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Diteiro Administrativo - Aula_3

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CARREIRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 
Direito Administrativo 
Matheus Carvalho 
1 
*ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO* 
 
11. Formas de Prestação da Atividade 
Administrativa: 
 
15.1- DESCONCENTRAÇÃO: Atividade 
distribuída dentro do próprio núcleo, da própria 
Pessoa Jurídica. Há Hierarquia, Subordinação. 
 
 Descentralização: 
 
 Por Outorga: O Poder Público transfere 
a titularidade mais a execução do serviço. Só 
pode ser feita através de lei e para as Pessoas 
Jurídicas de Direito Público da Administração 
Indireta. 
 
 Delegação: Transfere somente a 
execução do serviço, o Poder Público mantém 
a titularidade. Pode ser feita a qualquer um 
(Administração Direta, Indireta, particulares). 
Pode ser feita por: 
 
a) Lei (Legal): quando for para Pessoas 
Jurídicas de Direito Privado da Administração 
Indireta (Empresas Públicas, Sociedade de 
Economia Mista). 
 
b) Contrato (contratual): quando a 
delegação for para particulares 
(concessionárias, permissionárias, 
organizações sociais e todos que prestem 
atividade administrativa). 
 
15.2- ADMINISTRAÇÃO DIRETA (Dec. 
Lei/67)  Núcleo da Administração. 
 
 Teoria do Mandato: O Estado transfere 
poderes a seus agentes através de um contrato 
de mandato. Não serve porque o Estado não 
pode manifestar vontade, portanto, não pode 
celebrar contrato de mandato. 
 
 Teoria da Representação: O Estado é 
tratado como incapaz, por isso precisaria de 
um representante. Não serve porque, no Brasil, 
o Estado é responsável por seus atos e de 
seus agentes, não é incapaz. 
 
 
 
 Teoria do Órgão ou 
Teoria da Imputação (Hely 
Lopes): Utilizada no Brasil, o agente exerce o 
poder, manifesta a vontade do Estado em 
razão de um Poder Legal, decorre de uma 
previsão legal. 
 
15.2.1 - ÓRGÃO PÚBLICO: 
 
- Núcleo especializado de competências que 
servem para prestação de atividade 
administrativa. Não pode celebrar contrato. 
Não têm Personalidade Jurídica, por isso não 
tem aptidão para ser sujeito de direitos e 
obrigações. Mas pode ir a juízo, desde que 
preenchida 02 condições (ir em busca de 
prerrogativas funcionais, sempre como sujeito 
ativo). Tem CNPJ. É possível a existência de 
órgão público na Administração direta e na 
indireta (Lei 9784/99). 
 
 CLASSIFICAÇÃO: 
 
a) Quanto à Posição Estatal: 
 
A Independentes: goza de independência, 
está no ápice de cada um dos poderes. Ex. 
São as chefias de cada Poder: Presidência, 
Câmara Municipal. 
 
BAutônomos: Estão subordinados, 
diretamente ligados aos órgãos independentes. 
Ex. secretarias de Estado, Ministérios. 
 
C Superior: ainda tem poder de decisão, 
mas está subordinado aos órgãos autônomos e 
aos independentes. Ex. Procuradorias. 
 
DSubalterno: Não tem poder de decisão, só 
executa o que foi mandado pelo independente 
ou autônomo. Ex. zeladoria, almoxorifado. 
 
b) Quanto à Posição Estrutural: 
 
ASimples: Não tem outros órgãos 
agregados à sua estrutura. Ex. Gabinetes. 
 
B Compostos: tem outros órgãos agregados 
à estrutura. Ex. Delegacia de Ensino- Escolas 
ligadas. 
 
 
 
 
c) Quanto à Atuação Funcional: 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 
Direito Administrativo 
Matheus Carvalho 
2 
 
A Singular: Composto por um único agente. 
Ex. presidência, governadoria. 
 
B Colegiado: Composto por vários agentes. 
 
15.3- ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: 
 
- Possuem Personalidade Jurídica Própria: tem 
aptidão para ser sujeito de direitos e 
obrigações, é responsável pelos próprios atos 
e os de seus agentes. Não existe relação de 
hierarquia entre Administração Direta e 
Indireta. 
 
