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AÇÃO PENAL 
 
O indivíduo ao cometer um determinado crime leva ao Estado reprimi-lo 
através do “jus puniendi” pois foram lesados direitos individuais ou da 
sociedade, neste momento tem-se motivo para instaurar contra o possível 
autor um processo penal com todas as garantias de defesa estabelecidas na 
Constituição. 
 
 
ESPÉCIES DE AÇÃO PENAL 
 
 
PÚBLICA - INCONDICIONADA 
 (DENUNCIA DO MP) 
 CONDICIONADA A REPRES. DO OFENDIDO 
 A REQUIS DO MIN.DA JUST. 
 
PRIVADA - EXCLUSIVA 
(QUEIXA-CRIME DO OFENDIDO) 
 - SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA 
 
 
 
PÚBLICA INCONDICIONADA (art. 100, §1º do Código Penal) – Iniciada 
mediante denúncia do Ministério Público, vige o Princípio da 
obrigatoriedade e da indisponibilidade. Não se reserva ao Ministério 
Público qualquer juízo de discricionariedade quanto a liberdade de opção 
acerca da conveniência ou oportunidade da iniciativa penal, apenas se for 
constatada a existência de crime e de estarem presentes as condições de ação 
deve o Ministério Público oferecer denúncia. Não pode também desistir dela. 
Ex. roubo, homicídio, etc. 
 
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL – O Ministério Público propõe medida 
despenalizadora chamada de TRANSAÇÃO PENAL prevista no art. 76 da 
Lei 9099/95, mas não se afastou o princípio da obrigatoriedade e sim, limitou 
o representante do Parquet a exigência de cumprir o preceito legal. 
 
 
 
 
A ação penal é pública incondicionada quando não houver nenhum registro no 
Código Penal informando qual é a ação penal. 
 
O Código Penal informa que a ação penal exige representação ou requisição 
do Ministro da Justiça (ação penal pública condicionada) ou é iniciada 
mediante queixa crime (ação penal privada). 
 
PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO 
OU REQUISIÇÃO DO MINISTRO DA JUSTIÇA – A ação continua a ser 
pública, mas exige, para o Ministério Público denunciar, uma condição de 
procedibilidade que é a representação do ofendido. (Ex. ameaça, art. 147 do 
Código Penal) ou requisição do Ministro de Justiça (art. 145, § único do 
Código Penal). 
 
Natureza jurídica da representação – é condição de procebibilidade, que 
equivale à manifestação da vontade do agente (ex. crime de ameaça – art. 147 
do Código Penal). 
 
Requisição do Ministro da Justiça – condição de procedibilidade, neste caso 
se trata de um juízo de conveniência política para o exercício da ação penal. 
Ex. crime contra a honra do Presidente da República (art. 141, inciso I do 
Código Penal). 
 
Retratação da representação (art. 102 do Código Penal) (art. 25 do CPP) – 
até o oferecimento da denúncia (exceção art 16 da Lei 11340/06 precisa de 
audiência para a retratação). 
 
PRAZO DA REPRESENTAÇÃO – 6 meses da data do dia em que a vítima 
souber quem é o autor do fato criminoso. (art. 103 do Código Penal) (art. 38 
do CPP).(decadência). 
 
Morte do ofendido – regra prevista no art. 31 CPP. (vale para a queixa-
crime). 
 
Ofendido menor de 18 anos ou mentalmente incapaz – regra prevista no 
art. 33 do CPP. (regra prevista no art. 34 CPP não vale mais com a nova regra 
sobre maioridade civil). 
 
PROBLEMA DO MENOR – em caso de renúncia do representante legal, 
pode o menor, quando completar 18 anos exercer seu direito de queixa (e/ou 
representação), a não ser que tenha operado a prescrição (art. 50, § único do 
CPP). 
 
