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FASE POSTULATÓRIA TRABALHO

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Centro Universitário Estácio de Sá
Processo Civil II
FASE POSTULATÓRIA
Os procedimentos podem ser comuns ou especiais, os casos em que a lei não definir como procedimento especial serão comuns. Podemos ter então o procedimento comum dividido em quatro fases, sendo elas: Postulatória, Ordinatória, Instrutória e por fim a decisória. 
Em resumo, a fase postulatória é onde as partes formulam a sua pretensão por meio da petição inicial e o réu apresenta a sua resposta, na ordinatória o juiz aprecia os requerimentos de provas formulados pelas partes, na instrutória as provas são produzidas para que haja o convencimento do juiz.
Por ser a fase inicial do procedimento comum, a fase postulatória traz um ato muito importante para o processo, a petição inicial, é por ela que podemos tomar conhecimento sobre os elementos da ação (partes, pedido, causa de pedir). De acordo com os artigos 319 e 320 do CPC, a petição inicial deve conter algumas formalidades, sendo elas: O juízo para o qual é dirigida, os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu, o fato e os fundamentos jurídicos do pedido (causa de pedir), o pedido com as suas especificações, o valor da causa, as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados, a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de mediação. Se houver algum erro em relação a tais formalidades o autor terá o prazo de 15 dias para sanar os vícios, e se não o fizer a petição será indeferida pelo juiz.
Ainda em relação a petição inicial, temos também o pedido, ele deve ser certo, aquele que permite a identificação do bem, e determinado, que exige a quantidade certa do bem. Em algumas situações pode haver um pedido genérico, no qual o CPC cita: as ações universais, quando não for possível identificar imediatamente as consequências do ato ou do fato, quando a determinação do objeto ou do valor da condenação depender de ato que deva ser praticado pelo réu. Há também a possibilidade de acumulação de pedidos, porém o artigo 327 do CPC estabelece alguns requisitos para a sua admissibilidade, são eles: Pedidos compatíveis, que o mesmo juízo tenha competência para analisá-los, que o procedimento adotado seja adequado para todos os pedidos. 
A petição inicial poderá ser indeferida pelo juiz, trata-se de hipótese em que o juiz põe fim ao processo antes de determinar que o réu seja citado, o que resulta em extinção do processo sem resolução do mérito. As hipóteses em que isso ocorrerá serão: Quando for inepta (quando não puder produzir os resultados almejados), Ilegítima e autor sem interesse processual.
Na fase postulatória, além da petição inicial, tem-se também a contestação na qual é a peça de defesa do réu, onde ele rebaterá todas as alegações feitas pelo autor. A contestação amplia a cognição do juiz, uma vez que, na sentença, ele terá de examinar não apenas os fundamentos da pretensão inicial, mas os de defesa. (Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir – Art.336 CPC). No procedimento comum, a contestação deve ser apresentada no prazo de quinze dias. Se o réu for Ministério Público, Fazenda Pública, Defensoria Pública ou litisconsortes com advogados diferentes, de escritórios distintos, não sendo o processo digital, o prazo será em dobro.
O réu pode se valer de outra ferramenta durante o processo, a reconvenção, na qual se difere da contestação por não ser um instrumento de defesa, mas sim de contra-ataque. Na reconvenção, o juiz terá de decidir não apenas os pedidos do autor mas também os apresentados pelo réu, sendo assim pressupõe que o réu queira algo mais do autor, que não se satisfaça com a mera improcedência, e queira formular pretensões em face dele. A peculiaridade reside em que não forma um novo processo. A ação principal e a reconvenção terão um processamento conjunto e serão julgadas por uma só sentença. 
O réu tem direito de resposta em face da petição inicial do autor, porém há casos em que pode haver omissão por parte do réu. O juiz não o forçará a apresentar contestação, se não o desejar. Mas a falta dela poderá trazer consequências gravosas, contrárias aos seus interesses. Por isso, quando citado, ele é advertido das consequências que advirão da sua omissão. Haverá revelia se o réu, citado, não apresentar contestação. O revel é aquele que permaneceu inerte, ou então aquele que ofereceu contestação, mas fora de prazo. (Se o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor – Art. 344 CPC)

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