- Patrimônio e Recursos Próprios, autonomia 
técnica, financeira (decide como vai aplicar o 
dinheiro), administrativa. Só não tem 
autonomia, nem capacidade legislativa. Obs. 
No máximo poderá regular, complementar, 
disciplinar o que está previsto em lei. 
 
 Formas de Controle: 
 
 Interno: feito pela própria entidade da 
Administração Indireta. 
 
 Exterior: Poder Legislativo (CPI´s e 
TCU); Poder Judiciário; pelos cidadãos, através 
da Ação Popular; Pelo Poder Executivo 
(supervisão Ministerial, dirigentes escolhidos 
pelo Ministério, receitas e despesas 
fiscalizadas, finalidades predeterminadas). 
 
 AUTARQUIAS 
 
 Conceito: Pessoa Jurídica de 
Direito Público que serve para prestação de 
atividades típicas do Estado, com autonomia 
administrativa, técnica e financeira, mas sem 
capacidade legislativa. São criadas e extintas 
por lei ordinária específica. 
 
 Finalidade vinculada à finalidade 
para a qual a Lei a criou. Não são criadas para 
visar o Lucro. 
 
 
 
 
 
 
 Atos e Contratos: 
 
a) Auto-Executáveis: presunção 
de legitimidade, imperatividade, como qualquer 
outro ato administrativo. 
b) Contrato Administrativo 
regido pelo dir. público, com cláusulas 
exorbitantes. 
c) Necessidade de Licitação, 
mesmo para contratos regidos pelo direito 
privado. 
 
 Responsabilidade Civil : 
 
a) Conduta + Dano + Nexo 
(sem necessidade de comprovação de culpa 
ou dolo). Será Objetiva: quando houver ação 
por parte do Estado; Subjetiva: quando em 
razão de omissão do Estado, e a 
responsabilidade do servidor também será 
subjetiva. 
b) Obs. Se a Autarquia não 
tiver patrimônio, o Estado responderá de forma 
objetiva, subsidiariamente pelo Dano. 
c) Exceção: No Casos das 
PPP´s, a Responsabilidade do Estado é 
Solidária. 
 
 Bens Autárquicos: São bens públicos, 
segue regime de bens públicos. 
 
a) Inalienabilidade Relativa: 
Todos os bens públicos são alienáveis de 
forma condicionada. Para haver alienação, há 
um procedimento a ser seguido: (Desafetação- 
Autorização Legislativa- Licitação). 
 
b) Impenhorabilidade: É 
vedada a penhora, o arresto (bens 
indeterminados), o seqüestro (bens 
determinados). 
 
c) Impossibilidade de Oneração: O Bem 
Público não pode ser objeto de Dir. Real de 
garantia (O Penhor e a Hipoteca são vedados). 
 
d) Imprescritíveis (prescrição aquisitiva): 
Bens públicos são insuscetíveis de usucapião, 
nem do pró-labore, nem os bens dominicais. 
 
 
 
 Regime de Precatório (art.100, 
CF) 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 
Direito Administrativo 
Matheus Carvalho 
3 
 
a) Documento através do qual, o Tribunal 
reconhece débito com procedência transitada 
em julgado. Os Precatórios constituídos até 01º 
de julho devem ser pagos no exercício 
financeiro seguinte, se existir disponibilidade 
orçamentária. Podem ser pagos em 
parcelamentos anuais (10 por ano). 
 
b) Cada Pessoa Jurídica tem a sua própria 
fila, cada autarquia tem uma fila própria. Obs. 
Alimentos: Obedecem ao Precatório, mas têm 
fila própria dentro da fila geral. Exceção: Há um 
valor de 60 salários mínimos, no qual a pessoa 
estará fora do precatório. 
 
 Privilégios Processuais: 
 
a) Prazo para Recurso: prazo 
quádruplo, 60 dias. Contestação: prazo duplo, 
30 dias. 
b) Duplo grau obrigatório de 
Jurisdição, reexame necessário: Se o processo 
não for submetido ao duplo grau obrigatório, 
não haverá Coisa Julgada. 
 
