Bolo de chocolate com brigadeiro
Jantar: Arroz de leite + frango assado + Sorvete de chocolate
Ceia: Iogurte com mel e biscoitos recheados
Estudo de caso - DC
1. Quais orientações nutricionais educativas você faria quanto a 
alimentação para a mãe da criança?
2. Faça a avaliação nutricional da criança.
3. Planeje a dieta por equivalentes
4. Planeje a suplementação (se necessária) de acordo com o quadro 
evolutivo da doença.
Estudo de caso - DC

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