CRIME COMPLEXO (art. 101 do Código Penal) – É aquele decorrente da 
fusão de mais de um delito que atinge mais de um bem jurídico. Ex. roubo 
(atinge patrimônio e integridade física). 
Se houver interesse público o Ministério Público está autorizado a propor ação 
penal. 
 
Súmula 608 do STF - No crime de estupro, praticado mediante violência real, 
a ação penal é pública incondicionada. 
 
Ex. estupro com violência real é um crime complexo (estupro ação penal 
pública condicionada a representação e lesões corporais ação penal pública 
incondicionada). Por ser complexo está autorizado o Ministério Público a 
propor ação penal mesmo que não tenha sido proposta a representação da 
vítima. 
 
CONCURSO DE CRIMES – Se houver um crime de ação pública e outro de 
ação penal privada deve ocorrer litisconsórcio ativo entre o Ministério Público 
e o ofendido. 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA - TITULARIDADE EXCLUSIVA DO 
OFENDIDO (art. 102, §2º do código Penal) – é iniciada mediante queixa-
crime. Vale o princípio da disponibilidade – ele pode desistir de intentar a 
ação penal privada. Ex. calúnia, difamação. 
 
RENÚNCIA DO DIREITO DE QUEIXA – esta renúncia pode ser 
expressa. (art. 50 do CPP), através de declaração assinada por parte do 
ofendido, representante legal ou procurador com poderes especiais. 
Por renúncia tácita pode ser entendido como a realização de qualquer ato 
incompatível com a vontade de exercer a ação penal. (art. 104, parágrafo 
único do CP). 
 
Problema do menor – no caso de renúncia por parte do representante legal, 
pode o menor, caso complete 18 exercer o direito de queixa-crime, a não ser 
que tenha operado a prescrição (art. 50, parágrafo único do CPP). 
 
PEREMPÇÃO – É a perda do direito de prosseguir na ação penal privada, 
isto é uma sanção jurídica aplicada ao querelante pela sua inércia, pelo mau 
uso da faculdade que o poder público lhe concedeu, de agir, privativamente, 
na persecução de determinados crimes. Na perempção, o querelante que já 
iniciou a ação de exclusiva iniciativa privada, deixa de realizar atos 
necessários ao seu prosseguimento, deixando de movimentar o processo, 
levando à presunção de desistência. 
 
Considera-se perempta a ação penal privada quando: 
 
1) iniciada ela, o querelante deixa de promover o andamento do processo 
durante 30 dias seguidos (art. 60 do CPP). Somente se reconhecerá a hipótese 
no caso do ofendido ser intimado para se manifestar e não o faça no prazo 
legal. 
 
2) Também é perempção quando o querelante deixa de comparecer, sem 
motivo justificado, a qualquer ato do processo que deva estar presente; 
 
3) ausência de substituição processual no prazo de 60 dias, na hipótese de 
falecimento ou incapacidade do querelante; 
 
4) se deixa de formular pedido de condenação. 
 
INDIVISIBILIDADE – Caso se pretenda propor uma queixa-crime contra 
vários réus é obrigatório incluir todos, sob pena de ser considerada renúncia 
tácita, caso algum deles seja excluído. (art. 48 do CPP). O Ministério Público 
sempre se manifesta pelo reconhecimento da renúncia tácita quando algum 
dos querelados é excluído. 
 
DECADÊNCIA – prazo 6 meses da data em que a vítima toma ciência sobre 
quem é o autor do crime. 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA – Nos crimes de 
ação penal pública, quando da inércia do representante do Ministério Público 
pode o ofendido propor ação penal privada subsidiária da pública. (art. 100, 
parágrafo 3º do CP e art. 29 do CPP).(nunca vi tal espécie de ação penal). 
Não cabe quando o Ministério Público se manifesta pelo arquivamento da 
ação penal. 
 
Súmula 524 do STF – Arquivado o inquérito policial, por despacho do Juiz, a 
requerimento do Promotor de Justiça, não pode a ação penal ser iniciada sem 
novas provas.

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