 Regime Tributário: 
 
a) Imunidade Tributária recíproca 
Somente quanto aos Impostos. A Imunidade 
não é absoluta: Restringe-se às finalidades 
específicas de cada autarquia, previstas na sua 
lei de criação. As atividades complementares 
estão sujeitas aos impostos. 
b) Obs. Há cobrança dos outros tributos. 
c) Procedimento Financeiro: Lei 4320/64 
(Lei de Finanças Públicas) e LC 101/2000 (Lei 
de Responsabilidade Fiscal). 
d) Regime de Pessoal (EC 19 aboliu o 
Regime jurídico único): 
 
A Estatutário: Para titulares de cargo público 
(só nas Pessoas Jurídicas de Dir. Público). 
Preferencialmente, deve ser adotado o Regime 
Estatutário, de cargopúblico. 
 
B Celetista: Para titulares de emprego 
público. 
 
 CONSELHOS DE CLASSE (OAB, 
CRA, CRM, CRO). 
 
 Antigamente: Natureza de 
Autarquia. Porém, a Lei 9649/98, art.58: 
Conselho de Classe terá natureza de Pessoa 
Jurídica de Direito Privado. 
 
 STF, ADIN 1717: Como os 
Conselhos de Classe têm como função 
principal o Poder de Polícia, fiscalizando as 
atuações profissionais, não podem ser 
considerados PJ de Dir.Privado. Declarou 
inconstitucional o art.58 da Lei 9649/98, 
determinando que os Cons.de Classe terão 
natureza de Autarquia. 
 
 Concurso Público: Doutrina 
Majoritária entende que o concurso público é 
obrigatório. 
 
 Foro Competente, Súm.66, STJ: 
Justiça Federal ou Vara da Fazenda Pública. 
 
 Anuidade: Natureza Tributária, 
contribuição. 
 
 Controle pelo Tribunais de Contas; 
Devem Obedecer a Lei 4320/64 (Lei de 
Finanças) 
 
 Exceção OAB: A contribuição da 
OAB não tem natureza tributária; Não sofre 
controle do Tribunal de Contas e não deve 
obediência à Lei de Finanças Nacional. 
 
 AUTARQUIAS DE REGIME ESPECIAL 
 
 Surgiram para conceituar as 
Universidades Públicas, que têm mais 
autonomia e liberdade. Reitor: Tem prazo 
certo de mandato, só sairá depois da expiração 
desse. São escolhidos por eleição. Não é cargo 
de livre nomeação, nem de livre exoneração. 
 OBS. Banco Central: É autarquia 
comum, mas seu Presidente é nomeado pelo 
Presidente após prévia aprovação do Senado. 
 
 AGÊNCIAS REGULADORAS 
(Espécie) 
 
a) Finalidade: Regular, 
Fiscalizar, Disciplinar, Normatizar determinadas 
atividades. Não é atividade nova, antes era 
exercida diretamente pelo Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 
Direito Administrativo 
Matheus Carvalho 
4 
b) Capacidade Legislativa: 
Não a tem, não podendo, de tal sorte, legislar. 
Têm o papel de complementar as leis, com 
normas técnicas específicas de sua atuação. 
 
c) Regime Especial: Têm 
mais autonomia, Liberdade normativa, 
liberdade econômica e financeira. 
 
d) Nomeação de 
Dirigentes: Presidente nomeia com prévia 
aprovação do Senado. É investidura ou 
nomeação especial, porque depende de prévia 
aprovação do Senado. 
 
e) Mandato com Prazo 
certo e determinado: A Lei de criação de cada 
Autarquia de regime especial irá determinar o 
prazo do mandato (máximo. de 04 anos). Obs. 
Já há Projeto de Lei querendo uniformizar o 
prazo: 04 anos para todas. 
 
f) Vedação (Quarentena): 
Quando o dirigente sai do cargo, deve ficar 04 
meses ou 01 ano (a depender da lei da 
autarquia especial) sem poder atuar na área de 
atuação da Agência Reguladora. 
 
g) Distinções: 
 
AProcedimento Licitatório: 
 
- Lei 9472/97: em contrariedade ao disposto na 
Lei 8666/93, cada agência teria seu próprio 
procedimento licitatório, previsto na sua lei de 
criação. Com modos específicos de Licitação 
(Pregão e Consulta). 
 
- STF, ADIN 1668: Se a Agência Reguladora é 
autarquia, terá que seguir a Lei 8666/93, 
deixando, entretanto, que elas tenham as 
modalidades específicas determinadas pela Lei 
9472/97, Pregão e Consulta. 
 
 
 
 
 
 
- O Pregão já tem a Lei 10520/02, que o 
estendeu a todos os Entes, não sendo mais 
modalidade específica das 
Agências Reguladoras. 
Atualmente, a Consulta, que ainda não tem Lei 
lhe regulando, é a modalidade específica das 
Agências Reguladoras. 
 
B Regime de Pessoal: 
 
- Lei 9886/00: Regime Celetista, com 
contratação temporária. A Doutrina já dizia que 
o Regime da CLT só deveria ser adotado em 
situações excepcionais, para funções 
subalternas ou para contratações temporárias. 
 
-ADIN 2310, STF: Declarou que não era 
hipótese para contratação temporária, que é 
excepcional, e que, portanto, não deveria 
adotar o Regime Celetista. Declarou a 
Inconstitucionalidade das 02 regras: Regime 
Celetista e Contratação Temporária. 
 
- MP 155/03 Lei 10871/04: Determinou o 
Regime Estatutário, com concurso público, 
para todas as Agências Reguladoras. Os que 
entraram por contratação temporária sairão 
depois de findo o tempo do contrato. 
 
h) Exemplos de Agências: 
 
AANS; ANTT; ANTAQ; ANAC; ANP; ANA 
(bens públicos); ANCINE (fomento). 
 
B Autarquias: ADA (agência de 
desenvolvimento da Amazônia, substituiu a 
SUDAM), ADENE (agência de 
desenvolvimento do Nordeste, substituiu a 
SUDENE) e AEB (agencia espacial); 
 
C Serviços Sociais Autônomos: APEX, ABDI. 
Obs: CVM: deveria ser agência reguladora, 
mas é autarquia comum. 
 
 AGÊNCIA EXECUTIVA: 
 
a) São Autarquias ou Fundações Públicas 
que precisam ser modernizadas, e para isso 
fazem um planejamento para reestruturação. 
 
b) Contrato de Gestão: Celebrado entra 
uma Autarquia ou Fundação Pública e o Poder 
Público. Serve para dar mais autonomia ou 
recurso público. Ex: Autarquia A  Contrato de 
gestão  Agencia Executiva A. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 
Direito Administrativo 
Matheus Carvalho 
5 
c) O título de Agência Executiva é 
temporário, findo o contrato de gestão, o ente 
que se tornou agência executiva 
temporariamente voltará a ser autarquia ou 
fundação pública. Ex. de ag.executiva: 
INMETRO. 
 
d) Liberdade Específica (só para 
agências executivas): Art.24, par.único, Lei 
8666/93: Dispensa de Licitação. Regra Geral: 
 
AValor de até 10% do Convite (até 
R$150.000, se obras ou serviços de 
engenharia; até R$80.000 para os outros 
serviços); 
 
Blicitação dispensada (R$15.000 ou 
R$8.000). 
 
e) Dispensa para as Agências 
Executivas: 20% do Valor do Convite, ou 
seja, quando o valor da licitação for até 
R$30.000 ou R$16.000, a agência executiva 
estará dispensada de licitação. Essa dispensa 
vale também para: Sociedades de Economia 
Mista, Empresas Públicas e Consórcios 
Públicos. Só vale para as Autarquias e 
fundações públicas, quando qualificadas como 
agência executiva. 
 
 FUNDAÇÃO PÚBLICA 
 
 São instituídas e constituídas pelo 
Poder Público, fazendo parte da Administração. 
Obs.: Quando forem constituídas pela iniciativa 
privada, não serão Fundação Pública. 
 
 FUNDAÇÃO PÚBLICA de DIREITO 
PÚBLICO: 
 
a) Natureza Jurídica: Regime 
de Dir. Público. É uma espécie de autarquia e 
faz parte da Fazenda Pública. Tem todos os 
privilégios e obrigações de uma autarquia. 
Obs. Quando o concurso falar de Fundação 
Pública, será a de Direito Público. 
 
 
 
 FUNDAÇÃO PÚBLICA de DIREITO 
PRIVADO (fundações governamentais) 
 
a) Natureza Jurídica: Regime 
de Direito Privado, derrogado parcialmente 
por algumas normas de dir.público. 
 
b) Foro Competente (foro 
privativo): Justiça Federal ou Vara da 
Fazenda Pública. 
 
c) Privilégio Processual: Não 
tem prazo especial, porque não faz parte da 
Fazenda Pública. 
 
d) Tem sua Criação autorizada 
por Lei Ordinária; Lei Complementar deve 
determinar a finalidade das fundações públicas 
de dir.privado. 
 
e) OBS: Celso Antonio entende 
que não há essa divisão. Segundo ele, quando 
se fala em Fundação Pública, todas elas são 
de Direito Público. 
 
 
 
 EMPRESAS PÚBLICAS: 
 
a) Pessoa Jurídica de Direito 
Privado; Podem prestar serviço público ou 
explorar atividade econômica; sua criação 
autorizada por lei. 
 
b) Têm capital 
exclusivamente público: Pode ser capital de 
vários entes da federação. Entretanto, não 
poderá haver capital de uma Sociedade de 
Economia Mista investido na Empresa Pública, 
do contrário ela perderá esse status. 
 
c) Tem livre Constituição: 
Pode ser constituída por qualquer atividade 
empresarial. 
 
d) Têm Foro Privativo: Justiça Federal ou 
Vara da Fazenda Pública. 
 
 
 
 
 SOCIEDADE DE ECONOMIA 
MISTA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 
DireitoAdministrativo 
Matheus Carvalho 
6 
a) Pessoa Jurídica de Direito Privado; 
Podem prestar serviço público ou explorar 
atividade econômica; Criação autorizada por 
lei. 
 
b) Têm Capital Misto: O Capital do Ente 
Público deve ser a maioria do capital votante. 
Devem ser constituídas, obrigatoriamente, 
como Sociedades Anônimas. 
 
c) Não têm foro privativo: São julgadas 
na Justiça Estadual. 
 
d) FINALIDADES: 
 
A Prestar Serviço Público: Quando forem 
prestadoras de serviço público, haverá 
prevalência do Dir.Público sobre o Dir.Privado. 
 
B Explorar Atividade Econômica: Quando 
forem exploradoras de atividade econômica, 
haverá prevalência do regime de Dir.Privado, 
com alguma influencia do Dir.Público. obs: 
Art.173, CF (Hipóteses em que o Estado 
pode Explorar Atividade Econômica): 
 
1. Quando for necessário aos imperativos da 
Segurança Nacional. 
 
2. Quando houver interesse coletivo, conforme 
o definido em lei. 
 
C Terão estatutos próprios definidos na lei 
que autorizou sua criação. 
 
e) REGIME JURÍDICO das EMPRESAS 
ESTATAIS: 
 
A 1ª Regra: LICITAÇÃO: 
 
01. Quando for Prestadora de Serviço 
Público: Obedecerá à Lei 8666/93. 
 
02. Quando Exploradora de Atividade 
Econômica: Podem ter estatuto próprio, que 
regerá o procedimento licitatório de cada 
Pessoa Jurídica. Entretanto, até hoje, não há 
estatuto. Assim, deverão obedecer à Lei 
8666/93. Dispensa e Inexigibilidade (Arts.24 
e 25 da Lei 8666/93). 
 
BFALÊNCIA: 
 
01. Antes: Se prestadoras de serviço público  
não estavam sujeitas à falência; Se 
exploradoras de atividade econômica  
Estavam sujeitas à falência. 
 
02. Agora (Lei de Falências, 11101/05, 
art.2º): Empresas Públicas e Sociedades de 
Economia mista, sejam exploradoras de 
atividade econômica, sejam prestadoras de 
serviço público, não estão sujeitas à falência. 
 
03.Obs: A doutrina critica tal orientação, 
dizendo que as exploradoras de atividade 
econômica devem estar sujeitas à lei de 
falências, já que estão muito próximas do 
Dir.Privado. 
 
C  RESPONSABILIDADE CIVIL: 
 
01. Prestadoras de Serviço Público (Art.37, 
par.6º, CF): A responsabilidade será objetiva, 
de regra. E a responsabilidade do Estado será 
subsidiária e objetiva. 
 
02. Exploradoras de Atividade Econômica: A 
Responsabilidade civil delas será regida pelo 
Direito Civil, que determinará os casos em que 
a responsabilidade será objetiva ou subjetiva. E 
o Estado não responde subsidiariamente. 
 
D REGIME TRIBUTÁRIO: 
 
01. Regra Geral: As Empresas Públicas e as 
Sociedades de Economia Mista não têm 
imunidade tributária recíproca e privilégios não 
extensíveis à iniciativa privada. 
 
02. Exceção: Quando o bem e as atividades 
estiverem vinculadas à prestação do serviço 
público, terão imunidade tributária. 
 
03. Empresa dos Correios e Telégrafos: 
Exerce atividade exclusiva e indelegável do 
Estado (serviço postal), por isso é tratado com 
Fazenda Pública. Goza de imunidade 
tributária recíproca; Tem privilégios 
processuais (prazos diferenciados); Os seus 
bens públicos são impenhoráveis, não 
oneráveis, impenhoráveis e imprescritíveis; 
Estão sujeitas ao regime de precatório.Obs. 
Isso não vale para as franquias privadas da 
Empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 
Direito Administrativo 
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7 
E REGIME DE BENS: 
 
01. Regra Geral: São penhoráveis. Mas são 
imprescritíveis, sempre. 
02. Obs. José dos Santos C. Filho entende que 
só os bens das Pessoas Jurídicas de 
Dir.Público são bens públicos, ou seja, os bens 
das entidades governamentais não são bens 
públicos. 
 
03. Maioria da Doutrina: Os bens públicos são 
todos aqueles pertencentes às Pessoas 
Jurídicas de Direito Público e os diretamente 
ligados à prestação do serviço público nas 
entidades governamentais, concessionárias, 
permissionárias e autorizatárias. Neste ultimo 
caso, os bens seguirão as regras dos bens 
públicos. 
 
F REGIME DE PESSOAL: 
 
01. Celetista: Titular de Emprego (Não é 
emprego público. Este e o cargo público são 
exclusivos das PJ´s de Dir.Público). 
Equiparam-se aos servidores em alguns 
aspectos: 
 
- Exigência de concurso público; 
- Sujeitos às regras de vedação de 
acumulação; 
- Respondem por Improbidade (lei 8429/92) 
de cargo, emprego e função pública; 
- São funcionários Públicos para fins penais; 
- Estão sujeitos aos remédios 
constitucionais; 
- Teto Remuneratório: Estarão sujeitos ao teto 
do STF se a Empresa Pública ou a Sociedade 
Economia Mista receberem ajuda do Estado 
para o custeio; Se não receberem ajuda para 
custeio, não estão sujeitos ao teto. 
 
 
 
- Dispensa do empregado: Para maioria da 
doutrina, a dispensa do empregado só poderá 
ser realizada motivadamente, após processo 
administrativo disciplinar com contraditório. 
Porém, TST Súmula 390, orientação 
jurisprudencial  Não há necessidade de 
motivação para dispensa dos empregados, já 
que os mesmos não gozam de estabilidade. 
Também não há necessidade 
de processo administrativo. 
 
 ENTES DE COOPERAÇÃO (Entes 
Paraestatais) 
 
 São entes paraestatais, Pessoas 
Jurídicas de Direito Privado que não fazem 
parte da Administração pública, mas que 
cooperam com o Estado na consecução de 
alguns fins públicos. 
 
 01º Setor (Estado); 
 02º Setor (Mercado); 
 03º Setor (ONG´s), alguns dos 
entes de cooperação são ONG´s; 
 04º Setor (Economia Informal). 
Não têm fins lucrativos e servem para ajudar o 
Estado na prestação de um serviço público ou 
no fomento de uma atividade. 
 
 SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMO 
(Sistema “S”, SEBRAE, SENAT, SESC, 
SESI). 
 
a) Privilégios: Recebem 
recursos orçamentários. Têm capacidade 
tributária. São beneficiárias da Parafiscalidade. 
b) Sujeitas às regras de 
licitação da Lei 8666/93 e à fiscalização do 
Tribunal de Contas. 
c) Obs: APEX e ABDI são 
agências com natureza de Serviço Social 
Autônomo. 
 
 ORGANIZAÇÃO SOCIAL 
 
a) Lei 9637/98: As Organizações Sociais 
servem para prestação de serviços públicos, 
serviços estes que estão listados nesta Lei. 
Ex.: meio-ambiente; pesquisa; saúde; 
desenvolvimento tecnológico. 
 
b) As Organizações Sociais surgiram 
como órgãos públicos extintos, que foram 
transformadas em Pessoas Jurídicas de Direito 
Privado denominadas Organização Social. 
 
c) Criação das Organizações Sociais: 
Celebração do Contrato de Gestão: É o 
vínculo jurídico das Organizações Sociais o 
Estado (“entidade fantasma” segundo Maria 
Sylvia, já que 01º celebra-se o contrato de 
gestão, para que depois as Organizações 
Sociais existam no mundo jurídico). 
 
 
 
 
 
 
 
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CARREIRAS JURÍDICAS (PCJ) 2014 
Direito Administrativo 
Matheus Carvalho 
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d) A empresa não precisa existir no mundo 
jurídico, nem ter experiência prévia no ramo em 
que for atuar para que celebre o contrato de 
gestão. Ato Administrativo Discricionário do 
Ministério do Planejamento e Gestão, após a 
celebração do contrato de gestão, dá o status 
de Organização Social. 
 
e) Controle/ Licitação: Art.24, inc.24 da 
Lei 8666/93: Dispensa a Administração de 
licitar com as Organizações Sociais quando o 
contrato a ser firmado for decorrente de 
contrato de gestão. 
 
Entretanto, as Organizações Sociais estão 
sujeitas às regras de licitação. Estão sujeitas 
ao controle do Tribunais de Contas, já que 
podem receber dotações orçamentárias, 
cessão de servidores públicos e receber bens 
públicos. Ex. Instituto de matemática pura e 
aplicada. 
 
 OSCIP - ORGANIZAÇÕES da 
SOCIEDADE CIVIL de INTERESSE PÚBLICO 
 
a) Lei 9790/99: Diferenças para 
as Organizações Sociais: 
 
A A Pessoa Jurídica precisa existir no mundo 
jurídico no mesmo ramo de atividade, há pelo 
menos 01 ano, para tornar-se umaOSCIP. 
 
B O Vínculo jurídico com o Estado é o 
Termo de Parceria, que tem natureza de 
contrato administrativa, segundo parte da 
doutrina. 
 
 
C Regra Geral: Não há cessão de 
servidores, não há transferência de bens 
públicos, nem dotação orçamentária (não 
participa diretamente do orçamento, mas 
recebe recursos públicos via depósito 
bancário). 
 
D Estão sujeitas às regras de licitação e ao 
controle dos Tribunais de Contas. 
E O Conselho de Administração da OSCIP 
deve ser formado por particulares, 
diferentemente das Organizações Sociais, 
onde os Conselhos de 
Administração e Fiscal 
podem ser compostos por servidores públicos. 
 
F Obs: O que tem ocorrido é que a 
Administração contrata as OSCIP´s para, via 
de regra, burlar o concurso público, já que os 
empregados das OSCIP´s não necessitam de 
concurso. 
 
 ENTIDADES DE APOIO (pouco 
importantes). 
 
a) Constituição As entidades 
de apoio podem ser constituídas como 
Fundação, Associação ou Cooperativas, 
criadas por servidores públicos com a 
finalidade de melhor desenvolver suas 
atividades. 
 
b) Funcionam ao lado das 
Universidades Públicas e hospitais públicos. 
São fundações privadas que atuam com a 
estrutura e o dinheiro do Estado. Vínculo 
Jurídico: Convênio celebrado com a 
universidade. Ex. As entidades de apoio 
fazem convenio com a universidade pública 
para organizarem uma pós-graduação, da qual 
se poderá cobrar mensalidade. 
 
c) Lei 8958/94: Entidades de 
apoio que atuam junto às Universidades 
Públicas. Quanto às outras entidades ainda 
não há legislação.

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